A guerra midiática contra o governo Lula é sem tréguas. Desta vez, CNN Brasil tentou ligar o governo Lula à tragédia das enchentes que acomete o Rio Grande do Sul com uma manchete maliciosa e propositalmente dúbia:
Chuvas no RS: governo federal deixou de repassar um terço das verbas prometidas na última tragédia
Quem lê apenas a manchete — o que acontece com muita gente — comenta: "O Lula não deu o dinheiro, taí a tragédia. A culpa é do Lula".
Porque é o que a frase diz. O sujeito (governo federal) deixou de agir, não agiu, não repassou verbas prometidas.
No entanto, ao ler a matéria fica clara a manipulação do título. Já no terceiro parágrafo há a informação de que o governo Lula repassou R$ 325 milhões ao Rio Grande do Sul, nos últimos meses, de um total de R$ 500 milhões acordados.
E por que não foram enviados os demais R$ 175 milhões? A própria matéria da CNN responde:
As informações constam de um levantamento feito pelo ministério [Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional], a pedido da CNN. De acordo com a pasta, a responsabilidade pelo valor que não foi repassado é a falta de projetos pelas prefeituras.
A
União destina o dinheiro, mas o montante só é liberado caso sejam
apresentados justificativas e documentos que mostrem como será o uso.
“Após
esse processo, a equipe técnica da Defesa Civil Nacional avalia as
metas e os valores solicitados. Com a aprovação, é publicada uma
portaria no DOU [Diário Oficial da União] com o valor a ser liberado”,
explicou o ministério em nota.
O governo Lula emitiu uma nota com o seguinte título:
"Título usado pela CNN Brasil induz à conclusão errada."
A nota confirma a informação do corpo da matéria da CNN e acrescenta que o governo facilitou de todas as formas para que as prefeituras enviassem seus projetos para receberem as verbas.
Para facilitar a liberação de recursos, o Governo Federal passou a
aceitar planos de trabalho com simples comprovação fotográfica e
descrição das necessidades de reconstrução causadas pelos desastres.
As
cidades gaúchas que ainda não receberam os recursos precisam apenas
apresentar os planos de trabalho ao Ministério da Integração e do
Desenvolvimento Regional. Todos os recursos solicitados estão garantidos
e prontos para o repasse.
A CNN mudou o título da matéria? Não. Manteve o título malicioso e acrescentou a informação verdadeira na linha fina. Confira.
Pior, manteve o título na reportagem de TV, em destaque:
A mensagem na cabeça das pessoas continuava a mesma: Governo Lula não mandou dinheiro para o Rio Grande do Sul enfrentar as chuvas. Daí uma chuva de críticas ao governo nas redes.
Quando a verdade é outra. O governo havia enviado R$ 325 milhões e só não mandou mais porque não foi solicitado.
Leite sofre críticas de gaúchos por causa dos cortes no orçamento da Defesa Civil nos últimos anos. Em 2022, o orçamento da área era de R$ 1 milhão. Em 2023, passou para R$ 100 mil e, para 2024, o aprovado foi R$ 50 mil.
Leite agora faz cosplay de Zelensky dos Pampas com colete da Defesa Civil, a ponto de trocar suas fotos de perfil no Instagram e Facebook pela com colete.
Algumas das ações do governo Lula em auxílio ao Rio Grande do Sul:
A guerra midiática não dá tréguas e é preciso enfrentá-la com a força da verdade dos fatos.
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Poderia responder essa pergunta com uma frase: Porque é festa de centenário de um banco que lucrou R$ 35,6 bilhões no ano passado e não precisa dessa ajuda.
As pessoas estão falando o tempo todo no lucro que a cidade terá, que serão quase R$ 300 milhões que entrarão na cidade, o aumento do número de turistas, que R$ 20 milhões não representam nada perto do que a cidade vai ganhar em imagem e impostos.
Concordo plenamente. Mas prossigo: os R$ 20 milhões seriam necessários para uma instituição bancária que lucrou o que lucrou? Esses bancos que, sabemos hoje, voltaram a subir os juros do rotativo, aquele que aperta a corda no pescoço do enforcado?
Os juros
médios cobrados pelos bancos nas operações com cartão de crédito
rotativo aumentaram de 411,9% ao ano, em fevereiro, para 421,3% ao ano,
em março – o maior patamar desde dezembro de 2023, quando estavam em
442,1%. As informações constam do relatório de Estatísticas Monetárias e de Crédito, divulgado nesta sexta-feira (3/5) pelo Banco Central (BC). [Metrópoles]
O Itaú está simplesmente utilizando o maior salão de festas do país, dos maiores do mundo — a
praia de Copacabana, conhecida no mundo inteiro há quase um século,
local do maior Réveillon do mundo, para fazer sua festa de centenário, e
a casa de festas ainda paga por isso?! Para ajudar no rachuncho de um banco?!
