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Como JN e Moro induziram Gilmar Mendes a erro contra Lula e Dilma

Ontem o juiz Sergio Moro se tornou réu numa ação de calúnia contra o ministro Gilmar Mendes. Mas os desentendimentos entre Moro e Mendes não são de agora nem recentes ou poucos. Talvez tudo tenha se originado em março de 2016, com uma ilegalidade cometida por Moro  e sua repercussão no Jornal Nacional. 

A ilegalidade de Moro e sua amplificação em horário nobre no telejornal de maior audiência do país induziram o ministro Gilmar Mendes a cometer um erro que ele reluta em chamar de erro — o que seria demais para seu ego —, mas o faz de outras formas, como nessas declarações retiradas de uma reportagem da Folha de 9 de setembro de 2019:

"Hoje temos uma visão mais completa do que estava se passando. Mas as informações disponíveis na época permitiam concluir que havia um viés de fraude na nomeação, um desvio de finalidade, e foi esse o sentido da decisão. Seria preciso ter todas as informações disponíveis e analisá-las em seu devido contexto, mas é muito estranho que somente um pedaço do fato e não sua inteireza tenha sido divulgado à época." [Folha]

 

O erro que Gilmar evita falar o nome

 

Em 17 de março de 2016, Gilmar Mendes suspendeu em caráter liminar a posse de Lula como ministro de Dilma. 

A decisão do ministro foi tomada no calor da reportagem publicada no dia anterior no Jornal Nacional com os grampos e trechos vazados da investigação da república de Curitiba, com o procurador de deus Deltan Dallagnol à frente, que, segundo afirmavam, mostrava que Lula estaria tentando atrapalhar as investigações.

Mais, pelo encadeamento dos áudios e textos, a conclusão a que se chegava era de que a nomeação de Lula como ministro tinha o objetivo de lhe dar prerrogativa de foro com o status de ministro e tirá-lo das garras de Sergio Moro.

Ouvidos sem o calor e a onda antiLula e em favor da Lava Jato e do "herói" Sergio Moro daquela época, os áudios não mostram nenhuma tentativa de atrapalhar ou barrar as investigações, apenas protesto e indignação de Lula.

Fato é que a decisão do ministro Gilmar Mendes pode ter custado o impeachment de Dilma, segundo análise do homem que se beneficiou com o golpe, o golpista Michel Temer, numa entrevista ao Roda Viva:

E com o impeachment de Dilma tudo de ruim que veio em seguida: o governo destruidor de Temer, a prisão de Lula, a proibição de sua candidatura, a eleição do pior presidente da história.


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Por que o nome do golpista Temer está de volta ao noticiário?

Enchentes, tragédia e como se não bastasse o nome do ex-presidente, o golpista Michel Temer, volta ao noticiário, direto das catacumbas de onde só deveria sair para responder nos tribunais aos crimes pelos quais é investigado.

Por que essa figura trevosa ganhou uma página inteira de entrevista na edição dominical do Estadão e quarta-feira foi o prato principal em evento em NY da Lide, de outro ectoplasma — João Doria?

Por que um homem que trabalhou na surdina para trair a presidenta de quem era vice foi retirado do ostracismo em que se encontrava para o proscênio, arriscando trazer de volta à tona todos os crimes de que é acusado?

As declarações do Temeroso dão pista de por que ele está de volta: Temer acusou governo e oposição de radicalizarem o país (apoiadores de Lula = aos de Bolsonaro, segundo ele), defendeu a tese de que a prisão de Bolsonaro pode acirrar ainda mais o clima político, sem explicar se o Inelegível não deveria ser preso mesmo que ficasse provado pelo menos algum dos crimes de que é acusado...

Mas isso não lhe foi perguntado, porque Temer, que é um constitucionalista, teria que explicar por que a Constituição não deveria ser usada para prender um criminoso. 

Temer foi chamado para endossar três teses:

  1. um nome da Terceira Via
  2. fim da reeleição
  3. parlamentarismo

Fato é que Estadão abriu espaço e os demais estão repercutindo as declarações, que mostram claramente um rearranjo da mídia de direita com a extrema direita para encontrarem um denominador comum nas eleições de 2026 contra Lula.

No entanto, o guru de Bolsonaro, dos golpistas e da mídia tem alguns esqueletos em seu armário. Só não está preocupado com isso porque tem a mídia corporativa a seu lado para enfrentarem o inimigo comum: Lula e o PT.

Mas nós podemos refrescar a memória do brasileiro sobre a lamentável figura, misto de golpista e traidor.

1o inquéritos contra Temer

 

  1. Propina de R$ 1 milhão da Engevix
    O dono da construtora disse em delação premiada que pagou R$ 1 milhão em propina a Temer
  2. Reforma de imóvel da filha
    Teria sido paga pela Argeplan como propina
  3. Superfaturamento em contrato da Argeplan
    Superfaturamento em contrato de R$ 100 milhões
  4. Contrato fictício no Porto de Santos
    Contrato fictício de prestação de serviço no valor de R$ 375 mil
  5. Contrato irregular entre a Argeplan e a Fibria Celulose
    Suspeita com valores em torno de R$ 15,5 milhões e outros em mais de R$ 17 milhões
  6. Jantar no Jaburu com a Odebrecht
    Recebimento de R$ 10 milhões em vantagens indevidas da Odebrecht
  7. Decreto dos Portos
    Denunciado pela ex-procuradora-geral da República, Raquel Dodge, pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro
  8. Mala de dinheiro de Rocha Loures
    Quem não se lembra do ex-assessor de Temer, Loures, correndo da imprensa com uma mala com R$ 500 mil que seriam para Temer? 
  9. Organização criminosa – quadrilhão do MDB
    Em 2017, o então procurador-geral da República, Rodrigo Janot, apresentou ao STF uma denúncia contra Temer por organização criminosa
  10. Conversa com Joesley Batista no Jaburu
    Quem não se lembra do famoso "Tem que manter isso daí", sobre uma propina que Joesley disse que pagava ao ex-deputado Eduardo Cunha [G1]

