Declaração de Gilmar Mendes de que Exército está se associando a genocídio é mentira?


Estão querendo criar uma crise institucional entre o Exército e o STF por uma declaração do ministro Gilmar Mendes:
"Não podemos mais tolerar essa situação que se passa no Ministério da Saúde. Não é aceitável que se tenha esse vazio. Pode até se dizer: a estratégia é tirar o protagonismo do governo federal, é atribuir a responsabilidade a estados e municípios. Se for essa a intenção é preciso se fazer alguma coisa. Isso é péssimo para a imagem das Forças Armadas. É preciso dizer isso de maneira muito clara: o Exército está se associando a esse genocídio, não é razoável. É preciso pôr fim a isso", criticou. [UOL]
Só o analfabetismo funcional ou a necessidade de criar crise em cima de crise para afastar o país da verdadeira questão: até quando Bolsonaro continuará à frente do país?

A declaração do ministro Gilmar Mendes não diz que o Exército é genocida, diz que se associa ao genocídio, já que militares ocupam quase que todos os principais cargos do ministério da Saúde, que é comandado, ainda que interinamente, por um general, portanto, responsáveis, com o presidente, pela péssima condução do país no grave problema da pandemia.

Aliás, o ministro deixa isso claro no Twitter [imagem acima].
Não me furto, porém, a criticar a opção de ocupar o Ministério da Saúde predominantemente com militares. A política pública de saúde deve ser pensada e planejada por especialistas, dentro dos marcos constitucionais. Que isso seja revisto, para o bem das FAs e da saúde do Brasil.

Estão ou não os militares no governo, ainda que a maioria seja da reserva, associados ao governo e a seu desempenho? Não há como desvincular uma coisa de outra.

Se não querem ter a imagem associada ao genocida, saiam do governo de um capitão que foi expulso das Forças Armadas.



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