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A importância de Paulo Henrique Amorim para a história da blogosfera, segundo Miro do Barão de Itararé

Paulo Henrique Amorim

A morte na madrugada de ontem do jornalista e polemista afiado Paulo Henrique Amorim pode ser catalogada ao lado de outras baixas deste governo baixo astral, cujo presidente disse assumidamente que seu objetivo é a destruição do Brasil, no que tem sido muito bem sucedido. PHA teria sido demitido do programa que comandava há 14 anos na Record a pedido de Bolsonaro.

O velório de PHA será hoje, das 10h às 15h, na ABI, no centro do Rio.

Publico a seguir um vídeo com depoimento do jornalista Altamiro Borges, do Barão de Itararé, que fala sobre a importância do Paulo Henrique para a blogosfera contrahegemônica.

PHA foi o criador do acrônimo PIG, para resumir a imprensa golpista e seu trabalho porco, que chamei de porcalismo por aqui, em 2006.

Foi ele também quem avisou, num encontro de blogueiros no Rio há uns anos, que o próximo ataque da mídia corporativa contra a blogosfera seria pela via judicial, no que se mostrou certeiro: vários sucumbiram aos constantes processos, alguns chegando a abandonar seus blogs (como o xará Marco Aurélio Mello). PHA, segundo dizem, tinha mais de 100 processos contra ele rolando na Justiça.

R.I.P., PHA.

A seguir, o depoimento do Miro e logo depois um corte que fiz do último vídeo da TV Afiada do PHA, com sua mensagem de esperança e que publiquei no Twitter.






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O problema não é o Paulo Henrique, é a falta de transparência da transação BrT-Oi

Coisas da vida. Parece que minha postagem de ontem, O IG, a fusão BrT-Oi e uma proposta para a blogosfera independente, saiu pela culatra. Acharam que eu estava defendendo o PHA e não uma investigação sobre a compra da Brasil Telecom pela Oi.

Pessoal, leiam todas as minhas postagens sobre o problema PHA-IG, vocês verão que eu sempre defendi que o problema estava na forma como a demissão foi feita, sem aviso algum aos leitores, que caíam numa página de erro 404 ao tentar acessar o Conversa Afiada, e na falta de transparência do portal, em relação à demissão.

Fui e sou contra tirarem os arquivos do ar, como foi feito.

Agora, na postagem de ontem, defendi que deveríamos nos contrapor ao que fez o IG, ao tentar esconder a negociação BrT-Oi, e que deveríamos lançar luz sobre ela.

É uma transação estranhíssima, feita – como diziam os antigos – ao arrepio da lei. Sim, a lei proíbe essa associação que está sendo anunciada. Precisa ser modificada para que aconteça. No entanto, o negócio é tratado com a maior naturalidade, exceto em locais como o Observatório do Direito à Comunicação e o Conversa Afiada, do PHA.

Mas o Paulo Henrique, talvez movido pelas últimas notícias que dão como certa a concretização do negócio, girou sua metralhadora até o governo Lula e o ex-ministro e ex-deputado José Dirceu. Aí sifu. Porque os dois são totêmicos para algumas pessoas.

A coisa chegou ao ponto de me criticarem por eu usar o termo blogosfera independente. Houve quem se tenha ofendido por ser chamado de independente...

Como diz PHA: Não coma gato por lebre

Defendo Lula, apóio seu governo, pelo motivo que explicitei aqui, na minha declaração de voto. Qualquer um que leia este blog sabe disso. Mas não sou lulista, não sou um devoto, que acha que o presidente está acima de tudo. Lula faz merda e fala muita, como todos nós.

Outro dia escrevi aqui, criticando uma declaração do presidente, que chamou os usineiros de heróis. PQP. Logo os usineiros, que matam trabalhadores por excesso de trabalho [leia aqui]. No entanto, há quem veja nisso um sinal da genialidade de Lula. Ou seja: para eles, Lula não fala ou faz merda, produz adubo para fertilizar a terra política brasileira...

