Em solidariedade ao Nassif e repúdio à Veja e ao grupo Abril

O leitor Dimas Roque deixou um comentário na postagem Datafolha: Lula bate recorde de aprovação, em que denunciava a agressão de que estava sendo vítima o jornalista Luis Nassif.

Fui até o blog do Nassif e li a postagem Os ataques à família, em que ele fala da dor de ver a esposa chorando, por conta dos ataques do pitblogueiro da Veja, e me pergunto: até quando se vai permitir que ele continue a ofender as pessoas?

Não é possível que os jornalistas continuem a tratar essa pessoa doente e nefasta apenas como a aberração que é, sem uma atitude em defesa dos que ele ofende da maneira mais vil.

Será que o mercado de trabalho está tão difícil assim para que os jornalistas da Veja continuem a compartilhar a redação com alguém que detrata, ofende e achincalha companheiros de profissão?

Se o dossiê da Veja, publicado pelo Nassif, é mentiroso, por que não o rebatem, em vez de recorrerem à justiça para processá-lo e ao pitblogueiro doente para ofendê-lo?

Felizmente, ao começar seu dossiê, Nassif sabia com quem estava lidando. Seu trabalho está desmontando a fábrica de boatos e dossiês da Veja. Mais dia, menos dia, os que hoje o detratam cairão como os vampiros expostos ao sol da realidade.

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Datafolha: Lula bate recorde de aprovação

Está na Folha hoje [aqui, para assinantes]: Na mais recente pesquisa do Instituto Datafolha a aprovação de Lula é de 55%, “índice que supera com folga o obtido por todos os seus antecessores desde Fernando Collor (1990-1992)”.

Na matéria de Ranier Bragon há ainda uma comparação da avaliação de Lula com a do ex-presidente FHC, em igual período de governo (cinco anos e três meses): FHC tinha 18% de aprovação e 43% de reprovação. Lula tem 55% de aprovação e apenas 11% de reprovação.

Nem no auge do sucesso do Plano Real FHC conseguiu aprovação como a de Lula. Seu teto foi de 47% em 1996.

Imagine agora, leitor, leitora, a popularidade de Lula daqui a dois anos com as obras do PAC em fase de inauguração.

É isso o que desespera a oposição, que vive à procura de fatos novos e de intrigas e fofocas para afastar qualquer chance eleitoral de um aliado de Lula.

O que a oposição não percebe é que com isso pode estar cavando a própria sepultura, pois ao negar a Lula a possibilidade de ter um candidato aliado forte, vai restar à população a opção queremista, de um terceiro mandato para Lula. Quem viver, verá.

Leia também:

» Terceiro mandato é para Lula ou era para FHC?

» Ainda sobre a emenda do terceiro mandato

 

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O problema não é o Paulo Henrique, é a falta de transparência da transação BrT-Oi

Coisas da vida. Parece que minha postagem de ontem, O IG, a fusão BrT-Oi e uma proposta para a blogosfera independente, saiu pela culatra. Acharam que eu estava defendendo o PHA e não uma investigação sobre a compra da Brasil Telecom pela Oi.

Pessoal, leiam todas as minhas postagens sobre o problema PHA-IG, vocês verão que eu sempre defendi que o problema estava na forma como a demissão foi feita, sem aviso algum aos leitores, que caíam numa página de erro 404 ao tentar acessar o Conversa Afiada, e na falta de transparência do portal, em relação à demissão.

Fui e sou contra tirarem os arquivos do ar, como foi feito.

Agora, na postagem de ontem, defendi que deveríamos nos contrapor ao que fez o IG, ao tentar esconder a negociação BrT-Oi, e que deveríamos lançar luz sobre ela.

É uma transação estranhíssima, feita – como diziam os antigos – ao arrepio da lei. Sim, a lei proíbe essa associação que está sendo anunciada. Precisa ser modificada para que aconteça. No entanto, o negócio é tratado com a maior naturalidade, exceto em locais como o Observatório do Direito à Comunicação e o Conversa Afiada, do PHA.

Mas o Paulo Henrique, talvez movido pelas últimas notícias que dão como certa a concretização do negócio, girou sua metralhadora até o governo Lula e o ex-ministro e ex-deputado José Dirceu. Aí sifu. Porque os dois são totêmicos para algumas pessoas.

A coisa chegou ao ponto de me criticarem por eu usar o termo blogosfera independente. Houve quem se tenha ofendido por ser chamado de independente...

Como diz PHA: Não coma gato por lebre

Defendo Lula, apóio seu governo, pelo motivo que explicitei aqui, na minha declaração de voto. Qualquer um que leia este blog sabe disso. Mas não sou lulista, não sou um devoto, que acha que o presidente está acima de tudo. Lula faz merda e fala muita, como todos nós.

Outro dia escrevi aqui, criticando uma declaração do presidente, que chamou os usineiros de heróis. PQP. Logo os usineiros, que matam trabalhadores por excesso de trabalho [leia aqui]. No entanto, há quem veja nisso um sinal da genialidade de Lula. Ou seja: para eles, Lula não fala ou faz merda, produz adubo para fertilizar a terra política brasileira...

Finalizando: Não estou propondo uma ação na blogosfera em favor de Paulo Henrique Amorim, mas que divulguemos todo e qualquer texto (contra ou a favor) da transação BrT-Oi. O foco é essa transação e como ela está sendo feita, com a ajuda do governo e beneficiando tucanos.

Quero saber se o negócio é bom ou não para o país. E é isso o que não nos querem informar.

O que você acha?

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Ingrid Betancourt pode estar morta

Quem teme que isso possa ter acontecido é seu ex-marido, Fabrice Delloye, em reportagem de El Diário/La Prensa Online.

Delloye diz que não tem nenhuma prova disso, nem lhe chegou alguma informação secreta, mas estranha a atitude de Uribe, que sempre se negou a fazer a troca de Ingrid por prisioneiros das FARC e passou a defendê-la agora.

Para corroborar seus temores, Delloye cita declaração do vice-presidente, Francisco Santos, que recentemente afirmou que se Ingrid Betancourt vier a morrer, a culpa é das FARC.

Junte-se a isso o depoimento de Luis Eladio Pérez Bonilla, um dos seqüestrados que foram recentemente liberados pelas FARC. Bonilla afirmou que o estado de saúde de Ingrid era preocupante, seu quadro gravíssimo e que acreditava que ela não resistiria a mais algumas semanas de cativeiro.

