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Presidente da Colômbia denuncia golpe. Oposição desfila com seu caixão

O presidente da Colômbia, o ex-guerrilheiro do M-19 Gustavo Petro, denunciou em seu perfil no X mais um ataque da oposição a seu governo, com ameaça de golpe de Estado. As ruas foram tomadas por manifestantes que querem sua deposição.

"As manifestações contra o governo contaram com mais ou menos 250 mil pessoas em todo o país, foram fortes em sua ordem em Medellín, Bogotá e Bucaramanga. Nas demais cidades, chegando a 18 locais, foram fracos.

As marchas foram respeitadas ao máximo como continuará a ser feito. Uma das características centrais do meu governo é respeitar a liberdade de expressão e os direitos do povo.

O principal objetivo das marchas é gritar “Fora Petro” e derrubar o governo da mudança. Esse processo já começou e é um golpe suave que anula a decisão popular pela mudança em 2022."


Alguns manifestantes chegaram a desfilar com um caixão, desejando a morte do presidente.

 

Na mesma mensagem no X, o presidente Gustavo Pedro chamou o povo às ruas para uma grande manifestação no Dia do Trabalhador, 1º de maio, em apoio ao governo popular. 


"Hoje alguns se expressaram livremente, as forças populares devem responder, neste 1º de maio.

Não se trata de dividir o país, já está dividido. Trata-se de fazer soar também a voz popular. Diante dessas diferentes vozes, o governo buscará formas de entendimento. Se a direita quiser burlar as eleições e desrespeitar o voto do povo, não haverá entendimento. O pacto nacional é para o futuro e não para o passado.

O destino do governo dependerá exclusivamente do apoio do povo. "

 

No fundo, como no mundo, a direita não aceita dividir nada com o povo. A reação contra o governo Petro quer levar a Colômbia de volta aos tempos de Álvaro Uribe, o presidente de extrema direita ligado a grupos paramilitares, que se dizia linha dura contra os guerrilheiros e os narcotraficantes, mas foi denunciado por Virginia Vallejo, amante do traficante colombiano Pablo Escobar, como grande colaborador dele:

Pablo Escobar sobre Uribe: 'Se não fosse por esse rapaz bendito, ainda estaria trazendo pasta de cocaína em porta-malas de carros e nadando até Miami para levar cocaína aos gringos’

 




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Pablo Escobar sobre Uribe: 'Se não fosse por esse rapaz bendito, ainda estaria trazendo pasta de cocaína em porta-malas de carros'


A frase completa é:

Pablo Escobar sobre Uribe: 'Se não fosse por esse rapaz bendito, ainda estaria trazendo pasta de cocaína em porta-malas de carros e nadando até Miami para levar cocaína aos gringos’

A afirmação do maior traficante de drogas de todos os tempos não deixa dúvidas sobre o caráter do atual presidente da Colômbia.

Quem revelou essa ligação tão íntima e lucrativa entre Escobar e Uribe foi Virginia Vallejo, amante do traficante colombiano.

Vallejo disse que, como amigo íntimo de Escobar, Uribe dirigia o Departamento de Aviação Civil da Colômbia e liberava a construção de pistas e os vôos carregados de drogas sem investigação policial, para que Escobar pudesse enviar sua mercadoria para os EUA. Daí o traficante ter feito a afirmação que dá título a esta postagem.

Diante disso, pensa você, meu leitor perspicaz, indaga-me você, minha sagaz leitora, como é que os americanos foram fazer o Plano Colômbia de combate às drogas logo com o homem que foi responsável pela grande alavancada do negócio ilegal?

Porque o negócio dos americanos é fazer negócios. Eles estão na Colômbia, como no Iraque, no Afeganistão e em qualquer lugar do mundo para vender armas, munição, veículos bélicos, desfolhantes e controlar o lucrativo negócio do tráfico – não só de drogas, como de armas.

O incrível é que governantes brasileiros vivem em romaria à Colômbia para ouvir Uribe, que chegou a aconselhar o governador de Minas Aécio Neves a assumir como tarefa de segurança nacional o combate ao narcotráfico. Dá pra levar a sério?

E, perguntaria um direitista aflito, um pitblogueiro convicto, um “indignado útil” perdido, onde está essa informação? Em algum veículo esquerdista? Algum panfleto das Farc? Foi divulgada pelo ditador venezuelano Hugo Chávez?

Nada disso, é uma reportagem do Fantástico, em parte reproduzida acima, que pode ser assistida na íntegra no site da Globo. E mesmo assim a Globo apóia Uribe.

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Por que Chávez chama Uribe de peão do império americano?


Ontem publiquei aqui uma postagem em que mostrava que um relatório do Departamento de Defesa dos EUA denunciava o atual presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, de estar envolvido com o tráfico de drogas e ser amigo íntimo do megatraficante Pablo Escobar.

O vídeo aí acima aprofunda as informações. Mostra mais ligações de Álvaro Uribe com o tráfico. Inclusive a acusação de que era o responsável pela facilitação do transporte aéreo da droga.

Por que então os Estados Unidos apóiam Uribe agora e acusam Chávez de estar associado ao narcotráfico?

Por que a Operação Colômbia, realizada em conjunto pelos governos dos Estados Unidos e da Colômbia, não conseguiu diminuir a exportação de drogas da Colômbia para a os EUA, nem diminuir o consumo de cocaína entre os americanos - ao contrário, ambos aumentaram?

A resposta é: porque esse não é o interesse norte-americano. Eles estão de olho no país vizinho, a Venezuela, que – como o Iraque – nada em petróleo. Chávez seria o Saddam Hussein da vez.

Os Estados Unidos são uma guerra à procura de um pretexto. Assim como no Irã.

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Chávez ou Uribe, quem colabora com os narcotraficantes?

Um relatório do departamento de Defesa dos Estados Unidos de setembro de 1991 faz uma espécie de Quem é Quem no mercado de cocaína na Colômbia. A lista inclui o chefe do cartel de Medellín Pablo Escobar e mais 100 outros criminosos, assassinos, traficantes e advogados pra lá de suspeitos. O número 82 da lista é ninguém menos que Álvaro Uribe Velez, descrito como um político e senador que faz uma ponte entre o cartel de Medellín e a alta cúpula governamental.

Diz ainda o relatório, divulgado pela revista Newsweek em 9 de agosto de 2004, que Uribe esteve envolvido em negócios com drogas nos Estados Unidos, trabalhou para o cartel de Medellín e era amigo íntimo do chefão Pablo Escobar.

Escobar morreu em 1993. Em 2002, Uribe assumiu a presidência da Colômbia. Em 2005, conseguiu uma mudança na Constituição tornando possível sua reeleição. O que aconteceu. Agora está tentando nova mudança que lhe permita buscar um terceiro mandato.

Você, meu arguto leitor, minha sagaz leitora, havia lido essas informações na nossa “grande imprensa”?

Porque para a nossa imprensa democrática, Uribe é um democrata, luta contra os chamados narcoterroristas (assim são chamados os guerrilheiros das FARC). E Chávez está ligado aos traficantes, terroristas e é um ditador que quer se perpetuar no poder.

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