Brum e o desequilíbrio que afunda o barco


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Jota Camelo e a resposta padrão


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A inflação real que esfola os brasileiros exposta em anúncios de jornais e no preço da energia de dois anos atrás



Esses são dois anúncios de página inteira publicados em jornais do Rio em março de 2020, há exatos dois anos. Clique nas imagens para ampliá-las e compare os preços daqueles dias aos de hoje. 

Além disso, nesse período de dois anos, o gás de botijão saltou de R$69,94 em março de 2020 para até R$150 hoje.

No caso da energia elétrica, o patamar 2 da bandeira era R$ 6,24 por 100 kWh consumidos. Hoje, R$14,20.

Isso, somado ao alto desemprego, explica a multidão nas ruas, tantas pessoas em situação de fome e miséria, fruto desse governo criminoso, corrupto e incompetente, que está destruindo o Brasil e os brasileiros, enquanto enriquece os de sempre e, mais, pastores picaretas, militares e milicianos, inclusive a família presidencial.

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Frank e o jeitão dele


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Jota Camelo e a 'democracia' made in USA


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Trecho 'esotérico-sexual' do romance Madame Flaubert, de Antonio Mello

Publico a seguir um trecho —o capítulo 20 da primeira parte— de meu romance Madame Flaubert, publicado em 2013 pela Publisher, de Renato Rovai.

Se você contribuir com o Blog do Mello via PIX (chave é: blogdomello@gmail.com), além de ajudar na manutenção do blog em seu último ano (vou descontinuar em abril do ano que vem, quando o blog completar 18 anos), recebe em casa e autografado um exemplar do romance, que tem 191 páginas e ótimo trabalho na capa e projeto gráfico de Thiago Balbi.

É só fazer o PIX e falar comigo pelo e-mail (o mesmo da chave PIX) ou pelo WhatsApp para passar nome, endereço para o envio etc.

20.

Lauro F. é químico, e trabalhou unicamente, desde que saiu da faculdade, na estatal Upabrás. Tem 52 anos, dois filhos, esposa, e uma vergonha enorme da vida que viveu até cinco anos atrás, quando se aposentou. Nesse dia, avisou à mulher que o marido, o cidadão exemplar e certinho, aposentava-se junto com o químico. Correria atrás de seus sonhos, fossem eles quais fossem - até isso era preciso descobrir, tantas concessões havia feito. Matriculou-se em todos os tipos de cursos: fotografia, gastronomia, teatro, magia, acrobacia, desenho, astrologia, teledramaturgia - onde conheceu o grupo de “roteiristas”. Procurou-se em várias terapias, muitas ao mesmo tempo: bioenergética, neurolinguística, psicanálise individual e de grupo. Visitou templos. Fez viagens e teve experiências esotéricas. Acabou, ao fim de tudo, montando em segredo - ninguém, nem sua mulher sabe disso - um pequeno consultório, numa pequena sala, num centro médico em Botafogo, onde se transformou em Ananda, por ele mesmo definido como um "massagista esotérico-sexual, que transforma as potencialidades erótico-religiosas em ação". Sua clientela é, em sua maioria, formada por mulheres de classe média, média alta e alta, casadas, idade entre 35 e 50 anos.

        Madame B. é uma delas. E esta noite ela está particularmente tensa, necessitando da massagem de Ananda. Deveria ter ligado para Marina - aliás, o marido tem certeza de que ela já o fez. Mas, e a coragem? Como falar com Marina sem sentir-se humilhada, apequenada? Precisa dessa massagem. Amanhã pela manhã sim, já completamente refeita pelas mãos mágicas de Ananda, pegará o telefone e ligará para a casa dela. 