Em minha opinião, Uribe se aproveitou do atordoamento das FARC e lhes deu este que pode ser o golpe final.

Escrevi aqui que a chance das FARC, após a morte de Reyes, estava condicionada à liberação de Ingrid Betancourt, o quanto antes.

Eles não agiram e agora estão nas mãos de Uribe.

Se a libertam agora, é ponto para o presidente colombiano, que fez a distensão. Se não a libertam, ficam queimados perante a opinião pública internacional, que é diariamente bombardeada com informações contrárias a eles. Se ela vier a morrer, ou mesmo, se já estiver morta - o que é bastante possível – aí f...

Uribe é tudo, menos bobo. Lembrem-se do caso do menino Emanuel, filho da seqüestrada Clara Rojas. Quando Uribe disse que ele não estava com as FARC, sabia o que dizia, porque o menino estava com ele.

O serviço de informação americo-colombiano pode ter passado a Uribush a notícia da morte de Ingrid Betancourt, e ele agiu rápido, oferecendo a libertação dos prisioneiros, em troca de uma mercadoria que sabe que as FARC não lhe vão poder entregar.

Leia também:

» O terrorismo de Bush, das FARC e da mídia corporativa

» Bush e Uribe levam a Colômbia de volta ao Velho Oeste

» Happy End no Far West colombiano: Assassino vai receber US$ 2,6 mi

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O IG, a fusão BrT-Oi e uma proposta para a blogosfera independente

Até parece que Paulo Henrique Amorim era o último obstáculo à concretização da compra da Brasil Telecom (BrT) pela Oi.

Hospedado no portal do IG (que pertence à Brt), PHA denunciava o acordo como espúrio, ilegal e que, de quebra, ainda livraria a cara do onipresente Daniel Dantas, num processo que lhe move o Citibank, com uma indenização que pode chegar a US$ 1 bilhão.

Demitido do IG, PHA vê, em menos de dez dias, o negócio estar na bica de ser fechado. Faltam apenas pequenos (e ilegais) detalhes, segundo o Valor Online:

O último obstáculo para a aquisição do controle acionário da Brasil Telecom (BrT) pela Oi foi vencido ontem [quinta] à noite, após um acordo para resolver um litígio entre Citigroup e Opportunity, acionistas de ambas as empresas. Os sócios majoritários das duas operadoras chegaram a um entendimento oral, mas o detalhamento do negócio pode levar alguns dias, pois ainda é preciso assinar uma vasta documentação. No fim do dia, no entanto, após questionamento da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a Oi negou que tenha finalizado as negociações.

A ilegalidade do negócio está explicitada alguns parágrafos adiante:

Para a efetivação do negócio, será necessária ainda uma alteração nas regras do setor, que já está em curso na Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).

Há poucos dias, quando PHA ainda estava hospedado no IG, ele fez uma entrevista com o deputado e ex-ministro das Comunicações de Lula Miro Teixeira, em que este estranhava o negócio [não passo o link, porque o IG os cortou]:

"Ficam saindo essas notícias e a lei não permite o que está sendo anunciado. Então é um estranho país em que se discute um negócio, se anuncia um negócio pelos jornais, se desmente o negócio no site das empresas e a lei não permite."

Ainda segundo o Conversa Afiada, Miro apresentou na Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática da Câmara dos Deputados uma proposta para criar uma subcomissão especial para discutir fusões, aquisições, associações e outras negociações acionárias envolvendo as teles.

Mas, enquanto a subcomissão não vem, o negócio está sendo fechado, debaixo de um silêncio total da grande imprensa. Por quê?

O que a Blogosfera independente pode fazer

Cada vez fica mais claro que o IG demitiu PHA por causa dessa nebulosa transação. Por isso, faço uma proposta à blogosfera independente:

Se demitiram PHA para calá-lo em relação ao negócio BrT-Oi, proponho que repercutamos em nossos blogs toda e qualquer notícia sobre a fusão. Leitores que tenham informações sobre a transação também devem colaborar.

Vamos fazer um trabalho de divulgação semelhante ao feito no dossiê Veja, do Nassif. Inclusive adotando o bombardeio Google e linkando BrT-Oi, com o endereço no PHA, como vem sendo feito nesta postagem.

Vamos jogar luzes sobre o que eles querem fazer no escuro. Vamos dar voz aos que eles querem calar.

O que vocês acham?

Para começar, leiam esta postagem de ontem à noite do PHA em seu novo endereço.

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A semana no Blog do Mello: 22 a 28/3/2008

» Ibest, o Blog do Mello e um leitor indignado

» Retrato do governo FHC, por ele próprio

» IG, Ibest e o Blog do Mello

» BBC: 'Colômbia diz ter encontrado urânio das Farc'. Agora só falta Bin Laden

» Aloysio Biondi e a manipulação da mídia a favor de FHC

» Quebra do Banespa foi cascata de FHC, Malan, Loyola, Franco e Serra

» Contratos da Nossa Caixa com Asbace voltam para assombrar tucanos de SP

» Heróis de Lula, usineiros continuam desrespeitando trabalhadores

» A cara de pau de Eliane Cantanhêde não tem limite

» Por que Paulo Henrique Amorim diz que nunca levou a sério o Ibest?

» Versão de Mino Carta sobre demissão de PHA contradiz editorial do IG

» Vídeo: 'Antonio Gramsci, Dias do Cárcere'

» O IG não se explica e se complica

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Ibest, o Blog do Mello e um leitor indignado

Um leitor, que preferiu se manter anônimo, escreveu o seguinte, na área de comentários da postagem em que anunciei que voltava a participar do Ibest:

Que grande hipocrisia. Ontem o IG era o grande malvado, hoje tem um selo do Ibest no blog. Isso não tem lógica, não é coerente. Quando o Azenha, o Mino e o PHA falaram que estavam saindo do Ibest foram lá e sairam. Pronto!
Agora, por favor, esbravejar contra o IG, tirar o selo do blog e pouco tempo depois dar pra trás.. aí é muita hipocrisia. A mesma atitude da imprensa golpista.

Respondo:

Anônimo (custa bolar um nome qualquer?...),

nem o Azenha, nem o Mino nem o PHA saíram do prêmio. Sabe por quê?

Porque o Ibest é um prêmio dos leitores, eles indicam, eles votam.

