Sai resultado da pesquisa Oxford sobre Ivermectina: 'Ivermectina não é uma opção para tratamento da COVID-19'


Mais um baque para os adoradores da Ivermectina, pacientes e médicos que continuam a ingerir e/ou a receitar Ivermectina para tratamento da Covid-19.

Saiu resultado da pesquisa da Universidade de Oxford sobre o uso de Ivermectina para o tratamento da COVID-19. A íntegra da pesquisa está no site da Universidade, em inglês, aqui. A conclusão do estudo é sucinta:
Em comparação com SOC [atendimento padrão] ou placebo, IVM [Ivermectina] não reduziu as causas de mortalidade, tempo de internação ou depuração viral em RCTs em pacientes com COVID-19 leve. IVM [Ivermectina] não teve efeito nos AEs [eventos adversos] ou AEs [eventos adversos] graves. IVM [Ivermectina] não é uma opção viável para tratar pacientes COVID-19.
 
Até o fabricante original da Ivermectina já deu nota afirmando que ela não é indicada para o tratamento da COVID-19. Outros cientistas já pesquisaram a droga com o mesmo resultado. Agora, a Universidade de Oxford resolveu testar também e chegou à mesma conclusão.

Mas, provavelmente, todos são comunistas, não sabem mais do que o médico fulano, a doutora Nise, e nosso maior cientista, Bolsonaro...





Para receber notificações do Blog do Mello no seu WhatsApp clique aqui

Você vai ser direcionado ao seu aplicativo e aí é só enviar e adicionar o número a seus contatos



Recentes:


Assine a newsletter do Blog do Mello.
É grátis.

Bolsonaro pediu: 'Me chama de corrupto'. O povo atendeu: 'Corrupto!'

Até recentemente, bolsonaristas raiz diziam que se podia chamar Bolsonaro de tudo - genocida, assassino, ignorante, incompetente, psicopata, mas de corrupto, não. 
 
Para esse pessoal, Bolsonaro viver a vida toda à custa de expedientes como deputado, usando verba do auxílio residencial "para comer gente", nomeando funcionário em Angra (a Val do Açaí) para pagar o salário do caseiro de sua casa naquela cidade, fora as rachadinhas em seu gabinete e nos dos filhos Flávio e Carlos, nada disso era corrupção.
 
Mas agora a casa caiu. Denúncias recentes mostram que o ministério da Saúde está aparelhado por uma quadrilha, que se aproveitou da pandemia, que já causou a morte de mais de 500 mil brasileiros, para lucrar, e muito, com o kit Covid, cloroquina, ivermectina, e agora com a venda das vacinas.
 
Apenas nos últimos dias, ficamos sabendo dos esquemas com as vacinas Covaxin (R$1,6 bi), a chinesa CanSino (R$5 bi) e ontem à noite foi revelado o esquema que se tentou montar para a venda da AstraZeneca, que renderia ao grupo criminoso um dólar por vacina comprada pelo ministério, num universo inicial de 400 milhões de doses - ou seja 400 milhões de dólares, R$1 bi.
 
Logo o ministério da Saúde, onde há mais de 20 militares no comando, especialmente no setor de logística, levados pelo general Pazuello. [clique aqui e veja a turma de militares e seus cargos, em imagem da BBC]. Será por isso que Pazuello, mesmo afastado do comando do ministério, pilota hoje um cargo administrativo juntinho de Bolsonaro? Será por isso que o Exército decretou 100 anos de silêncio sobre a decisão de não punir Pazuello por sua participação em comício eleitoral de Bolsonaro?
 
Está aí o desafio feito por Bolsonaro tempos atrás para que o chamassem de corrupto. Teria coragem de fazer o mesmo hoje?








Para receber notificações do Blog do Mello no seu WhatsApp clique aqui

Você vai ser direcionado ao seu aplicativo e aí é só enviar e adicionar o número a seus contatos



Recentes:


Assine a newsletter do Blog do Mello.
É grátis.

Bolsonaro diz que não houve corrupção 'porque não pagamos um centavo por vacina'. Mas não pagaram porque irmão do deputado não deixou


Após manter silêncio sobre as acusações relativas à suspeita de corrupção na compra da vacina indiana Covaxin, Bolsonaro alega que não houve corrupção porque o governo não pagou um centavo sequer pela vacina.
 
Bolsonaro age como o ladrão que é flagrado pela polícia dentro do apartamento invadido, com joias, dinheiro e objetos de valor numa mala, e que alega que não roubou nada. 
 
É verdade. Como o ladrão fictício que não roubou nada, Bolsonaro não pagou pela vacina.  Mas não pagou porque Luis Ricardo Miranda, irmão do deputado federal Luis Miranda e funcionário de carreira do ministério da Saúde, denunciou irregularidades na transação.
 
O ministério iria pagar 45 milhões de dólares adiantados, o que não estava em contrato, a uma empresa de fachada, que também não estava no contrato. O funcionário negou o pagamento. Por isso nada foi pago. E foi com o irmão deputado ao Palácio denunciar o esquema a Bolsonaro, em março deste ano.
 
Bolsonaro não fez nada. Durante três meses usou a famosa técnica administrativa do "deixa como está para ver como é que fica". Até que o Ministério Público levantou o caso, a CPI convocou os irmãos a depor e o negócio foi desfeito. O que Bolsonaro usa como justificativa para dizer que não houve corrupção.
 
