Golpistas bolivianos plagiam projeto de Estatuto da Catalunha

Não basta que seja golpista, preconceituosa, racista e violenta. A direita boliviana é preguiçosa. Para dar o golpe e declarar a independência da província de Santa Cruz, eles simplesmente plagiaram descaradamente (em vários trechos simplesmente copiaram) o “Estatuto de Autonomia da Catalunha [Espanha]”, de 1979.

Repare nas coincidências. Trecho do Estatuto da Catalunha:

En el proceso de recuperación de las libertades democráticas, el pueblo de Cataluña recobra sus instituciones de autogobierno.

Cataluña, ejerciendo el derecho a la autonomía que la Constitución reconoce y garantiza a las nacionalidades y regiones que integran España, manifiesta su voluntad de constituirse en comunidad autónoma.

En esta hora solemne en que Cataluña recupera su libertad, es necesario rendir homenaje a todos los hombres y mujeres que han contribuido a hacerlo posible.

El presente Estatuto es la expresión de la identidad colectiva de Cataluña y define sus instituciones y sus relaciones con el Estado en un marco de libre solidaridad con las restantes nacionalidades y regiones. Esta solidaridad es la garantía de la auténtica unidad de todos los pueblos de España.

Agora o Estatuto de Santa Cruz:

En el proceso de recuperación de las libertades democráticas, el pueblo cruceño recobra sus instituciones de autogobierno.

Santa Cruz, ejerciendo el derecho a la autogestión, que eligió a través del voto, con un Si rotundo a la pregunta del Referéndum vinculante sobre Autonomías Departamentales, de manera soberana ha determinado constituirse en Departamento Autónomo.

En esta hora solemne en que Santa Cruz recupera su Libertad, es necesario rendir homenaje a todos los hombres y mujeres que han contribuido para hacerlo posible, pues la Libertad, la Democracia y la Justicia, son fundamentos de la forma de vida que nos enseñaron nuestros próceres.

El presente Estatuto es la expresión de la identidad colectiva de Santa Cruz y define sus instituciones, así como las relaciones con el Estado, en un marco de libre solidaridad con todos los departamentos de la República. Esta solidaridad es la garantía de la auténtica unidad de todos los pueblos de Bolivia. [leia mais sobre as coincidências aqui]

Aos racistas bolivianos, como já mostrei aqui, só interessa a violência. E são apoiados pelos EUA e pela Espanha, via PRISA, logo, Opus Dei.

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Por que demos e tucanos estão nervosos

O Blog do Alê, que tem sempre números atualizados sobre a nossa economia, mostra a razão do desespero que baixou no terreiro dos demos e dos tucanos. Basta ler alguns títulos das postagens deste ano de 2008:

. Captação da poupança bate recorde e chega a R$ 33,37 bilhões em 2007

. Cai relação entre cesta básica e mínimo, a menor desde 1972

. Empresas brasileiras têm melhor resultado da década, diz Serasa

. Renda média familiar no Nordeste cresce 12%

. Calçados desmentem previsão e crescem 8%

Todos os números do governo são positivos. O país está otimista quanto ao futuro. Mas a nossa alegria é a desgraça deles. E vice-versa, como demonstraram as urnas, onde eles levaram surras históricas.

Não é por outra razão que eles fazem qualquer coisa para atrapalhar o governo. Ainda que isso signifique, por extensão, atrapalhar o país.

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Veja a ‘frota’ iraniana que ameaçou a Marinha americana


O Azenha publicou em seu site uma postagem ironizando a “frota” iraniana que ameaçou uma fragata, um cruzador e um destróier americanos, no estreito de Ormuz.

De acordo com a mídia americana, três navios americanos foram "importunados" ou "molestados" ou "atormentados" por cinco lanchas do Irã, no estreito de Ormuz, que os jornalistas daqui fizeram questão de destacar que é "o gargalo" por onde passam 20% do petróleo exportado através do Golfo Pérsico.

Embora o incidente tenha acontecido no domingo de manhã, só hoje ganhou destaque no noticiário - na véspera da viagem em que o presidente George Bush pretende demonizar o Irã no Oriente Médio.