Minha crítica ao IG continua, mas eu não poderia perguntar aos leitores do blog (que votaram no Ibest) se o blog deveria participar ou não do prêmio e depois desrespeitar a opinião deles. Que em sua grande maioria opinou pela permanência do blog na disputa.

Minha crítica ao IG continuará a ser feita. E não há hipocrisia alguma em criticar o IG e participar do Ibest.

Mantenho meus dois neurônios - tico e teco - em funcionamento. Penso com minha cabeça e me guio por ela.

Tomei uma atitude. Leitores em seus comentários nas postagens - e amigos e outros blogueiros, via e-mail - me mostraram um outro lado da questão.

O Ibest é auditado por uma empresa de renome internacional. Os concorrentes são indicados e votados pelos leitores.

Por que eu deveria jogar a criança fora, junto com a água suja da bacia?

O que o IG fez foi uma IGnomínia. Mas eu não posso jogar fora um trabalho que desenvolvo há três anos (completos no próximo dia 1°) e que – com muita honra para mim – está tendo uma recepção maior até do que eu esperava no Ibest.

Talvez o Blog do Mello seja o único entre os concorrentes que a) não pertença a um portal, um grupo de comunicação, um partido político; b) seja escrito unicamente por uma pessoa; e c) não tenha nenhum tipo de propaganda – nem o Google Adsense coloquei no Blog, o que me renderia uns caraminguás.

Isso não significa que eu seja melhor nem pior – apenas, como minha escola de samba do coração (Salgueiro), diferente.

Escrevo com a mesma motivação, desde a primeira postagem, quando ninguém me lia, até hoje. São mais de duas mil delas.

Não levo o Ibest tão a sério. É só um prêmio, uma forma de divulgação. Mas a crítica ao IG, sim. E ela continuará a ser feita aqui.

Tenho bastante estrada para entender os versos de Drummond, que dizia que o amor é assim: hoje beija, amanhã não beija, depois de amanhã é domingo, e segunda-feira ninguém sabe o que será...

Pois depois de amanhã é domingo.

Você não está satisfeito. Outros estarão.

Segunda-feira a gente nunca sabe o que vai ser...

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Retrato do governo FHC, por ele próprio

Esta é mais uma dos arquivos do jornalista Aloysio Biondi. Em artigo, publicado em 20 de fevereiro de 1997 na Folha, Biondi mostra o estilo inconfundível do homem que afirmou Esqueçam o que falei, e depois que saiu do governo, ironicamente - ou zombeteiramente -, criou uma Fundação para tratar de sua memória... (como mostrei na postagem FHC: ‘Esqueçam o que eu disse’... Depois paguem para lembrar).

O presidente Fernando Henrique Cardoso fez uma declaração espantosa em sua viagem à Itália. Pela primeira vez, desde que foi ministro da Fazenda no governo Itamar Franco, FHC admitiu que a “abertura” da economia brasileira às importações foi demasiado rápida. Isto é, FHC agora reconhece que toda a base de sua política econômica é um desastre, e está provocando a destruição da indústria brasileira, desempregando milhões de pessoas, reduzindo a produção nacional, “torrando” dólares, provocando rombos na balança comercial em virtude da explosão das importações – e, acrescente-se, vai provocar nova e grave onda recessiva no país.

Noticiada quase exclusivamente por esta Folha, a declaração de FHC foi, porém, acompanhada de falseamento da verdade histórica. O presidente da República atribuiu o “escancaramento” da economia brasileira ao governo Collor.

Na verdade, seu antecessor deu início ao processo. Mas, reconheça-se, a abertura do mercado, apresentada à sociedade como “nova política industrial”, seria feita de forma gradual, ao longo de alguns anos. Ou, sinteticamente, o imposto sobre as importações (tarifas) seria reduzido um pouco a cada ano, com o objetivo de “dar tempo” à indústria nacional de investir para produzir melhor e mais barato, enfrentando a concorrência estrangeira.

Quem mudou da noite para o dia as regras do jogo foi a equipe do governo FHC/BNDES, que reduziu para 10%, 3% ou mesmo 0% (isenção total de imposto) as tarifas sobre produtos importados.

Em lugar de reconhecer os erros monumentais cometidos por ele próprio e sua arrogante equipe, o ex-sociólogo FHC limita-se a inculpar Collor. Nenhuma autocrítica, capaz de trazer a expectativa de mudanças nos rumos desastrosos da política econômica. E o país paga, dramática e bovinamente, o preço dos equívocos.

Com a declaração de FHC, como ficam os de-formadores de opinião que há três ou quatro anos vêm tecendo loas incontidas à “abertura”? [Leia o artigo completo aqui, e aproveite para conhecer o site que preserva o trabalho do Biondi, que morreu em 2000]

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IG, Ibest e o Blog do Mello

Há uma semana, fiz uma postagem em que perguntava a você, leitor habitual do blog, se deveríamos ou não continuar a participar do Ibest. A grande maioria optou pela permanência na disputa.

Não faria sentido eu lançar a questão e depois ignorar o resultado. Portanto, volto a colocar o selo do prêmio no blog. Embora, mesmo sem fazer campanha, o Blog do Mello tenha subido mais um pontinho, estando agora com 7% dos votos, a apenas 3% do segundo colocado.

Diferentemente do PHA, que diz que não leva a sério o Ibest, eu acho que o legal do Ibest é que a escolha é feita pelos leitores. E, aí, blogs de grandes portais e até de partidos políticos estão levando uma coça dos independentes, como este. E o culpado disso é você, que vota na gente.

Em respeito a você que pediu para que o Blog prosseguisse na disputa, estamos aí.

Obrigado.

Mas, atenção, uma coisa não exclui a outra. O protesto contra o IG prossegue. Tenho uma idéia quanto a isso, e logo vou colocá-la aqui para saber a opinião de vocês.

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BBC: 'Colômbia diz ter encontrado urânio das Farc'. Agora só falta Bin Laden

A manchete da BBC é esta: Colômbia diz ter encontrado urânio das Farc. Aí você começa a ler a reportagem e percebe que a história não é bem assim. A Colômbia (entenda-se, governo Uribush) alega que encontrou o material num terreno que “fica em uma área próxima a uma região tida como reduto das Farc”.

Por que o material estaria “numa área próxima” e não na “área tida como das FARC” a BBC não informa. Nem o governo Uribush.

