Datafolha traz boa notícia para Bolsonaro, mas péssima para Guedes


Com o orifício traseiro na mão com a ordem de volta à prisão de Queiroz e também de sua fugitiva esposa, Márcia, Bolsonaro pôde aliviar um pouco a tensão com os novos números da mais recente pesquisa Datafolha.

Sua popularidade subiu e diminuiu a má avaliação de seu desgoverno, graças, principalmente, ao auxílio emergencial de R$ 600 distribuído a dezenas de milhões de brasileiros. Bolsonaro foi contra o auxílio, achava que deveria ser de no máximo R$ 200, mas a Câmara aprovou o valor e ele está faturando com isso.

O que é bom foi ele que fez. O que dá errado é culpa dos outros, os comunistas, os petistas, a rede Globo.

Mas é o auxílio emergencial de R$ 600, que, repito, Bolsonaro não queria, que alavanca sua popularidade, segundo avaliação dos diretores do Datafolha:
Se há pouco mais de um mês os candidatos ao benefício já eram responsáveis pela manutenção dos índices de aprovação de Bolsonaro mesmo com queda de popularidade entre os mais escolarizados e mais ricos, são eles agora os que mais contribuem para o aumento na avaliação positiva.
Entre os que receberam o auxílio, a taxa dos que consideram Bolsonaro um presidente ótimo ou bom torna-se seis pontos superior à observada entre os que não solicitaram o benefício, atingindo 42% —cinco pontos acima da média nacional. [Folha]
Mas se a pesquisa traz um pouco de alegria a Bolsonaro, em meio às suas preocupações com uma possível delação premiada de Márcia ou Queiroz, os dados devem ter aumentado ainda mais a quantidade de caspa no paletó do ministro Guedes.

Como já escrevi aqui, embora tenha prometido respeitar o teto, Bolsonaro é político e sabe que sua sobrevida depende de apoio popular e apoio do Centrão, que quer verbas, verbas, verbas.

E isso Guedes não quer. Guedes quer vender, vender, vender, privatizar e tirar direitos trabalhistas. Bolsonaro até concorda com isso, mas sente que a hora é de gastar.

Se a gestão econômica de Guedes é um fiasco, ele deve aproveitar a oportunidade e fazer como Moro, pedir o boné, antes de ser tocado do governo.



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