A Veja vê um interesse subalterno em tudo o que os outros fazem - desde que esses outros não sejam seus colunistas, ou, mais ainda, sócios da Abril.
Pois bem, por que a Veja não é transparente com seus leitores - até para mostrar que não é movida por interesses outros que não a busca da verdade no fato jornalístico? Por que, por exemplo, após cada reportagem em que citasse o filho do presidente Lula - a quem chama sempre de Lulinha, embora o nome dele seja Fábio -, e/ou a Gamecorp e a PlayTV, a Veja não informa que faz parte do grupo Abril, que é sócio da MTV e disputa o mesmo público-alvo com a PlayTV?
Não agindo assim, a Veja autoriza o distinto público a julgá-la com a mesma régua que ela utiliza para medir o caráter dos outros, e, portanto, a utilizar um raciocínio típico de Veja contra a própria Veja: ela move essa campanha contra a empresa do filho do presidente para defender seus interesses na MTV.
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CPI do Tráfico de Armas sugere projeto de lei que proíbe advogado de receber honorário de origem ilícita
A CPI do Tráfico de Armas aprovou seu relatório final ontem, depois de quase dois anos de investigações. Não foi muito badalada, pois não continha nenhuma acusação ao presidente Lula nem ao PT. Além do mais, muito do que ficou apurado na Comissão bateu de frente com os defensores das armas de fogo, conforme já postei aqui.
No relatório, a CPI sugere a criação de 18 projetos de lei. Destaco dois, que acho que vão ao encontro dos interesses de toda a população, menos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Um, estabelece que os advogados têm que passar por detector de metais, quando de suas visitas aos presos. Coisa a que todos os advogados se submetem naturalmente nos aeroportos do país - e do exterior -, mas que não querem fazer nos presídios, porque isso violaria o sigilo profissional. O outro, mais importante ainda, proíbe o advogado de receber honorário de origem ilícita. Nota dez. É um absurdo esses bandidões roubarem, traficarem e ainda usarem o dinheiro para se defender na Justiça. O Fernandinho Beira-Mar é um caso típico. Nunca trabalhou na vida, sempre viveu do tráfico de drogas e de armas, e vive cercado por um batalhão de advogados.
A OAB, que tem um papel tão importante ao longo da história na defesa da democracia no país, está como os Ronaldos na Copa, devendo uma apresentação à altura de seu nome. Detector de metal não agride; dinheiro de bandido corrompe.
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No relatório, a CPI sugere a criação de 18 projetos de lei. Destaco dois, que acho que vão ao encontro dos interesses de toda a população, menos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Um, estabelece que os advogados têm que passar por detector de metais, quando de suas visitas aos presos. Coisa a que todos os advogados se submetem naturalmente nos aeroportos do país - e do exterior -, mas que não querem fazer nos presídios, porque isso violaria o sigilo profissional. O outro, mais importante ainda, proíbe o advogado de receber honorário de origem ilícita. Nota dez. É um absurdo esses bandidões roubarem, traficarem e ainda usarem o dinheiro para se defender na Justiça. O Fernandinho Beira-Mar é um caso típico. Nunca trabalhou na vida, sempre viveu do tráfico de drogas e de armas, e vive cercado por um batalhão de advogados.
A OAB, que tem um papel tão importante ao longo da história na defesa da democracia no país, está como os Ronaldos na Copa, devendo uma apresentação à altura de seu nome. Detector de metal não agride; dinheiro de bandido corrompe.
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Mais uma denúncia de que o delegado Bruno é tucano na penagem e, principalmente, no bico
Em seu depoimento à CPI das Sanguessugas ontem, Gedimar Passos - que foi um dos flagrados no Hotel Íbis em SP com dinheiro para pagar um dossiê contra os tucanos - afirmou que foi o delegado Bruno quem forçou a barra para que ele incriminasse Freud Godoy, e também foi Bruno quem avisou às campanhas de Serra e Alckmin da prisão dos petistas.
O delegado Bruno - aquele mesmo que se infiltrou numa perícia para fotografar o dinheiro e distribuir as imagens à imprensa - não teria sido encontrado pela reportagem para dar sua versão dos fatos. Mas, com o depoimento de Gedimar, fica explicado como as equipes dos tucanos conseguiram chegar à PF antes de qualquer veículo de comunicação.
O que ainda não consegui entender é por que não pediram a quebra do sigilo telefônico do delegado e da delegacia da PF no dia da prisão dos "aloprados". Muita coisa até agora sem explicação poderá começar a ser esclarecida a partir daí.
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O delegado Bruno - aquele mesmo que se infiltrou numa perícia para fotografar o dinheiro e distribuir as imagens à imprensa - não teria sido encontrado pela reportagem para dar sua versão dos fatos. Mas, com o depoimento de Gedimar, fica explicado como as equipes dos tucanos conseguiram chegar à PF antes de qualquer veículo de comunicação.
O que ainda não consegui entender é por que não pediram a quebra do sigilo telefônico do delegado e da delegacia da PF no dia da prisão dos "aloprados". Muita coisa até agora sem explicação poderá começar a ser esclarecida a partir daí.
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Isto é Veja
Por essa nem os "indignados úteis" esperavam: eles, que caíram de pau na IstoÉ por causa da reportagem de capa com os Vedoin, não imaginavam que a "santa" Veja - aquela que operaria o milagre de levar Alckmin ao Planalto - também fez uma reportagem encomendada com os mesmos personagens. A informação está na Folha:
O script foi o mesmo: primeiro, a entrevista; depois, a denúncia na Justiça. Com uma diferença: a reportagem da Veja saiu um mês antes da IstoÉ, mostrando quem ensinou o caminho a quem.
Maiores detalhes sobre o caso, você pode ler aqui nesta postagem do Blog do Deu no Jornal, do jornalista Marcelo Soares.
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Em agosto, o deputado federal Carlos Abicalil (PT-MT) procurou Ricardo Berzoini no comitê em Brasília e disse ter tido ciência de que o governador Blairo Maggi (PPS-MT) havia pago Vedoin para que este falasse à revista "Veja" naquele mês. Na entrevista, o empresário acusou o então candidato tucano ao governo, o senador Antero Paes de Barros, de envolvimento com a fraude das ambulâncias superfaturadas.
Pelo acordo, Vedoin deveria ainda formalizar a denúncia na Justiça. Num primeiro depoimento, Vedoin inocentou Antero, mas, em outubro, repetiu em juízo a acusação.
O script foi o mesmo: primeiro, a entrevista; depois, a denúncia na Justiça. Com uma diferença: a reportagem da Veja saiu um mês antes da IstoÉ, mostrando quem ensinou o caminho a quem.
Maiores detalhes sobre o caso, você pode ler aqui nesta postagem do Blog do Deu no Jornal, do jornalista Marcelo Soares.
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Folha: 'Setor bancário deu maior doação à campanha de Lula'
A Folha continua insuperável na arte de prometer uma coisa e entregar outra. A chamada de capa da edição de hoje é "Bancos lideram doações a Lula". A da reportagem em si é a manchete desta postagem. Mas, olhem só como a reportagem começa (os destaques são meus):
Ou seja, os bancos foram os maiores doadores das duas campanhas, e com valores idênticos. Mas isso não é tudo. Mais adiante há a seguinte informação:
Ou seja, os bancos também não foram os maiores doadores da campanha de Lula. Exatamente o oposto do que a chamada e a manchete afirmam.
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Os bancos foram os principais financiadores da campanha de reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), com doações que somam R$ 10,5 milhões, segundo a prestação de contas dos candidatos que disputaram o segundo turno da eleição presidencial, enviada à Justiça Eleitoral ontem, último dia do prazo legal.
Geraldo Alckmin (PSDB) recebeu montante idêntico, de R$ 10,5 milhões. Nos dois casos, o principal doador do ramo foi o Itaú, com R$ 3,5 milhões.
Ou seja, os bancos foram os maiores doadores das duas campanhas, e com valores idênticos. Mas isso não é tudo. Mais adiante há a seguinte informação:
Montante ainda maior que o dos bancos foi repassado "internamente" para a campanha de Lula. Segundo o tesoureiro da candidatura, José de Filippi Jr., cerca de R$ 15 milhões foram transferidos à campanha pelos comitês estaduais e distrital por conta do compartilhamento de material gráfico.
Ou seja, os bancos também não foram os maiores doadores da campanha de Lula. Exatamente o oposto do que a chamada e a manchete afirmam.
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Rio: o caos nosso de cada dia

O circo dos horrores, denunciado nesta foto da primeira página do jornal O Dia de hoje, é parte do cotidiano com que os cariocas somos obrigados a conviver. O hospital é do município, teoricamente administrado pelo ex-prefeito do Rio, ainda no exercício do cargo, Cesar Maia, que gosta de dedicar seu tempo a outros assuntos - especialmente palpites eleitorais -, enquanto a cidade que ele deveria cuidar está entregue ao caos.
Mas o ex-prefeito, ainda no exercício do cargo, já declarou certa feita que só se preocupa com críticas em ano eleitoral. Portanto, é perda de tempo criticá-lo, na esperança de que tomará alguma atitude. Cesar Maia agora está ocupado com o tal ministério paralelo, que apresentaria críticas e proposições, em contraponto ao ministério verdadeiro de Lula.