Mas houve a intenção, houve a jogada, foi tudo armado, e o presidente não tomou atitude alguma. Foi no mínimo conivente.
 
E sabe que tem rabo preso, porque em momento algum desmentiu a denúncia dos irmãos, com medo de que eles possuam uma gravação da conversa.
 
Diga que mentiram, Bolsonaro, diga que não falou a eles que esquema era do líder do governo Ricardo Barros.
 
É um desafio.





Para receber notificações do Blog do Mello no seu WhatsApp clique aqui

Você vai ser direcionado ao seu aplicativo e aí é só enviar e adicionar o número a seus contatos



Recentes:


Assine a newsletter do Blog do Mello.
É grátis.

Suprema Corte do México aprova maconha também para uso recreativo


Além de todos os efeitos medicinais benéficos da cannabis no tratamento de várias doenças, a Suprema Corte do México aprovou hoje o uso recreativo da maconha no país.
A Suprema Corte de Justiça da Nação (SCJN) do México aprovou nesta segunda-feira o uso da maconha para uso recreativo, com o apoio de oito dos 11 juristas que compõem o Tribunal.
Após o pronunciamento do Poder Judiciário, o ministro presidente do SCJN Arturo Zaldívar, catalogou a sentença como um triunfo para as liberdades dos mexicanos, “depois de um longo caminho, este Supremo Tribunal Federal consolida o direito da pessoa ao uso lúdico e recreativo da maconha ”, acrescentou. [Fonte: TeleSur]
Aqui no Blog, publiquei há 14 anos uma postagem com o título "Maconha não faz mal, o que faz mal é fumá-la". Ao final da postagem eu alertava:
Para terminar, não custa lembrar: Maconha e desvio de dinheiro público continuam proibidos no Brasil.
Mas só a primeira é punida.




Para receber notificações do Blog do Mello no seu WhatsApp clique aqui

Você vai ser direcionado ao seu aplicativo e aí é só enviar e adicionar o número a seus contatos



Recentes:


Assine a newsletter do Blog do Mello.
É grátis.

Senadores da CPI vão ao STF com notícia-crime contra Bolsonaro, que pode perder mandato. Leia a íntegra da notícia-crime


Os senadores Randolfe Rodrigues, Fabiano Contarato e Jorge Kajuru entraram nesta segunda-feira no STF com uma notícia-crime por prevaricação contra o presidente Jair Bolsonaro. A ministra Rosa Weber será a relatora do caso no Supremo.
 
Se a ministra aceitar o pedido, a Procuradoria Geral da República será obrigada a oferecer denúncia contra Bolsonaro. 
 
Os senadores querem que o STF intime o presidente para responder, em 48 horas, se foi comunicado das denúncias feitas pelos irmãos Miranda,  a respeito da suspeita de corrupção na compra da vacina Covaxin, se chegou a apontar o líder do governo na Câmara e deputado, Ricardo Barros (PP-PR), como provável responsável, e também se em algum momento adotou medidas para investigação das suspeitas. Querem também que a Polícia Federal tenha 48 horas para dizer se houve abertura de inquérito no caso.
 
A denúncia é de que Bolsonaro possa ter cometido o crime de prevaricação, artigo 319 do CP:

Código Penal - Decreto-Lei nº  2.848, de 7 de dezembro de 1940.

 Prevaricação

        Art. 319 - Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal:

        Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.

        Art. 319-A.  Deixar o Diretor de Penitenciária e/ou agente público, de cumprir seu dever de vedar ao preso o acesso a aparelho telefônico, de rádio ou similar, que permita a comunicação com outros presos ou com o ambiente externo: (Incluído pela Lei nº 11.466, de 2007).

        Pena: detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano.

No caso maior de interesse do Brasil e dos brasileiros, antes da pena de detenção está o impeachment de Bolsonaro, pois prevaricação é um dos motivos que podem levar ao impeachment.
 
Aqui, o trecho final da notícia-crime:
a) a admissão da presente notícia-crime, com a consequente intimação da Procuradoria-Geral da República para promover o oferecimento da denúncia contra o Presidente da República pela prática do crime de prevaricação, previsto no art. 319 do CP, sem prejuízo de outros tipos penais porventura aderentes ao quadro fático a ser mais bem delineado nas apurações preambulares realizadas pela PGR com o auxílio das autoridades policiais competentes;
b) a intimação do Presidente da República, Sr. Jair Messias Bolsonaro, para que responda, em 48 (quarenta e oito) horas, se foi comunicado das denúncias, se apontou o Dep. Ricardo Barros como provável responsável pelo ilícito, bem como se e em que momento adotou as medidas cabíveis para a apuração das denúncias; e
c) a intimação da Polícia Federal para que informe, em 48 (quarenta e oito) horas, se houve a abertura de inquérito para apurar as denúncias sobre a aquisição da vacina Covaxin, discriminando quando e por quem foi aberto o eventual inquérito, bem como seu respectivo escopo.
Clique aqui para ler a íntegra da notícia-crime.





Para receber notificações do Blog do Mello no seu WhatsApp clique aqui

Você vai ser direcionado ao seu aplicativo e aí é só enviar e adicionar o número a seus contatos



Recentes:


Assine a newsletter do Blog do Mello.
É grátis.

