Aprovação do Marco Temporal mostra que Bolsonaro não conseguiu comprar sua reeleição mas elegeu um Congresso com sua cara

A dinheirama ilegal que Bolsonaro despejou no país para comprar sua reeleição nas barbas do TSE não foi suficiente para reelegê-lo, mas elegeu uma grande bancada de direita no Congresso. Foram inacreditáveis R$300 bilhões de reais em bônus, empréstimo e, principalmente, orçamento secreto, despejados por Bolsonaro, que criaram, por exemplo, um rombo de R$162 bilhões na Caixa.

Mas se não conseguiu se eleger, Bolsonaro elegeu uma grande bancada bolsonarista (deputados que não têm nada na cabeça, como Bolsonaro, e só querem verbas), mais a turma do boi, da bala, da Bíblia e do golpe. O objetivo é prejudicar o governo, como faz o bolsonarista à frente do Banco Central com a estratosférica e sem sentido taxa de juros.

Mas é só jogo político, porque dia 7 de junho recomeça a votação do Marco Temporal no STF e a inconstitucionalidade do projeto vai jogar por terra toda essa votação, que é só queda de braço. 

A mídia repercute alegremente e  tasca em todas as matérias "derrota de Lula", quando o jogo não acabou e Lula só agora está entrando em campo, e para aprovar a MP da formação dos ministérios que caduca amanhã.

O governo dos Estados Unidos, através de suas ONGs e da mídia corporativa, também está fazendo a festa, contrariado com as posições independentes que o Brasil do presidente Lula tem tomado. Portanto, fiquemos de olho, e cuidado para não jogar bola fora ou contra o próprio gol. O jogo é pesado.

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Brum e a disputa desigual do Marco Temporal


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Céllus e o destruidor do Brasil


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Renan Calheiros acusa Arthur Lira de lavagem de dinheiro e desvio de verbas de hospital em Alagoas

Em evento de inauguração de uma creche na cidade de Rio Largo, AL, neste domingo, 28, o senador Renan Calheiros acusou o presidente da Câmara Arthur Lira de usar prefeituras do estado para lavagem de dinheiro do orçamento secreto do governo Bolsonaro.

"Tinha o orçamento secreto, ele se beneficiou diretamente do orçamento secreto e usou muitas prefeituras, infelizmente, para lavar dinheiro e isso tudo precisa ser investigado e exemplarmente punido”. 

O discurso foi bem aplaudido pelos populares. Calheiros ainda declarou que o presidente da Câmara teria privatizado a Prefeitura de Maceió com indicações em secretarias. "Ele vai fazer com Maceió, o que fez com o Hospital Veredas”.

Ainda conforme o senador, Lira colocou a prima, ex-prefeita de Campo Alegre, Pauline Pereira, para ser a diretora financeira do Veredas, “para drenar recursos públicos do Hospital e hoje o Hospital Veredas está paralisado com cinco meses de salários atrasados”. [Fonte]

Que sejam feitas as investigações das graves denúncias do senador Renan Calheiros é o mínimo que se espera. O presidente da Câmara pode muito mas não pode tudo, como pensa.


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Aroeira e a cara dura do usurpador


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Arthur Lira, o Brasil já disse não ao parlamentarismo duas vezes, entendeu? Se manca

Com sua carranca e arrogância, o presidente da Câmara Arthur Lira parece que não entendeu direito o resultado das urnas e o sistema político brasileiro. Então vamos esclarecê-lo.

Lira se reelegeu deputado por Alagoas com exatos 219 mil e 452 votos. Lula foi eleito presidente pela terceira vez com 59 milhões, 563 mil e 912 votos.

O brasileiro já foi às urnas duas vezes escolher o tipo de governo, se presidencialismo ou parlamentarismo. E nas duas votou a favor do presidencialismo.