Apenas como sugestão, acho que Maia poderia parar com essa bobagem e aproveitar mais este período à frente da prefeitura do Rio para servir como exemplo de um governo do PFL. O dia-a-dia, os problemas reais, as dificuldades normais da vida - ainda mais da vida política - enfrentados com soluções criativas e gestão (uma palavrinha bem tucano-pefelê) eficiente serviriam bem mais ao país - e num primeiro momento ao carioca desamparado - do que essa abobrinha que veio a substituir o chuchu.
Mas, como não estamos em ano eleitoral... que nos danemos todos.
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'86% das armas do crime têm origem legal'
Esta postagem é para todos aqueles que durante o referendo sobre a proibição da venda de armas de fogo no Brasil defenderam a manutenção do livre comércio, afirmando que bandido não comprava armas em lojas, que elas vinham do exterior etc. Pura bobagem, como demonstra a imagem ao lado, que é a reprodução de reportagem de O Globo de hoje.Manipuladas pelos fabricantes de armas de fogo e munição (que bancaram mais de 95% da campanha) essas pessoas agora são assaltadas e assassinadas nas ruas com as armas que liberaram para a venda.
O pior é que também sobra para os que votamos pela proibição.
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Bill Gates quer pegar carona no programa do governo
A Associação Brasileira das Empresas de Software (Abes) divulgou um "levantamento" - como se fosse pesquisa - onde afirma que 73% dos compradores de PCs populares, através do programa “Computador para todos”, trocaram o sistema operacional Linux pelo Windows, em até 31 dias após a compra. E mais: na maioria dos casos, instalando produto pirata.
A solução que a Abes propõe é feita sob medida para tio Bill (também conhecido como Bill Gates, o homem mais rico do mundo, graças ao software proprietário - que ele patenteou sem pagar um tostãozinho aos que desenvolveram programas antes dele): a Associação quer que a escolha final seja feita pelo usuário, que decidiria entre Linux ou Windows. Com isso, o computador ficaria quase 50% mais caro, para os que optassem pelo produto da Microsoft.
Esquece-se a Abes que essa opção já existe. Ninguém é obrigado a manter o Linux no computador. Basta desembolsar uma grana pelo Windows. Mas o que a Abes quer (ou seria a Microsoft através da Abes?) é pegar carona num programa que já vendeu mais de 400 mil computadores e conta com incentivos do governo.
Tomara que o governo não embarque nessa. A Microsoft que corra atrás e faça um programa semelhante, que poderia se chamar "Computador para Todos, com Windows", com incentivos do próprio bolso. A opção do governo deve ser a de andar na direção oposta: fazer campanhas educativas, incentivando o uso do software livre. O que vocês acham?
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A solução que a Abes propõe é feita sob medida para tio Bill (também conhecido como Bill Gates, o homem mais rico do mundo, graças ao software proprietário - que ele patenteou sem pagar um tostãozinho aos que desenvolveram programas antes dele): a Associação quer que a escolha final seja feita pelo usuário, que decidiria entre Linux ou Windows. Com isso, o computador ficaria quase 50% mais caro, para os que optassem pelo produto da Microsoft.
Esquece-se a Abes que essa opção já existe. Ninguém é obrigado a manter o Linux no computador. Basta desembolsar uma grana pelo Windows. Mas o que a Abes quer (ou seria a Microsoft através da Abes?) é pegar carona num programa que já vendeu mais de 400 mil computadores e conta com incentivos do governo.
Tomara que o governo não embarque nessa. A Microsoft que corra atrás e faça um programa semelhante, que poderia se chamar "Computador para Todos, com Windows", com incentivos do próprio bolso. A opção do governo deve ser a de andar na direção oposta: fazer campanhas educativas, incentivando o uso do software livre. O que vocês acham?
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Situação crônica: Aconteceu na igreja Nossa Senhora da Paz
A igreja de Nossa Senhora da Paz, na praça idem, em Ipanema, anda lotando. Especialmente aos domingos.
Há um tempo atrás, além desse intenso público interno, a igreja ostentava outro, externo: uma coleção de mendigos e mendigas de todos os tipos.(Clique na aba LETRAS aí em cima, ou aqui, para ler a continuação.)
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Há um tempo atrás, além desse intenso público interno, a igreja ostentava outro, externo: uma coleção de mendigos e mendigas de todos os tipos.(Clique na aba LETRAS aí em cima, ou aqui, para ler a continuação.)
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Relatório oficial da PF desmente afirmação da Folha sobre Berzoini
Ontem, a Polícia Federal enviou o segundo relatório sobre o que ficou conhecido como o "caso do dossiê" ao juiz responsável pelo caso, Jefferson Schneider, da 2ª Vara da Justiça Federal de Cuiabá. No relatório é pedido um prazo de mais 30 dias para aprofundamento das investigações - já concedido pelo juiz. Nenhuma palavra em favor da informação da Folha de que Berzoini teria ordenado a petistas a compra do dossiê.
Os que lêem este blog sabem que não tenho simpatia pelo presidente licenciado do PT. Acho-o arrogante e incompetente, como ficou criminosamente comprovado no caso do recadastramento dos idosos, quando Berzoini era Ministro da Previdência. Mas a forma que a Folha encontrou para divulgar que o relatório da PF contradiz a informação de suas reportagens é o fim da picada:
Se a PF não trabalha sequer com a hipótese do envolvimento de Berzoini , como a Folha publicou em manchete que "Para PF, Berzoini ordenou a petistas compra de dossiê"? E não foi uma manchetinha qualquer não, mas a principal da edição do último domingo do jornalão paulista. Uma tremenda barriga que a Folha usa para empurrar o caso adiante.
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Os que lêem este blog sabem que não tenho simpatia pelo presidente licenciado do PT. Acho-o arrogante e incompetente, como ficou criminosamente comprovado no caso do recadastramento dos idosos, quando Berzoini era Ministro da Previdência. Mas a forma que a Folha encontrou para divulgar que o relatório da PF contradiz a informação de suas reportagens é o fim da picada:
Berzoini
A PF não descartou ontem o possível envolvimento do presidente licenciado do PT, Ricardo Berzoini, na trama do dossiê, mas, segundo o superintendente da PF em MT, a polícia "não trabalha com esta hipótese neste momento".
Se a PF não trabalha sequer com a hipótese do envolvimento de Berzoini , como a Folha publicou em manchete que "Para PF, Berzoini ordenou a petistas compra de dossiê"? E não foi uma manchetinha qualquer não, mas a principal da edição do último domingo do jornalão paulista. Uma tremenda barriga que a Folha usa para empurrar o caso adiante.
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O 'jornalismo de resultados' da Folha
Ontem, a Folha publicou "reportagem" afirmando, desde o título, que "Para PF, Berzoini ordenou a petistas compra de dossiê". Ontem mesmo, o delegado Diógenes Curado, responsável pelo inquérito, desmentiu a Folha. O jornalão paulista deu uma de Nelson Rodrigues.
Para quem não sabe, ou não se lembra, o genial dramaturgo gostava de chamar o vídeo-tape de burro. Para Nelson, se a imagem não correspondia ao que ele afirmava, era prova da burrice insofismável do VT. Fez escola.
Mas o problema não termina aí. Hoje, como se o delegado não houvesse desmentido a informação do repórter, a Folha publica nova reportagem, "Berzoini diz que voltará a presidir o partido em breve", com a inacreditável afirmação:
Peralá, a Folha errou de sujeito: o que não se altera não é a disposição de Berzoini, é a reportagem da Folha, mesmo batendo de frente com a informação do delegado. Isso sim é uma atitude desafiadora. Se a Folha tem como provar o que afirma e desmentir o delegado da PF, por que não o faz? Se não tem, por que não publica um "erramos"? Agora, nem uma coisa nem outra, é querer chamar o VT de burro. Ou pior: chamar o leitor de burro.
É mais um exemplo descarado daquilo que chamo de jornalismo de resultados.
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Para quem não sabe, ou não se lembra, o genial dramaturgo gostava de chamar o vídeo-tape de burro. Para Nelson, se a imagem não correspondia ao que ele afirmava, era prova da burrice insofismável do VT. Fez escola.
Mas o problema não termina aí. Hoje, como se o delegado não houvesse desmentido a informação do repórter, a Folha publica nova reportagem, "Berzoini diz que voltará a presidir o partido em breve", com a inacreditável afirmação:
Em atitude desafiadora, ele [Berzoini] disse que sua disposição de reassumir o partido não se altera com a revelação feita ontem pela Folha, de que a Polícia Federal considera que ele foi o mandante da tentativa de compra do dossiê contra tucanos.
Peralá, a Folha errou de sujeito: o que não se altera não é a disposição de Berzoini, é a reportagem da Folha, mesmo batendo de frente com a informação do delegado. Isso sim é uma atitude desafiadora. Se a Folha tem como provar o que afirma e desmentir o delegado da PF, por que não o faz? Se não tem, por que não publica um "erramos"? Agora, nem uma coisa nem outra, é querer chamar o VT de burro. Ou pior: chamar o leitor de burro.