Semana quente: Ex-mulher de Pazuello quer depor na CPI. Randolfe vai entrar com notícia-crime contra Bolsonaro. Manifestação #ForaBolsonaro antecipada


Se Bolsonaro terminou a semana passada preocupado, vai ficar ainda mais com as notícias que alimentam a próxima.
 
Já na segunda, o senador Randolfe vai entrar com notícia-crime contra Bolsonaro na PGR por crime de prevaricação.
"Estamos diante do seguinte fato: um servidor público concursado e seu irmão, deputado federal, levam ao presidente da República a notícia de que tem um crime de corrupção em curso. O presidente da República informa que tem conhecimento do autor e que se trata do seu líder na Câmara dos Deputados. Mesmo comunicado, o presidente da República não toma nenhuma providência, não instaura inquérito, não pede investigação, nada", disse Randolfe. [CNN]

O senador Aziz, presidente da CPI da Covid, ou do Genocídio, ou da Pandemia, vai consultar seus colegas para ver se topam receber como depoente a ex-mulher do general Pazuello, ex-ministro da Saúde de Bolsonaro, Andréa Barbosa. Ela enviou e-mail ao senador Aziz se oferecendo para depor e chegou a elencar vários tópicos que poderia esclarecer - ainda não divulgados pelo senador. 
 
Certamente será ouvida, e vai movimentar a CPI, porque Andréa é crítica do governo Bolsonaro, a quem se refere como "Bozo".
 
Partidos, sindicatos, movimentos de esquerda, mas também quem não se enquadra em nenhuma dessas categorias mas quer a saída urgente de Bolsonaro da presidência, resolveram antecipar a manifestação #ForaBolsonaro, marcada anteriormente para o dia 29 de julho, para o próximo sábado, dia3.
 
A verdade é que, a depender do que possa ocorrer ainda neste semana que se inicia, o final do mês já pode encontrar Bolsonaro na lona.
 
Boa semana para nós. Para #EleNão.





Para receber notificações do Blog do Mello no seu WhatsApp clique aqui

Você vai ser direcionado ao seu aplicativo e aí é só enviar e adicionar o número a seus contatos



Recentes:


Assine a newsletter do Blog do Mello.
É grátis.

Na CPI, deputado confirma que Bolsonaro soube da irregularidade e nada fez porque esquema seria do líder do governo Ricardo Barros


Na CPI da COVID, o deputado Luis Miranda declarou que foi, junto com o irmão, que é funcionário do ministério da Saúde, ao Palácio do Planalto para um encontro com o presidente Bolsonaro. Nesse encontro, os irmãos teriam relatado a Bolsonaro as irregularidades que estavam em ação no ministério da Saúde. 
 
A reação de Bolsonaro teria sido a de afirmar que aquilo era esquema de um deputado.
 
Em principio, não se revelou quem era o tal deputado. Até que, em determinado momento, sob pressão, o deputado Luis Miranda não resistiu e declarou o nome do líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros, como sendo o nome revelado por Bolsonaro.
 
Barros foi quem botou a Precisa (intermediária da compra da Covaxin) no esquema. Foi também quem indicou a funcionária que assinou a papelada para um pagamento fora do contrato no valor de 25 milhões de dólares. Foi também quem indicou a Precisa a Flávio Bolsonaro, que conseguiu um empréstimo para a empresa no BNDES.
 
Barros já responde a inquérito por irregulariades relacionadas à empresa-mãe da Precisa, Global:

O MPF acusa Barros de ter beneficiado a empresa Global Gestão em Saúde quando foi ministro da Saúde, entre 2016 e 2018. A Global é sócia da Precisa, empresa que agora é alvo da CPI da Covid em razão das negociações para vender a vacina Covaxin, do laboratório indiano Bharat Biotech.

A ação foi apresentada em dezembro de 2018. Entre outros pontos, a procuradora da República Luciana Loureiro Oliveira entendeu que a pasta descumpriu decisões judiciais que determinavam o fornecimento de remédios a pacientes com doenças raras, demorou na aquisição de alguns itens, e ainda causou um prejuízo de R$ 19,9 milhões ao pagar antecipadamente à Global, que mesmo assim não foi capaz de entregar o encomendado. De acordo com o MPF, a empresa ofereceu o menor preço, mas não tinha os produtos para entregar. A solução seria chamar a segunda colocada, mas Barros teria insistido na Global e pressionado servidores do Ministério da Saúde para isso. [O Globo]

O deputado Luis Miranda, bolsonarista (ainda será?),  disse que sabe das pressões por que vai passar, mas resolveu contar tudo. Confira no vídeo, onde ele afirma que se decepcionou com Bolsonaro, porque o presidente sabia das irregularidades, sabia quais eram e quem era o mandante, mas nada fez.

Como venho afirmando desde o início do caso Covaxin aqui, vai ser necessário um contorcionismo de dar torcicolo em girafa para livrar Bolsonaro do impeachment.
 
O vídeo do deputado Luis Miranda confirmando o esquema para a senadora Simone Tebet:






Para receber notificações do Blog do Mello no seu WhatsApp clique aqui

Você vai ser direcionado ao seu aplicativo e aí é só enviar e adicionar o número a seus contatos



Recentes:


Assine a newsletter do Blog do Mello.
É grátis.

