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Candidatura de Ramagem a prefeito do Rio depende de ele e Bolsonaro não serem presos até lá

Este é um primeiro fator: a prisão ou não tanto do ex-presidente da Abin, atual deputado federal pelo Rio, Alexandre Ramagem, quanto seu padrinho político, ex-presidente Bolsonaro.

Para que sua candidatura à prefeitura do Rio, apadrinhada por Bolsonaro, tenha alguma chance eles não devem ser presos até o dia das eleições, 6 de outubro.

A Polícia Federal está investigando o uso do sistema de geolocalização de dispositivos móveis por servidores da Abin, à época de Alexandre Ramagem na presidência, sem a autorização judicial. 

Ramagem não é formalmente investigado, mas as investigações estão no começo e o alcance dos grampos pegou ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), jornalistas e adversários do ex-presidente Bolsonaro num período de três anos: 2019, 2020 e 2021. 

É bom lembrar que o ministro da Justiça que vai assumir daqui a uns dias, Ricardo Lewandowski, foi quem pediu à PGR, ainda quando era ministro do STF, que investigasse um possível crime anterior da mesma Abin, com favorecimento de Flavio Bolsonaro.

Portanto, a candidatura de Ramagem depende do rumo das investigações da PF sobre sua passagem pela Abin.

Já o ex-presidente Jair Bolsonaro tem tantas acusações contra ele que fica difícil dizer qual a que vai mandá-lo primeiro para a cadeia e quando.

Se for antes das eleições, também prejudica a candidatura de Ramagem, se não a inviabiliza, pois é um quase desconhecido no Rio.

Se não bastasse isso, há, além dos problemas com a Justiça, dois possíveis problemas políticos.

Um, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, está, como diria o saudoso ex-governador Leonel Brizola, costeando o alambrado, mandando sinais para Lula, a quem elogiou bastante em entrevista recente, dizendo até que Lula é "um fenômeno, sem comparação com Bolsonaro", o que teria enfurecido o ex-presidente.

O segundo problema chama-se Romário, que é do mesmo PL de Ramagem e Bolsonaro. O Baixinho sonha ser prefeito do Rio. É senador eleito e reeleito no estado, portanto, um candidato muito mais viável para o PL do que Ramagem.

Será que Romário vai aceitar sentar no banco para Ramagem?

É muito "se" para um candidato desconhecido chegar lá.


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Mal assume novo diretor-geral troca chefe PF do Rio, que investiga Flávio Bolsonaro e assassinato de Marielle


Rápido no gatilho


Uma das primeiras atitudes do novo diretor-geral da Polícia Federal nomeado por Jair Mentira Bolsonaro, Rolando Souza, foi trocar o superintendente da PF no Rio, Carlos Henrique Oliveira.

A PF do Rio era objeto de disputa entre Bolsonaro e o ex-ministro Moro. O presidente queria acesso a relatórios da PF sobre as investigações que envolvem Flávio Bolsonaro no caso das rachadinhas e o assassinato de Marielle Franco, em que estão envolvidos milicianos ligados à família.

Carlos Henrique Oliveira caiu para cima e vai ser diretor-executivo, o número dois na estrutura da PF.
Assim como Rolando era o número 2 na estrutura da Abin, cujo diretor é o primeiro indicado de Bolsonaro para o cargo, Alexandre Ramagem, que teve a posse anulada por decisão do ministro Alexandre de Moraes.

Manobrando as peças, Bolsonaro conseguiu o que queria, nomeando um aparente laranja, que vai fazer à frente da PF o que estava destinado a Ramagem.

A mudança rápida na equipe do Rio era questão de honra para Bolsonaro, a ponto de levar Moro à demissão e o novo diretor-geral a trocar o superintendente logo de cara.

Será que a Polícia Federal, que nos governos do PT teve autonomia, vai aceitar trabalhar sob a rédea curta de Bolsonaro enviando relatórios diários ao presidente sobre operações que envolvem a família?

Cadê o Queiroz?

Quem mandou matar Marielle?