Tampouco informa o que seja uma “área tida”. Área onde os guerrilheiros estariam? Onde militares colombo-americanos dizem que eles estariam? Ou onde a mídia corporativa diz que as FARC estariam?

Mais adiante, ficamos sabendo que “Segundo as autoridades, pode se tratar de mais de 30 quilos de urânio...”. Por que o “pode”? 30 quilos são 30 quilos, isso não se discute. Então o “pode” só “pode” estar relacionado ao material, que “pode” ou não “pode” ser urânio empobrecido...

"Pode"?

Pelas notícias da dupla Uribe-Bush, só está faltando agora um depoimento de Bin Laden em apoio às FARC, a Correa, a Evo Morales e – principalmente – a Chávez.

Mas isso é uma questão de tempo. Já, já, aparece uma foto do barbudo, que foi financiado pelos EUA no Afeganistão, com uma voz ao fundo afirmando tudo isso. E os serviços de inteligência americanos – entenda-se CIA – atestarão a veracidade da fita...

Leia também:

» Bono, do U2, financiou game contra Chávez

» Mercenaires 2: Game simula invasão da Venezuela para derrubar Chávez

» Em Miami, apresentador de TV prega o assassinato de Chávez

» Ex-agente da CIA confirma que EUA podem assassinar Chávez

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Aloysio Biondi e a manipulação da mídia a favor de FHC

Mais uma do grande jornalista. Esta demonstra que a mídia defendia, sim, o governo FHC, e manipulava as notícias econômicas. Publicado na Folha de S. Paulo, em 21 de agosto de 1997:

O debate (torto) sobre abusos da imprensa

(...) Manipulação

A população (mais de 70%) já percebeu que a informação está sendo manipulada – mesmo que o leitor comum e o telespectador comum não saibam identificar com precisão as técnicas utilizadas para isso.

Em síntese, pode-se dizer que os meios de comunicação inverteram deliberadamente as regras que sempre valeram para informar corretamente. Isto é: os acontecimentos ou fatos que merecem destaque vão para as manchetes e têm “chamadas” na primeira página do jornal ou capas dos cadernos específicos (economia, política, artes etc). Da mesma forma – o que sempre foi óbvio –, cada reportagem deve “começar”, em seu primeiro parágrafo, com o fato “essencial” – sobre o qual, evidentemente, o título ou manchete se inspirarão.

A inversão

No Brasil de FHC passou a haver uma regra de ouro: leia sempre as últimas linhas das notícias ou reportagens. Não é piada, não é ironia. É verdade, sim: na esmagadora maioria das notícias e análises sobre a situação da economia, quando os dados são negativos, eles são jogados no “pé”, as últimas linhas da matéria. O começo da matéria – e, conseqüentemente, os títulos – procura um aspecto positivo qualquer, para esconder o todo (em resumo, escolhe-se um “bife” sadio para chamar a atenção e se esconde o “boi” doente).

A lavagem

A sociedade já percebeu, conforme a pesquisa da Grottera, que tem sido submetida a um processo de lavagem cerebral, no governo FHC, por um jornalismo “engajado”, “manipulador” e a “serviço de interesses que não os do povo”.

Realmente, a técnica adotada visa deixar, na cabeça e na memória dos cidadãos, apenas fatos favoráveis, impedindo a sociedade de formar uma opinião correta sobre todo e qualquer problema.

Essa manipulação explica a falta de reação da sociedade diante de descalabros cometidos na área econômica. A sociedade sabe que está sendo manipulada, mas não sabe como reagir. [Leia o artigo completo aqui, e aproveite para conhecer o site que preserva o trabalho do Biondi, que morreu em 2000]

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Quebra do Banespa foi cascata de FHC, Malan, Loyola, Franco e Serra

A notícia é antiga, mas serve para mostrar como eles mentem, mentem, mentem, descaradamente.

Eis trecho do artigo do jornalista econômico Aloysio Biondi – tido por muitos como o mais importante e independente do Brasil –, publicado em junho de 1997 na Folha:

A falsa quebra do Banespa e do BB: as provas

Quem está confessando a verdade, agora, é a própria equipe econômica FHC/BNDES: o Banco do Estado de São Paulo não "quebrou" em 1994. Sua "falência", anunciada ruidosamente, foi forjada por Malan, Loyola, Franco, Serra e aliados – com a conivência do governador tucano Mário Covas, óbvio. O Banespa jamais quebrou – foi tudo encenação para enganar a opinião pública e levá-la a apoiar a sua privatização. [Leia o restante aqui, e aproveite para conhecer o site que preserva o trabalho do Biondi, que morreu em 2000]

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Contratos da Nossa Caixa com Asbace voltam para assombrar tucanos de SP

Reportagem de Ranier Bragon, na Folha (aqui, para assinantes):

Promotores de Justiça do Distrito Federal anunciaram que começarão nas próximas semanas a acionar Ministérios Públicos de várias partes do país para que investiguem a possibilidade de que bancos estaduais tenham dispensado de forma irregular licitação para a contratação da Asbace (Associação Nacional de Bancos).
O primeiro a receber a documentação do DF será o Ministério Público de São Paulo, dizem os promotores, devido aos contratos firmados pela Nossa Caixa com a associação.

O assunto não é novo e já foi tema de postagem aqui no blog, em outubro do ano passado. Mas, parece que agora o Ministério Público resolveu agir pra valer.

Para quem está boiando no assunto, repito a postagem:

'Choque de gestão' em SP libera R$ 752 milhões sem licitação

Não saiu na primeira página, nem na home da versão online, mas pelo menos a Folha deu a notícia de que a Nossa Caixa se meteu num negócio pra lá de escabroso, durante o choque de gestão do ex-governador Geraldo Alckmin, com reflexos até os dias de hoje. O banco paulista, que tem o governo de São Paulo (leia-se o povo de São Paulo) como seu principal acionista, fechou contratos num valor total de R$ 752 milhões, sem licitação, com uma empresa chamada Asbace.

Para justificar a contratação direta num valor tão alto, a Nossa Caixa se baseou no inciso XIII, do artigo 24 da lei nº 8.666/93, que prevê a dispensa de licitação se a contratada não tiver fins lucrativos, gozar de inquestionável reputação ético-profissional e for voltada ao ensino, à pesquisa ou ao desenvolvimento institucional.