        Com esses pensamentos, Ema entra no pequeno consultório de Ananda, decorado com aqueles objetos comumente encontrados em lojas de artigos indianos: imagens de Buda, Krishna, incensórios, cristais... Após tirar toda a roupa, cobrir-se com uma toalha branca e deitar-se de bruços sobre uma maca coberta por uma colcha com motivos orientais, ela busca relaxar, enquanto aguarda a entrada do massagista. Conta que, hoje, como das vezes anteriores, a massagem lhe devolva a tranquilidade e a firmeza necessárias para continuar suportando tudo. Tem uma confiança, mais que isso, fé, em Ananda. Que ele seja Lauro F. e faça parte daquele "grupo de bêbados e desocupados, que você chama de roteiristas" - na análise cruel que várias vezes externou ao marido -, madame B. não sabe ou suspeita - no que, aliás, não está sozinha. Nem à própria esposa Lauro F. informou sobre a existência de Ananda.

        Uma música suave, o som de uma cítara, inunda o ambiente. Ananda entra, concentradíssimo, as mãos postas junto ao peito nu. A melhor maneira de descrever sua indumentária é associá-la a uma outra: veste-se, unicamente, com um fraldão de neném, com a estranha peculiaridade de um rubi - ou a imitação de um -, do tamanho de uma noz achatada, com aproximadamente cinco centímetros de diâmetro, encravado bem no fim da coluna cervical, um pouco abaixo, exatamente sobre aquele lugar em que você está pensando. Ele aproxima-se de Ema e começa a emitir uns sons indecifráveis, como os de um mantra oriundo de outro planeta, enquanto retira a toalha branca, admira aquele corpo nu à sua frente e passa a massageá-lo.

        — Ah, Ananda, sua massagem é divina! - madame B., sem ao menos se virar para certificar-se de que era o próprio. Se um estranho entrasse na sala e começasse a manuseá-la, ela provavelmente não notaria.

        Ananda começa a massagear a bunda ainda rija de madame B.

        — Quando eu passo as minhas mãos por essas suas duas montanhas, Ema, me sinto como um esquiador... um esquiador ferido que descesse suas montanhas de neve... Você tem o corpo tão frio!... E eu estou ferido e excitado, descendo suas encostas... e com meu sangue, que escorre do ferimento, vou esquentando seu corpo... lentamente... Lentamente a neve começa a se derreter... e o esquiador vai caminhando por suas costas... até o pescoço... e volta novamente aqui ao Muladhara Chakra, no fim da coluna cervical, para estimular a sua Kundaline, a energia feminina que distribui energia para todos os outros chakras... Por isso eu uso esse rubi aqui atrás... o rubi e o dourado são as cores da energia desse chakra...

        — Você acha mesmo o meu corpo frio? - ela, sem virar-se, nunca olhando para ele, como se aquela voz e aquelas mãos fossem parte de sua fantasia.

        — O Muladhara Chakra se relaciona à vida sexual e à vida material... você se preocupa muito com um aspecto e abandona o outro... O meu trabalho é estimular esse aspecto abandonado, por isso o esquiador dá seu sangue para Kundaline... e a neve se derrete... e o corpo fica quente...

 



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'Quando não é milícia, é máfia. Assim se configura o que é tido como governo Bolsonaro'

Assim começa a coluna de hoje do jornalista Janio de Freitas, na Folha, de que reproduzo trecho a seguir. Mas, antes, minha perplexidade: como é possível um governo de fome, destruição, um presidente psicopata, cruel, misógino, e o povo como que anestesiado, dormindo esperando o pesadelo passar, enquanto o Congresso enche os bolsos com bilhões desviados, que deveriam ir para a saúde, a educação, a cultura, o saneamento, a geração de empregos? 

Pior, ainda temos em torno de 1/4 de brasileiros dispostos a manter esse estado de coisas. Como chegamos até aqui? Como vamos olhar o futuro sem nos envergonharmos de termos, de um modo ou de outro —mesmo na oposição— permitido? Vamos fazer como os alemães, que ao fim da guerra alegaram não saber dos campos de concentração e de extermínio, embora seis milhões de pessoas tenham sido executadas e o fedor da morte dos campos se espalhasse pelo país?