É mais um exemplo descarado daquilo que chamo de jornalismo de resultados.
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Crise de credibilidade atinge em cheio a grande mídia
A Veja teria perdido entre 160 mil e 180 mil assinantes. O jornal O Globo, 70 mil. É a resposta que os leitores estão dando ao que lhes é oferecido. Pior: a crise está longe do fim. Ao contrário, está apenas começando. E a resposta que os grandes veículos estão encontrando é a pior possível: a radicalização. Não estão entendendo nada do que está acontecendo.
O jornalista Clóvis Rossi, da Folha de São Paulo, externou muito bem essa perplexidade em seu artigo de ontem, quando se despediu dos leitores para entrar de férias. Sob o sugestivo título " Férias, as últimas?", Rossi escreve:
Você, meu arguto leitor, que vive se informando na internet, ao folhear um jornalão não tem a nítida impressão de que está lendo o jornal de ontem ou anteontem? O pior é que esses jornais "antigos" são utilizados pelos pauteiros nas emissoras de TV. Os repórteres têm que sair às ruas para requentar o requentado. Isso é servido aos leitores, telespectadores como novidade... Daí a preocupação com a embalagem, o visual moderno e arrojado. É para esconder o mofo.
Por isso, é bobagem essa discussão na internet, que coloca de um lado a mídia tradicional e seus ícones - Kamel, Mainardi - e de outro o novo leitor/espectador. Mainardi e Kamel são empregados. Quando a relação custo-benefício dos processos que a Veja responde com Mainardi começarem a entrar no vermelho, ele roda. O mesmo acontece com Kamel. Afirmam que o chamado Ratzinger da Globo estaria estendendo seus tentáculos a todos os veículos das Organizações. Pior para ele. Quando a corda roer, ele dança. Tiram o bode da sala - no caso, o camelo. E vida que segue.
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O jornalista Clóvis Rossi, da Folha de São Paulo, externou muito bem essa perplexidade em seu artigo de ontem, quando se despediu dos leitores para entrar de férias. Sob o sugestivo título " Férias, as últimas?", Rossi escreve:
Hoje em dia, todas as notícias que estão prontas para publicação aparecem antes que os jornais comecem a rodar - ou na TV, ou na internet, ou no rádio.
Logo, a rigor, não há mais notícias "fit to print" que sobrevivam até o dia seguinte, quando os jornais começam a circular. É claro que sempre sobra alguma rebarba de informação exclusiva, mas é pouco para uma indústria tão cara.
Você, meu arguto leitor, que vive se informando na internet, ao folhear um jornalão não tem a nítida impressão de que está lendo o jornal de ontem ou anteontem? O pior é que esses jornais "antigos" são utilizados pelos pauteiros nas emissoras de TV. Os repórteres têm que sair às ruas para requentar o requentado. Isso é servido aos leitores, telespectadores como novidade... Daí a preocupação com a embalagem, o visual moderno e arrojado. É para esconder o mofo.
Por isso, é bobagem essa discussão na internet, que coloca de um lado a mídia tradicional e seus ícones - Kamel, Mainardi - e de outro o novo leitor/espectador. Mainardi e Kamel são empregados. Quando a relação custo-benefício dos processos que a Veja responde com Mainardi começarem a entrar no vermelho, ele roda. O mesmo acontece com Kamel. Afirmam que o chamado Ratzinger da Globo estaria estendendo seus tentáculos a todos os veículos das Organizações. Pior para ele. Quando a corda roer, ele dança. Tiram o bode da sala - no caso, o camelo. E vida que segue.
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Deus e o Diabo na Terra da Mídia
Contribuição do leitor Cássio Muniz, que é cientista político e vive atualmente nos Estados Unidos:
A mídia brasileira tornou-se uma terra de ninguém, o sertão glauberiano onde os opostos se encontram em oposição a outros protagonistas igualmente implacáveis, a saber, a aridez do partidarismo de interesses sem causa e a instituição do coronelismo dito eletrônico.
De um lado, a grande mídia faz as vezes do coronel numa versão contemporânea ao substituir o controle por meio da força física por outro mais sutil com nuança psicológica mas, frequentemente, eficaz em seu fim. Trata-se de uma militância não ideologica, mas com interesse bem específico: a manutenção do status quo. Do outro lado, o povo, também sem ideologia e com interesse específico e nobre: sobreviver.
A grande mídia é o espelho da elite relutante em dividir os espaços vislumbrados pelos que buscam termos socialmente mais justos. O povo, por sua vez, se espelha em um presidente operário que é o símbolo da possibilidade efetiva de ascenção. O conflito, portanto, traduz-se numa luta assimétrica não ideológica de classes em que a elite tenta vetar a redistribuição de recursos coletivos à classe baixa sem que esta necessáriamente lute para a consecussão dos seus interesses. O exemplo mais claro disso é a aversão à política de cotas e à programas redistributivos como bolsa família.
Neste embate o povo que em outos tempos era acusado de não saber processar as suas escolhas eleitorais porque votavam contra os seus próprios interesses, agora é acusado da mesa sina mas porque o fazem contra os interesses específicos da elite.
A competição permanece uma vez que os recursos são limitados e o apetite da elite é voraz. Obviamente, já dizia Machado de Assis, a expansão de duas formas determinará a supressão de uma delas. Ultimamente a tendência, numa excessão histórica, tem sido em favor das classes mais baixas. A despeito das inclinações óbvias da grande mídia, maiores são os poderes do povo.
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A mídia brasileira tornou-se uma terra de ninguém, o sertão glauberiano onde os opostos se encontram em oposição a outros protagonistas igualmente implacáveis, a saber, a aridez do partidarismo de interesses sem causa e a instituição do coronelismo dito eletrônico.
De um lado, a grande mídia faz as vezes do coronel numa versão contemporânea ao substituir o controle por meio da força física por outro mais sutil com nuança psicológica mas, frequentemente, eficaz em seu fim. Trata-se de uma militância não ideologica, mas com interesse bem específico: a manutenção do status quo. Do outro lado, o povo, também sem ideologia e com interesse específico e nobre: sobreviver.
A grande mídia é o espelho da elite relutante em dividir os espaços vislumbrados pelos que buscam termos socialmente mais justos. O povo, por sua vez, se espelha em um presidente operário que é o símbolo da possibilidade efetiva de ascenção. O conflito, portanto, traduz-se numa luta assimétrica não ideológica de classes em que a elite tenta vetar a redistribuição de recursos coletivos à classe baixa sem que esta necessáriamente lute para a consecussão dos seus interesses. O exemplo mais claro disso é a aversão à política de cotas e à programas redistributivos como bolsa família.
Neste embate o povo que em outos tempos era acusado de não saber processar as suas escolhas eleitorais porque votavam contra os seus próprios interesses, agora é acusado da mesa sina mas porque o fazem contra os interesses específicos da elite.
A competição permanece uma vez que os recursos são limitados e o apetite da elite é voraz. Obviamente, já dizia Machado de Assis, a expansão de duas formas determinará a supressão de uma delas. Ultimamente a tendência, numa excessão histórica, tem sido em favor das classes mais baixas. A despeito das inclinações óbvias da grande mídia, maiores são os poderes do povo.
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Esclarecendo aos que me escrevem: Antônio Mello não é Antônio Melo
Algumas pessoas me enviaram e-mails informando-me de umas declarações atribuídas a mim, que estariam rolando na internet. Só agora, com um link enviado pelo Altino Machado – companheiro de blog lá do Acre - me dei conta do que estava acontecendo. Um marketeiro, chamado Antônio Melo, deu umas declarações à Veja, que estão causando a tal polêmica. Não sei se o nome dele tem um ele a menos, ou se foi erro da Veja, ou se ele prefere assim, mas o meu nome, que é o deste blog, tem dois eles, e a pessoa, como vocês estão vendo na foto ao lado, não é a mesma. Por isso, e sem entrar no mérito da questão - que desconheço - estou fazendo esta postagem apenas para esclarecer que, embora eu também trabalhe em campanhas políticas, não sou esse Antônio Melo que fez a campanha vencedora de Jackson Lago no Maranhão. Não dei entrevista à Veja, não tenho nada a ver com as declarações dele - a quem não conheço. O que escrevo está publicado aqui neste blog, em mais de mil postagens. Se escrevo alguma coisa para outro lugar, publico aqui também. Portanto, “incluam-me fora dessa”, este Antônio Mello (com dois eles) não é o Antônio Melo (com um ele) da campanha do Maranhão.Clique aqui e adicione o Blog do Mello - com dois eles - aos seus Favoritos
Os negócios do bispo Macedo vão muito bem, graças a Deus
A última edição da Folha Universal, jornal semanal editado pela Igreja Universal do Reino de Deus, registrou a nada desprezível tiragem de 2.335.000 exemplares, o que a coloca praticamente (e sem concorrência) como o maior veículo impresso do País, informa na sua edição de hoje Jornalistas & Cia. Em exemplares/mês talvez não ostente a liderança, mas ainda assim está entre os maiores jornais do Brasil. Desconhecida dos formadores de opinião tradicionais, a Folha Universal integra o exuberante complexo de comunicação da Igreja fundada e dirigida por Edir Macedo, onde também despontam as redes de TV Record e Mulher, centenas de emissoras de rádio e um portal.
