Ministro interino da saúde, general erra ao dizer que assintomático não transmite o coronavírus


Não é só na distribuição de cloroquina, que o mundo já provou que é ineficaz contra o coronavírus, que o general Pazuello erra. Ontem, ele afirmou que assintomáticos não transmitem o vírus:
"Sobre como o Ministério da Saúde sugere que funcione [a reabertura], nós já nos posicionamos à Casa Civil. Tem que ter triagem em qualquer lugar. Se o gestor [governador ou prefeito] definir pela abertura de uma área, tem que ter a estrutura de triagem e de acompanhamento médico dos primeiros sintomas. Se o caso é assintomático, ele [funcionário] está trabalhando, mas também não transmite. Se o caso é sintomático, ele tem que aparecer na primeira hora." [UOL]
A Organização Mundial da Saúde afirmou em junho que assintomáticos transmitem, sim, só não se sabe em que proporção.

E por que não sabem em que proporção? Porque identificar o infectado é simples, mas os assintomáticos são todos os demais e entre eles podem estar quem nunca teve contacto com o vírus, quem está infectado mas ainda não apresentou sintomas, quem se infectou mas com uma carga fraca, que foi controlada pelo próprio organismo.

O próprio Ministério da Saúde respondeu ao Jornal Nacional afirmando "que acompanha os estudos sobre os assintomáticos, que têm risco de transmissão, embora potencialmente menor, e que a recomendação da pasta é de manter o distanciamento de no mínimo um metro e observar as etiquetas respiratórias".

O que não podemos esquecer é que Pazuello cumpre ordens de seu superior e responsável por mantê-lo interinamente no cargo há dois meses em meio a uma pandemia que já afetou mais de 2,2 milhões de brasileiros e matou mais de 83 mil. E o nome de seu superior é Jair Bolsonaro.




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