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Alexandre de Moraes suspende nomeação de parça dos Bolsonaro como diretor da PF

Alexandre de Moraes

Ministro concedeu liminar a pedido do PDT


Marcada para hoje, a posse do ex-diretor da Abin, Alexandre Ramagem, como diretor-geral da Polícia Federal foi suspensa pelo ministro do STF, Alexandre de Moraes.
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu nesta quarta, 29, o decreto de nomeação do ex-diretor da Abin, Alexandre Ramagem, para a direção-geral da Polícia Federal. A decisão liminar atende pedido apresentado pelo PDT após o governo baixar decreto confirmando a indicação. A posse estava marcada para às 15h.
De acordo com o ministro, as declarações do ex-ministro Sérgio Moro sobre tentativa de interferências na autonomia da corporação, a divulgação de mensagens trocadas com o ex-ministro e a abertura do inquérito no próprio Supremo para investigar as acusações motivam a necessidade de impedir a posse de Ramagem.
“Tais acontecimentos, juntamente com o fato de a Polícia Federal não ser órgão de inteligência da Presidência da República, mas sim exercer, os termos do artigo 144, §1º, VI da Constituição Federal, com exclusividade, as funções de polícia judiciária da União, inclusive em diversas investigações sigilosas, demonstram, em sede de cognição inicial, estarem presentes os requisitos necessários para a concessão da medida liminar pleiteada”, afirma Moraes.
O ministro afirma que o inquérito sob relatoria do decano, ministro Celso de Mello, deverá apurar eventuais práticas de crimes relacionados, inclusive, com a própria nomeação de Ramagem para o comando da PF. [Estadão]







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'O cabeça do esquema criminoso de fake news é o capo do clã: Jair Bolsonaro', afirma Marcelo Freixo

Marcelo Freixo com o tuíte da denúncia


Freixo tem sido implacável contra o clã


Em seu perfil no Twitter, o deputado federal Marcelo Freixo tem feito críticas certeiras ao clã Bolsonaro:
Vamos ser claros? Essa é uma família de mafiosos. Carluxo é só o testa de ferro, o pitbull raivoso. O cabeça do esquema criminoso de fake news, montado com dinheiro público dentro do Palácio do Planalto, é o capo do clã: Jair Bolsonaro. Ele é o dono da milícia digital. 
"Um por todos e todos por um" é o lema da famiglia Bolsonaro, e o "Um" por quem são todos é o presidente Jair Mentira Bolsonaro, que colocou os três filhos na vida pública e os elegeu.

Mas eles são como os pés de uma mesa e o ataque que consiga cortar qualquer dos pés derruba a mesa toda.

Por isso Bolsonaro quer de qualquer maneira o controle da Polícia Federal, porque sabe que os filhos estão enrolados até o pescoço nos escândalos das fake news contra políticos e ministros do STF adversários do clã; enrolados com o Gabinete de Ódio, na antessala do presidente, e no esquema das rachadinhas, comandado por Queiroz, desde que esse era funcionário de Jair Mentira Bolsonaro. E sabe que tudo isso gira e tem origem nele, Jair.

Em outras postagens, Freixo denunciou:
Alexandre Ramagem é amigo de Flávio Bolsonaro. Sua indicação para a chefia da PF deixa explícita a interferência de Bolsonaro na instituição. O presidente sabe que se não intervier, seu filho pode acabar preso por envolvimento com milícia.
Estou apresentado uma ação para impedir que Alexandre Ramagem assuma a chefia da Polícia Federal. Ramagem foi chefe da segurança de Bolsonaro em 2018 e é amigo dos filhos do presidente. Jair quer transformar a PF numa polícia política a serviço do clã. Não vamos deixar.
O cerco se fecha sobre o clã e os próximos dias (ou horas) serão decisivos.

Bolsonaro partiu para a composição com o Centrão, numa jogada arriscada, pois vai ter que engolir vários acusados pela Lava Jato, vai ter que encarar também a dobradinha Rede Globo-Moro, Alexandre de Moraes em seu encalço e no de seus filhos, e a oposição na Câmara e no Senado, que aumenta a cada dia, agora com a adesão do PT ao "Fora Bolsonaro".