Quem passeia pelo portal, aliás, descobre, por exemplo, que a Igreja Universal está hoje presente em mais de 100 países da Europa, Ásia, África e Américas; ou ainda, que o bispo Macedo já vendeu mais de 10 milhões de livros, abrangendo os 34 títulos que já lançou (entre eles, os best-sellers “Orixás, caboclos e guias” e “Nos passos de Jesus”, ambos com mais de 3 milhões de exemplares vendidos apenas no Brasil).
(postagem original do Midiablog enviada por um leitor. NOTA: o vídeo não fazia parte da postagem original. Foi acrescentado aqui para mostrar a estratégia do bispo Macedo para alcançar tal sucesso)
Caso não consiga (ou não possa - por estar no trabalho, por exemplo) ver a imagem, baixe o vídeo para assisti-lo mais tarde. Clique com o botão direito do mouse no link abaixo e salve o arquivo:
http://blogdomello.googlepages.com/bispomacedo.wmv
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Quem passeia pelo portal, aliás, descobre, por exemplo, que a Igreja Universal está hoje presente em mais de 100 países da Europa, Ásia, África e Américas; ou ainda, que o bispo Macedo já vendeu mais de 10 milhões de livros, abrangendo os 34 títulos que já lançou (entre eles, os best-sellers “Orixás, caboclos e guias” e “Nos passos de Jesus”, ambos com mais de 3 milhões de exemplares vendidos apenas no Brasil).
(postagem original do Midiablog enviada por um leitor. NOTA: o vídeo não fazia parte da postagem original. Foi acrescentado aqui para mostrar a estratégia do bispo Macedo para alcançar tal sucesso)
Caso não consiga (ou não possa - por estar no trabalho, por exemplo) ver a imagem, baixe o vídeo para assisti-lo mais tarde. Clique com o botão direito do mouse no link abaixo e salve o arquivo:
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Campanha para reduzir preconceito contra a Aids será estrelada por portadores do vírus
Pela primeira vez, a campanha para reduzir o preconceito contra a Aids será protagonizada por duas pessoas portadoras do vírus HIV, informa o jornal O Globo. Uma delas é a advogada gaúcha Beatriz Pacheco. Beatriz tem quatro filhos e três netos. Segundo a reportagem, "ela foi infectada nove anos atrás pelo segundo marido, que sofria de cirrose hepática e contraiu a doença por transfusão de sangue. Beatriz conta que a notícia caiu como uma bomba em sua vida, mas não a impediu de casar pela terceira vez nem de lutar contra o preconceito, ajudando soropositivos demitidos a reaver o emprego".
Como se vê, a advogada deu a volta por cima, utilizando-se de seus serviços profissionais para auxiliar outros portadores na Justiça do Trabalho, e agora protagonizando a campanha do Ministério da Saúde contra o preconceito - que ela sente na própria pele:
É simplesmente estarrecedor o que a desinformação e o preconceito são capazes de produzir. Pela profissão, Beatriz certamente morava num prédio de classe média, e fico imaginando o que passava pela cabeça dessas pessoas que a discriminaram, apenas por ser portadora de um vírus que qualquer um de nós pode pegar, por uma relação sexual sem proteção ou uma transfusão de sangue contaminado.
Por isso, parabenizo a advogada por sua coragem, e espero que seu depoimento nos comerciais do Ministério da Saúde sirva para mudar a atitude preconceituosa das pessoas contra os soropositivos, a começar pelos moradores do prédio onde ela viveu por 20 anos.
ATUALIZAÇÃO (26/11): Recebi um comentário da própria Beatriz, e faço questão de reproduzi-lo aqui:
Retribuo o abraço, Beatriz, e, mais uma vez, parabéns pela luta. Conte com este espaço, onde pessoas como você são sempre bem-vindas.
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Como se vê, a advogada deu a volta por cima, utilizando-se de seus serviços profissionais para auxiliar outros portadores na Justiça do Trabalho, e agora protagonizando a campanha do Ministério da Saúde contra o preconceito - que ela sente na própria pele:
Beatriz lembra que já sofreu todo tipo de constrangimento nos últimos nove anos. No edifício onde morou por 20 anos recebia bilhetes com mensagens do tipo: “Saia, aidética. Isso aqui não é hospital de caridade.” Vizinhos que viram seus filhos nascer, contou ela, evitavam entrar no mesmo elevador.
É simplesmente estarrecedor o que a desinformação e o preconceito são capazes de produzir. Pela profissão, Beatriz certamente morava num prédio de classe média, e fico imaginando o que passava pela cabeça dessas pessoas que a discriminaram, apenas por ser portadora de um vírus que qualquer um de nós pode pegar, por uma relação sexual sem proteção ou uma transfusão de sangue contaminado.
Por isso, parabenizo a advogada por sua coragem, e espero que seu depoimento nos comerciais do Ministério da Saúde sirva para mudar a atitude preconceituosa das pessoas contra os soropositivos, a começar pelos moradores do prédio onde ela viveu por 20 anos.
ATUALIZAÇÃO (26/11): Recebi um comentário da própria Beatriz, e faço questão de reproduzi-lo aqui:
Prezado Mello! Obrigada por dar ênfase à "nossa" Campanha, aqui em teu BLOG! Desta forma estás nos ajudando muito a alcançar o propósito de nossa exposição pública! Alertar, gerar a discussão, fazer refletir sobre uma realidade que ninguém vê como sua!
Também eu como tu "sonho com coisas que nunca foram e pergunto: por que não?" Vamos conseguir, JUNTOS, vencer a este preconceito e, após isto, venceremos mais, a própria epidemia... Por que não?
Um grande e agradecido abraço! Beatriz Pacheco
Retribuo o abraço, Beatriz, e, mais uma vez, parabéns pela luta. Conte com este espaço, onde pessoas como você são sempre bem-vindas.
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Atenção: Falhas no Internet Explorer 7 e no Firefox 2 permitem roubos de senhas
A notícia está aqui, no Portal de notícias da Globo.
Se você é um usuário do Firefox, como eu, o problema é ainda mais grave, porque ele preenche automaticamente as senhas que salvamos. Vale a pena ler a matéria e prevenir-se.
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Se você é um usuário do Firefox, como eu, o problema é ainda mais grave, porque ele preenche automaticamente as senhas que salvamos. Vale a pena ler a matéria e prevenir-se.
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Sobre a entrevista do presidente da Radiobrás, Eugênio Bucci
Um leitor observou que comentários semelhantes aos que fiz na postagem " O poder das Organizações Globo é um risco para a democracia no Brasil" foram emitidos pelo presidente da Radiobrás, Eugênio Bucci, numa entrevista ao jornalista Alberto Dines, na edição televisiva do Observatório da Imprensa desta semana.
Hoje, há uma transcrição da entrevista no site do Observatório, onde há um trecho que destaco, a seguir:
E é exatamente essa concentração de poder pelas Organizações Globo que dificulta a liberdade de informação e expressão e , portanto, se constitui numa ameaça à democracia no país - o que afirmei naquela postagem, e reafirmo agora.
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Hoje, há uma transcrição da entrevista no site do Observatório, onde há um trecho que destaco, a seguir:
Eugênio Bucci - (...) Nós temos problemas estruturais na comunicação do Brasil. Nós temos a ausência de marcos regulatórios que limitem a concentração de propriedade, que existem nos Estados Unidos e nos principais países europeus. Nós tendemos a correr o risco de ter desequilíbrio nesse setor e de ter, às vezes, um veículo ou uma empresa falando sozinhos. Se formos observar o quadro americano, vemos que existem limitações para que uma mesma empresa, um mesmo grupo econômico, não passe a controlar os principais jornais, emissoras de rádio, a principal emissora de TV aberta numa mesma área geográfica – numa mesma cidade, por exemplo. Essa limitação é muito útil tanto para a diversidade de opinião como para a pluralidade e a livre competição entre as empresas, e não é observada no Brasil. E ela é vigiada em várias das democracias que nós adotamos como referência.
Alberto Dines - E sobretudo nos Estados Unidos que é apontado como o exemplo de um país anti-regulador.
Eugênio Bucci – Nos Estados Unidos essa regulação é forte. É um mecanismo escolhido pelo Senado e existe há quase setenta anos. Ela fiscaliza os parâmetros. [A Federal Communications Commission (FCC)] é uma típica agência de regulação. Nos outros países funciona com outras ferramentas, mas o princípio geral é o mesmo. Então, nós precisamos observar isso porque se esses limites não existem numa sociedade como a brasileira, configura-se muitas vezes, uma situação de monólogo. Um único grupo ou um único veículo assume a condição de falar sozinho e isso desequilibra o jogo da democracia, que pressupõe multiplicidade de vozes, opiniões e assim por diante.
E é exatamente essa concentração de poder pelas Organizações Globo que dificulta a liberdade de informação e expressão e , portanto, se constitui numa ameaça à democracia no país - o que afirmei naquela postagem, e reafirmo agora.
