Retirada do protocolo de tratamento da COVID-19 em todo o mundo por sua ineficácia, a cloroquina está sendo distribuída para tratamento dos Yanomami em Roraima, em mais uma intervenção genocida de Bolsonaro. O Exército descarregou 13,5 mil comprimidos de cloroquina esta semana.
Além de ineficaz, a cloroquina tem efeitos colaterais graves e só deve ser ministrada em ambiente hospitalar e autorização explícita do paciente.
Mas, como Bolsonaro fez a besteira de encomendar milhões de comprimidos aos laboratórios do Exército, agora o Brasil tem cloroquina em estoque para uso regular por 18 anos [leia sobre isso aqui]. Só que o prazo de validade do comprimido é de apenas dois anos.
Então, Bolsonaro está descarregando o estoque nos índios, nos nordestinos — que não lhe deram votos, no povo pobre e atendido em rede pública.
Segundo o protocolo, a cloroquina só deveria ser ministrada com a anuência do paciente, que assinaria documento [confira aqui] sabendo que estava correndo risco de vida com uma substância sem eficácia para a COVID-19.
Agora, imagine se vão explicar isso ao índio ou ao analfabeto sem recursos do Nordeste e dos cada vez maiores bolsões de pobreza e miséria no Brasil.
Bolsonaro mandou levar também os testes rápidos, que não servem para nada. Se der positivo para COVID-19, você pode estar infectado ou não. Se der negativo também. A probabilidade é semelhante ao de jogar a moeda no cara e coroa. Confira aqui estudo do próprio ministério da Saúde sobre os testes.
Descarregando comprimidos de cloroquina e testes como milicianos desovam cadáveres, Bolsonaro age para se livrar das provas do crime de uso inadequado de dinheiro público.
Em cima dos nossos indígenas e do povo mais pobre.
Não é só a pandemia, é o pandemônio. O vírus e o verme.
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