A primeira foi em 1963, e 79% disseram não ao parlamentarismo e sim ao presidencialismo. Em 1993, outro plebiscito, determinado pela nova Constituição de 1988, incluiu até a volta da monarquia na consulta popular.
 
O presidencialismo novamente venceu por larga margem. Dos 67 milhões de eleitores que foram às urnas, 37,1 milhões escolheram o presidencialismo, apenas 16,5 milhões apoiaram o parlamentarismo.
 
O regime no Brasil é presidencialista. O povo brasileiro quer que o presidente governe e o Congresso faça as leis e fiscalize o Executivo. Ado, ado, ado, cada um no seu quadrado.
 
Lula teve 59 milhões e 300 mil votos a mais que você e o regime é presidencialista, entendeu, Lira? Se manca.

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O amor tem dessas coisas (2)

Haroldo conhece o movimento: de quatro em quatro anos, quando mudam deputados e governador, chegam os novos funcionários. Os indicados, os apadrinhados. Alguns estão ali apenas para fazer número. Outros para participarem de rachadinha, nem aparecem para trabalhar, apenas assinam o ponto no final do mês. Outros estão loucos para mostrar serviço, mesmo sem ter a mínima ideia de como funciona o departamento por dentro. 

Haroldo sabe disso e pensava estar preparado para tudo, mas nada do que Haroldo sabia serviu para acalmar o impacto de Jacinara em seu coração. 

— Mas as pessoas me chamam de Nara... Narinha...

Linda. Mas, além de tudo, uma simpatia. Tratava a todos com cordialidade e, pelo menos a seus olhos, dava especial atenção a ele, "seu Haroldo" (Tenho que quebrar essa formalidade, ele pensava).

Talvez porque precisasse da anuência dele para suas demandas. Porque entre os grupos em que dividia os novos funcionários, Jacinara (Nara, Narinha) fazia parte dos que queriam mostrar serviço.

Por ele, atenderia todos os pedidos de Jacinara para chegar a Narinha, à intimidade que buscava, pois estava definitivamente apaixonado. 

Amor à primeira vista, como disse a seu Armando da padaria, onde diariamente toma sua média com pão na chapa.

— Quer dizer então que esqueceste a Selma?!... Olha que não acredito nisto. Nunca vi paixão igual em minha vida. Nem tanto sofrimento.

Automaticamente Haroldo respondeu que sim, não pensava mais em Selma, seu coração tinha nova dona.

E a nova dona conseguia fazer com que ficasse mais apaixonado a cada dia. Sempre simpática com todos e — ele pensava — especialmente com ele. Uma vez lhe trouxe até um pedaço de um bolo de chocolate que ela mesma havia preparado.

— Pensei no senhor e trouxe um pedaço.

Pensar nele foi coisa boa, mas o "senhor" foi um pisão no calo.

— Vamos fazer assim: você esquece o "senhor", me chama pelo nome que eu lhe chamo de Narinha...

A resposta dela foi o sorriso mais lindo, mais aberto até do que o de Selma. Mais sincero.

Era isso. Narinha lhe passava sinceridade, tão diferente do que se revelou Selma. 

E ele retribuía esse sorriso e essa sinceridade como podia. A tal ponto que puxou a mesa dela para sua sala, antes exclusiva. Tudo isso porque ela elogiou o ar condicionado de lá. Disse que sentia muito calor na sua seção. No outro dia, ao chegar para trabalhar descobriu que ele havia trocado sua mesa de lugar e que agora ela trabalhava na sala do chefe.

— É, parece mesmo que esta menina o fez esquecer de Selma...

Ele ficou satisfeito, quando, pela primeira vez, seu Armando parecia acreditar no que ele lhe dizia: Selma era passado, seu coração tinha nova dona: Narinha.

Por ela havia parado de ir trabalhar de terno. A princípio apenas às sextas. Mas depois, após ser elogiado por ela, passou a deixar paletó, camisa social e gravata no armário de sua sala para serem usados apenas quando necessário.