Finalizando: Não estou propondo uma ação na blogosfera em favor de Paulo Henrique Amorim, mas que divulguemos todo e qualquer texto (contra ou a favor) da transação BrT-Oi. O foco é essa transação e como ela está sendo feita, com a ajuda do governo e beneficiando tucanos.

Quero saber se o negócio é bom ou não para o país. E é isso o que não nos querem informar.

O que você acha?

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O IG, a fusão BrT-Oi e uma proposta para a blogosfera independente

Até parece que Paulo Henrique Amorim era o último obstáculo à concretização da compra da Brasil Telecom (BrT) pela Oi.

Hospedado no portal do IG (que pertence à Brt), PHA denunciava o acordo como espúrio, ilegal e que, de quebra, ainda livraria a cara do onipresente Daniel Dantas, num processo que lhe move o Citibank, com uma indenização que pode chegar a US$ 1 bilhão.

Demitido do IG, PHA vê, em menos de dez dias, o negócio estar na bica de ser fechado. Faltam apenas pequenos (e ilegais) detalhes, segundo o Valor Online:

O último obstáculo para a aquisição do controle acionário da Brasil Telecom (BrT) pela Oi foi vencido ontem [quinta] à noite, após um acordo para resolver um litígio entre Citigroup e Opportunity, acionistas de ambas as empresas. Os sócios majoritários das duas operadoras chegaram a um entendimento oral, mas o detalhamento do negócio pode levar alguns dias, pois ainda é preciso assinar uma vasta documentação. No fim do dia, no entanto, após questionamento da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a Oi negou que tenha finalizado as negociações.

A ilegalidade do negócio está explicitada alguns parágrafos adiante:

Para a efetivação do negócio, será necessária ainda uma alteração nas regras do setor, que já está em curso na Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).

Há poucos dias, quando PHA ainda estava hospedado no IG, ele fez uma entrevista com o deputado e ex-ministro das Comunicações de Lula Miro Teixeira, em que este estranhava o negócio [não passo o link, porque o IG os cortou]:

"Ficam saindo essas notícias e a lei não permite o que está sendo anunciado. Então é um estranho país em que se discute um negócio, se anuncia um negócio pelos jornais, se desmente o negócio no site das empresas e a lei não permite."

Ainda segundo o Conversa Afiada, Miro apresentou na Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática da Câmara dos Deputados uma proposta para criar uma subcomissão especial para discutir fusões, aquisições, associações e outras negociações acionárias envolvendo as teles.

Mas, enquanto a subcomissão não vem, o negócio está sendo fechado, debaixo de um silêncio total da grande imprensa. Por quê?

O que a Blogosfera independente pode fazer

Cada vez fica mais claro que o IG demitiu PHA por causa dessa nebulosa transação. Por isso, faço uma proposta à blogosfera independente:

Se demitiram PHA para calá-lo em relação ao negócio BrT-Oi, proponho que repercutamos em nossos blogs toda e qualquer notícia sobre a fusão. Leitores que tenham informações sobre a transação também devem colaborar.

Vamos fazer um trabalho de divulgação semelhante ao feito no dossiê Veja, do Nassif. Inclusive adotando o bombardeio Google e linkando BrT-Oi, com o endereço no PHA, como vem sendo feito nesta postagem.

Vamos jogar luzes sobre o que eles querem fazer no escuro. Vamos dar voz aos que eles querem calar.

O que vocês acham?

Para começar, leiam esta postagem de ontem à noite do PHA em seu novo endereço.

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Por que Paulo Henrique Amorim diz que nunca levou a sério o Ibest?