O Itaú não faria o show sem esses R$ 20 milhões (10 da prefeitura e 10 do estado)?
A verdade é que prefeitura e estado já estão fazendo muito para a festa.
A Comlurb no trabalho de limpeza para o show e o pós show, onde são esperadas um milhão e meio de pessoas.
Segurança: serão deslocados 3 mil PMs, fora os demais policiais para a segurança do evento.
Toda a logística do transporte urbano alterada.
A circulação dos moradores prejudicada, com fechamentos de ruas.
Por tudo isso o Itaú não está pagando. E vai fazer a festa do seu centenário nesse cenário privilegiado, onde montou um cercadinho privativo para 7500 convidados, afastando o público do palco de Madonna.
De nada disso o Rio reclama. Pelo contrário, o Rio é festeiro e basta andar por Copacabana desde o início da semana para ver que o Rio já respira o grande show que certamente será. E a recebe de braços abertos e aos fãs do mundo inteiro que para cá vieram ou estão vindo.
Já tivemos outros shows com 1,5 milhão, como o dos Rolling Stones. Com 3 milhões, de Jorge Ben Jor. E até um, entre 3,5 e 4,2 milhões, de Rod Stewart, no Réveillon de 1994, que entrou para o Guiness como o maior show gratuito da história.
O da Madonna também vai bombar e nós cariocas estamos felizes com isso.
Mas precisavam prefeitura e estado doarem R$ 20 milhões para o Itaú? Um banco?! É um absurdo.
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A juíza Gabriela Hardt, responsável pela condenação copia & cola de Lula no caso do sítio de Atibaia, em depoimento ao Conselho Nacional de Justiça em maio de 2023, confessa que pode ter errado em casos da Lava Jato, mas por excesso de trabalho. Até aí, nada demais. O problema é o que ela diz a seguir.
O depoimento gravado ao juiz Octávio Costa da Corregedoria Nacional de Justiça, sob o comando de Luis Felipe Salomão, teve trecho de sete minutos divulgado pela coluna de Lauro Jardim no Globo.
— Não temo nada (em relação à correição), porque tenho convicção que
posso ter errado até no caso do Tacla Duran (...). Mas, assim, se eu
errei, não foi culposo. Foi por excesso de trabalho, por equívoco, e é
isso. Entendo que seria melhor para a Justiça se eu não estivesse nesses
processos. Pela polêmica que causa o meu nome.
Curioso a juíza chamar seu erro de "culposo". Um leigo pode errar a definição ou se confundir se um crime ou uma ação é dolosa ou culposa; uma juíza não.
Crime culposo
A definição de crime culposo está prevista no artigo 18, inciso II do
Código Penal, que considera a conduta como culposa quando o agente deu
causa ao resultado por imprudência (agiu de forma precipitada, sem
cuidado ou cautela), negligência (descuido ou desatenção, deixando de
observar precaução normalmente adotada na situação) ou imperícia (agiu
sem habilidade ou qualificação técnica).
Crime doloso
A definição de crime doloso está prevista no artigo 18, inciso I do
Código Penal, que considera como dolosa a conduta criminosa na qual o
agente quis ou assumiu o resultado. [TJDFT]
Se a juíza declara que se errou "não foi culposo" (ou seja, não foi por imprudência, negligência ou imperícia), resta perguntar: errou então por quê? Por dolo, quando "o agente quis ou assumiu o resultado"?
Então o caso Tacla Duran pode mesmo ter sido uma grande armação da 13ª Vara de Curitiba, como ele sempre afirmou?
A juíza Hardt é aquela senhora arrogante, que, no julgamento de Lula que conduziu com extrema agressividade, usou a frase que depois foi copiada por Michelle Bolsonaro em uma camiseta:
— Se o senhor começar nesse tom comigo a gente vai ter problema.
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Os donos das redes sociais e do principal buscador da Internet, o Google, clamam por liberdade nas redes, são contra qualquer tipo de regulamentação, a não ser a feita por eles, que decidem o que nós vemos ou não, através de seus algoritmos.
Agora, um grupo de pesquisadores entrou na Justiça pedindo exatamente o que eles dizem defender: liberdade. Querem se ver livres da ditadura dos algoritmos e para isso entraram na Justiça contra a Meta, dona do Facebook, Instagram, Thread e WhatsApp.