Vemos nas ruas os flagelados implorando por qualquer ajuda, enquanto o presidente zomba e passeia de lancha, de moto, de jet ski, e boa parte dos congressistas enche os bolsos de dinheiro, junto com milhares de militares que se aboletaram no governo, e pastores vendilhões do templo, que cobram até em barras de ouro.

Como permitimos e estamos permitindo, ou, como diz Bolsonaro, a culpa é sempre dos outros? 

Quantos de nós ainda morreremos até que esse canalha e sua turma de militares, pastores, congressistas,juízes, procuradores sejam enfiados na Papuda para sempre?

O Janio:

Quando não é milícia, é máfia. Assim se configura o que é tido como governo Bolsonaro. Assim são as forças operativas e extrativas instaladas no poder por efeito de deturpação eleitoral, com fraudulências judiciais, e de ingerência do comando do Exército no processo eletivo.

Se as motivações para a eleição deturpada eram diferentes, seus objetivos foram antidemocraticamente os mesmos.

A ideia de que esse governo despreza o caráter laico do Estado, associando-o outra vez à religião, não é errada, mas é imprecisa. Bolsonaro abriu o poder e os cofres públicos a uma corrente de pastores evangélicos que não é mais nem menos do que máfia de falsos pastores infiltrada no evangelismo.

É a bandidagem que multiplica alegadas igrejas para enriquecer, pela exploração criminosa da ingenuidade e do desamparo –e, esta a inovação de Bolsonaro, pela exploração das instituições oficiais e dos vários meios e cofres do governo.

Já na corrupção comprovada pela CPI da Covid, esse ramal dos falsos pastores evangélicos apareceu nas negociatas que Augusto Aras, o nominal procurador-geral da República, não quer sob inquérito.

O braço da máfia agora flagrado no assalto ao cofre da Educação, aberto "a pedido especial" de Bolsonaro como dito pelo próprio ministro Milton Ribeiro, está presente no Planalto e no Alvorada.

Se o ar cândido de Michelle Bolsonaro é autêntico ou enganoso, ainda não está claro, o que invalida as acusações e as defesas que suscita. Mas aí está, sobrepondo-se às inexplicadas somas recebidas do miliciano Fabrício Queiroz, o seu comprometimento como protetora do ministro e dos pastores mafiosos que têm manejado, em proveito próprio, altas verbas da Educação.

Não só Milton Ribeiro se tornou ministro por intermédio de Michelle. Bolsonaro não nomeou novos ministros do Supremo, apenas plantou lá dois guarda-costas. Ao menos um deles, por insistência de Michelle: o pastor André Mendonça, que já exibe o seu propósito lá. O outro atendeu a vários interesses, entre os quais consta a bênção de Michelle em troca do compromisso pró-André.

O agradecimento público deste segundo e sua exuberante comemoração com Michelle selaram, para todos os fins, a busca de anexação até da mais alta instituição de justiça pelo evangelismo de bandidagem.

Não foi só a Saúde nem é só a Educação. É o governo todo.

Quem o diz é o próprio Bolsonaro, por exemplo, em recente reunião com as cúpulas evangélicas no Alvorada: "Eu dirijo a nação para o lado que os senhores assim desejarem". Ressalve-se que era meia verdade: ele dirige a nação para o lado desejado pela corrente mafiosa entre os evangélicos, entre os empresários, entre os políticos e entre os militares.

O pedido de inquérito feito por Augusto Aras e a anunciada investigação da Polícia Federal sobre os pastores de verbas tanto podem ser úteis como servirem para evitar investigações de fato e CPI. Por ora, e considerados os proponentes, estão longe de confiáveis.


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Nando Motta e o batizado do Bozo


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Pandemia: Enquanto morriam mais de 6 milhões de pessoas —uma por segundo—, a cada 26 horas surgia um novo bilionário no mundo

Os números da pandemia do coronavírus causador da COVID são terríveis. Até o momento desta postagem são 479 milhões de contaminados e 6,12 milhões de mortos pelo mundo —claro, levando-se em conta apenas os notificados. Segundo a OXFAM, Oxford Committe for Famine Relief (Comitê de Oxford para Alívio da Fome), morre um ser humano de COVID a cada segundo. 