Em um trecho de um mini-editorial Esclarecimentos II, na página de abertura de seu novo site, Paulo Henrique Amorim diz o seguinte:
Em tempo: o Conversa Afiada anuncia publicamente que não é candidato a nada no iBest. Nunca levou isso a sério. Não vai ser agora que vai levar.
Faltou explicar por que nunca levou o prêmio a sério. Tinha alguma informação que o desabonasse? Se sim, por que não a trouxe a público?
Há outra opção: PHA não liga para prêmios.
Mas esta não é verdadeira, pois em uma entrevista ao AN Tevê, em 1999, Amorim comemorava os prêmios recebidos pelo Jornal da Band, que ele editava e ancorava na época. Alguns trechos:
"Os prêmios dão força para continuar fazendo um trabalho de qualidade."
“Fico muito sensibilizado e feliz com os prêmios, pois deixa explícito que a opinião pública está à procura de informações de qualidade.”
“Ganhamos alguns prêmios regionais, mas o que nos deixou mais contentes foi o prêmio da Associação Paulista dos Críticos de Arte de São Paulo e o realizado pela TV Press [júri formado por 80 editores de cadernos de televisão de todo o Brasil]. Mais do que a APCA, que trabalha em âmbito regional, o prêmio da TV Press é uma prova que não fazemos um jornal só para São Paulo e sim para o Brasil, já que a TV Press escreve para jornais de Norte a Sul do País. Isto dá força para nós nos empenharmos a melhorar cada vez mais.”
Por que será então que PHA – segundo suas palavras - nunca levou a sério logo o Ibest, que é escolhido pelo voto dos internautas, que não apenas votam como indicam os participantes? Falta explicar.

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Versão de Mino Carta sobre demissão de PHA contradiz editorial do IG

Vocês leram o editorial em que o IG se referiu à demissão de PHA, que comentei aqui. Um dos trechos da mensagem, assinada pelo diretor presidente do IG, Caio Túlio Costa afirmava oi seguinte:

Aos funcionários do Conversa Afiada, presentes na sede do iG no momento em que foi despachada a notificação de rescisão e retirado da rede o site, foi facultada a possibilidade de levar embora os materiais necessários, mas não o fizeram.

Já o Mino Carta em sua Carta Capital tem uma versão completamente diversa do mesmo tema:

As razões alegadas oficialmente pelo portal não convencem sequer o mundo mineral. Fala-se, porém, de uma pendência pessoal entre o diretor-presidente do iG, Caio Túlio Costa, e Paulo Henrique. Certo é que o jornalista recebeu uma lacônica e inesperada notificação de que seu contrato estava rompido. Invocava-se ali um artigo do mesmo, pelo qual qualquer uma das partes pode denunciá-lo com 60 dias de aviso prévio.

Não somente esta determinação do tal artigo não foi cumprida, mas também Paulo Henrique foi informado a respeito da decisão do iG quando Conversa Afiada já fora tirada do ar. Sua equipe tivera cancelado o crachá de entrada na sede do portal e o computador sofrera o vexame final de ser lacrado.

Como se vê, são versões antagônicas. Logo, uma das duas é falsa. Se há realmente a cláusula dos 60 dias de aviso prévio, é fácil ver qual delas.

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Boicote ao IG e ao Ibest

É simplesmente inadmissível o comportamento do portal IG, em relação ao Conversa Afiada, de Paulo Henrique Amorim. Demitir o jornalista é uma prerrogativa do portal, mas não dar satisfação alguma aos leitores – como já venho reclamando desde o início da noite de ontem – e ainda não permitir ao jornalista acesso ao seu material – inclusive palestras e cursos, como denuncia Azenha em seu site – é o fim da picada.

Portanto, para ser coerente com o que venho afirmando aqui desde o início e com a história do Blog do Mello, não só reafirmo meu boicote ao portal IG como, a partir deste momento, renuncio e prego boicote também ao Prêmio Ibest (já retirei os banners aqui do blog), e peço a meus leitores que façam o mesmo – até que o IG nos dê a devida satisfação e devolva à internet o material do antigo Conversa Afiada.

Parabéns também ao Mino Carta, e seu O último post.

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Ombudsman do IG cobra satisfação do IG sobre Conversa Afiada

Do ombudsman do IG, Mario Vitor Santos:

O leitor do iG foi surpreendido hoje, entre 16h15 e 16h30, com a retirada do ar do site “Conversa Afiada”, de Paulo Henrique Amorim. Oficialmente, a assessoria de imprensa do iG informa que “o contrato foi rescindido pelo iG e que todas as cláusulas rescisórias foram atendidas”.