Só que, em seguida, a Asbace, “sem infra-estrutura para a execução dos serviços”, subcontratou a “ATP Tecnologia e Produtos, que tem fins lucrativos e pertence à própria associação”, para fazer o serviço. Na prática, a Asbace funcionou como fachada para a contratação da ATP, sem concorrência, num negócio de quase R$ 800 milhões. Acha pouco? Tem mais:

A ATP, por sua vez, subcontratou a ONG Caminhar, cujos funcionários relataram à polícia terem prestado serviços fictícios à Nossa Caixa.

R$ 1 bi sem licitação, isso é que é choque de gestão! Eu, por exemplo, estou chocado.

Ainda segundo a reportagem de Lilian Christofoletti:

A Asbace está sob suspeição desde junho, quando a polícia e a Promotoria do Distrito Federal deflagraram a Operação Aquarela, que prendeu o ex-presidente da associação e do BRB (banco estatal de Brasília) Tarcísio Moura e o ex-secretário-geral e principal homem da entidade, Juarez Cançado.

Juarez Cançado?! Estará aí a origem do movimento Cansei?

Leia também:

» Adag, Lua Branca e Contexto: Agências de sempre vencem concorrência do governo Serra(este é outro escândalo à espera do MP)

» Empresa fantasma assombra contas de Serra em 2002

» Operação Vampiro volta para assombrar José Serra

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Heróis de Lula, usineiros continuam desrespeitando trabalhadores

Mais uma vez, trabalhadores do setor sucroalcooleiro foram resgatados, porque se encontravam em situação de trabalho degradante. Desta vez foram 421 deles, que o grupo móvel do Ministério do Trabalho libertou ontem em Quirinópolis, no sul de Goiás. A informação está na Folha, em reportagem de Felipe Bächtold (aqui, para assinantes).

Isso vai durar, enquanto a Câmara não votar a PEC 438, que, entre outras coisas, prevê a tomada pelo Estado de terras onde haja trabalho escravo. A PEC esteve para ser votada no dia 12 passado, mas foi mais uma vez empurrada com a barriga.

Aí, parodiando o samba do Almir Guineto, enquanto não aprovam a jibóia, jararaca deita e rola.

O setor sucroalcooleiro é campeão na utilização de trabalhadores em situação degradante. É o que informa a reportagem:

No ano passado, o setor sucroalcooleiro concentrou resgates de trabalhadores em condição degradante. Mais da metade -53%- dos 5.877 dos empregados encontrados trabalhava com cana-de-açúcar.

Quem diria. Logo eles, que numa de suas mais desastradas declarações, o presidente Lula chamou de heróis nacionais e mundiais...

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A cara de pau de Eliane Cantanhêde não tem limite

Estava começando a ler uma postagem do Eduardo Guimarães, quando me assustei com o que ele dizia. Segundo Guimarães, dona Cantanhêde, a esposa do marqueteiro de Alckmin, estava defendendo a cobertura da imprensa no caso da febre amarela.

Pensei comigo: ela não teria essa cara de pau. E fui, como um perito criminal, ao local do crime, a coluna de Eliane Febre Amarela Cantanhêde.

Não tenho por hábito ler certos colunistas, porque sempre estou à procura de alguém que possa me trazer informações novas. Pessoas como dona Cantanhêde escrevem sempre a mesma coisa, e ela ainda tem o agravante de um texto fraco. Mas vesti a luva, peguei a lupa e fui à coluna.

Não é que ela teve a cara de pau mesmo?! Reparem no que diz:

A mídia teve um papel fundamental ao alertar a população para o aumento da incidência da febre amarela, seus riscos, o combate ao mosquito e a vacinação. Nunca vai se saber quantas centenas de vidas foram salvas neste país pela ação diligente de jornais, rádios, TVs.

Que centenas de vidas foram salvas, Cantanhêde? A epidemia de febre amarela só existiu na sua cabeça e na da imprensa antiLula. O que vimos foi o contrário: pessoas – centenas de milhares delas – submetendo-se a uma vacina, sem a menor necessidade, e pondo em risco as próprias vidas, por causa de sua irresponsabilidade. E agora, em vez de um pedido de desculpas, um “olha, foi mal, não era bem aquilo que eu queria dizer”, a madame ainda quer dizer que salvou centenas de vidas?...

Deu, sim, foi um prejuízo brutal ao país, em vacinas desnecessárias. Prejudicou a vida de dezenas de pessoas que tiveram reações alérgicas à vacina. E provocou a morte de pelo menos uma delas, a enfermeira Marizete Borges de Abreu, de 43 anos.

É disso que a senhora se vangloria?

Vá à casa do pai da enfermeira, o senhor Francisco Borges de Abreu, de 75 anos, e explique a ele que a morte da filha foi – como dizem as bulas – efeito colateral indesejável de sua coluna salva-vidas. Vamos ver o que ele acha.

Leia também:

» Exposta a doses maciças de informações manipuladas, brasileiros vivem do ódio, do ressentimento e agora de overdose de vacina contra febre amarela

» Febre amarela da mídia é pior do que o mosquito

» O Alerta Amarelo de Eliane Cantanhêde

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Por que Paulo Henrique Amorim diz que nunca levou a sério o Ibest?

Em um trecho de um mini-editorial Esclarecimentos II, na página de abertura de seu novo site, Paulo Henrique Amorim diz o seguinte:
Em tempo: o Conversa Afiada anuncia publicamente que não é candidato a nada no iBest. Nunca levou isso a sério. Não vai ser agora que vai levar.
Faltou explicar por que nunca levou o prêmio a sério. Tinha alguma informação que o desabonasse? Se sim, por que não a trouxe a público?
Há outra opção: PHA não liga para prêmios.
Mas esta não é verdadeira, pois em uma entrevista ao AN Tevê, em 1999, Amorim comemorava os prêmios recebidos pelo Jornal da Band, que ele editava e ancorava na época. Alguns trechos:
"Os prêmios dão força para continuar fazendo um trabalho de qualidade."
“Fico muito sensibilizado e feliz com os prêmios, pois deixa explícito que a opinião pública está à procura de informações de qualidade.”
“Ganhamos alguns prêmios regionais, mas o que nos deixou mais contentes foi o prêmio da Associação Paulista dos Críticos de Arte de São Paulo e o realizado pela TV Press [júri formado por 80 editores de cadernos de televisão de todo o Brasil]. Mais do que a APCA, que trabalha em âmbito regional, o prêmio da TV Press é uma prova que não fazemos um jornal só para São Paulo e sim para o Brasil, já que a TV Press escreve para jornais de Norte a Sul do País. Isto dá força para nós nos empenharmos a melhorar cada vez mais.”
Por que será então que PHA – segundo suas palavras - nunca levou a sério logo o Ibest, que é escolhido pelo voto dos internautas, que não apenas votam como indicam os participantes? Falta explicar.