Segundo o repórter da NPR, National Public Radio, uma das poucas fontes confiáveis de notícia nos Estados Unidos, as lanchas iranianas "swarmed" em direção aos três navios americanos, ou seja, a acreditar nele era uma espécie de "enxame". Qual teria sido a ameaça? Uma mensagem de rádio dizendo que um dos navios americanos ia explodir... Um cruzador, um destróier e uma fragata armados com o que há de mais moderno no mundo ameaçados por cinco lanchas do Irã. E isso não foi na costa americana. Foi no estreito de Ormuz, em águas internacionais, mas bem próximo da costa do Irã. Parabéns ao Pentágono. Assim é que se faz propaganda.

Veja no vídeo aí acima, divulgado agora à noite pela Marinha americana, o poder de fogo da tal frota iraniana.

Sei não... Acho que uma barca Rio-Niterói desgovernada é mais perigosa...

A mistificação da mídia se revela no fecho da reportagem no site Sky News:

A US official, who spoke on condition of anonymity, said: "It is the most serious provocation of this sort that we've seen yet."

O anonimato é fundamental para dar alguma importância ao ocorrido, não? Porque duvido que alguém – a não ser o presidente Bush – teria coragem de se expor a tal ridículo.

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Danielle Mitterrand, uma carta aberta em defesa de Evo Morales e da democracia na Bolívia

Danielle Mitterrand escreveu uma bela carta, publicada na antevéspera do Natal no La Jornada, do México – a Carta aberta aos dirigentes europeus.

Nela, Mitterrand pede o apoio internacional ao governo de Evo Morales, ameaçado por uma direita raivosa, racista e preconceituosa, que conta com amplo apoio dos EUA e da grande imprensa mundial – aí incluída, é claro, a nossa gloriosa “grande imprensa”.

A seguir, trechos da Carta, que pode ser lida na íntegra aqui. Os grifos são meus.

Carta abierta a los dirigentes europeos

Tal como Europa lo ha aprendido y cruelmente pagado, la democracia necesita ser vivida sin cesar, reinventada, defendida tanto en el interior de nuestros países democráticos como en el resto del mundo. Ninguna democracia es una isla. Las democracias se deben asistencia mutua. Hoy hago, por eso, un llamado a nuestros dirigentes y a nuestros grandes órganos de prensa: sí, lo afirmo, la joven democracia boliviana corre un peligro mortal.

(…)

En favor de un caos cuidadosamente instrumentado, renacen las amenazas separatistas de las regiones más ricas, que rechazan el juego democrático y no quieren “pagar por las regiones más pobres”.

Grupos activistas neofascistas y bandas paramilitares, subvencionadas por la gran burguesía boliviana y ciertos intereses extranjeros, instalan un clima de miedo en las comunidades indígenas. Recordemos en qué terminaron Colombia y Guatemala, recordemos sobre todo la democracia chilena, asesinada el 11 de septiembre de 1973 después de un proceso idéntico de desestabilización.

Se puede matar una democracia también por medio de la desinformación. No, Evo Morales no es un dictador. No, no es la cabeza de un cártel de traficantes de cocaína. Estas imágenes caricaturescas se hacen circular en nuestros países sin la menor objetividad, como si la intrusión de un presidente indígena y la potencia creciente de ciudadanos electores indígenas fuesen insoportables, no sólo a las oligarquías latinoamericanas sino también a la prensa bienpensante occidental. Como para desmentir aún más la mentira organizada, Evo Morales hace un llamado al diálogo, rehúsa hacer uso del ejército y pone incluso su mandato en la balanza.

Solemnemente llamo a los defensores de la democracia, a nuestros dirigentes, a nuestros intelectuales, a nuestros medios de comunicación. ¿Vamos a esperar que Evo Morales conozca la suerte de Salvador Allende para llorar sobre la suerte de la democracia boliviana?

La democracia tiene valor para todos o para nadie. Si la amamos en nuestra patria, debemos defenderla por todos los lugares donde esté amenazada. No nos toca, como algunos lo pretenden con arrogancia, ir a instalarla en otras naciones mediante la fuerza de las armas; en cambio, nos toca protegerla en nuestro país con toda la fuerza de nuestra convicción y estar al lado de aquéllos que la han instalado en su nación.

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Mais de U$ 75 bi saem do Brasil por ano rumo aos paraísos fiscais

cartum animado de dinheiro voando

Matéria publicada na Folha Online denuncia que metade do dinheiro enviado do Brasil para o exterior vai para os chamados paraísos fiscais. Os números são de 2006, e impressionam.