Querem que a Meta não decida mais o que eles veem ou não, que essa seja uma decisão do cidadão, a partir de sua escolha livre no aplicativo.
Atualmente, com a ditadura dos algoritmos, quem tem o controle sobre nossa navegação é a Meta, que define o que nos é apresentado em nossa timeline por critérios da empresa, a partir da leitura que fazem de nossos perfis, e dos interesses da Meta em nos manter conectados e alvos de anunciantes.
A petição foi protocolada pela entidade com foco na liberdade de
expressão Instituto da Primeira Emenda, da Universidade de Columbia, em
Nova York, em nome do pesquisador Ethan Zuckerman, da organização por
direitos digitais Global Voices. Zuckerman é um dos inventores do
anúncio "pop-up" na internet, que dá ao usuário a chance de fechar o anúncio, caso queira. [Folha]
Feitiço contra Feiticeiro
São mais de 200 pesquisadores que assinam a ação para defender o direito sobre aquilo que querem ou não ver nas redes sociais. Mais notícias. Mais publicações de amigos. Mais esportes. O direito de escolher o que quer ver ou não, e não ter suas escolhas definidas pelos algoritmos.
O processo judicial é uma medida preventiva para evitar que o
Facebook bloqueie a ferramenta Unfollow Everything 2.0 (deixe de seguir
tudo 2.0, em tradução livre), que o pesquisador pretende lançar em
breve. A extensão tem o objetivo de facilitar a tarefa de tirar pessoas,
páginas e grupos indesejados da própria rede social.
Atualmente, o usuário precisa deixar de seguir cada conta, página ou grupo por vez.
O Unfollow Everything 2.0 seria um passo inicial para desarticular a curadoria guiada por engajamento das redes sociais da Meta.
A Meta tem barrado todas as iniciativas que visam dar liberdade ao usuário no uso de seus aplicativos.
A ação busca essa liberdade, aquilo que a Meta diz defender quando não quer regulamentação — a não ser a que ela mesma faz.
Com a ação os pesquisadores denunciam também que quem quer cercear a comunicação é a Meta, com a ditadura de seus algoritmos.
Por que não podemos ter o direito de ver o que queremos ver e não o que os algoritmos nos impõem?
Defendendo a liberdade do usuário os pesquisadores fazem o feitiço (a liberdade da comunicação) se virar contra o feiticeiro.
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O juiz João Francisco Campos de Almeida manteve a decisão judicial e negou pela segunda vez a prisão preventiva do pecuarista Claudecy Oliveira Lemes, que devastou uma área do Pantanal do tamanho da cidade de Campinas, SP.
Claudecy teria gastado mais de R$ 25 milhões para promover o desmate químico
em 80 mil hectares no Pantanal mato-grossense, naquele que é apontado como
o maior crime ambiental já registrado no estado, segundo o Ministério
Público do Estado (MPMT).
O
primeiro pedido foi negado no último dia 17. Na decisão, o juiz apontou
que a aplicação de medidas cautelares, no lugar da prisão do
fazendeiro, seria “adequada para atingir os pretensos fins” da
investigação. Nessa nova decisão, ele manteve os argumentos.
Entre as medidas determinadas pelo juiz estão a indisponibilidade de 11 fazendas, a apreensão judicial dos animais
dessas propriedades, o embargo das áreas impactadas e a suspensão
das atividades econômicas. Claudecy Oliveira Lemes também está proibido de deixar o país.
O crime e o acusado
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O Rio está vivendo a expectativa do mega show de Madonna na praia de Copacabana, no próximo sábado, dia 4.
O show é a cereja do bolo da festa pelo centenário de um banco, que lucrou no ano passado R$ 35,6 bilhões, mas mesmo assim passou o chapéu para um rachuncho de R$ 10 milhões da prefeitura do Rio, para ele usar a beleza do Rio e as marcas Rio e Copacabana de graça para se divulgar.
São esperadas 1,5 milhão de pessoas no show.
Será que o homem da foto, o primeiro-ministro de Israel Benjamin Netanyahu, virá ao Rio, deixando de lado o genocídio em Gaza, para acompanhar o último show da turnê da rainha do pop e ganhar novo abraço dela?