Mas se os números são terríveis para a maioria da humanidade, há quem veja a pandemia com bons e lucrativos olhos: neste período da pandemia, surgiu um novo bilionário a cada 26 horas no planeta.

Os 10 homens mais ricos do mundo mais que dobraram suas fortunas, de US$ 700 bilhões para US$ 1,5 trilhão – a uma taxa de US$ 15 mil por segundo, ou US$ 1,3 bilhão por dia – durante os dois primeiros anos da pandemia de Covid-19. Por outro lado, a renda de 99% da humanidade caiu e mais de 160 milhões de pessoas foram empurradas para a pobreza.

É o que revela o novo relatório da Oxfam, A Desigualdade Mata, lançado neste domingo (16/1).

“Os 10 homens mais ricos do mundo têm hoje seis vezes mais riqueza do que os 3,1 bilhões mais pobres do mundo ”, afirma Katia Maia, diretora executiva da Oxfam Brasil.

No Brasil, são 55 bilionários com riqueza total de US$ 176 bilhões. Desde março de 2020, quando a pandemia foi declarada, o país ganhou 10 novos bilionários. O aumento da riqueza dos bilionários durante a pandemia foi de 30% (US$ 39,6 bilhões), enquanto 90% da população teve uma redução de 0,2% entre 2019 e 2021. Os 20 maiores bilionários do país têm mais riqueza (US$ 121 bilhões) do que 128 milhões de brasileiros (60% da população).

“É inadmissível que alguns poucos brasileiros tenham lucrado tanto durante a pandemia quando a esmagadora maioria da população ficou mais pobre”, afirma Katia Maia, diretora executiva da Oxfam Brasil. “Milhões de brasileiros sofreram com a perda de emprego e renda, enfrentando uma grave crise sanitária e econômica.”

 Leia reportagem completa aqui.

[Clique aqui e conheça a página de meu livro ELA, que acabei de criar no Facebook. Trata de uma mulher, com incrível habilidade com armas, e uma Organização disposta a assassinar todos os bilionários do planeta.]


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Nando Motta e o supermercado Centrão do Palácio do Planalto


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Aras pediu e a ministra Cármen aceitou abrir inquérito para investigar desvio de verbas do ministério da Educação a mando de Bolsonaro

A ministra do STF Cármen Lúcia aceitou o pedido de PGR Augusto Aras e determinou abertura de inquérito para investigar o desvio de verbas do ministério da Educação para pastores amigos de Jair Bolsonaro, a pedido do presidente. Pelo menos foi o que o próprio ministro Milton Ribeiro afirmou em áudio, que tinha ordem do presidente para atender aos pedidos dos pastores Gilmar Santos e Arilton Moura. [ouça o áudio aqui]

Na decisão, Cármen ressalta que o cenário exposto de fatos "contrários à direito, à moralidade pública e à seriedade republicana" impõe a investigação penal como atendimento de incontornável dever jurídico do Estado e constitui resposta obrigatória do Estado à sociedade. 

"A indisponibilidade da pretensão investigatória do Estado impede que os órgãos públicos competentes ignorem o que se aponta na notícia, sendo imprescindível a apuração dos fatos relatados, com o consequente e necessário aprofundamento da investigação estatal e conclusão sobre o que noticiado."

Para a ministra, os fatos são gravíssimos e "agressivos à cidadania e à integridade das instituições republicanas que parecem configurar práticas delituosas". [Fonte]

A ministra deu prazo de 30 dias, mas Bolsonaro já disse ontem em sua live que "bota a cabeça no fogo pelo ministro".

Com a celeridade que o Planalto atende ao Judiciário, o inquérito só deve ser finalizado quando Bolsonaro não for mais presidente, e vai se juntar às centenas de outros que estão ou serão abertos contra ele, que devem mandá-lo por um bom tempo para a Papuda.


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Lafa e a centopeia desumana


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Brum e o indiciamento pelo Ministério Público de Bolsonaro e Wal do açaí


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