De cada US$ 2 que sai do Brasil, US$ 1 vai parar em paraísos fiscais, segundo levantamento feito pelo Banco Central. Ao todo, pessoas físicas e empresas possuem US$ 152,2 bilhões aplicados em outros países, dos quais US$ 75,7 bilhões estão em locais que, segundo a Receita Federal, são conhecidos por cobrar pouco imposto de renda e manter sob sigilo os nomes dos donos das empresas instaladas na região.

Só para as Ilhas Cayman, Bermudas, Ilhas Virgens Britânicas e Bahamas foram enviados US$ 72,3 bilhões. Quase o que seria recolhido pela CPMF em dois anos. A CPMF acabou. A farra com o dinheiro, não. Pelo contrário, vai aumentar, sem a movimentação financeira flagrada pela CPMF.

Isso me trouxe à cabeça uma canção dos anos 80, “A dois passos do paraíso”, da Blitz. Com a letra ligeiramente modificada por mim.

Estou a dois passos do paraíso
Bilhões e bilhões voando pro exterior
E sabe quem está a meu lado?
Outros bilhões que não foram declarados.
E para o povo brasileiro,
Bye, bye, trouxas, bye, bye
Bye, bye, trouxas, bye, bye

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Taxa de mortalidade infantil em Cuba é menor do que nos EUA

Em 2007, a taxa de mortalidade infantil em Cuba ficou em 5,3 para cada mil nascimentos. Nos EUA a taxa é de seis. Em 21 municípios de Cuba, a mortalidade infantil foi... zero.

Em Cuba, morreram apenas 21 mães, a cada 100 mil nascimentos. A taxa mundial é de 400 mortes por 100 mil.

Os baixos índices de mortalidade infantil e materna se sustentam graças a um sistema de saúde acessível e gratuito para toda a população, sem exceções, desde o início da Revolução, a 1° de janeiro de 1959.

Em Cuba, de forma programada as crianças sãs são consultadas por um profissional de Puericultura 12 vezes ao ano, contam com os exames de um geneticista e recebem imunização contra 12 doenças preveníveis.

Para mais comparações entre os sistemas de saúde cubano e americano, assista a este trecho de Sicko, último filme de Michael Moore, ainda inédito no Brasil.

Nele, o polêmico diretor americano mostra como os planos de saúde tratam os cidadãos americanos e como são tratados os pacientes em Cuba. Este vídeo é exclusivo do blog.



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Reportagem de O Globo pode ter decretado a morte de menor de 15 anos

Foto de corpo inteiro do menor de costas, com a legenda

O que pretendia o jornal O Globo quando publicou reportagem reproduzindo declarações de um delegado de que um menor de 15 anos entregou todos os nomes e o esquema de assaltos feito por mototaxistas, e ainda publicou esta foto do menor reproduzida aqui – onde ele é facilmente reconhecível - e com a legenda “O menor apreendido ontem, que entregou os cúmplices: olheiro do bando”?

Repare que a legenda não diz que o jovem confessou, mas que ele “entregou os cúmplices”.

Quem entrega alguém é cagüete, dedo-duro, X-9. E sabemos o castigo que lhes é reservado no mundo do crime.

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As FARC confirmam que menino é mesmo Emanuel

Podem parar as pesquisas de DNA e as especulações. Em comunicado, datado de 2 de janeiro, mas só divulgado agora à noite na Venezuela, as FARC confirmam que o menino “encontrado” num orfanato é mesmo Emanuel. E afirmam que ele foi seqüestrado pelo presidente colombiano Álvaro Uribe. No item 3 do comunicado está escrito:

A opinião pública nacional e internacional entende muito bem que Emanuel não podia estar no meio das operações bélicas do Plano Patriota, dos bombardeios e combates, a mobilidade permanente e as contingências da selva. Por isso este menino, de pai guerrilheiro, tinha sido deixado em Bogotá sob o cuidado de pessoas honradas, enquanto se assinava o acordo humanitário. Uribe, que já seqüestrou na capital as provas de vida [dos reféns] que se destinavam ao Presidente Chávez, seqüestra agora Emanuel. Assim como capturou e encarcerou os correios humanitários, agora procede do mesmo modo com as pessoas encarregadas de cuidar do menino. Emanuel ia ser entregue, junto com sua mãe, ao Presidente Chávez de Venezuela. (clique aqui para ler a íntegra do comunicado das FARC, em espanhol).

Seqüestrado ou não por Uribe, o fato é que o presidente da Colômbia está com Emanuel e as FARC - que afirmavam que iriam entregar o menino a Chávez - não.