Diz o iG que vem fazendo uma reestruturação do portal, o que inclui “a rescisão de contratos desvantajosos para a empresa”. Era o caso do site de Paulo Henrique Amorim, o qual, segundo o iG, não trazia “receita nem audiência”. Essa é, em essência, a manifestação oficial do iG.

Mais adiante:

A favor de Amorim há o fato de ele defender opiniões únicas no panorama da grande mídia nacional. Contra ele há o fato de que essas opiniões às vezes vinham acompanhadas de ataques pessoais desnecessários.

Não se discutem opções empresariais que fazem parte das atividades de qualquer empresa. Caberia, porém, um esclarecimento público e voluntário do portal sobre a ruptura com Amorim e sobre sua relação com temas sensíveis, como o processo de compra, pela Oi, da Brasil Telecom, proprietária deste iG. Amorim é crítico radical desta compra e tem atacado os que a defendem.

De qualquer forma, o iG e, de resto, todos os grandes veículos brasileiros, devem informar sobre si próprios com a transparência que cobram das outras instituições, e como fazem os melhores veículos da mídia internacional.

Essas explicações o IG continua devendo a todos nós internautas.

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Cadê o Paulo Henrique Amorim?

Onde está o site do Paulo Henrique Amorim? Recebo comentários, ligações e não consigo entender o que está acontecendo.

Não há informação alguma no IG (portal onde o Conversa Afiada está - ou estava - hospedado), o que é um absurdo total! Será que acham que não têm que nos dar satisfação alguma?...É o fim.

Nos outros blogs que freqüento, que também estão hospedados no IG, nenhuma palavra. Mino, cadê você? E você, José Dirceu? Favre, vai ficar calado?

Se a demissão é uma prerrogativa do empregador, a justificativa com o leitor é uma obrigação.

Enquanto não houver uma explicação do portal IG para a demissão - se é que houve essa demissão - do PHA, este blog defende o boicote a TODOS os blogs hospedados no portal IG. Até que entendam o novo tempo que - pelo menos na internet Brasil - estamos vivendo.

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- André Lara Resende, é verdade que você enriqueceu com informações privilegiadas no governo FHC?

Na coluna do Ancelmo:

André de volta
André Lara Resende, após temporada em Londres, está voltando para o Brasil. É considerado um dos economistas mais brilhantes de sua geração.

O Blog do Mello aguarda ansiosamente qual será o veículo de nossa “grande imprensa” livre, democrática e plural que vai sair na frente e aproveitar a presença do brilhante economista em nosso país para entrevistá-lo, a respeito das gravíssimas acusações que lhe faz o jornalista Luís Nassif.

Podem começar a entrevista com a pergunta que é o título desta postagem. E para facilitar o trabalho da equipe que vier a procurar por Lara Resende, repito aqui postagem anterior deste blog, de abril de 2007:

Enriquecimento de Lara Resende é real em dólar

A acusação é do jornalista Luis Nassif em seu mais recente livro, Cabeças-de-planilha (Ediouro, 320 pgs.,RS 39,90). Volto ao assunto, porque ele ainda nem começou a ser esclarecido. Segundo Nassif, o economista André Lara Resende, um dos formuladores do plano Real, fez uso das informações privilegiadas de que dispunha - como formulador do plano Real e membro da equipe econômica – para ganhar muito, mas muiiiiiito dinheiro, como mostra este trecho do livro:
“... algumas instituições começaram a atuar pesadamente no mercado de câmbio, apostando na apreciação do real... a mais agressiva foi a DTVM Matrix... com capital de R$ 14 milhões passou a ter uma carteira de R$ 500 milhões. Seu principal sócio era André Lara Resende“. (Pág. 197)

Em entrevista a Paulo Henrique Amorim, no site Conversa Afiada, Nassif reforça a acusação:

Nassif – (...) Nesse ambiente é que o André Lara Resende monta o banco Matrix especificamente para se aproveitar daquele momento...
Paulo Henrique – Dessa apreciação do Real...
Nassif - Dessa apreciação e, depois, passar o banco pra frente.
Paulo Henrique - Então, eu te pergunto: o que você está querendo dizer é que o André Lara Resende, que ajudou a formular essa conversão de URV para Real sabia que ia ter uma apreciação e abriu um banco para se beneficiar disso
Nassif - Isso.
Paulo Henrique – É isso?
Nassif - É.
Paulo Henrique - O André Lara Resende ...
Nassif - Acho que um pouco mais. Foi cometido um erro, um erro que não tem base na lógica do Plano Real e pessoas - o André foi o que mais se beneficia disso - que participaram da formulação do Plano se beneficiaram disso.
Paulo Henrique - Quer dizer, um erro que o André sabia de antemão que haveria?
Nassif - Isso.