— Já a convidaste pra sair? Convide a moça para tomar um café aqui na padaria...

Mas, cadê que a timidez deixava Haroldo tomar qualquer atitude que mostrasse suas intenções a Narinha. Não tinha coragem nem mesmo para convidá-la a tomar o café sugerido por seu Armando... Habituado que estava a resolver tudo por e-mail ou mensagens no grupo de  Zap de sua Secretaria, Haroldo não conseguia encontrar as palavras para fazer um simples convite para um café. Imagine então confessar o que sentia por Narinha e perguntar se era correspondido por ela.

— Se só consegues escrever, então, escreve, homem!

Não podia mandar uma mensagem pelo grupo a Narinha. E achava muito impessoal uma declaração por WhatsApp.

Depois de muito pensar, redigiu uma carta. Não se usa mais, mas até isso lhe pareceu mais romântico, mais de acordo com seu sentimento por Narinha. Escolheu as palavras. Passou dias escrevendo, rasgando, escrevendo, rabiscando, até que chegou ao texto final, que lhe pareceu satisfatório, já que não tinha coragem de falar pessoalmente.

Na carta, confessava estar apaixonado por ela desde a primeira vez em que a viu e que essa paixão só aumentou com o tempo, ao conhecê-la melhor e ver a mulher linda, incrível, sensível, sincera que ela é.

Ficou com a carta guardada no bolso do paletó no armário da sala, até que um dia se encheu de coragem e, quando ela estava se despedindo no fim do expediente, lhe passou a carta com o pedido de que ela só a abrisse em casa.

— Isso não se faz, senhor Haroldo (voltou a chamá-lo de senhor)! Reciclagem não!

— Foi o que ela me disse esta manhã,  seu Armando: reciclagem não. Jogou a carta em cima da minha mesa e saiu. Fiquei sem entender nada. Então abri a carta que ela me devolveu e li, grifado com três traços de caneta vermelha, "Querida Selma"...

O amor tem dessas coisas.

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Aroeira e o rodeio do agro


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Juíza que queria receber sem trabalhar realiza seu desejo: R$32 mil por mês para não fazer nada pelo resto da vida. Que tal?

Boa vida do Judiciário

Só tem uma coisa melhor do que ser juiz no Brasil: cometer o maior crime possível dentro da magistratura para receber a pena máxima que um juiz pode receber da Justiça, a aposentadoria compulsória. Você recebe seus salários integrais pelo resto da vida sem fazer absolutamente nada. 

Esta é a punição que recebeu a juíza Ludmila Lins Grilo. Mesmo ao fim da pandemia, Ludmila se recusava a trabalhar presencialmente. Como se não bastasse, acusou os ministros do STF de parcialidade. 

Resultado: recebeu o que queria, a aposentadoria compulsória. Agora não vai ter que trabalhar presencialmente nem virtualmente. Com 44 anos, vai passar o resto a vida recebendo o equivalente hoje a R$32 mil.

E ainda vai poder criticar o STF sem ser punida.

Militares e Judiciário vivem num Brasil a parte, bem diferente do Brasil em que vivemos nós brasileiros.

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Não adianta jogar tudo nas costas de Lula; Marina tem que fazer política

O dia de ontem foi terrível para o meio ambiente e para os povos originários. O ministério de Marina foi esquartejado. O dos Povos Indígenas perdeu duas vezes: na reestruturação do ministério e na aprovação da votação emergencial do PL 490, do marco temporal.

Marina está protestando e tem que protestar mesmo. Mas, ao mesmo tempo, Marina tem que ver que esse Congresso é pior, mais reacionário e "franciscano" (para usar uma expressão cínica muito usada há uns anos sobre congressistas que agem conforme a oração de São Francisco "é dando que se recebe") que o anterior.

