Blog do Mello: março 2020

Trump considera proibir voos do Brasil para os EUA. E agora, Bolsonaro?

Declaração foi em coletiva de imprensa hoje

A maré definitivamente não está boa para o presidente eleito por Fake news, Jair Bolsonaro. Além dos panelaços diários, que aumentam de intensidade a cada dia, agora seu ídolo, o presidente Trump, disse em entrevista que o Brasil pode entrar nas restrições de voo para os Estados Unidos.

O presidente americano, Donald Trump, afirmou nesta terça-feira, 31, que considera proibir viagens do Brasil e de outros países para os Estados Unidos devido ao aumento dos casos de coronavírus nos últimos dias.
Ao ser questionado em coletiva de imprensa na Casa Branca sobre a possibilidade de impor uma proibição para voos de países como o Brasil, o republicano disse que está "absolutamente" pensando nisso. Trump afirmou que até poucos dias atrás o Brasil não tinha problemas com a covid-19, mas que agora o país começou a ver os casos aumentarem. [Fonte]

Como diz o locutor esportivo: - Que fase!

Renuncia e se livra disso (e nos livra de você), Bolsonaro.

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Congresso aprova os R$ 600, mas Bolsonaro não assina e Guedes diz que não pode agora. Ex-ministro de Dilma e Lula o desmente

Bolsonaro mentiu em pronunciamento de hoje quando disse que liberou os R$ 600

Em seu pronunciamento de hoje, o presidente Bolsonaro mentiu à nação ao dizer que entre as medidas de seu governo está o "auxílio mensal de R$ 600 aos trabalhadores informais e vulneráveis". Ele ainda não assinou o projeto aprovado pelo Congresso.

Pior: seu ministro Paulo Guedes disse que o dinheiro só deve sair lá para o dia 16 de abril, sem ligar para o fato de que as pessoas estão simplesmente precisando do dinheiro para ontem. Segundo Guedes, outro mentiroso, a liberação depende da aprovação de uma PEC (Proposta de Emenda à Constituição) pelo Legislativo.

O ex-ministro da Fazenda e Planejamento de Dilma e Secretário de Política Econômica de Lula, Nelson Barbosa, tratou de desmenti-lo rapidamente no Twitter [imagem acima]:

Não precisa de PEC para pagar o benefício de 600 e outras medidas fiscais. Basta mandar PL para emitir divida acima da regra de ouro, como já previsto antes do Covid19. E uma MP de crédito extraordinário. Condicionar à PEC é desinformação ou chantagem.

Mentirosos, desinformados ou chantagistas. Meu palpite é triplo.

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Bolsonaro está tão fraco que até jornalistas do chiqueirinho lhe dão as costas e o deixam falando sozinho

Em mais uma prova do enfraquecimento de Bolsonaro, jornalistas abandonam coletiva

Olha que Bolsonaro (o Bolso, pois só pensa com essa parte do corpo) já disse e fez as maiores barbaridades naquele chiqueirinho onde coloca jornalistas ao lado de seus apoiadores para seus perdigotos matinais.

Sem reação, jornalistas ouviram "pergunta pra sua mãe", 'a repórter queria dar o furo", sem contar as bananas.

Mas hoje finalmente os repórteres reagiram e deram as costas a Bolso, quando ele mais uma vez insuflou sua massa de manobra contra eles.

Jornalistas que acompanhavam uma fala do presidente Jair Bolsonaro na saída do Palácio da Alvorada nesta terça-feira (31/03) deixaram o local da entrevista após o presidente mais uma vez estimular seus apoiadores a hostilizarem e xingarem os repórteres.
Bolsonaro reagiu à pergunta sobre Mandetta insuflando a claque de apoiadores que marca presença diariamente em frente ao Palácio da Alvorada. Segundo a Reuters, um dos apoiadores começou a gritar que a imprensa "colocava o povo contra o presidente".
Bolsonaro passou a incentivar o apoiador a falar e mandou que os jornalistas ficassem quietos.
"É ele que vai falar, não é vocês não", disse Bolsonaro.
Com o aval do presidente, os apoiadores começaram a ofender os jornalistas, que acabaram se retirando do local. De acordo com a Reuters, o presidente ficou inicialmente surpreso com a reação dos repórteres, mas também aproveitou para ironizá-los.
"Mas vão abandonar o povo? Nunca vi isso, a imprensa que não gosta do povo", gritou Bolsonaro aos jornalistas que se mantinham afastados. [Fonte]

Resoluto, o napoleão de hospício segue em frente cavando a própria sepultura, que já o espera de boca aberta.