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As Fundações dos grandes bancos
Ainda sobre a postagem anterior e as Fundações dos grandes bancos, pode-se descobrir um novo sentido para uma antiga máxima de Brecht:
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"O que é o roubo de um banco comparado com a Fundação de um banco?"
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CPI das ONGs e da Fundação Roberto Marinho
As Organizações Globo e o senador Heráclito Fortes (PFL-PI) estão louquinhos para que seja instalada uma CPI das ONGs. Este blog é a favor da instalação desta CPI. E vai além: deve-se investigar também as Fundações dos grandes bancos e a Fundação Roberto Marinho.
Sobre esta última, a CPI poderia começar ouvindo o que tem a dizer Roméro da Costa Machado, autor do livro Afundação Roberto Marinho. Roméro foi controller da Fundação e declara no livro coisas como:
Quer saber mais? Leia uma entrevista com Roméro da Costa Machado clicando aqui.
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Sobre esta última, a CPI poderia começar ouvindo o que tem a dizer Roméro da Costa Machado, autor do livro Afundação Roberto Marinho. Roméro foi controller da Fundação e declara no livro coisas como:
"As principais irregularidades encontradas nesta nova auditoria [realizada na Fundação Roberto Marinho, a pedido de Roméro] foram: Compra de Notas Fiscais; Notas Frias (Frias-Frias e Frias-"Quentes"); Notas de diferentes empresas (várias) escritas pela mesma pessoa; Notas Fiscais falsas (montadas a partir de cartões de visitas e impressos de empresas que sequer sabiam que estavam transacionando com a Fundação); Caixa Dois; Equipamentos comprados com notas de serviço; Despesas de viagens falsificadas; Funcionários da Globo (principalmente diretores) recebendo através de notas frias; Empresas da Globo faturando e cobrando "facilidades" da Fundação; Contratação de parentes; Sumiço de ativo fixo (principalmente fitas de vídeo). Isto, sem contar o "assalto" aos cofres do governo (Ministério da Educação) na obtenção de verbas a "fundo perdido" (dinheiro grátis, obtido na "bacia das almas") para fazer programas "educativos" medíocres da Fundação, que segundo opinião de um diretor da própria Fundação, o telecurso era o curso mais caro do mundo, pois se o dinheiro empregado pelo governo na Fundação fosse distribuído diretamente aos alunos necessitados praticamente acabaria o curso elementar no Brasil."
Quer saber mais? Leia uma entrevista com Roméro da Costa Machado clicando aqui.
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Entrevista com Fábio Cipriani, autor do livro Blog Corporativo
"A adoção do blog corporativo por parte das empresas deve ser uma decisão muito bem estudada antes de ser colocada em prática, existem diversos fatores que devem ser analisados como budget, disponibilidade de pessoal, políticas de uso, processos afetados, entre outros." Clique na aba Empresas aí em cima, ou aqui, para ler a continuação.
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O poder das Organizações Globo é um risco para a democracia no Brasil
Continua viva a discussão sobre a participação das Organizações Globo na trama que levou a eleição para o segundo turno. Depois das cartas de Ali Kamel (inclusive a este blog), do deprimente abaixo-assinado de jornalistas - que a direção da emissora aceitou divulgar - agora é uma outra pessoa da Central de Jornalismo que envia carta - curiosamente com trechos inteiros retirados das escritas por Kamel - e ainda, de quebra, com alguns erros de concordância e ortografia.
E por que a discussão ainda continua? Porque as Organizações Globo têm um peso descomunal no Brasil. E é esse peso descomunal que deve ser discutido no Congresso. É necessário que se criem mecanismos regulatórios para garantir a liberdade de expressão. E a liberdade só pode existir se for plural, se não houver uma instância - como as Organizações Globo - com o poder de influenciar mais de 70% da população. Mecanismos que proibissem – como acontece em outros países, inclusive os EUA - a concentração de veículos de comunicação nas mãos de um só grupo, numa mesma cidade ou estado. Aqui no Rio, por exemplo, as OG têm a TV Globo, os jornais mais vendidos - O Globo e Extra -, estações de rádio - Globo, CBN... - além da revista Época, do portal de notícias etc., etc.
Comenta-se que o diretor de Jornalismo da TV Globo, Ali Kamel, estaria estendendo seus tentáculos aos outros braços das Organizações. Mas o foco em Ali Kamel é uma bobagem. Ele é apenas um empregado. O foco é o grupo. Até quando se vai permitir a concentração de poder que as Organizações Globo têm no país? Isso não faz bem para a informação livre, muito menos para a democracia. Ao contrário: não permite uma e ameaça a outra.
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E por que a discussão ainda continua? Porque as Organizações Globo têm um peso descomunal no Brasil. E é esse peso descomunal que deve ser discutido no Congresso. É necessário que se criem mecanismos regulatórios para garantir a liberdade de expressão. E a liberdade só pode existir se for plural, se não houver uma instância - como as Organizações Globo - com o poder de influenciar mais de 70% da população. Mecanismos que proibissem – como acontece em outros países, inclusive os EUA - a concentração de veículos de comunicação nas mãos de um só grupo, numa mesma cidade ou estado. Aqui no Rio, por exemplo, as OG têm a TV Globo, os jornais mais vendidos - O Globo e Extra -, estações de rádio - Globo, CBN... - além da revista Época, do portal de notícias etc., etc.
Comenta-se que o diretor de Jornalismo da TV Globo, Ali Kamel, estaria estendendo seus tentáculos aos outros braços das Organizações. Mas o foco em Ali Kamel é uma bobagem. Ele é apenas um empregado. O foco é o grupo. Até quando se vai permitir a concentração de poder que as Organizações Globo têm no país? Isso não faz bem para a informação livre, muito menos para a democracia. Ao contrário: não permite uma e ameaça a outra.
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Broto - uma história de adolescentes
"A enfermeira falou Não pode comer nada. Nem o café da manhã? O café pode. Mas, depois, nada.
E assim estava Ciça. Só o café da manhã e um frio doido no estômago. Três horas da tarde e a gente indo ao médico fazer o aborto."... Clique na aba Letras aí em cima, ou aqui, para ler a continuação.
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E assim estava Ciça. Só o café da manhã e um frio doido no estômago. Três horas da tarde e a gente indo ao médico fazer o aborto."... Clique na aba Letras aí em cima, ou aqui, para ler a continuação.
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O 13º para o Bolsa Família
A aprovação ontem pelo Senado do 13º salário para os beneficiados do Bolsa Família é uma palhaçada. A oposição jogou para a platéia. Aliás, pensando bem, nem isso: jogou apenas para fustigar o governo, vingancinha de derrotados. Sabe que não há verba prevista para isso, e sua aprovação pela Câmara - se vier a acontecer - causará um rombo de R$ 700 milhões no Orçamento.
É por isso que a aprovação é uma palhaçada. Eles querem apenas fustigar o governo, e contam que a Câmara rejeitará a proposta. Mas, dependendo do momento em que a proposta chegue à Câmara para votação, tudo pode acontecer. Até sua aprovação - que, em verdade, nunca foi a intenção de ninguém. Se bobear, ainda encaixam umas férias para os desempregados do Programa. E isso tudo apenas por um motivo: é que o dinheiro não é deles.
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É por isso que a aprovação é uma palhaçada. Eles querem apenas fustigar o governo, e contam que a Câmara rejeitará a proposta. Mas, dependendo do momento em que a proposta chegue à Câmara para votação, tudo pode acontecer. Até sua aprovação - que, em verdade, nunca foi a intenção de ninguém. Se bobear, ainda encaixam umas férias para os desempregados do Programa. E isso tudo apenas por um motivo: é que o dinheiro não é deles.
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Sobre o tal apagão nos aeroportos brasileiros
Peralá. Esse negócio de chamar de "apagão" o que está acontecendo nos aeroportos brasileiros já passou do ponto. Não se pode comparar o que está acontecendo agora ao apagão que efetivamente aconteceu no governo de FHC. São coisas muito diferentes. O chamado apagão dos aeroportos atinge apenas os que se utilizam de avião. O apagão verdadeiro, aquele da energia elétrica no governo de Fernando Henrique, atingiu todos os brasileiros. Além escuridão, vieram os alimentos perdidos nas geladeiras e freezers, a paralisação das indústrias, do comércio, da iluminação das ruas, do controle de tráfego etc.
Com isso, não estou querendo livrar a cara do governo Lula. A situação dos controladores de vôo é absurda, e os riscos a que todos os que utilizamos os aeroportos nos submetemos é inadmissível. Mas daí a comparar uma coisa com a outra vai uma distância enorme. Inclusive porque - apenas para lembrar os esquecidinhos - , na ocasião do apagão elétrico, toda a população brasileira - e não apenas os que se utilizam de aviões - teve que controlar o consumo de energia. O tempo de tomar banho, de lavar roupas, de ver TV. Foram criadas taxas fixas de gasto para cada faixa de consumidor, aumento de tarifas e cobrança de multas para quem ultrapassasse as taxas delimitadas.