A foto de Madonna com Netanyahu foi feita em setembro de 2009, há longos 15 anos. Foi uma visita que ela fez à residência do primeiro-ministro, e foi editada desta outra foto aqui, que dá o contexto:
Madonna juntou-se ao primeiro-ministro israelense e sua família na sexta-feira no tradicional ritual de boas-vindas ao sábado judaico. Um comunicado do gabinete do primeiro-ministro diz que o cantor passou duas horas com Benjamin Netanyahu e sua esposa Sara em sua casa, acendendo velas e recitando uma bênção juntos. Madonna, vista na foto abaixo divulgada pela assessoria de imprensa do governo israelense, usava um vestido preto de mangas curtas ao deixar a casa fortemente vigiada de Netanyahu na sexta-feira. Ela estava acompanhada de seu empresário Guy Oseary, retratado à direita na imagem abaixo.
Tiraria outra foto dessas com ele hoje? Não sabemos. Mas se naquela época ele não tinha a fama tão terrível que adquiriu hoje, após a criminosa investida contra os palestinos em Gaza, já se sabia quem era Netanyahu e o desprezo que tinha pelos palestinos.
Nesta conversa gravada em 2001 (oito anos antes da foto com Madonna), ele afirma que os acordos firmados com os palestinos não deram em nada
principalmente porque ele não os cumpria conforme o combinado. Ele
confessa cinicamente que dava sua interpretação ao que fora assinado, de
acordo com as conveniências de Israel.
Mostra que o que ele diz
não se escreve e a palavra dele só pode ser encarada como verdadeira
quando se refere a seu ódio aos palestinos, que ele no fundo gostaria de
ver exterminados ou pelo menos expulsos de vez do que ele considera
como suas terras — toda a área da antiga Palestina.
E diz que a estratégia a ser usada contra os palestinos é simples:
"É preciso atacá-los de forma dolorosa para que o preço que eles paguem seja insuportável."
São os palestinos que não querem paz?
Um vídeo vazado de 2001 mostra o primeiro-ministro de “israel”, Netanyahu, narrando como ataca intencionalmente os palestinos “dolorosamente”, enganou os EUA e a ONU para quebrar os Acordos de Oslo e explicita a certeza de impunidade. pic.twitter.com/prOHo9IjfS
— FEPAL - Federação Árabe Palestina do Brasil (@FepalB) October 12, 2023
Quando houve o ataque do Hamas a Israel em 7 de outubro do ano passado, Madonna se pronunciou indignada em meio a seu show (o mesmo que vai exibir no Brasil agora).
"Todos nós estamos sofrendo, observando o que está acontecendo em Israel e na Palestina. Parte-me o coração ver crianças sofrendo, adolescentes sofrendo, idosos sofrendo. Tudo isso é de partir o coração, ok? Tenho certeza que você concorda. Mas mesmo que nossos corações estejam partidos, nossos espíritos não podem ser quebrados. Você está comigo? Muitas pessoas dizem, bem, o que posso fazer? Eu sou apenas uma pessoa. Você se sente desesperado. Você se sente impotente, certo? O que podemos fazer? Há muito que podemos fazer. Em primeiro lugar, podemos dizer, posso fazer a diferença porque eu, individualmente, posso trazer luz ao mundo com as minhas ações, com as minhas palavras. Todos os dias, sinto muito que não se trata de dar um sermão em você, mas todos juntos somos pessoas muito poderosas. Podemos nos unir de uma forma sombria e maligna, ou podemos nos unir a partir de um lugar de luz e amor. E se todos tivermos essa consciência coletiva, podemos mudar o mundo e trazer a paz. Não apenas para o Oriente Médio, mas em todo o mundo."
Embora tenha mostrado sua indignação no show e nele tenha citado também a Palestina, Madonna postou em seu perfil no Instagram um vídeo e um texto sobre o 7 de outubro, com crítica apenas ao que aconteceu em 7 de outubro [o genocídio ainda não havia começado, diga-se em nome da verdade].
Este é o texto do vídeo e sua tradução:
"Imagine that you wake up in the morning and you hear this. At 6.30 in the morning Hamas started with a big rocket attack on Israel. And from what seemed like a usual attack from Gaza, became every citizen's worst nightmare. At 7.35, terrorist units invaded the territories of Israel driving cars and motorcycles. They started driving in cities in Israel, shooting and murdering every civilian they passed by. Breaking into civilian homes, taking hostages and murdering families including men, women, babies and elder civilians. While they were taking hostages and killing civilians, some of their units drove to a party, started shooting everyone they saw. Parents are still looking for their missing children, not knowing what happened to them. And unfortunately, it gets worse. The terror units of Hamas controlled the cities for more than 12 hours. Filming and distributing some of their horrible actions when they conquered some of the cities surrounding Gaza. They broke into civilian homes, and those that they couldn't break into were burned, forcing the civilians to get outside and be slaughtered by Hamas' cruel terror units."