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Versão de Mino Carta sobre demissão de PHA contradiz editorial do IG

Vocês leram o editorial em que o IG se referiu à demissão de PHA, que comentei aqui. Um dos trechos da mensagem, assinada pelo diretor presidente do IG, Caio Túlio Costa afirmava oi seguinte:

Aos funcionários do Conversa Afiada, presentes na sede do iG no momento em que foi despachada a notificação de rescisão e retirado da rede o site, foi facultada a possibilidade de levar embora os materiais necessários, mas não o fizeram.

Já o Mino Carta em sua Carta Capital tem uma versão completamente diversa do mesmo tema:

As razões alegadas oficialmente pelo portal não convencem sequer o mundo mineral. Fala-se, porém, de uma pendência pessoal entre o diretor-presidente do iG, Caio Túlio Costa, e Paulo Henrique. Certo é que o jornalista recebeu uma lacônica e inesperada notificação de que seu contrato estava rompido. Invocava-se ali um artigo do mesmo, pelo qual qualquer uma das partes pode denunciá-lo com 60 dias de aviso prévio.

Não somente esta determinação do tal artigo não foi cumprida, mas também Paulo Henrique foi informado a respeito da decisão do iG quando Conversa Afiada já fora tirada do ar. Sua equipe tivera cancelado o crachá de entrada na sede do portal e o computador sofrera o vexame final de ser lacrado.

Como se vê, são versões antagônicas. Logo, uma das duas é falsa. Se há realmente a cláusula dos 60 dias de aviso prévio, é fácil ver qual delas.

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Vídeo: 'Antonio Gramsci, Dias do Cárcere'




Título original: Antonio Gramsci. I giorni del carcere.
Direção: Lino del Fra.
Roteiro: Pier Giovanni Anchisi y Lino del Fra.
Atores: Riccardo Cucciolla, Lea Massari, Mimsy Farmer y Jacques Herlin.
Música: Egisto Macchi.
Ano: 1977.
País: Italia.
Idioma: italiano, legendas em espanhol.
Duração: 127 minutos.

Sinopse: "Gramsci, los años de cárcel" es un riguroso drama biográfico que realiza un recorrido por el complejo devenir personal e ideológico de este líder y teórico político italiano. El filme se detiene concretamente en los años que Gramsci estuvo recluido en prisión a causa de su praxis política y en la intensa actividad teórica que desarrolló hasta su muerte en abril de 1937.

Nacido en 1891 en Cerdeña, Gramsci se adhirió en 1913 al Partido Socialista y acogió con entusiasmo la Revolución Bolchevique de 1917. Tras colaborar en el movimiento de ocupación de fábricas y en los consejos obreros de Turín, fundó junto con otros el Partido Comunista italiano en 1921 y fue miembro de su comité central.

Tras un breve periodo en la URSS, volvió a Italia en 1924 y en enero de 1926 fue elegido secretario general del PCI. Diez meses después fue detenido por la policía fascista y condenado a veinte años, cuatro meses y cinco días de reclusión. Desahuciado, fue internado en un centro sanitario en 1937, pocos días antes de morir enfermo.

Con el transcurrir de los años su pensamiento político se fue alejando cada vez más de las ideas autoritarias que empezaban a regir la Unión Soviética hacia una forma de pensar que apostaba por la disminución del poder del Estado a favor de la hegemonía expansiva y no represiva del proletariado.>

O IG não se explica e se complica

Finalmente, a montanha se moveu e o IG resolveu se manifestar a respeito da retirada do ar do site Conversa Afiada, do Paulo Henrique Amorim. E o fez através de um editorial, assinado por seu diretor presidente.

Sobre a saída de Paulo Henrique Amorim do iG

Na tarde de terça-feira (18/3/08), o iG descontinuou o contrato com o jornalista Paulo Henrique Amorim, do site Conversa Afiada.

Com o passar do tempo, os custos do contrato e as condições de mercado tornaram inviável a sua manutenção. Tomada a decisão, todas as condições rescisórias foram atendidas e o jornalista devidamente indenizado.

Aos funcionários do Conversa Afiada, presentes na sede do iG no momento em que foi despachada a notificação de rescisão e retirado da rede o site, foi facultada a possibilidade de levar embora os materiais necessários, mas não o fizeram.

Paulo Henrique Amorim preferiu agir sob força de um mandado de busca e apreensão para retirar seus pertences e copiar o arquivo do seu site, o que poderia ter feito sem precisar de recurso judicial.

Descontinuar colaborações faz parte da vida das empresas e da vida dos jornalistas. O próprio Paulo Henrique já passou por empresas como a Editora Abril, Jornal do Brasil, TV Globo, TV Bandeirantes, TV Cultura e UOL. Suas colaborações, evidentemente, cessaram quando ele partiu. Não podia ser diferente no iG.

O iG não abre mão da sua independência e da necessidade de manter-se uma empresa equilibrada e saudável.

O iG segue firme na determinação de ser um portal que aposta na pluralidade de opiniões, no respeito à liberdade de expressão e no protagonismo dos internautas.

Caio Túlio Costa - Diretor Presidente do iG

Por que demoraram tanto para dar uma satisfação ao distinto público? Por que nem um pedido de desculpas por não terem dado a satisfação antes? Por que nos informaram apenas o que já sabíamos?

O que vocês acharam do terceiro parágrafo, especialmente da parte que afirma que aos funcionários “foi facultada a possibilidade de levar embora os materiais necessários, mas não o fizeram” ? “Materiais necessários” seriam os arquivos de quatro anos do Conversa Afiada?...

Na minha opinião, a emenda saiu pior do que o soneto. Ainda mais quando afirmam que PH não precisaria entrar na justiça para recuperar os arquivos. O que querem dizer com isso? Que ele jogou para a platéia? Mas, se ele o fez, a culpa é do IG, porque não foi transparente, porque não percebeu que a Internet é uma via de mão dupla.

