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Tarcísio diz que é bolsonarista e mente para provar

Em evento de um grupo empresarial, o governador de São Paulo Tarcísio de Freitas disse que é e vai continuar a ser bolsonarista. Vamos ver até quando.

Na Papuda há uma legião de bolsonaristas arrependidos. E as pesquisas apontam que o bolsonarismo vai diminuindo à medida que passa o tempo até se transformar apenas num pequeno agrupamento de fanáticos, como os que acreditam na terra plana e na dupla cloroquina e ivermectina como elixires contra todos os males.

Mas Tarcísio não se contentou apenas em se declarar bolsonarista. Achou que mais do que se dizer bolsonarista era preciso provar. Para isso usou da razão de ser do bolsonarismo, simbolizado no sentido oculto do M. intrometido entre Jair e Bolsonaro, fundador da seita: a mentira Jair Mentira Bolsonaro.

A mentira está na raiz do bolsonarismo, que diz uma coisa num dia, se desdiz no outro, sem corar. Bolsonaro repete hoje que nunca foi contra as vacinas, por exemplo.

Para provar-se bolsonarista, Tarcísio tratou de enfileirar uma série de mentiras:

"[Vamos continuar acreditando em] Um Brasil que vai aproveitar seu potencial, vai fazer a transição energética. Vamos continuar acreditando no SUS, no SUS universal, vamos continuar acreditando na educação gratuita de qualidade."

Tudo mentira.

Transição energética bolsonarista só se for o carvão das queimadas. Ou consideram transição energética passar a Petrobras adiante, como fizeram com a Eletrobras, privatizando nossa energia?

O governo de passar a boiada, de liberar para o garimpo, de deixar os ianomâmis morrendo de fome e sem atendimento de qualquer espécie.

Como assim, "continuar acreditando no SUS"? Botaram o sargento Garcia, general Pazuello, para tomar conta do ministério da Saúde.

Bolsonaro bradou contra vacinas, distanciamento, "receitou" cloroquina. Colocou pastores para tomarem conta da compra das vacinas, com pedidos de barras de ouro como propina.

Bolsonaro que zombou da notícia do aumento de suicídios no país, com Tarcísio a seu lado ("Pode sorrir, Tarcísio, pode sorrir... tem problema não...").



 "Fevereiro de 21... (risos). Pode sorrir, Tarcísio, pode sorrir, tem problema não. A coisa é séria, pessoal. Gazeta do Povo: 'Depressão e suicídio entre jovens aumentam durante a pandemia", afirmou Bolsonaro, rindo, ao lado de Tarcísio Freitas, ministro da Infraestrutura. [O Globo]

Como bom bolsonarista, Tarcísio endossou a postura negacionista de Bolsonaro durante a pandemia.

No evento, Tarcísio falou também no superávit deixado por Bolsonaro. 

 

Superávit de Bolsonaro?

 

Superávit porque a dupla Bolsonaro-Guedes não pagou R$ 92 bilhões em precatórios empurrados para frente, nem R$ 27 bilhões em reposições de perdas de estados e municípios com cortes de ICMS, promovidos para tentar baixar a inflação na marra.

Durante os quatro anos de seu governo, Bolsonaro não deu aumento real ao salário mínimo, congelou salário de servidores e cortou gastos essenciais em diversas áreas, entre as quais Saúde, Educação e Habitação. Graças a isso:

  • O percentual de crianças na escola que não conseguem interpretar textos subiu de 50% para 70%;
  • A cobertura da vacina contra poliomielite, em crianças até quatro anos, caiu de 100% para 70%;
  • A hospitalização de crianças com insuficiência alimentar aumentou em 11%, alcançado o mais alto índice em 14 anos;
  • Mais da metade da população brasileira, um contingente de mais de 125 milhões de pessoas, representando quase 60% do total, estava vivendo às voltas com algum tipo de insegurança alimentar — os estoques reguladores de alimentos foram zerados no governo Bolsonaro;
  • Foram zeradas as contratações na faixa 1 — famílias com renda mensal até R$ 1,8 mil — do programa Casa Verde Amarela, versão bolsonarista do Minha Casa, Minha Vida. [UOL]

Este foi o custo do tal superávit.

Em mais uma prova de que é mesmo um bolsonarista, Tarcísio disse não saber por que a Polícia Federal está investigando Bolsonaro e bolsonaristas.

Todo o Brasil sabe disso. Só não sabe é por que ainda não estão presos.

Só Tarcísio estranha:

"Não vejo por que a gente está na atenção da Polícia Federal, porque essa corrente está na atenção da Polícia Federal." [Folha]

Apesar de tudo, Tarcísio já declarou que "nunca foi bolsonarista raiz". 

Mas, por suas declarações, fica claro que se trata, sim, de um bolsonarista raiz em que a mídia quer calçar um sapatênis para enfrentar Lula em 2026.

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Processado por Aras, professor desmascara o santo protetor de Bolsonaro na PGR em artigo demolidor

O PGR Augusto Aras resolveu processar o professor Conrado Hubner Mendes, como tem acontecido usualmente no governo contra opiniões divergentes. Aras quer ver o professor preso por tê-lo chamado de Poste Geral da República, por sua submissão interesseira (quer ser indicado à vaga de Marco Aurelio Mello no STF) a Bolsonaro.
 