Estilo de Bolsonaro 'de governar às bofetadas, inspirado em Átila, Vlad Dracul e Mussolini, já é um marco na história da boçalidade'


Do escritor e jornalista Ruy Castro, na Folha.
A terra treme sob Bolsonaro

Um dia, quando se escrever a história do Brasil à luz da macheza de alguns presidentes, será instrutivo ler a respeito de, entre outros, Floriano Peixoto, Arthur Bernardes, Getulio Vargas, João Batista Figueiredo, Fernando Collor e Jair Bolsonaro. Alguns, como Floriano, Figueiredo e Collor, eram grosseiros, cafajestes. Outros, como Bernardes e Getulio, falavam macio para esconder a crueldade. Todos, um dia, bateram o pau na mesa presidencial. E todos ficaram mal na história.

Mas nenhum tão primário, estúpido e cruel quanto Bolsonaro. Seu estilo de governar às bofetadas, inspirado em Átila, Vlad Dracul e Mussolini, já é um marco na história da boçalidade. Ninguém, em tão pouco tempo, desrespeitou tanto uma nação e seu governo, suas instituições e sua dignidade. Ninguém nos reduziu tão bem a um país de merda —ou, segundo o próprio Bolsonaro, de maricas, idiotas e otários.

Ninguém rebaixou tanto o Brasil aos olhos internacionais. Ninguém tornou tão difícil ser brasileiro em terras estrangeiras, por ter de responder por um país que não reconhecemos nem é mais nosso. Ninguém nos tornou tão irreconhecíveis aos nossos próprios olhos —a cada dia que o deixamos no poder, nos acanalhamos como povo. E ninguém levou tantos de nós à morte, de maneira tão consciente e premeditada, contando com a nossa omissão e insensibilidade.

Jair Bolsonaro faz tudo isto cercando-se de capangas de bíceps e pescoços ameaçadores, peritos em armas de fogo, oriundos dos quartéis, academias e esgotos, muitos cavalgando motocicletas. Ele próprio é um centauro a motor, metade cavalo e a outra metade também. Se alguém o desafia, os políticos a seu soldo se juntam e partem para a intimidação. Mas a terra treme sob ele a uma palavra —corrupção.

É a hora. A partir de agora, diante das denúncias que começam a vir à tona, é que saberemos o seu quociente de macheza.






Para receber notificações do Blog do Mello no seu WhatsApp clique aqui

Você vai ser direcionado ao seu aplicativo e aí é só enviar e adicionar o número a seus contatos



Recentes:


Assine a newsletter do Blog do Mello.
É grátis.

Novo Ibope dá vitória de Lula no 1º turno, com mais do dobro de votos que Bolsonaro: 49 a 23


Aquilo que os tribunais, o Mercado e seu representante na Terra, a mídia corporativa, impediram de acontecer em 2018, está se desenhando para as eleições do ano que vem: uma vitória consagradora de Lula. 
 
Segundo o Ipec, instituto fundado por ex-funcionários do Ibope, Lula vence hoje Bolsonaro e os demais no primeiro turno [imagem].
 
Lula tem 49. Bolsonaro, 23. Ciro, 7. Dória, 5. Mandetta, 3. Ou seja, Lula tem mais do que o dobro de intenção de votos que Bolsonaro. Sete vezes mais que Ciro. Quase 10 vezes Dória e mais de 16 vezes Mandetta.
 
Não é à toa que até a Globo já está apoiando o impeachment de Bolsonaro, à procura de um nome que possa tentar fazer frente a Lula, apostando tudo numa campanha intensa de desqualificação de Lula e do PT até as eleições. Inclusive com uma ajuda do Judiciário, se necessário.
 
O Brasil suporta outro golpe midiático-judicial?





Para receber notificações do Blog do Mello no seu WhatsApp clique aqui

Você vai ser direcionado ao seu aplicativo e aí é só enviar e adicionar o número a seus contatos



Recentes:


Assine a newsletter do Blog do Mello.
É grátis.

Bolsonaro chama Pazuello ao Palácio: Puxa essa carroça da Covaxin pra mim aí, talquei


Para se livrar da acusação de prevaricação, que pode lhe custar o mandato, Bolsonaro chamou o ex-ministro da Saúde general Pazuello ao Palácio na noite de quinta e tratou de mandar o recado. Que Pazuello vestisse a cangalha e preparasse o lombo, porque teria de assumir a missão de levar a culpa ou arrumar outro nome na linha de transmissão de comando, no caso de corrupção na compra da vacina Covaxin.
 
Como o deputado Luis Miranda e seu irmão, Luis Francisco, funcionário do ministério da Saúde, afirmam que entregaram a Bolsonaro pessoalmente a denúncia de corrupção na compra da vacina Covaxin, Bolsonaro tem que dizer que tomou uma atitude, ou então prevaricou, que é quando o funcionário público toma conhecimento de uma irregularidade e nada faz.
 
A saída de Bolsonaro é a de sempre: botar a culpa em alguém. No caso vai ser o general Pazuello, o Queiroz da vez. 
 
Como tudo aconteceu durante o período da passagem de bastão de Pazuello para Queiroga, o general deve jogar a cangalha nas costas de alguém e alegar que não sabe que providências foram tomadas porque saiu do ministério...
 
Talvez esteja aí a explicação do pedido de sigilo de 100 anos do processo em que o comandante do Exército não puniu Pazuello: ele sabe muito sobre a linha de transmissão da corrupção no ministério e essa envolve muitos militares que se acotovelam por lá até hoje.