Se o IG houvesse colocado, desde o primeiro dia, um aviso semelhante a esse editorial e um outro de redirecionamento para a nova página do PH, nada disso teria acontecido.

Mas, como preferiram o silêncio, alimentaram boatos e suspeitas, que se voltaram contra eles.

E vocês, o que acharam do editorial?

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Afinal, o Blog do Mello deve ou não ficar fora do Ibest?

Preciso da ajuda de vocês, leitores. O boicote ao IG parece que foi bem recebido por todos, mas a retirada do Blog do Mello do prêmio Ibest, não. Embora eu desde o início tenha afirmado que ambos os boicotes não eram definitivos, mas aconteceriam enquanto o IG não liberasse o material do PH e apresentasse aos leitores uma satisfação - como até o próprio Ombudsman do portal defende – há quem critique a decisão de abandonar o Ibest.

Selecionei dois comentários entre os publicados, e aguardo os comentários de vocês:

A favor:

M. Iack disse...

Cara, Estou orgulhosa pela sua atitude. Você, o Mino e o Azenha realmente fazem com que a gente fique esperançosa de que as coisas podem ser modificadas...

raimundo disse...

Mello,

Você enche de orgulho o seu público. Por isso, resolvi enviar-lhe também a mensagem que mandei para outros profissionais da sua estatura. Veja o texto.

Caro Nassif,

O texto abaixo refere-se a um e-mail que mandei para o Mino Carta. Como você verá, seu nome está entre aqueles que considero dignificam a expressão jornalismo. Por isso entendi que você merecia saber o nosso sentimento em relação a saída de PHA do IG.
Claro não é isso a nossa repulsa c/ o IG.

Parabéns, Mino Carta, eu já esperava isso de sua parte. Você, o Paulo Henrique, o Nassif, o Anon, o Azenha, o Mello, o Mauro Santayanna e tantos outros de igual estirpe são os exemplos de profissionais que merecem a denominação de jornalista. Não desistam, o público de vocês aumenta a cada dia. Aqui em Vitória o Jornal A gazeta, um tentáculo da Globo, chegou a fazer um editorial mencionando vocês como uma ameaça àquilo que ele entende como liberdade de imprensa. Pode parecer estranho, mais fiquei feliz, principalmente ao ver que muito amigos e colegas tiveram a mesma percepção, qual seja a de que vocês estão efetivamente se tornando uma alternativa para as pessoas que se recusam a confiar nas versões manipuladas pela imprensa patrocinadas por inconfessáveis interesses. Como vê, vocês, sem qualquer aparato econômico, já são identificados pela mídia nativa, como uma ameaça ao domínio das famílias que comandam a comunicação no país. Por isso, não desistam, pois nós vasculharemos toda a internet em busca de seus blogs e sites. Diga isso ao Paulo Henrique. Diga-lhe também que eu sei que ele não sabe andar de bicicleta. Desculpe-me, é só para descontrair, nesse momento triste.

Contra a saída do Ibest:

jafeol disse...

Eu concordo com as manifestações de apoio ao PHA, mas não concordo com a retirada dos blogues do prêmio Ibest. Afinal, vim aqui, conheci seu blog, li os posts, avaliei que o blog era bom, dei-me ao trabalho de ir ao site do Ibest e votar. Mas no fim, em uma decisão de apoio ao PHA (que leio, acho interessante, mas discordo de muita coisa), meu voto e apoio ao seu blog de nada valeram. O PHA já está escrevendo novamente e a retirada de blogs do prêmio Ibest já está servindo de piada para os blogueiros que ajudei a empurrar para baixo.

Fernando disse...

Mello,

Fiz um comentário para o Azenha nesse sentido:

Se vcs saírem do Prêmio, vai aumentar a votação relativa de cães de aluguel como o Reinaldo Azevedo.

Queiram ou não queiram o Prêmio tem visibilidade. Vc está crescendo. E ultima coisa q a blogesfera tah podendo desperdiçar é espaço pra divulgação.

Imagine, sair e aumentar as votações do Reinaldo a ponto de passar pelo Nassif.

Pior depois vai ser assistir ele fazendo discurso.

Pense nisso.

Abraço,

E então, o que você acha?

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Rede Globo comprou TV Globo de SP com documentos falsos

Quem faz a afirmação é o perito Celso Mauro Ribeiro Del Picchia, do Instituto Del Picchia de Documentoscopia, que periciou documentos relativos ao processo de venda da TV Paulista para as Organizações Globo. Segundo o laudo, “os documentos relacionados à transferência de ações para o grupo de Roberto Marinho são apócrifos (elaborados após a data da negociação) e montados”.
A família Ortiz Monteiro [antigo proprietário da TV Paulista, atual TV Globo de SP] contesta a veracidade de quatro procurações de Oswaldo Ortiz Monteiro outorgadas ao ex-representante jurídico da família Marinho, Luiz Borgerth - uma de outubro de 1953, representando as ações de Hernani Monteiro, e as demais de dezembro de 64. Esses documentos dariam a ele poderes para transferir a terceiros as ações que estavam em nome do ex-Ortiz Monteiro, de Hernani Monteiro, Manoel Vicente da Costa e Manoel Bento da Costa.
Mas, segundo o laudo do Instituto Del Picchia, as datas das quatro procurações são falsas e os documentos foram redigidos entre 1974 e 1975. Uma das comprovações da falsificação está no fato de que todas trazem o número do Cartão de Identificação do Contribuinte (CIC) de Borgerth – atual CPF –, sendo que esse sistema só foi criado pelo governo em 1969.
“A existência do CIC nessas cópias é o que a gente chama de ‘anacronismo intransponível’, que prova a falsidade da data sem qualquer margem à dúvida”, afirma Celso Del Picchia. Ele ironiza: “Como é que poderia ter o CIC, premonição?” Além disso, o representante de Marinho, Luiz Borgerth, só foi admitido na Globo em 1967, não podendo ter recebido uma procuração em 1953.
Outra evidência de falsificação apontada pelo laudo é que a máquina de datilografia utilizada nos documentos datados de 1953 e de 1964 era exatamente a mesma de que se valeu para produzir um outro datado de 1975. Essa constatação levou o documentoscopista Celso Del Picchia a concluir que todos esses documentos falsos datariam de 1974 ou 1975. Ou seja, há fortes indícios de que todo o processo de transferência de ações se valeu com a elaboração de uma série de procurações e recibos que se estendiam de 1975 a 1953, dando plenos poderes ao funcionário de Marinho, Luis Eduardo Borgerth, de negociar com elas. De posse desses documentos, Borgerth pôde passar os 52% da TV Paulista para Marinho.
“Se a venda se justifica ou não, isso não me interessa, mas os documentos são falsos”, conclui o perito. [leia reportagem completa de Eduardo Sales, da redação de Brasil de Fato]
Leia também:


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Boicote ao IG e ao Ibest

É simplesmente inadmissível o comportamento do portal IG, em relação ao Conversa Afiada, de Paulo Henrique Amorim. Demitir o jornalista é uma prerrogativa do portal, mas não dar satisfação alguma aos leitores – como já venho reclamando desde o início da noite de ontem – e ainda não permitir ao jornalista acesso ao seu material – inclusive palestras e cursos, como denuncia Azenha em seu site – é o fim da picada.

