Para fugir de impeachment Bolsonaro manda distribuir cloroquina até para grávidas e crianças


No mesmo dia em que os Estados Unidos cortaram a cloroquina como medicação de seus cidadãos para enfrentar a COVID-19 (antes tendo descartado dois milhões de doses dela num país da América do Sul governado por um lambe botas), o Ministério da Saúde de Bolsonaro manda distribuir cloroquina até para grávidas e crianças com sintomas da doença.

Como já publiquei aqui, Bolsonaro faz isso para livrar a própria cara de um processo de impeachment por improbidade administrativa.

Porque Donald Trump falou em cloroquina nos Estados Unidos, Jair Bolsonaro repetiu seu ídolo no Brasil, mas fez pior: ordenou que laboratório do Exército produzisse em massa o medicamento.

Resultado, o laboratório, que produzia 250 mil unidades a cada dois anos, está produzindo 500 mil por semana, o que dá dois milhões por mês, 24 milhões por ano.

Como os estudos mais recentes contraindicam o uso da cloroquina, isso significa um prejuízo gigantesco aos cofres públicos, o que pode levar a um processo contra Bolsonaro pela ordem absurda.

Por conta disso, Bolsonaro tenta livrar a própria cara com a determinação da distribuição de cloroquina em todo o Brasil, como opção de tratamento à COVID-19.

Entidades médicas são contra e vão entrar na Justiça contra a medida, que pode fazer com que a população, por ordem de Bolsonaro, exija dos médicos a administração da cloroquina, com risco de vida para os pacientes.
“Há evidências suficientes para a não utilização da cloroquina e das demais medidas recomendas pelo ministério em pacientes infectados pela Covid-19”, afirma Suzana Margareth Lobo, presidente da Amib [Associação de Medicina Intensiva Brasileira].
A Sociedade Brasileira de Infectologia também emitiu nota afirmando que vários estudos mostraram o "potencial malefício” dessas drogas. A entidade recomenda que o uso de cloroquina ou hidroxicloroquina no tratamento da Covid-19 seja feito "prioritariamente em pesquisa clínica". [Folha]
Bolsonaro não tem medida e para livrar a cara põe em risco a vida da população com seu projeto genocida. Agora crianças e grávidas entraram no pacote.







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