Para receber notificações do Blog do Mello no seu WhatsApp clique aqui

Você vai ser direcionado ao seu aplicativo e aí é só enviar e adicionar o número a seus contatos



Recentes:


Assine a newsletter do Blog do Mello.
É grátis.

O que falta ao governo é explicar o papel de Bolsonaro nessa história enrolada da Covaxin. Se não fez nada, cometeu crime de prevaricação


De outra de nossas experientes jornalistas políticas, Helena Chagas, no Jornalistas pela Democracia.
Bolsonaro tem que se explicar

De todas as histórias mal-contadas do governo Bolsonaro, a cena montada ontem no Planalto pelo ministro Onyx Lorenzoni para tentar defender  Jair Bolsonaro  no caso das irregularidades apontadas na operação de compra da vacina Covaxin parece ter sido a pior. E olha que são muitas. Mas essa nos fez lembrar – nós, jornalistas de meia idade – da Operação Uruguai, montada na tentativa de explicar com empréstimo mandrake no exterior os rendimentos do então presidente Fernando Collor. Deu no que deu: impeachment.

Com versículos da bíblia e ameaças ao estilo mafioso aos irmãos Miranda, o deputado Luiz (DEM-DF) e o servidor do Ministério da Saúde Luiz Antônio, o ministro tentou encenar indignação. Mas não deve ter convencido nem a própria família. Agravou a situação ao trair o nervosismo, quase desespero, que tomou conta do Planalto.

Em vez de dizer que iria mandar investigar as denúncias – que, até segunda ordem, podem ou não ser verdadeiras – , o ministro jogou as instituições e orgãos de apuração sob o controle do Executivo contra os denunciantes… É um claro abuso de poder, que a CPI da Covid já apontou e resolveu também investigar. Agora pela manhã, o senador Humberto Costa (PT-PE) apresentou requerimento convocando o próprio Onyx para depor.

Espetáculos à parte – já que a CPI também é especialista neles – , o que falta concretamente ao governo é explicar o papel de Bolsonaro nessa história enrolada. Independentemente de as denúncias envolvendo o favorecimento a empresas na compra da Covaxin virem ou não a ser comprovadas, o presidente tem que dizer se tomou alguma providência para sua apuração.

O Planalto começa a montar uma nova versão de que o presidente teria acionado seu então ministro da Saúde, Eduardo Pazuello – aquele que nunca desmente o chefe. E o que ele fez? Ouviu a denúncia e ficou quieto? Ou acionou a PF ou o MP para investigar o caso? E o presidente, nunca mais perguntou nada? É simples assim: se não fez nada, cometeu crime de prevaricação.






Para receber notificações do Blog do Mello no seu WhatsApp clique aqui

Você vai ser direcionado ao seu aplicativo e aí é só enviar e adicionar o número a seus contatos



Recentes:


Assine a newsletter do Blog do Mello.
É grátis.

Esquema bilionário de corrupção no governo Bolsonaro pode finalmente levar a seu impeachment


O servidor do ministério da Saúde Luis Fernando Miranda e seu irmão, o deputado federal pelo DEM do DF Luis Mirandam denunciaram esquema bilionário de corrupção no Ministério da Saúde, sob gestão de Pazuello (será por isso que Exército pediu sigilo de 100 anos sobre o caso?), na compra da vacina Covaxin. 
 
A resposta do governo Bolsonaro não foi investigar o esquema denunciado, mas botar a Polícia Federal para investigar deputado e irmão e ainda mandar o Ministro da Cidadania Onyx Lorenzoni ameaçá-los em rede nacional. Confira:


O deputado Luis Miranda confirmou que ele e o irmão irão à CPI da COVID, ou da Pandemia ou do Genocídio, neste sexta-feira,  onde confirmarão todo o esquema, que teria sido informado a Bolsonaro em março sem que, aparentemente, o presidente tenha tomado qualquer atitude para barrá-lo ou mesmo investigá-lo. 
 
Miranda afirmou que irá solicitar proteção para toda a família, diante das ameaças que diz estar sofrendo por denunciar o esquema bilionário de corrupção. Confira:



Se o deputado Luis Miranda e o irmão mantiverem as acusações amanhã na CPI, dificilmente Bolsonaro escapa de um processo de impeachment por corrupção, caso se prove que ele não só soube como se aproveitou do esquema, ou por prevaricação, por ter tomado conhecimento do esquema e nada ter feito para coibi-lo. 
 
É melhor Jair melhorando as instalações da Papuda que amanhã pode vir a seu seu destino por um bom tempo...





Para receber notificações do Blog do Mello no seu WhatsApp clique aqui

Você vai ser direcionado ao seu aplicativo e aí é só enviar e adicionar o número a seus contatos



Recentes:


Assine a newsletter do Blog do Mello.
É grátis.

Procuradora manda investigar corrupção na aquisição superfaturada em 1000% da vacina indiana Covaxin pelo governo Bolsonaro


O Ministério Público puxou uma pena e veio uma galinha imensa e gorda, com um superfaturamento de 1000%, na investigação cível da compra da vacina Covaxin pelo governo Bolsonaro, com empenho pessoal do presidente.
 
A procuradora do caso, Luciana Loureiro, viu indício de crime e mandou o caso para ser investigado na área criminal.
O Ministério Público Federal (MPF) identificou indícios de crime na compra feita pelo Ministério da Saúde de 20 milhões de doses da vacina indiana Covaxin e pediu que o caso seja investigado na esfera criminal. Até então o caso vinha sendo apurado dentro de um inquérito que tramitava na esfera cível. O contrato para a compra da Covaxin totalizou R$ 1,6 bilhão.