Sem se intimidar, Conrado Hubner escreveu novo artigo na Folha desmascarando o PGR em análise cirúrgica e demolidora. E que bota foco num problema: o poder quase sem limites de um Procurador Geral da República. Aprecie:

Cuidado com o ilusionismo embutido na verborragia jurídica. Ele não diz o que faz, nem faz o que diz. Do mesmo jeito que pode haver autoritarismo disfarçado de democracia, violência pintada de liberdade, charlatanismo vendido como cura e genocídio como incompetência, pode haver omissão vestida de ação. De fato, não é por falta de trabalho que se lidera omissão institucional dessa magnitude.

Há muito suor e grito por trás do nada fazer contra a política bolsonarista do deixa morrer. O diabo mora nos truques processuais e retóricos. Nesse caso, nas tais “apurações preliminares”.

Costumam funcionar assim: notícias-crime apresentadas ao PGR podem ser arquivadas sumariamente ou virar apurações preliminares; como arquivamentos sumários vinham se avolumando, atores passaram a apresentar notícia-crime ao STF, que tem o dever de encaminhar ao PGR; essa via alternativa criou constrangimentos adicionais ao PGR.

Nesse caso, Aras costuma instaurar apurações preliminares, nome que exala impressão de diligência (mas pode não ser mais que procedimento parado); pode esperar pressão pública se diluir e arquivá-los a qualquer momento; ao contrário de arquivamentos feitos por promotores em geral, arquivamentos do PGR não aceitam recurso, apenas “pedido de reconsideração” para o PGR, que pode ignorar (e tem ignorado). Não há corregedoria.

Administrar o tempo do arquivamento quando a pressão dos holofotes se retrai tem sido sua arte. E quando diz que o “STF acolheu”, insinua que o STF concordou. Contudo, o STF não tem poder de rejeitar. Assim funciona a divisão de trabalho entre Ministério Público e Judiciário no sistema acusatório.

Dos 78 procedimentos, há notícia de apenas três virarem inquéritos: interferência na Polícia Federal, manifestações por intervenção militar e colapso em Manaus. Curiosamente, os dois últimos excluíram o protagonista Bolsonaro da investigação.

Apurações preliminares só se converteram em inquérito diante de pressão pública incontornável. Podem também ser arquivados pelo PGR, mas ao menos o deixam mais exposto, pois correm sob supervisão do STF. Exceto se o STF mudar sua jurisprudência, nem o pastor pode reverter arquivamento monocrático do PGR.

A operação de busca e apreensão contra Ricardo Salles foi ordenada pelo STF sem a anuência do PGR, saída heterodoxa de Alexandre de Moraes. Não precisa de muita imaginação para decifrar o porquê. Damares Alves, Eduardo Bolsonaro e general Heleno, beneficiados por arquivamentos preliminares, não tiveram esse azar. Eram graves as acusações.

Se Aras desse maior transparência aos 78 procedimentos, teríamos discussão informada. Mas como decretou sigilo de muitos, sob justificativa irrecorrível, sonega a fiscalização pública. Ninguém sabe o que se passou neles.

Não existe órgão monocrático com esse grau de irrecorribilidade no sistema de Justiça brasileiro. Nem presidente da República ou ministro do STF gozam de tamanha blindagem.

A Constituição não se preparou para neutralizar ação coordenada entre PGR e presidente. Viabilizou golpe perfeito a partir da combinação de três características do cargo de PGR: livre nomeação pelo presidente (que pode ignorar lista tríplice); livre de controle (“irrecorrível”); livre para promoção imediata (sem quarentena) ao STF.

Um par da estirpe de Aras e Bolsonaro, quando opera em concerto, extrai o máximo dessa arquitetura da omissão e da cooptação. Esse e outros déficits republicanos da democracia brasileira pedem reforma constitucional urgente.

Aras pode entender apurações preliminares, destinadas à gaveta e ao arquivo, como prova de séria dedicação à sua função. Só não pode impedir que tantos observadores, e até ministros do STF, enxerguem coisa pior.



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Prisão de deputado bolsonarista raiz por ordem do STF é teste para ver se realmente 'as instituições estão funcionando'


O ministro do STF Alexandre de Moraes emitiu ordem de prisão contra o deputado bolsonarista Daniel Silveira, um ex-PM traficante de anabolizante.
 
O deputado, que fez sucesso com a turma bolsonarista raiz ao ser um dos que vandalizaram uma placa com o nome de Marielle Franco, postou um vídeo em suas redes sociais atacando e ameaçando os ministros do STF e pedindo um novo AI-5, tudo na contramão da Constituição.
 
A ordem de sua prisão imediata, em flagrante, como determina a Constituição, pelo ministro Alexandre de Moraes, veio seguida de uma informação à Câmara, que pode suspender sua prisão ou, ao contrário, de acordo com a Lei, não apenas aceitá-la como iniciar processo para a cassação de seu mandato.
 
Para agravar sua situação, no momento da prisão, o deputado teve uma estranha licença da Polícia Federal, que lhe permitiu realizar mais um vídeo com ameaças ao Supremo e em especial ao ministro Alexandre, que o mandou prender, em que acrescentava com orgulho indisfarçado que, durante seus poucos anos na PM, foi preso mais de 90 vezes.
 
Pelo visto, ele gosta de uma cadeia.
 
Vai ser o primeiro teste de fogo para ver se o Centrão bolsonarista recém empossado na presidência da Casa vai respeitar a Constituição ou não.
 
Na real, o primeiro teste para que se veja se as instituições estão realmente funcionando, como se apregoa por aí, com 240 mil mortos, num país sem vacina, sem auxílio emergencial, com grande parte da população na miséria e com fome, enquanto o genocida presidente passeia de jet ski e faz pesca submarina curtindo o feriadão de um  Carnaval que não houve.



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