"Imagine que você acorda de manhã e ouve isso. Às 6h30 da manhã, o Hamas iniciou um grande ataque com foguetes contra Israel. E o que parecia ser um ataque habitual vindo de Gaza, tornou-se o pior pesadelo de qualquer cidadão. Às 7h35, unidades terroristas invadiram os territórios de Israel dirigindo carros e motocicletas. Eles começaram a dirigir pelas cidades de Israel, atirando e assassinando todos os civis pelos quais passavam. Invadir casas de civis, fazer reféns e assassinar famílias, incluindo homens, mulheres, bebés e civis idosos. Enquanto faziam reféns e matavam civis, algumas de suas unidades foram até uma festa e começaram a atirar em todos os que viam. Os pais ainda procuram os filhos desaparecidos, sem saber o que aconteceu com eles. E, infelizmente, fica pior. As unidades terroristas do Hamas controlaram as cidades durante mais de 12 horas. Filmando e distribuindo algumas de suas ações horríveis quando conquistaram algumas das cidades ao redor de Gaza. Eles invadiram casas de civis, e aquelas que não conseguiram invadir foram queimadas, forçando os civis a sair e serem massacrados pelas cruéis unidades terroristas do Hamas."
Esta a tradução do que Madonna escreveu no Instagram junto com o vídeo:
O que está acontecendo em Israel é devastador.. Ver todas essas famílias e principalmente crianças sendo rebanho, agredido e assassinado nas ruas é de partir o coração. Imagina se isso estivesse acontecendo com você?? É insondável. Conflitos nunca podem ser resolvidos com violência. Infelizmente a humanidade não entende essa verdade Universal. Nunca entendeu. Vivemos num mundo devastado pelo ódio. Meu coração está com Israel. Às famílias e lares que foram destruídos. Às crianças que estão perdidas. Às vítimas inocentes que foram mortas. A todos que estão sofrendo ou que irão sofrer com este conflito. Estou orando por você. Estou ciente de que isto é trabalho do Hamas e há muitas pessoas inocentes na Palestina que não apoiam essa organização terrorista. Esse ataque trágico só vai causar mais sofrimento a todos Vamos todos rezar. Para Israel. 🇮🇱🇮🇱🇮🇱Pela Paz. ♥️ Para o Mundo.
O problema é que de lá para cá muita coisa aconteceu. Houve e está havendo um genocídio em Gaza, cometido por Israel, e Madonna não deu uma única declaração sobre isso. Não disse uma palavra sobre Netanyahu e os crimes de Israel.
Os dados do genocídio são aterrorizantes e estão levando milhares e milhares de pessoas em todo o mundo a se pronunciarem.
Mas Madonna nada disse, a não ser naquele dia em que lamentou o ataque do Hamas.
O GENOCÍDIO ISRAELENSE NA FAIXA DE GAZA
7 de outubro - 3 de abril de 2024
Mortos *
41.496
37.676 civis (209,3 por dia; 8,7 por hora)
15.370 crianças (85,3 por dia; 3,5 por hora)
9.671 mulheres (53,7 por dia; 2,2 por hora)
Feridos
77.250 (em média 40% crianças. 20% mulheres — 30 mil crianças, 15 mil mulheres)
Jornalistas mortos
136 (quase 1 por dia)
Desalojados
2.000.000
Casas completamente destruídas
122.500
Casas parcialmente destruídas
269.700
Sedes de imprensa destruída/danificada
177
Escolas danificadas
443
Instalações industriais destruídas
2.217
Mesquitas danificadas
647
Igrejas danificadas
3
Profissionais de saúde atingidos
869 (349 mortos 520 feridos)
Instalações de saúde destruídas
301 (29 Hospitais, 69 Clínicas, 203 Ambulâncias)
Patrimônio
200
Trabalhadores da defesa civil
198 (42 mortos 156 feridos)
Detidos/desaparecidos à força
3.890 (21,6 por dia, quase 1 por hora)
* O número de mortos inclui aqueles presumivelmente mortos sob os escombros
Neste dia 4 em Copacabana, Madonna vai bater o recorde de público numa única apresentação de seus shows, em plena praia de Copacabana, na Cidade Maravilhosa. Vai comemorar o número de 1,5 milhão de pessoas esperado para este sábado de muito sol e calor humano no Rio.
Os fãs querem apenas assistir ao show. Mas o mundo espera de Madonna umas palavras de solidariedade aos palestinos, como as que disse em solidariedade aos israelenses.
Porque Madonna não é só uma cantora. Sempre foi uma ativista, uma definidora de pensamentos e comportamento. Não pode se calar diante de um genocídio, para ser coerente com ela mesma.
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