Os indícios de crime foram mencionados pela procuradora da República Luciana Loureiro, que vinha conduzindo as investigações na esfera cível. Em despacho assinado no dia 16 de junho, Loureiro disse que as “a omissão de atitudes corretivas” e o elevado preço pago pelo governo pelas doses da vacina fazem com que o caso seja investigado na esfera criminal. O contrato foi firmado entre o Ministério da Saúde a empresa Precisa, que representa o laboratório indiano Bharat Biotech.

“A omissão de atitudes corretivas da execução do contrato, somada ao histórico de irregularidades que pesa sobre os sócios da empresa PRECISA e ao preço elevado pago pelas doses contratadas, em comparação com as demais, torna a situação carecedora de apuração aprofundada, sob duplo aspecto cível e criminal uma vez que, a princípio, não se justifica a temeridade do risco assumido pelo Ministério da Saúde com essa contratação, a não ser para atender a interesses divorciados do interesse público”, diz a procuradora. [O Globo]

O governo "sem corrupção" vai ter que explicar por que comprou a vacina mais cara, que ainda nem havia sido aprovada pela Anvisa, com um superfaturamento de 1000% e a intermediação de uma empresa que não é do ramo de vacinas e está sendo investigada por não entregar material, pelo próprio Ministério da Saúde. 

É caso para um torcicolo de girafa.






Para receber notificações do Blog do Mello no seu WhatsApp clique aqui

Você vai ser direcionado ao seu aplicativo e aí é só enviar e adicionar o número a seus contatos



Recentes:


Assine a newsletter do Blog do Mello.
É grátis.

STF fecha hoje o caixão de Moro com a nulidade dos processos contra Lula


Em abril, a maioria do STF já decidira pela culpabilidade de Moro como juiz suspeito por uma maioria de sete votos a dois, quando o ministro Marco Aurelio Mello pediu vistas do processo atrasando assim a promulgação do resultado, que ocorrerá na sessão de hoje. Faltam apenas os votos dos ministros Mello e Fux, mas que não têm poder de alterar o resultado.

Como "in Fux we trust", como dizia a turma da Lava Jato nos vazamentos do hacker, o resultado será 8 a 3 ou 7 a 4 em favor da anulação das sentenças.

O final do julgamento é importante porque só aí será publicada a sentença definitiva anulando todos os julgamentos em que Moro esteve envolvido contra o ex-presidente. Com isso, Lula é oficialmente inocente.
 




Para receber notificações do Blog do Mello no seu WhatsApp clique aqui

Você vai ser direcionado ao seu aplicativo e aí é só enviar e adicionar o número a seus contatos



Recentes:


Assine a newsletter do Blog do Mello.
É grátis.

'Fora Bolsonaro não traduz medida concreta, o slogan dos próximos atos devia ser 'Impeachment já'

 
Preciso e precioso artigo de nossa maior colunista política, Tereza Cruvinel, no 247. Ela aborda duas questões que devem ser muito trabalhadas daqui para a frente. A intensificação da luta pelo impeachment imediato de Bolsonaro e, ao mesmo tempo, o trabalho de expor o presidente da Câmara, Arthur Lira, e todos os deputados que ainda sustentam Bolsonaro e impedem seu impeachment. Ano que vem tem eleição, e ninguém vai querer no lombo a pecha de apoiador do genocídio.
 
O artigo de Tereza Cruvinel:

Bolsonaro, um homem apavorado
A raiva é filha do medo. O raivoso é sempre um ser amedrontado, que precisa dar vazão à sua ira para se defender daquilo que considera uma ameaça, daquilo que pode lhe causar perda ou dor. O que Bolsonaro teve nesta segunda-feira em Guaratinguetá (SP) não foi um ataque de nervos ou de ira. Foi um ataque de medo diante da nova realidade política que vinha se desenhando e tomou forma e som no final de semana.

A raiva, ensinam os profissionais da alma humana, é sempre precedida da irritação. Bolsonaro acordou irritado ontem e começou o dia dando um coice verbal num caminhoneiro na porta do Alvorada. Apoiador, o sujeito achou que podia apresentar uma reivindicação.

No sábado ele ouviu o ronco das ruas e teve medo. Cerca de 750 mil pessoas protestaram em todo o país contra seu governo, pedindo seu impeachment, exibindo o luto pelas 500 mil mortes, cobrando vacina e auxílio emergencial.  Seu medo aumentou porque desta vez a mídia, e especialmente duas emissoras de televisão,  a Globo e a CNN, não fizeram como em 29 de maio e mostraram as manifestações. Por isso despejou sua raiva sobre as repórter da TV Vanguarda, afiliada da Globo. Mas antes da entrevista ouviu um grito de "genocida".

Quando a repórter abordou o fato de ele ter chegado à cidade sem máscara, o medo se fez raiva, e a fragilidade trouxe o discurso da onipotência: "Eu chego como quiser, onde eu quiser, tá certo? Eu cuido da minha vida. Parem de tocar no assunto. Você quer botar... me bota no Jornal Nacional agora. Estou sem máscara em Guaratinguetá. Tá feliz agora? Cê tá feliz agora? Essa Globo é uma merda de imprensa". Mandou a repórter calar a boca e emendou dizendo que a TV Globo faz um "jornalismo canalha".