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Folha dá manchete a Moro e faz elogio de sua covardia, submissão e intrigas

Manchete da Folha passa pano para Moro e Guedes

Embora cite o ministro Guedes na manchete, a reportagem da Folha, a la mãe dinah, é um elogio àquelas "qualidades" que todos conhecemos de Moro: seu trabalho de intriga nos bastidores, sua submissão a Bolsonaro, sua covardia em expor seus pontos de vista - se é que os tem e não seja apenas um pau mandado completo.

Mas, para a Folha, Moro é um herói estoico, que só está no governo para controlar Bolsonaro e apoiar as medidas "racionais" de Guedes e Mandetta, em oposição ao presidente Bolso (que só pensa com essa parte do corpo).

No entanto, é impossível encontrar respaldo da reportagem da Folha na realidade. Em todas as suas declarações e aparições públicas Moro apoia Bolsonaro de maneira até subserviente, se submetendo até a comparecer a jogos de futebol com camisa de time.

No Twitter, que o "valente" ministro usa para "protestar" contra Bolsonaro, só há elogios e apoio ao presidente. Mas a Folha vê como crítica a Bolso o tweet em que Moro afirma estar em "auto isolamento"... Quanta insubmissão!

Na matéria não há uma única declaração de Moro que pelo menos sustente a defesa que a Folha faz de seu comportamento "rebelde". Há apenas "indignação" (assim mesmo, entre aspas na matéria) expressada a aliados, insatisfação exposta a pessoas próximas, e até o fato de que "em entrevista recente à Folha, Moro se irritou ao ser questionado sobre o comportamento de Bolsonaro".

Quanta valentia, quanta insubordinação! (ironia mode on)

Mas tudo isso será desmentido pelo próprio Moro, que com aquela sua voz irritante ou via Twitter vai tratar de fazer um elogio desmedido a Bolsonaro. Anotem.

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Tratado com 'remédio milagroso' de Bolsonaro, homem é primeira vítima da COVID-19 na Bahia

Presidente dá como certo o uso de um medicamento que se encontra em início de estudos

Contrariando cientistas, médicos, infectologistas do mundo todo, o presidente Bolso (pois só raciocina com ele) sai espalhando que a cloroquina é a cura da COVID-19. Por isso, teve dois Tweets seus censurados no Twitter.

Só que a realidade é outra. Os estudos são preliminares e, até o momento, o uso da substância está liberada apenas em hospitais e para casos extremados. Foi o que aconteceu na Bahia, infelizmente sem sucesso.

A primeira vítima do novo coronavírus na Bahia fez uso de cloroquina durante cinco dias antes da morte, confirmada neste domingo (29). O homem de 74 anos ficou internado durante 12 dias no Hospital da Bahia. A informação do tratamento foi confirmada ao Estado pela Secretaria de Saúde local.
A cloroquina ainda está em fase inicial de estudo. O Ministério da Saúde informou que se trata de medicamento auxiliar a ser dado apenas a pacientes em estado grave da doença. Médicos e especialistas afirmam que não existem evidências científicas de que o medicamento seja eficaz contra o novo coronavírus.
Embora as pesquisas laboratoriais tenham mostrado bons resultados, ainda existem pelo menos outras três etapas: testes em camundongos, estudos em animais não roedores, como cães e macacos e, finalmente, estudos em humanos. Os testes em humanos se dividem em outras etapas até se descobrir o nível de toxicidade do remédio, interação com outros medicamentos e efeitos colaterais.[Estadão]

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Presidente do BB quer brasileiro infectado 'o quanto antes'. Por que ele não começa se infectando?

Presidente do BB é mais um agente em favor do coronavírus COVID-19

Numa entrevista a O Globo, o presidente do Banco do Brasil (e só vai continuar a sê-lo porque o presidente Bolso pensa como ele, com o bolso) Rubem Novaes defende que o brasileiro se infecte rapidamente, em benefício da economia:

“Lembro quando Roberto Campos, o avô, dizia: ‘a lógica, inventada pelos gregos no hemisfério Norte, não se aplica abaixo do Equador’. Não obstante, tentemos usar um pouco de lógica a partir de declarações médicas indicando que a epidemia só se extinguirá após atingida, e portanto imunizada, uma determinada parcela da população, digamos 70%. Ora, se isto é verdade, o que realmente importa é que os velhinhos e os já doentes estejam entre os 30% da população que não será contaminada pelo vírus. Afinal, são eles que demandam atendimento de UTIs e apresentam maior taxa de letalidade. Resolve-se o problema do pico de demanda por atendimento hospitalar e reduz-se o número de mortos. Quanto aos 70% da população que será infectada, melhor que que o seja o quanto antes para que a economia volte a funcionar normalmente. Deixa essa gente trabalhar!” [O Globo]

Rubem Novaes podia começar dando o exemplo, se voluntariando numa área de alto risco em hospital com infectados. Além de "beneficiar a economia", pouparia um profissional que ao menos é útil neste momento...

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Trump pede ao povo que fique em casa até 30 de abril, e Bolsonaro agora é único louco no mundo a mandar pessoas pras ruas

Em coletiva, Trump reconhece que luta contra a COVID-19 vai ser maior e mais longa

Após acenar aos estadunidenses que poderia afrouxar as medidas restritivas para conter o coronavírus logo após a Páscoa, o presidente Donald Trump mudou de ideia, reconheceu que o pico da infecção deve se dar daqui a duas semanas e estendeu o pedido para que as pessoas fiquem em casa para 30 de abril.

Trump deve ter ouvido seu conselheiro para o assunto, o infectologista Anthony Fauci, que deu entrevista esta manhã dizendo que os Estados Unidos terão milhões de infectados pela COVID-19 com um número de mortes que vai de 100 mil a 200 mil.

Com isso, resta a Bolsonaro duas opções: seguir o "seu mestre mandar", já que é um lambe botas de Trump, virar a casaca e passar a defender que as pessoas fiquem em casa, como se nunca tivesse dito o contrário. Ou, continuar a ser o único doido a defender que as pessoas vão para as ruas abraçar a COVID-19, que tudo o que quer é gente para se espalhar, contaminar e multiplicar.

Quem diria que Trump pode vir a ser a salvação do Brasil, já que não parece haver disposição no Congresso ou no STF para afastar Bolsonaro por interdição ou impeachment.

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Domingo com Música: Milton Nascimento, Nada será como antes, amanhã

Nos tempos de COVID-19, a música ganha novo sentido

Nada será como antes, de Milton Nascimento e Ronaldo Bastos. No vídeo, Milton e Wagner Tiso ao piano. Sensacional.

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Bolsonaro comete crime, filma e divulga no Twitter

Contrariando orientação do Ministério da Saúde Bolsonaro vai às ruas

Na manhã deste domingo, o presidente eleito mediante o uso de fake news e condenação ilegal do principal nome das pesquisas (o ex-presidente Lula) Jair Bolsonaro foi às ruas conversar com apoiadores, contrariando orientação de seu o próprio Ministério da Saúde, que pediu para que as pessoas ficassem em casa.

Com isso, Bolsonaro colocou sua vida em riso, a de seus seguranças e as de seus apoiadores, porque bastava um daqueles populares estar infectado para espalhar o vírus pelo grupo.

Não satisfeito em cumprimentar os apoiadores, Bolsonaro tirou selfies com eles, causando aglomeração, que é outro fator condenado pelo Ministério da Saúde. Em seguida, o presidente publicou a prova do crime em seu perfil no Twitter.

Não adianta apagar depois, pois o print já está aqui [imagem acima].

A seguir, o Tuíte de Bolsonaro com o vídeo:

- Agora, Ceilândia/DF. pic.twitter.com/uGNSPoswBz
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) March 29, 2020

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'Quero ver Eduardo, Flávio, Carlos, Carla Zambelli e cia, distribuindo cestas básicas nas comunidades', Janaína Paschoal

Em seu perfil no Twitter Janaína Paschoal desafiou Bolsonaros e mínions

A deputada estadual por Sçao Paulo e autora do pedido de impeachment da presidenta Dilma, Janaína Paschoal, mandou recado aos filhos do Jair e outros que vivem defendendo que as pessoas voltem às ruas.

Quero ver Eduardo, Flávio, Carlos, Gil Diniz, Douglas Garcia, Carla Zambelli e cia, distribuindo cestas básicas nas comunidades! Eles não estão no grupo de risco, defendem isolamento vertical! Bora provar que é só uma gripezinha! Ficar no computador chamando carreata é fácil!

Será que eles topam? Podiam levar o pai junto.

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