Portanto, para ser coerente com o que venho afirmando aqui desde o início e com a história do Blog do Mello, não só reafirmo meu boicote ao portal IG como, a partir deste momento, renuncio e prego boicote também ao Prêmio Ibest (já retirei os banners aqui do blog), e peço a meus leitores que façam o mesmo – até que o IG nos dê a devida satisfação e devolva à internet o material do antigo Conversa Afiada.

Parabéns também ao Mino Carta, e seu O último post.

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Rice: ‘O combate ao terrorismo é o ponto central da política dos EUA’

Em resumo, essa foi a mensagem que a secretária de Estado dos Estados Unidos, Condoleezza Rice, deixou em sua recente visita ao Brasil.

Mas o que é o terrorismo para um país que financiou e treinou ditaduras pelo mundo afora, inclusive na América Latina? Que usou napalm e o agente laranja na guerra do Vietnam matando, mutilando e deformando irremediavelmente milhares de civis? Que promoveu o massacre de My Lai? Que apóia as ações e massacres israelenses na Palestina? Que promoveu a Tempestade no Deserto, que matou mais de 100 mil soldados iraquianos? Que invadiu o Iraque e já provocou a morte de centenas de milhares de pessoas e levou o terror, a fome e a desnutrição a 30% daquele país, segundo a Anistia Internacional?

Condoleezza Rice saberia explicar o que é o terrorismo para o país que lançou bombas atômicas sobre Hiroshima e Nagasaki, matando imediatamente 200 mil civis e comprometendo não se sabe quantas gerações de japoneses com os efeitos da radiação? O que é o terrorismo para um país cujo presidente defende abertamente o direito à tortura, como política de sua Agência de Inteligência (sic) (CIA)?

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Ombudsman do IG cobra satisfação do IG sobre Conversa Afiada

Do ombudsman do IG, Mario Vitor Santos:

O leitor do iG foi surpreendido hoje, entre 16h15 e 16h30, com a retirada do ar do site “Conversa Afiada”, de Paulo Henrique Amorim. Oficialmente, a assessoria de imprensa do iG informa que “o contrato foi rescindido pelo iG e que todas as cláusulas rescisórias foram atendidas”.

Diz o iG que vem fazendo uma reestruturação do portal, o que inclui “a rescisão de contratos desvantajosos para a empresa”. Era o caso do site de Paulo Henrique Amorim, o qual, segundo o iG, não trazia “receita nem audiência”. Essa é, em essência, a manifestação oficial do iG.

Mais adiante:

A favor de Amorim há o fato de ele defender opiniões únicas no panorama da grande mídia nacional. Contra ele há o fato de que essas opiniões às vezes vinham acompanhadas de ataques pessoais desnecessários.

Não se discutem opções empresariais que fazem parte das atividades de qualquer empresa. Caberia, porém, um esclarecimento público e voluntário do portal sobre a ruptura com Amorim e sobre sua relação com temas sensíveis, como o processo de compra, pela Oi, da Brasil Telecom, proprietária deste iG. Amorim é crítico radical desta compra e tem atacado os que a defendem.

De qualquer forma, o iG e, de resto, todos os grandes veículos brasileiros, devem informar sobre si próprios com a transparência que cobram das outras instituições, e como fazem os melhores veículos da mídia internacional.

Essas explicações o IG continua devendo a todos nós internautas.

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Advogados da Veja nunca leram Veja

A repórter Carla Soares Martin, do Portal Comunique-se, teve acesso aos processos que a cúpula da Veja move contra Nassif pela série em que o jornalista mostra os bastidores da revista. Todos começam do mesmo modo, com a mesma frase, segunda a repórter:

“O jornalista, no seu sacerdócio, deve ser sereno como um juiz, honesto como um confessor, verdadeiro como um justo.”

Pela argumentação dos nobres causídicos, fica claro que, assim como o presidente da Abril, Roberto Civita, também os advogados da cúpula da Veja não lêem Veja.

Leia também:

» Silêncio cúmplice da ‘grande imprensa’ cerca dossiê Veja de Nassif

» Folha quer ser a Veja dos jornais diários

» Mino Carta detona Folha, Estadão, O Globo, JB, Civita e Frias

» Nem Civita lê a Veja

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O IG é pIG. Boicote ao IG

Para usar a sigla criada - ou divulgada - pelo Paulo Henrique Amorim, o IG também é pIG, pertence ao que PHA chama de Partido da Imprensa Golpista.

Até que o portal dê uma explicação aos leitores de PHA, eu me recuso a ir a qualquer um dos outros blogs do pIG, inclusive Nassif, Dirceu etc.

Porque simplesmente é inadmissível, no momento atual da internet Brasil, que um portal tire do ar um dos sites mais visitados, sem nenhuma justificativa para seus leitores.

Você, eu, todos os que tentamos acessar o Conversa Afiada recebemos o infame aviso de erro 404, página não encontrada.

Se é porque PHA sempre se manifestava contra a fusão BrT-Oi (não se esqueça de que o IG é BrT, ou seja, Brasil Telecom), que ao menos nos fosse comunicado. Ou nem isso. Apenas um informe burocrático, do tipo "o contrato de PHA com o IG não foi renovado, portanto, a partir de agora o Conversa Afiada não estará mais acessível neste portal".

Mas a falta de informação é um tapa na cara de todos os que usamos a internet como meio de nos defender da mão única da mídia corporativa.

Portanto, até uma explicação do IG e a entrada no ar da nova página do Paulo Henrique Amorim, eu defendo um boicote geral ao IG.


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