No sábado, depois de mostrar as manifestações, os apresentadores do Jornal Nacional leram em jogral um duro editorial sobre a marca fatídica dos 500 mil mortos. Sem mencionar seu nome, o texto o responsabilizou pelo descalabro sanitário, por ter cometidos muitos e graves erros.

Mas não só as ruas e o tom da mídia, e especialmente o novo tom da TV Globo, amedrontaram Bolsonaro, fazendo com que sua amígdala cerebral fizesse jorrar os hormônios que desatam a ira. Ele teme a CPI da Covid, que avança na demonstração de seus crimes na pandemia. Hoje quem vai suar frio lá será o deputado Osmar Terra, ao que tudo indica o homem que convenceu Bolsonaro de que o caminho mais curto e barato o enfrentamento da pandemia era a contaminação ampla e geral para se atingir a imunidade coletiva. Não seria preciso parar a economia e nem gastar com vacinas. E assim, dando maus exemplos e encharcando o país de cloroquina, chegamos aos 500 mil mortos.

Ele teme também o fracasso indisfarçável de seu governo em todas as frentes: o desemprego que não cede mesmo com uma pequena reação do PIB, movida a exportações; a inflação que força o Banco Central a aumentar os juros; a desmoralização internacional do Brasil;  e para completar, a volta de Lula ao jogo, com as pesquisas indicando que ele o derrotaria no segundo turno.

Até do Centrão tem medo, porque sabe que o apoio que vem comprando com verbas secretas e entrega de cargos tem a solidez de uma pedra de gelo.

É hora de avançar e não de esperar que ele tente o golpe que vive anunciando. A esquerda puxou o bloco  mas para arrancar logo Bolsonaro do Planalto o movimento "Fora Bolsonaro" precisa se ampliar. Na campanha das diretas, em 1984, a coordenação era composta por representantes de diversos partidos e entidades. a Comissão Organizadora dos atos 29M e 19J, que se reúne hoje para discutir os próximos passos, poderia pensar nisso. Em incorporar aliados mais ao centro,  para engrossar o movimento.

O impeachment deveria agora tornar-se a palavra de ordem central das manifestações. Em vez do "Fora Bolsonaro", que não traduz medida concreta, o slogan dos próximos atos devia ser "impeachment já". E os próceres do Centrão, que o sustentam  no cargo, à frente o engavetador Arthur Lira, deviam ter fotografias expostas nas manifestações. Eles também vão disputar eleições no ano que vem.

Não vamos nos iludir com a lenda de que será melhor deixar Bolsonaro sangrando até 2022. Ele já nos avisou que não aceitará resultado algum senão sua vitória, seja o voto eletrônico ou impresso. Ele já nos avisou que haverá uma "convulsão" se ele perder. Ele está armando suas falanges, militares, milicianas e policiais.

Em boa hora, o ministro Luiz Felipe Salomão, corregedor geral da Justiça Eleitoral, deu 15 dias para Bolsonaro apresentar as provas que ele diz ter sobre fraudes em 2018, que lhe teriam tirado a vitória em primeiro turno. Cada mentira que ele conta deveria ser objeto de uma confrontação por parte das instituições.

Bolsonaro precisa sentir muito medo, e não devemos temer a sua ira. Um medo parecido com o dos que foram entubados sem saber se voltariam a viver. Tantos não voltaram, e poderiam estar entre nós se tivessem sido vacinados a tempo. Por eles, é hora de avançar.







Para receber notificações do Blog do Mello no seu WhatsApp clique aqui

Você vai ser direcionado ao seu aplicativo e aí é só enviar e adicionar o número a seus contatos



Recentes:


Assine a newsletter do Blog do Mello.
É grátis.

Se o que faltava para cair era corrupção, não falta mais: Governo pagou 1000% a mais por vacina indiana


Reportagem de Julia Affonso no Estadão traz a denúncia de que o governo Bolsonaro teria comprado a vacina indiana Covaxin por preço 1000% mais alto do que anunciado anteriormente pelo próprio fabricante. E mais, contrariando política do ministério, a compra foi intermediada por empresa suspeita, sem concorrência. Com dois agravantes: a vacina ainda não havia sido aprovada pela Anvisa e a ordem de compra teria partido do próprio Jair Bolsonaro.
Documentos do Ministério das Relações Exteriores mostram que o governo comprou a vacina indiana Covaxin por um preço 1.000% maior do que, seis meses antes, era anunciado pela própria fabricante. Telegrama sigiloso da embaixada brasileira em Nova Délhi de agosto do ano passado, ao qual o Estadão teve acesso, informava que o imunizante produzido pela Bharat Biotech tinha o preço estimado em 100 rúpias (US$ 1,34 a dose).

Em dezembro, outro comunicado diplomático dizia que o produto fabricado na Índia “custaria menos do que uma garrafa de água”. Em fevereiro deste ano, o Ministério da Saúde pagou US$ 15 por unidade (R$ 80,70, na cotação da época) – a mais cara das seis vacinas compradas até agora.

A ordem para a aquisição da vacina partiu pessoalmente do presidente Jair Bolsonaro. A negociação durou cerca de três meses, um prazo bem mais curto que o de outros acordos. No caso da Pfizer, foram quase onze meses, período em qual o preço oferecido não se alterou (US$ 10 por dose). Mesmo mais barato que a vacina indiana, o custo do produto da farmacêutica americana foi usado como argumento pelo governo Bolsonaro para atrasar a contratação, só fechada em março deste ano.