Até o momento, Lara Resende não deu uma palavra sobre o assunto. Para ele, parece, o silêncio é de ouro.

Vamos lá, moçada, que tal mostrar que ainda se faz jornalismo no Brasil?

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RGTV e RCTV: Tudo a ver

Logo Rede GloboLogo Radio Caracas de Televisión

Dois fatos explicam a grita e mostram a relação umbilical da RGTV (Rede Globo de Televisão) com a RCTV (Radio Caracas de Televisión).

Um, a perda de poder da Rede brasileira, que já mandou no Brasil, mas há duas eleições vê seu candidato ser derrotado por Lula.

Trecho de uma palestra de Paulo Henrique Amorim, transcrita em seu site Conversa Afiada, mostra o poder de que já desfrutou a Globo:

Eu era editor de economia da Rede Globo e não podia dizer o nome do ministro da Fazenda, Maílson da Nóbrega, porque havia uma divergência sobre um negocio empresarial do doutor Roberto Marinho com o Maílson da Nóbrega. O doutor Roberto queria fazer uma exportação de casas pré-fabricadas em condições lesivas ao patrimônio público. O Maílson da Nóbrega não concordou e era proibido falar o nome do Maílson da Nóbrega. Então tinha que falar “governo”, “autoridades fazendárias”. Não se podia falar “Maílson da Nóbrega”.

Aliás, a nomeação do Maílson da Nóbrega é muito interessante e merece ser registrada. O Maílson da Nóbrega era vice-ministro da fazenda do Bresser Pereira. O Bresser Pereira caiu e, aí, o Maílson da Nóbrega ficou lá interino. Eu era editor de economia, tinha uma coluna de economia no “Jornal da Globo” e fazia entrevistas no “Jornal da Globo”. Fui a Brasília para entrevistar o Maílson da Nóbrega. Naquele tempo a gente podia fazer na televisão uma entrevista de dez minutos com um ministro da Fazenda. Hoje, nem pensar. E aí o Maílson se saiu muito bem, ele é meu amigo e é uma pessoa muito articulada. Deu respostas boas, e o presidente José Sarney viu a entrevista. Ele não conhecia muito bem o Maílson e resolveu nomeá-lo naquela noite.

Ele chamou o Maílson ao Palácio no dia seguinte, no Planalto. Entrevistou o Maílson de novo e, aí, disse: “Você aguarde. Vá ali para aquela sala ao lado”. Aí, naquela sala ao lado, ele foi conduzido pelo Antonio Carlos Magalhães, ministro das Comunicações, por um corredor e entrou numa outra sala e estava lá o doutor Roberto Marinho. E aí o doutor Roberto sabatinou Maílson da Nóbrega. E concordou com a nomeação do Maílson da Nóbrega. E o Maílson da Nóbrega achou aquilo tudo muito esquisito, saiu, foi embora para o Ministério. Quando ele chegou ao Ministério, a secretária disse: “Ministro! Ministro, parabéns !”. Ela tinha acabado de assistir a uma edição extra do “Jornal Nacional” dizendo que ele era o Ministro da Fazenda escolhido pelo presidente José Sarney. Quem conta essa história numa entrevista à revista “Playboy” chama-se Maílson da Nóbrega.

O outro fato a que me referi é que a grita da Globo é preventiva. Eles querem criar na mente dos brasileiros a ligação: “não renovação de concessão” é igual a “antidemocracia”, “autoritarismo”, “censura”.

Será que é por que este ano vence a concessão da afiliada da Globo de Brasília?

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