Portanto, peralá. Comparar o problema nos aeroportos com o que aconteceu no governo FHC é querer medir o mundo com sua régua particular.
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Com isso, não estou querendo livrar a cara do governo Lula. A situação dos controladores de vôo é absurda, e os riscos a que todos os que utilizamos os aeroportos nos submetemos é inadmissível. Mas daí a comparar uma coisa com a outra vai uma distância enorme. Inclusive porque - apenas para lembrar os esquecidinhos - , na ocasião do apagão elétrico, toda a população brasileira - e não apenas os que se utilizam de aviões - teve que controlar o consumo de energia. O tempo de tomar banho, de lavar roupas, de ver TV. Foram criadas taxas fixas de gasto para cada faixa de consumidor, aumento de tarifas e cobrança de multas para quem ultrapassasse as taxas delimitadas.
Portanto, peralá. Comparar o problema nos aeroportos com o que aconteceu no governo FHC é querer medir o mundo com sua régua particular.
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O conselho de ex-presidentes é uma jogada de Lula?
Do leitor Reynaldo Motta:
O que vocês acham? Foi uma jogada política de Lula?
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Prezado Mello,
Embora viva em Brasília há trinta e dois anos, sou conterrâneo seu. Não por isso, costumo acessar seu blog. Sobre o texto de que se trata, não lhe passou pela mente que a atitude do Lula foi um golpe de mestre? Tudo o que você disse sobre os ex-presidentes é verdade, mas, ao oferecer-lhes um conselho, eles ficariam entre aceitar ou negar. Se aceitarem, ficam manietados, porque, além de não poderem criticar um governo que acessoram, mostraria, no que se refere a FHC principalmente, que ele não tem nenhuma proposta melhor do que a do Lula. Por outro lado, se negam, vão se indispor ainda mais com o povo, que verá neles apenas picuinhas em detrimento dos interesses maiores da pátria, não acha?
O que vocês acham? Foi uma jogada política de Lula?
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O conselho de ex-presidentes é uma jogada de Lula?
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Prezado Mello,
Embora viva em Brasília há trinta e dois anos, sou conterrâneo seu. Não por isso, costumo acessar seu blog. Sobre o texto de que se trata, não lhe passou pela mente que a atitude do Lula foi um golpe de mestre? Tudo o que você disse sobre os ex-presidentes é verdade, mas, ao oferecer-lhes um conselho, eles ficariam entre aceitar ou negar. Se aceitarem, ficam manietados, porque, além de não poderem criticar um governo que assessoram, mostraria, no que se refere a FHC principalmente, que ele não tem nenhuma proposta melhor do que a do Lula. Por outro lado, se negam, vão se indispor ainda mais com o povo, que verá neles apenas picuinhas em detrimento dos interesses maiores da pátria, não acha?
O que vocês acham? Foi uma jogada política de Lula?
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Lula e os ex-presidentes
Deu em todos os jornais que o presidente Lula pensa em montar um conselho formado pelos ex-presidentes FHC, Itamar Franco, José Sarney e Fernando Collor de Mello. É suco de abobrinha. O que teriam a conversar essas ilustres figuras? Aliás, haveria ambiente para um encontro entre eles?
Itamar até hoje não esconde a mágoa que tem de FHC. Passou a ter também de Lula. Não se entende com Collor, a quem substituiu no governo. Itamar é um pote até aqui de mágoa. Idem FHC, que já declarou, em entrevista à rádio CBN, que não quer papo com Lula, que o teria ignorado solenemente no primeiro mandato. Collor pode até conversar. Mas, quem quer ouvir o que ele tem a dizer? Resta o Sarney. Ou seja, é abobrinha.
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Itamar até hoje não esconde a mágoa que tem de FHC. Passou a ter também de Lula. Não se entende com Collor, a quem substituiu no governo. Itamar é um pote até aqui de mágoa. Idem FHC, que já declarou, em entrevista à rádio CBN, que não quer papo com Lula, que o teria ignorado solenemente no primeiro mandato. Collor pode até conversar. Mas, quem quer ouvir o que ele tem a dizer? Resta o Sarney. Ou seja, é abobrinha.
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Blog do Mello - Letras e Blog do Mello - Empresas
Finalmente, estão aí as duas novas seções do blog: Letras e Empresas. Vem mais por aí.
Uma informação: descobri que o script do e-mail aqui do blog não estava funcionando. Portanto, se você me enviou mensagem por ele nos últimos tempos, não a recebi. Agora não tem mais erro. Se o assunto não perdeu atualidade, mande a mensagem novamente. Grato.
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Uma informação: descobri que o script do e-mail aqui do blog não estava funcionando. Portanto, se você me enviou mensagem por ele nos últimos tempos, não a recebi. Agora não tem mais erro. Se o assunto não perdeu atualidade, mande a mensagem novamente. Grato.
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'Ministério' de César Maia põe homem certo no lugar certo
Não resisti. Li no Globo que o ex-prefeito do Rio ainda no exercício do cargo, César Maia, já começou a montar seu "ministério à sombra", o tal ministério paralelo do PFL que pretende oferecer um contraponto crítico ao ministério real de Lula. Um dos nomes já confirmados me fez correr ao computador para esta postagem: o ministro à sombra das Energias é o senador José Jorge (PE), aquele que ocupava essa pasta durante o apagão, no governo FHC.
Perfeito. Ninguém entende tanto de sombra, apagão e trevas como ele.
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Perfeito. Ninguém entende tanto de sombra, apagão e trevas como ele.
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Novo aviso aos navegantes
Estou finalizando as modificações do Blog. Crei duas novas seções, que funcionarão na prática como dois novos blogs: um sobre literatura e letras em geral, com crônicas, artigos, contos, e-books, resenhas, dramaturgia, roteiros...; e outro sobre blogs corporativos e comunicação interna nas empresas.
Como faço tudo sozinho, e estou finalizando uns roteiros de TV que tenho que entregar agora, e ainda a montagem de um outro blog para um portal, não tem sido possível postar por aqui. Mas, na segunda-feira, tudo estará funcionando normalmente e as postagens voltarão a ser diárias, como sempre. Estou sentindo falta de trocar idéias com vocês. Portanto, apareçam. Conto com sua visita e seus comentários. Abraços.
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Como faço tudo sozinho, e estou finalizando uns roteiros de TV que tenho que entregar agora, e ainda a montagem de um outro blog para um portal, não tem sido possível postar por aqui. Mas, na segunda-feira, tudo estará funcionando normalmente e as postagens voltarão a ser diárias, como sempre. Estou sentindo falta de trocar idéias com vocês. Portanto, apareçam. Conto com sua visita e seus comentários. Abraços.
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Folha esconde dos paulistas escândalo do governo de SP: A reportagem
Atendendo ao pedido do Sérgio, feito em comentário à postagem "Folha esconde dos paulistas escândalo do governo de SP", eis a reportagem da Folha, na íntegra:
Anistia a grande empresa zera déficit de SP
Grande parte do R$ 1 bilhão arrecadado veio de companhias supostamente envolvidas em esquema de exportação fictícia
Desconto de até 90% em multas e juros devidos deve permitir a José Serra iniciar o seu governo com dinheiro em caixa
Reportagem de Fátima Fernandes e Cláudia Rolli
No final de outubro entrou nos cofres da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo ao menos R$ 1 bilhão devido à lei da anistia, que permite descontos de até 90% nas de multas e nos juros para quem tem dívidas de ICMS. Boa parte dos recursos veio de grandes empresas devedoras.
Com esse dinheiro em caixa, o Estado elimina a possibilidade de encerrar o ano com déficit nas contas, de ao menos R$ 500 milhões a até R$ 1,2 bilhão, como chegou a ser previsto.
Grande parte do R$ 1 bilhão foi paga à Fazenda paulista por empresas supostamente envolvidas em esquema de exportação fictícia de soja e derivados -sugerido por consultorias de planejamento tributário- para obter créditos de ICMS.
Em julho e agosto do ano passado, a Folha noticiou que o rombo causado aos cofres públicos com as falsas exportações de soja e derivados era de cerca de R$ 2 bilhões. Cerca de dez empresas teriam se beneficiado desse esquema.
A Folha apurou que as redes Pão de Açúcar e Casas Pernambucanas pagaram cada uma -e de uma só vez- cerca de R$ 100 milhões à Fazenda para quitar débitos de ICMS.
Também teriam pago ou feito contatos para o pagamento de dívidas tributárias em atraso a Bausch & Lomb, a Sucos Del Valle, a Tigre Tubos e Conexões e a Beraca Sabará.
Essas empresas se beneficiaram no passado com créditos de ICMS devido à exportação fictícia de soja. Até o final do ano há descontos escalonados de multas e juros para saldar dívidas em atraso de ICMS.
As empresas que rechearam os cofres do fisco paulista com R$ 1 bilhão fizeram questão de deixar expresso nas guias de recolhimento de imposto que o fato de pagarem as dívidas de ICMS não significava reconhecimento de eventual prática de ato ilícito para escapar do pagamento de impostos. Informaram ainda à Fazenda paulista que não estavam renunciando ao direito de obter o dinheiro de volta, se ficar comprovado que as operações de exportação de soja e derivados que deram créditos de ICMS são lícitas.