Diferentemente dos demais imunizantes, negociados diretamente com seus fabricantes (no País ou no exterior), a compra da Covaxin pelo Brasil foi intermediada pela Precisa Medicamentos. A empresa virou alvo da CPI da Covid, que na semana passada autorizou a quebra dos sigilos telefônico, telemático, fiscal e bancário de um de seus sócios, Francisco Maximiano. O depoimento do empresário na comissão está marcado para amanhã.

Os senadores querem entender o motivo de o contrato para a compra da Covaxin ter sido intermediado pela Precisa, que em agosto foi alvo do Ministério Público do Distrito Federal sob acusação de fraude na venda de testes rápidos para covid-19. Na ocasião, a cúpula da Secretaria de Saúde do governo do DF foi denunciada sob acusação de ter favorecido a empresa em um contrato de R$ 21 milhões.

A Precisa tem como sócia uma outra empresa já conhecida por irregularidades envolvendo o Ministério da Saúde – a Global Gestão em Saúde S. A. Ela é alvo de ação na Justiça Federal do DF por ter recebido R$ 20 milhões da pasta para fornecer remédios que nunca foram entregues. O negócio foi feito em 2017, quando o ministério era chefiado pelo atual líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (Progressistas-PR), do Centrão. Passados mais de três anos, o ministério diz que ainda negocia o ressarcimento.

Em depoimento ao Ministério Público, um servidor do Ministério da Saúde aponta “pressões anormais” para a aquisição da Covaxin. O funcionário relatou ter recebido “mensagens de texto, e-mails, telefonemas, pedidos de reuniões” fora de seu horário de expediente, em sábados e domingos. Esse depoimento está em poder da CPI.

O servidor assegurou que esse tipo de postura não ocorreu em relação a outras vacinas. O coordenador-geral de Aquisições de Insumos Estratégicos para Saúde do Ministério da Saúde, Alex Lial Marinho, foi apontado como o responsável pela pressão.

O interesse do Brasil na Covaxin foi registrado formalmente em carta de Bolsonaro ao primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, em 8 de janeiro. Na ocasião, o brasileiro informou ter incluído o imunizante no Plano Nacional de Imunização. 

Como o empresário Francisco Maximiano vai falar amanhã à CPI da COVID, também conhecida como da Pandemia e do Genocídio, ele terá como explicar o milagre da multiplicação dos preços. 

O que não conseguirá explicar é por que Bolsonaro resolveu comprar uma vacina ainda em fase de testes em vez da Pfizer, que lhe fora oferecida 100 vezes, e já aprovada e sendo utilizada nos EUA.







Para receber notificações do Blog do Mello no seu WhatsApp clique aqui

Você vai ser direcionado ao seu aplicativo e aí é só enviar e adicionar o número a seus contatos



Recentes:


Assine a newsletter do Blog do Mello.
É grátis.

Mais um processo em que Lula é inocentado por falta de provas, 'nem sequer minimamente aptas '


Uma a uma vão caindo por terra as acusações contra Lula, o maior caso de lawfare mundial contra uma pessoa, com o objetivo claro de impedir sua candidatura, no sentido restrito, e inviabilizá-lo politicamente e ao PT, no sentido amplo. Na manhã de hoje, Lula foi absolvido de mais um processo.

O juiz Frederico Botelho de Barros Viana, da 10ª Vara Federal de Brasília, absolveu o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ex-ministro Gilberto Carvalho e mais quatro pessoas por suposta corrupção para aprovação da MP 471 que prorrogou os incentivos fiscais de montadoras instaladas nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. O magistrado considerou que a acusação apresentada no âmbito da Operação Zelotes não demonstrou ‘de maneira convincente’ a forma pela qual o petista teria participado no ‘contexto supostamente criminoso’ – fato exposto inclusive pelo Ministério Público Federal em suas alegações finais.

“Muito embora existam elementos que demonstrem a atuação por parte da empresa de Maro Marcondes – Marcondes e Mautoni – no que se refere à prorrogação de benefícios fiscais às empresas CAOA e MMC, não há evidências apropriadas e nem sequer minimamente aptas a demonstrar a existência de ajuste ilícito entre os réus para fins de repasse de valores em favor de Luiz Inácio Lula da Silva ou de Gilberto Carvalho. É segura, portanto, a conclusão de que que a acusação carece de elementos, ainda que indiciários, que possam fundamentar, além de qualquer dúvida razoável, eventual juízo condenatório em desfavor dos réus”, ponderou o juiz em decisão proferida na manhã desta segunda, 21. [Estadão]

Investigado com lupa, no Brasil e no exterior, pela Operação Lava Jato e sua força tarefa, auxiliada pelo FBI e a CIA, como já ficou comprovado, não se encontrou até hoje, no Brasil ou no exterior, qualquer prova de corrupção contra o ex-presidente, que segue sendo absolvido em todos os processos de que foi vítima, enquanto seus detratores estão sendo investigados e mesmo escorraçados, como Moro, que teve que fugir do país.





Para receber notificações do Blog do Mello no seu WhatsApp clique aqui

Você vai ser direcionado ao seu aplicativo e aí é só enviar e adicionar o número a seus contatos



Recentes:


Assine a newsletter do Blog do Mello.
É grátis.