Brasília ferve.







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Janio de Freitas: 'Presença das Forças Armadas junto aos Bolsonaro faz mal à instituição'

Bolsonaro discursa em frente QG do Exército


Artigo de Janio de Freitas na Folha:



Presença das Forças Armadas junto aos Bolsonaro faz mal à instituição 

Há um ano e 19 dias, o general e já vice-presidente Hamilton Mourão fazia um comentário muito significativo em dois pontos: “Se o governo falhar, a conta irá para as Forças Armadas”. Aí estava implícito o reconhecimento da índole militarizante, um retorno sem armas ostensivas, sob o rótulo de governo Bolsonaro, o Cavalão de Troia. E ali estava explicitado, no destinatário da possível conta, quem teria a responsabilidade, de fato, pelo que seria o novo governo.
Justifica-se então a pergunta: o que mais, e mais grave, ainda precisará ocorrer para que os representantes das Forças Armadas no governo as desvinculem, afinal, da responsabilidade pela catástrofe moral e governamental que arrasa este país?
A presença desses representantes junto aos Bolsonaro, sua trupe e suas relações cavernosas faz mal às Forças Armadas como instituição, deforma-as outra vez e as desmoraliza. E faz mal ao país com a aceitação e o apoio, aparentes faces de concordância, aos desvarios, ligações milicianas, mentiras, fraudes, traições, incidentes internacionais, destruição de recursos nacionais, incentivos à violência generalizada, medidas antissociais, crimes de responsabilidade e crimes contra a humanidade pelos quais Bolsonaro deveria responder. De preferência com algemas, porque é perigoso.
Os militares precisam fazer um exame honesto e profundo de sua relação com o país. Sem isso, sua caracterização militar será sempre um rascunho e sua autoimagem sempre ilusória.
Por décadas, foi este o bordão dos militares em sua claudicante responsabilidade institucional: “Os militares estão unidos e coesos, e alheios à política”. Mas estiveram sempre divididos. Por motivos políticos. O bordão no pós-ditadura, hoje em dia muito repetido, diz que “os militares têm disciplina e hierarquia”, uma comparação desqualificante do mundo civil. Quanto aos civis brasileiros, nada a retocar. Mas, historicamente, nenhum outro segmento feriu tanto a disciplina, e com tamanha gravidade, quanto os militares.
Com escassos e pequenos intervalos, desde a articulação para derrubar a monarquia sucederam-se as conspirações, tentativas de golpe, os golpes consumados, duas ditaduras, sem que a presença civil lhes mudasse a natureza, de imposição pelas armas. Não é uma história paralela. É a própria, a verdadeira, com seu roteiro de hostilidades, esperanças e frustrações, sobre o chão infértil para o civismo.
O mesmo general e vice Hamilton Mourão foi o primeiro (e único, quando escrevo) dos militares do governo a expor um comentário sobre as acusações (iniciais) de Sergio Moro a Bolsonaro: “Perder Moro não é bom, mas vida que segue”. Segue para onde?
Nem é preciso mencionar outras atitudes de Bolsonaro: basta a designação do delegado Alexandre Ramagem para dirigir a Polícia Federal. É a confirmação do propósito de Bolsonaro de controlar o que deveria ser a investigação de crimes políticos orientada pelo Supremo Tribunal Federal. Bolsonaro não retém nem o cinismo, este verniz da sua falta de escrúpulos, na escolha de notório aliado dos seus filhos postos sob inquéritos criminais.
Também esse crime de responsabilidade, esse banditismo intrometido nas instituições constitucionais, “segue” aceito, e portanto apoiado, pelos que no governo se confundem com as Forças Armadas? O cerceamento à ação do Supremo significa o fim do regime de Constituição Democrática.
Não é preciso imaginar o que, afinal, levaria à desvinculação das Forças Armadas com a versão brasileira de Idi Amim Dada. Já chegamos ao máximo. Que, no entanto, segue.







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