Essas operações são possíveis, segundo informam agentes da Fazenda paulista, desde que sejam de fato realizadas -e não aconteçam só no papel, como apontaram as investigações do fisco estadual.
O pagamento de R$ 1 bilhão fará com que o Estado termine o ano, na pior das hipóteses, com déficit zero em suas contas. A expectativa era a de que a anistia possibilitasse a entrada de R$ 500 milhões nos cofres da Fazenda, não de R$ 1 bilhão. Isso sem contar os pagamentos de dívidas de ICMS que devem ocorrer neste mês e em dezembro. "O Serra [José Serra, governador eleito] vai pegar o Estado de São Paulo redondinho, com sobras em caixa", disse o consultor tributário Clovis Panzarini.
Na sua análise, o governo paulista errou nas projeções para este ano e, por conta disso, corria o risco de fechar 2006 com déficit da ordem de R$ 1,2 bilhão. Previa uma inflação ao redor de 5% e um crescimento do PIB de 4%. "A inflação e o PIB vão ficar em 3%. O governo precisou fechar a torneira."
A lei da anistia veio para ajudar a equilibrar as contas. "Significa que o governo tem responsabilidade fiscal, só que não pode dar anistia com regularidade. O perdão fiscal tem de ser feito de forma ajuizada para não prejudicar os bons pagadores", disse Panzarini.
A decisão do governo de conceder anistia para empresas envolvidas no esquema de exportação fictícia de soja vai na contramão do que pensava a Fazenda paulista em 2005. "Não há hipótese de falar em anistia", disse, em julho daquele ano, Eduardo Guardia, então secretário da Fazenda.
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Anistia a grande empresa zera déficit de SP
Grande parte do R$ 1 bilhão arrecadado veio de companhias supostamente envolvidas em esquema de exportação fictícia
Desconto de até 90% em multas e juros devidos deve permitir a José Serra iniciar o seu governo com dinheiro em caixa
Reportagem de Fátima Fernandes e Cláudia Rolli
No final de outubro entrou nos cofres da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo ao menos R$ 1 bilhão devido à lei da anistia, que permite descontos de até 90% nas de multas e nos juros para quem tem dívidas de ICMS. Boa parte dos recursos veio de grandes empresas devedoras.
Com esse dinheiro em caixa, o Estado elimina a possibilidade de encerrar o ano com déficit nas contas, de ao menos R$ 500 milhões a até R$ 1,2 bilhão, como chegou a ser previsto.
Grande parte do R$ 1 bilhão foi paga à Fazenda paulista por empresas supostamente envolvidas em esquema de exportação fictícia de soja e derivados -sugerido por consultorias de planejamento tributário- para obter créditos de ICMS.
Em julho e agosto do ano passado, a Folha noticiou que o rombo causado aos cofres públicos com as falsas exportações de soja e derivados era de cerca de R$ 2 bilhões. Cerca de dez empresas teriam se beneficiado desse esquema.
A Folha apurou que as redes Pão de Açúcar e Casas Pernambucanas pagaram cada uma -e de uma só vez- cerca de R$ 100 milhões à Fazenda para quitar débitos de ICMS.
Também teriam pago ou feito contatos para o pagamento de dívidas tributárias em atraso a Bausch & Lomb, a Sucos Del Valle, a Tigre Tubos e Conexões e a Beraca Sabará.
Essas empresas se beneficiaram no passado com créditos de ICMS devido à exportação fictícia de soja. Até o final do ano há descontos escalonados de multas e juros para saldar dívidas em atraso de ICMS.
As empresas que rechearam os cofres do fisco paulista com R$ 1 bilhão fizeram questão de deixar expresso nas guias de recolhimento de imposto que o fato de pagarem as dívidas de ICMS não significava reconhecimento de eventual prática de ato ilícito para escapar do pagamento de impostos. Informaram ainda à Fazenda paulista que não estavam renunciando ao direito de obter o dinheiro de volta, se ficar comprovado que as operações de exportação de soja e derivados que deram créditos de ICMS são lícitas.
Essas operações são possíveis, segundo informam agentes da Fazenda paulista, desde que sejam de fato realizadas -e não aconteçam só no papel, como apontaram as investigações do fisco estadual.
O pagamento de R$ 1 bilhão fará com que o Estado termine o ano, na pior das hipóteses, com déficit zero em suas contas. A expectativa era a de que a anistia possibilitasse a entrada de R$ 500 milhões nos cofres da Fazenda, não de R$ 1 bilhão. Isso sem contar os pagamentos de dívidas de ICMS que devem ocorrer neste mês e em dezembro. "O Serra [José Serra, governador eleito] vai pegar o Estado de São Paulo redondinho, com sobras em caixa", disse o consultor tributário Clovis Panzarini.
Na sua análise, o governo paulista errou nas projeções para este ano e, por conta disso, corria o risco de fechar 2006 com déficit da ordem de R$ 1,2 bilhão. Previa uma inflação ao redor de 5% e um crescimento do PIB de 4%. "A inflação e o PIB vão ficar em 3%. O governo precisou fechar a torneira."
A lei da anistia veio para ajudar a equilibrar as contas. "Significa que o governo tem responsabilidade fiscal, só que não pode dar anistia com regularidade. O perdão fiscal tem de ser feito de forma ajuizada para não prejudicar os bons pagadores", disse Panzarini.
A decisão do governo de conceder anistia para empresas envolvidas no esquema de exportação fictícia de soja vai na contramão do que pensava a Fazenda paulista em 2005. "Não há hipótese de falar em anistia", disse, em julho daquele ano, Eduardo Guardia, então secretário da Fazenda.
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Sobre a quebra do sigilo de jornalistas
A respeito da postagem abaixo, recebi de um leitor via e-mail o seguinte texto:
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A proteção do “sigilo da fonte”, de que gozam os jornalistas, não é absoluta, sendo garantida apenas às hipóteses de condutas jornalísticas lícitas. Nem seria preciso dizer que, numa república, ninguém está acima da lei, nem o presidente da república, nem tampouco os jornalistas. Se sobre estes últimos recaem suspeitas razoáveis de práticas delituosas, qualquer juiz tem não só o poder mas o dever de decretar-lhes a quebra do sigilo telefônico, se tal medida for indispensável ao êxito da investigação. A não ser que entendamos os "jornalistas criminosos" como uma classe privilegiada de criminosos, imune aos procedimentos de investigação e de processo destinado aos demais. Aliás, já está mais do que na hora de a imprensa parar de dar a qualquer questão jurídica envolvendo seus órgãos e profissionais o status de conflito em torno da liberdade de expressão. A polícia investiga policiais, procuradores denunciam procuradores, juízes condenam juízes. Só a imprensa insiste em se colocar acima do bem e do mal?
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Os casos Veja e Folha de São Paulo
O que vocês estão achando da grita na imprensa - especialmente da Veja e da Folha - contra supostos ataques à liberdade de imprensa?
Em campanhas políticas, o nome que se dá a essa atitude de ambas é vacina. Estão fazendo um tremendo estardalhaço sobre fatos banais para tentar brecar ações futuras. Isso porque passaram a campanha toda - especialmente a Veja - descendo o pau em Lula e no PT, e agora temem pelos quatro anos à frente.
Os fatos objetivos são: no caso da Veja, a procuradora não viu o tal constrangimento aos repórteres. Mas a Veja viu o chifre do capeta na cabeça do delegado - o mesmo chifre que eles colocaram na cabeça do candidato Garotinho, numa capa infame.
A Folha usou de paranóia apenas na capa. Nas reportagens, não. Mas só o fato de ter destacado a quebra de sigilo como um suposto ataque à liberdade de imprensa mostra que se utilizam dois pesos e duas medidas. A quebra do sigilo foi autorizada pela Justiça. E a PF não sabia de quem eram os telefones.
Agora, essa questão me remete a outra: por causa do sigilo da fonte, não se pode quebrar o sigilo telefônico, ou dos computadores, de empresas jornalísticas - coloco em negrito - com autorização judicial? Aviso: esta não é uma pergunta retórica. Gostaria da resposta. Quem puder, acuda-me.
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Em campanhas políticas, o nome que se dá a essa atitude de ambas é vacina. Estão fazendo um tremendo estardalhaço sobre fatos banais para tentar brecar ações futuras. Isso porque passaram a campanha toda - especialmente a Veja - descendo o pau em Lula e no PT, e agora temem pelos quatro anos à frente.
Os fatos objetivos são: no caso da Veja, a procuradora não viu o tal constrangimento aos repórteres. Mas a Veja viu o chifre do capeta na cabeça do delegado - o mesmo chifre que eles colocaram na cabeça do candidato Garotinho, numa capa infame.
A Folha usou de paranóia apenas na capa. Nas reportagens, não. Mas só o fato de ter destacado a quebra de sigilo como um suposto ataque à liberdade de imprensa mostra que se utilizam dois pesos e duas medidas. A quebra do sigilo foi autorizada pela Justiça. E a PF não sabia de quem eram os telefones.