Agora só resta às FARC liberarem rapidamente os dois outros reféns, conforme haviam prometido, para tentar conter a avalanche da mídia internacional, que vai desacreditar a guerrilha e deitar e rolar na sopa de Chávez.

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FHC, demos e tucanos derrubaram a CPMF obrigando o governo a cortar custos e aumentar impostos

Infográfico mostrando que aumento de impostos vai afetar cheque especial, financiamento de casa própria, automóveis, operações com cartão de crédito, financiamento pessoal

Como dizia o Fernando Vanucci, Alô, você, que comemorou o fim da CPMF, vibrando com uma derrota do governo Lula.

Alô, você, que vibrou com os discursos inflamados e indignados do demo-senador Agripino e do tucano Arthur Virgílio.

Alô, você, que acreditou nos líderes oposicionistas que disseram que o governo poderia abrir mão de R$ 40 bilhões (com o fim da CPMF) sem aumentar impostos - o que sabiam não ser possível.

Alô, você, sabe quem vai pagar essa conta? Você – e eu. O governo aumentou impostos e todas as operações mostradas na imagem reproduzida aí acima vão ficar mais caras. O infográfico está na primeira página de O Globo de hoje.

O fim da CPMF, como afirmei aqui, foi uma vitória de FHC, dos demos e sonegadores. Se você não faz parte do grupo, estrepou-se. Como eu e outros milhões de brasileiros.

Alô, você, que é funcionário público federal e estava esperando um reajuste para este ano. Já era.

Alô, você, que estava se preparando para novos concursos públicos federais. Sinto muito, sem o dinheiro da CPMF o governo decidiu congelar a maioria dos concursos previstos para este ano. Assim como R$ 4 bilhões por ano, que dependiam dela, não irão para a área da Saúde.

Alô, você, que vai votar nas eleições deste ano, lembre-se bem daqueles que se alegraram e comemoraram a sua desgraça. A nossa desgraça.

Este vídeo aqui, criado por mim, é pra você.


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Nem Civita lê a Veja

Pelo menos é a conclusão a que se chega ao ler o artigo publicado pelo editor da revista e presidente do Grupo Abril, Roberto Civita, no último número da Veja de 2007, e que foi reproduzido no Blog do Nassif.

Com elogios ao governo do presidente Lula, Civita mostra que ou bem não lê a revista ou o faz, mas não acredita numa única linha do que é publicado ali. Sabe que o que a Veja e seus pitblogueiros fazem não é jornalismo, é apenas colocar lenha na fogueira dos indignados úteis para vender revista.

Pelo menos foi o que ele confessou em entrevista à newsletter eletrônica Jornalistas & Cia, em julho do ano passado, que comentei aqui.

Roberto Civita: “... Os leitores clamam, (...), querem que a sua revista se indigne. Eles querem. Os brasileiros, hoje, não posso falar de outras partes do planeta, mas os leitores de Veja querem a indignação de Veja. Eles ficam irritados conosco quando não nos indignamos. Estou tentando explicar, não justificar. Acho que Veja se encontra toda semana na difícil posição, de um lado, de saber que reportagem é reportagem e opinião é opinião, sendo que não tem editoriais além daquele da frente; e, de outro, sabendo que os leitores..."

Que o presidente do Grupo Abril e editor de Veja não leia a revista que edita ou não acredite no que ela publica é notícia para ter uma repercussão maior do que a que teve. O que só prova o nível de descrédito a que chegou a outrora respeitável publicação.

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Feliz 2008, e Paradoxo ambulante, por Eduardo Galeano

Como já é tradição, Ano Novo, blog com cara nova.

Nesta primeira postagem do ano - e 1807ª (milésima octingentésima sétima) do blog - desejo a você que me visita um 2008 repleto de boas notícias.

Para iniciar, trechos de um artigo de Eduardo Galeano, publicado no último dia 30 no jornal argentino Página 12.

O primeiro trecho (penúltimo, no original) foi traduzido por mim.

Milhares de anos antes que a invasão norte-americana levasse a civilização ao Iraque, nessa terra bárbara nasceu o primeiro poema de amor da história universal. Em língua suméria, escrito no barro, o poema narrou o encontro de uma deusa e um pastor. Inanna, a deusa, amou essa noite como se fora mortal. Dumuzi, o pastor, foi imortal enquanto durou a noite.

O artigo pode ser lido na íntegra aqui.

La paradoja andante

Por Eduardo Galeano

Cada día, leyendo los diarios, asisto a una clase de historia.

Los diarios me enseñan por lo que dicen y por lo que callan.