O presidente da Câmara Arthur Lira mandou um duro recado à ministra:

“É um ministério com muito pouco apoio político dentro do Congresso. É importante que se frise. Você não pode viver desconectado à técnica da política, não funciona.”

O Partido de Marina, Rede Sustentabilidade, elegeu apenas três parlamentares: a própria Marina e Túlio Gadelha para a Câmara e o senador Randolfe para o Senado. Perdeu o senador Randolfe e agora só tem o deputado Túlio Gadelha.

Não adianta querer que o presidente Lula defenda, ataque, faça gol e ainda apite a partida. Tem que fazer política, buscar votos no Congresso, senão vai ser como naquele 7 a 1. A cada momento, "é gol da Alemanha"...


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Cris Vector e o resumo do dia no Congresso


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Não é verdade que Santander rompeu patrocínio de LaLiga em protesto contra racismo no caso Vini Jr. Confira

Não sei se é o Santander que está espalhando que rompeu o patrocínio de LaLiga em protesto contra racismo do caso Vini Jr. Mas vários sites estão dizendo isto, que o banco teria rompido o patrocínio após o caso contra o brasileiro. 

Não é verdade. O fato é que o Santander perdeu no ano passado a principal cota de patrocínio para a empresa de jogos eletrônicos EA Sports. O contrato vence daqui a duas rodadas, ao final do campeonato 2022-2023. O Santander não vai mais patrocinar porque a outra empresa propôs quase o dobro do que o banco pagava a LaLiga.

Em 2 de agosto de 2022, o El Pais publicou: LaLiga confirma que EA Sports será nuevo patrocinador principal a partir de la temporada 2023-2024. Supondrá un cambio de marca completo incluyendo todos los logotipos, gráficos, fuentes y otros elementos visuales [LaLiga confirma que a EA Sports será o novo patrocinador principal da temporada 2023-2024. Isso envolverá uma reformulação completa da marca, incluindo todos os logotipos, gráficos, fontes e outros elementos visuais]

Portanto, nada a ver com um rompimento do Santander agora como protesto contra racismo. Aliás, o Santander já foi condenado aqui mesmo no Brasil a pagar R$15 mil a um cliente por racismo.

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Dallagnol diz que ministro do TSE entregou sua cabeça por vaga no STF. Como Moro fez com Lula

O ex-procurador de deus e ex-deputado Deltan Dallagnol atacou o ministro relator do caso no TSE, Benedito Gonçalves, que levou à sua cassação. Dallagnol disse que o voto do ministro foi com o objetivo de "agradar Lula para conseguir uma vaga no STF". Exatamente como fez Moro, que entregou a cabeça de Lula para eleger Bolsonaro e conquistar sua vaga no céu na Terra, o STF dos ministros supremos.

Como pessoas medem o mundo com suas réguas, o mesmo dedo que Dallagnol aponta para o ministro volta-se contra ele e a república de Curitiba, que agiu o tempo todo nos processos da Lava Jato mirando vantagens futuras. Não apenas o STF para Moro, mas também o dinheiro das multas (como o da fundação bilionária com da Pet dinheiro da Petrobras, que Dallagnol sonhou fundar) e da extorsão pura e simples, como denunciado por Tacla Duran.

Dallagnol já perdeu os cargos e Moro vai pelo mesmo caminho. E, mesmo com toda a Justiça do Paraná contra, o depoimento de Tacla Duran pode levar Moro e Dallagnol um passo adiante, para a cadeia por extorsão.

Santinhos do pau oco, a dupla responsável pela Lava Jato não resistiu à passagem de estilingue para vidraça. Esperneiam, acusam juízes e testemunhas de fazerem exatamente o que faziam na operação, e devem se encontrar com o principal beneficiado por suas ações — Jair Bolsonaro — na mesma casa, que começa com PA, termina com DA e tem PU no meio, com direito a segurança, comida e roupa lavada, tudo às custas do Estado brasileiro, como os três sempre viveram.  

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