Agora, essa questão me remete a outra: por causa do sigilo da fonte, não se pode quebrar o sigilo telefônico, ou dos computadores, de empresas jornalísticas - coloco em negrito - com autorização judicial? Aviso: esta não é uma pergunta retórica. Gostaria da resposta. Quem puder, acuda-me.
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Folha esconde dos paulistas escândalo do governo de SP

A imagem aqui de cima é da capa da Folha de hoje, na versão nacional. Ela entrega um escandaloso esquema montado para fechar as contas do governo de São Paulo, que anistiou multas e juros de empresas sonegadoras de ICMS em até 90%.
No entanto, ela sumiu na versão para os paulistas. A manchete da Folha para eles é: "Queda da indústria reduz previsão do PIB". Além do mais, a reportagem está escondida na seção Dinheiro da versão online, e pode ser lida na íntegra por assinantes aqui.
A reportagem informa que entrou pelo menos R$1 bi no cofre do governo paulista graças a essa anistia. O pior é que a anistia está ligada a um esquema de sonegação e a exportações fictícias:
Grande parte do R$ 1 bilhão foi paga à Fazenda paulista por empresas supostamente envolvidas em esquema de exportação fictícia de soja e derivados -sugerido por consultorias de planejamento tributário- para obter créditos de ICMS.
Em julho e agosto do ano passado, a Folha noticiou que o rombo causado aos cofres públicos com as falsas exportações de soja e derivados era de cerca de R$ 2 bilhões. Cerca de dez empresas teriam se beneficiado desse esquema.
A Folha apurou que as redes Pão de Açúcar e Casas Pernambucanas pagaram cada uma - e de uma só vez - cerca de R$ 100 milhões à Fazenda para quitar débitos de ICMS.
Também teriam pago ou feito contatos para o pagamento de dívidas tributárias em atraso a Bausch & Lomb, a Sucos Del Valle, a Tigre Tubos e Conexões e a Beraca Sabará.
Essas empresas se beneficiaram no passado com créditos de ICMS devido à exportação fictícia de soja. Até o final do ano há descontos escalonados de multas e juros para saldar dívidas em atraso de ICMS.
Ainda segundo a reportagem, essa decisão vai na contramão do que pensava a Fazenda paulista no ano passado:
"Não há hipótese de falar em anistia", disse, em julho daquele ano, Eduardo Guardia, então secretário da Fazenda.
Fazendo umas continhas básicas dá para se chegar à seguinte conclusão: R$ 9 bi podem ter dado adeus aos cofres paulistas num passe de mágica. Esse é o famoso choque de gestão do governo tucano-pefelê.
Com a palavra, alckmistas e "indignados úteis" (e não adianta procurar consolo nos blogs de seus gurus, porque eles não tocaram no assunto...).
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Barjas Negri assinou convênios com Vedoin
O ex-ministro da Saúde e atual prefeito de Piracicaba, Barjas Negri (PSDB-SP), disse ontem à CPI das Sanguessugas que não tinha nada a ver com os Vedoin ou a Planan. Mas na Folha de hoje, reportagem de Marta Salomon informa que a assinatura do à época ministro "aparece ao lado da assinatura do dono da Planam Darci Vedoin, apontado como chefe da máfia dos sanguessugas, em pelo menos sete convênios para a compra de ambulâncias com dinheiro da União".
Confrontado com os documentos, Negri saiu-se com essa:
É a primeira vez que vejo alguém dizer que não tem nada a ver com a própria assinatura. Que se aplique o ditado popular: Escreveu, não leu, pau comeu.
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Confrontado com os documentos, Negri saiu-se com essa:
"Assinava de 3 a 4 mil convênios por ano, não ficava olhando quem era o procurador. Se foi assinado, não tenho nada a ver com isso."
É a primeira vez que vejo alguém dizer que não tem nada a ver com a própria assinatura. Que se aplique o ditado popular: Escreveu, não leu, pau comeu.
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O projeto do senador Azeredo de controle da internet
A melhor definição que encontrei para o tremendo caroço em que o senador Azeredo quer transformar a internet no Brasil está no blog Código Aberto, do jornalista Carlos Castilho.
O artigo completo está neste link.
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(...)[O senador] "Trata a rede como se ela fosse um ônibus, estádio, ou cinema onde uma catraca controla o acesso das pessoas.
Para se ter uma idéia do absurdo da proposta apresentada por Eduardo Azeredo basta imaginar que se o mesmo princípio fosse aplicado ao telefone, todos os brasileiros teriam que apresentar CGC ou CPF antes de fazer uma ligação."
O artigo completo está neste link.
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A entrevista do marqueteiro de Lula
Leram a entrevista feita pelo Fernando Rodrigues com o marqueteiro da campanha de Lula, João Cerqueira de Santana Filho? Vale a pena. É bastante esclarecedora para todos aqueles que gostam de política, e especialmente de campanha política, mas nunca tiveram a oportunidade de participar de uma "por dentro".
Como afirmei várias vezes aqui, as campanhas no Brasil atingiram (especialmente as mais ricas) um tal grau de sofisticação, que não ficam nada a dever às de qualquer outra parte do mundo. Alguns números são realmente impressionantes:
Vários aspectos da entrevista merecem comentários. Vou destacar um agora. Para Santana, o principal fator que provocou o segundo turno foi a ausência de Lula no debate da Globo. Concordo com ele, em parte. Acho que vários fatores provocaram o segundo turno, e publiquei aqui uma postagem sobre os 15 dias que abalaram Lula. Mas, pior que a ausência, foi a forma como ela aconteceu. Afirmei aqui: Ir ou não ao debate era uma prerrogativa do presidente. Mas deixar toda a imprensa na expectativa, que logo se propagou entre os eleitores, para somente em cima da hora anunciar o não comparecimento, foi um tiro no pé. Mostrou indecisão, vacilação, que logo se transformaram em "fraqueza" e "fuga", na boca dos adversários.. Foi um erro grosseiro da campanha, não assumido pelo marqueteiro - talvez porque tenha sido - como parece que foi - uma decisão "aloprada" do próprio Lula.
Agora, o Fernando Rodrigues fica devendo uma entrevista igual com Luiz Gonzalez, o marqueteiro de Alckmin. Seria importante bater as informações de Santana com a do marqueteiro do tucano. Tenho certeza de que vai dar pano para manga - como se dizia. Principalmente quanto às revelações dos institutos de pesquisas. Algo me diz que os números de um não batem com o do outro. Quem viver, verá.
E você que me lê, se ainda não viu a entrevista do João Santana, clique no link da postagem e trate de fazê-lo. Depois comente. Vou fazer outras postagens sobre ela. Tô na área de novo.
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Como afirmei várias vezes aqui, as campanhas no Brasil atingiram (especialmente as mais ricas) um tal grau de sofisticação, que não ficam nada a dever às de qualquer outra parte do mundo. Alguns números são realmente impressionantes:
Durante 77 dias sucessivos [João Santana] foi alimentado por pesquisas. A cada 24 horas, o instituto Vox Populi entrevistava 700 eleitores para a campanha do PT em todo o país. Ao mesmo tempo, também diariamente, oito grupos de 12 pessoas eram entrevistados por cerca de uma hora e meia por especialistas as chamadas pesquisas qualitativas. As 'qualis' eram transmitidas em vídeo, ao vivo, pela internet por meio de uma conexão segura para o microcomputador de Santana.
Em 77 dias, o publicitário de Lula teve a opinião, portanto, de 53,9 mil entrevistas quantitativas e de 7.392 qualitativas mais do que a maioria das teses universitárias que tentam entender o que pesam os eleitores brasileiros.
Vários aspectos da entrevista merecem comentários. Vou destacar um agora. Para Santana, o principal fator que provocou o segundo turno foi a ausência de Lula no debate da Globo. Concordo com ele, em parte. Acho que vários fatores provocaram o segundo turno, e publiquei aqui uma postagem sobre os 15 dias que abalaram Lula. Mas, pior que a ausência, foi a forma como ela aconteceu. Afirmei aqui: Ir ou não ao debate era uma prerrogativa do presidente. Mas deixar toda a imprensa na expectativa, que logo se propagou entre os eleitores, para somente em cima da hora anunciar o não comparecimento, foi um tiro no pé. Mostrou indecisão, vacilação, que logo se transformaram em "fraqueza" e "fuga", na boca dos adversários.. Foi um erro grosseiro da campanha, não assumido pelo marqueteiro - talvez porque tenha sido - como parece que foi - uma decisão "aloprada" do próprio Lula.
Agora, o Fernando Rodrigues fica devendo uma entrevista igual com Luiz Gonzalez, o marqueteiro de Alckmin. Seria importante bater as informações de Santana com a do marqueteiro do tucano. Tenho certeza de que vai dar pano para manga - como se dizia. Principalmente quanto às revelações dos institutos de pesquisas. Algo me diz que os números de um não batem com o do outro. Quem viver, verá.
E você que me lê, se ainda não viu a entrevista do João Santana, clique no link da postagem e trate de fazê-lo. Depois comente. Vou fazer outras postagens sobre ela. Tô na área de novo.
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