La historia es una paradoja andante. La contradicción le mueve las piernas. Quizá por eso sus silencios dicen más que sus palabras y con frecuencia sus palabras revelan, mintiendo, la verdad.

De aquí a poco se publicará un libro mío que se llama Espejos. Es algo así como una historia universal, y perdón por el atrevimiento. “Yo puedo resistir todo, menos la tentación”, decía Oscar Wilde, y confieso que he sucumbido a la tentación de contar algunos episodios de la aventura humana en el mundo, desde el punto de vista de los que no han salido en la foto.

Por decirlo de alguna manera, se trata de hechos no muy conocidos.

Aquí resumo algunos, algunitos nomás.

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Cuando fueron desalojados del Paraíso, Adán y Eva se mudaron al Africa, no a París.

Algún tiempo después, cuando ya sus hijos se habían lanzado a los caminos del mundo, se inventó la escritura. En Irak, no en Texas.

También el álgebra se inventó en Irak. La fundó Mohamed al Jwarizmi, hace mil doscientos años, y las palabras algoritmo y guarismo derivan de su nombre.

Los nombres suelen no coincidir con lo que nombran. En el British Museum, pongamos por caso, las esculturas del Partenón se llaman “mármoles de Elgin”, pero son mármoles de Fidias. Elgin se llamaba el inglés que las vendió al museo.

Las tres novedades que hicieron posible el Renacimiento europeo, la brújula, la pólvora y la imprenta, habían sido inventadas por los chinos, que también inventaron casi todo lo que Europa reinventó.

Los hindúes habían sabido antes que nadie que la Tierra era redonda y los mayas habían creado el calendario más exacto de todos los tiempos.

- - -

(…)

El monumento más alto de la Argentina se ha erigido en homenaje al general Roca, que en el siglo diecinueve exterminó a los indios de la Patagonia.

La avenida más larga del Uruguay lleva el nombre del general Rivera, que en el siglo diecinueve exterminó a los últimos indios charrúas.

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John Locke, el filósofo de la libertad, era accionista de la Royal Africa Company, que compraba y vendía esclavos.

Mientras nacía el siglo dieciocho, el primero de los borbones, Felipe V, estrenó su trono firmando un contrato con su primo, el rey de Francia, para que la Compagnie de Guinée vendiera negros en América. Cada monarca llevaba un 25 por ciento de las ganancias.

Nombres de algunos navíos negreros: Voltaire, Rousseau, Jesús, Esperanza, Igualdad, Amistad.

Dos de los Padres Fundadores de los Estados Unidos se desvanecieron en la niebla de la historia oficial. Nadie recuerda a Robert Carter ni a Gouverner Morris. La amnesia recompensó sus actos. Carter fue el único prócer de la independencia que liberó a sus esclavos. Morris, redactor de la Constitución, se opuso a la cláusula que estableció que un esclavo equivalía a las tres quintas partes de una persona.

“El nacimiento de una nación”, la primera superproducción de Hollywood, se estrenó en 1915, en la Casa Blanca. El presidente, Woodrow Wilson, la aplaudió de pie. El era el autor de los textos de la película, un himno racista de alabanza al Ku Klux Klan.

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(…)

Los campos de concentración nacieron en Africa. Los ingleses iniciaron el experimento, y los alemanes lo desarrollaron. Después Hermann Göring aplicó, en Alemania, el modelo que su papá había ensayado, en 1904, en Namibia. Los maestros de Joseph Mengele habían estudiado, en el campo de concentración de Namibia, la anatomía de las razas inferiores. Los cobayos eran todos negros.

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(…)

A Hitler no le faltaron amigos. La Rockefeller Foundation financió investigaciones raciales y racistas de la medicina nazi. La Coca-Cola inventó la Fanta, en plena guerra, para el mercado alemán. La IBM hizo posible la identificación y clasificación de los judíos, y ésa fue la primera hazaña en gran escala del sistema de tarjetas perforadas.

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(…)

Operaciones de marketing. La opinión pública es el target. Las guerras se venden mintiendo, como se venden los autos.

En 1964, los Estados Unidos invadieron Vietnam, porque Vietnam había atacado dos buques de los Estados Unidos en el golfo de Tonkin. Cuando ya la guerra había destripado a una multitud de vietnamitas, el ministro de Defensa, Robert McNamara, reconoció que el ataque de Tonkin no había existido.

Cuarenta años después, la historia se repitió en Irak.

(…)

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