Além de Temer com a tese da "igualdade entre extremos", que necessitaria de uma Terceira Via (aquela que a mídia procura em todas as eleições), já há movimentação para acabar com a possibilidade de reeleição e outra com a tese do parlamentarismo, que já foi derrubada duas vezes em plebiscito pelos brasileiros.

Tudo contra Lula. 

Ah, Temer tem dois candidatos à Terceira Via: Ratinho Jr e Caiado.

Lula deve estar morrendo de preocupação.



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Bolsonaro diz que não aceita ser preso e ameaça: 'Eu atiro para matar'

Bolsonaro gosta de bancar o valentão, mas foi assaltado no Rio, o bandido levou sua moto e até sua arma e ele não deu um pio. E preso ele já foi uma vez. Atirou? Confira

Mentiroso contumaz, bravateiro, Bolsonaro vive de fazer espuma. Repetindo o que já havia dito de outra vez, ele confidenciou a um deputado de seu partido que não aceitaria ser preso e ameaçou "atirar para matar".

Mas, como todo sujeito metido a valentão, quando confrontado, recua, desdiz o que disse, faz até o papelão de apelar ao golpista ex-presidente Temer, como fez em 2021, quando ofendeu Alexandre de Moraes

Aconselhado pelo golpista mór, Bolsonaro publicou uma Declaração à Nação, onde se arrependia de haver "esticado a corda" e dizia "ter respeito pelas instituições da República".

Bolsonaro se encaixa à perfeição, e talvez fique até lisonjeado com isso, a um trecho do impiedoso e realista perfil que o redator publicitário britânico Nate White traçou de Donald Trump:

E pior, ele [Trump, Bolsonaro] é a coisa mais imperdoável para os britânicos: um valentão.

Isto é, exceto quando ele está entre valentões; então, de repente, ele se transforma em um companheiro chorão.

Existem regras tácitas para essas coisas – as regras de decência básica de Queensberry – e ele quebra todas elas. Ele usa golpe baixo – o que um cavalheiro nunca poderia fazer – e cada golpe que ele desfere é abaixo da cintura. Ele gosta particularmente de chutar os vulneráveis ​​ou sem voz – e chuta-os quando estão caídos.

Quanto a não admitir ser preso, isso é mais uma das mentiras de Bolsonaro. Ele já foi preso em 1986, e ficou na prisão quietinho por 15 dias, sem dar tiro em ninguém.

É mais fácil ele tentar um atestado médico, como fez em 2018 para fugir aos debates.

Grave nisso tudo é que, ao fazer a afirmação de que vai resistir à bala a uma ordem de prisão emitida pela Justiça, Bolsonaro mais uma vez dá mau exemplo a seus seguidores. Ou seja, comete mais um crime ao incitar à desobediência de uma ordem judicial.

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Com almirante da Anvisa Bolsonaro afina. Ah, se fosse uma repórter mulher...

Mais uma vez o valentão, o "mito", afina, quando encontra pela frente um homem e com poder. Foi assim, quando pediu penico e mandou avião buscar Temer para escrever uma carta de arrego em seu nome, com medo do ministro Alexandre de Moraes — o Xandão, que provoca "instintos primitivos" na imaginação frouxa dele e do ex-deputado Roberto Jefferson.
 
Agora, com o almirante da Anvisa o valentão falou fino e disse que não disse o que disse, nem insinuou o que insinuou — e voltou a fazer. Mas com o galho dentro.
 
Se fosse uma repórter,  a atitude seria outra. Todos sabemos disso e já vimos suas agressões covardes a repórteres e até à deputada Maria do Rosário. 
 
O jornalista e escritor Ruy Castro o define cirurgicamente nesta coluna da Folha hoje:
O covarde Bolsonaro

Espumar insinuações sem provas pelo canto da boca e, ao levar uma resposta, recuar, fingir-se de ofendido e se desmentir é uma tática de covarde. Desfilar tanques do Exército para ameaçar as instituições e, diante do fiasco que lhe poderia custar o mandato, pedir a alguém que lhe escreva uma carta de retratação também denuncia o covarde. Fazer-se de macho para meia dúzia de beócios no cercadinho, insultar mulheres repórteres e cercar-se de esbirros, gente dada a violências físicas, igualmente é de covarde.

Jair Bolsonaro não é só o pior presidente da história do Brasil democrático. É também o mais covarde. Sua tática de falar que "ficou sabendo", "ouviu dizer" e "estão dizendo que tem coisa", sem se assumir como quem acredita naquela informação, é de covarde. E sua campanha contra a vacina nunca é feita com afirmativas tipo "A vacina faz mal!" ou "Não se vacinem!". Esconde-se em perguntas que induzem à dúvida e ao medo, como "Quem garante que não vai fazer mal?" ou "Quem se responsabiliza?". Coisa de covarde.

Bolsonaro desfila sem máscara entre multidões, jactando-se de não ter se vacinado. Será? Quem garante? Pode muito bem ter sido vacinado em segredo por seu cúmplice, o ex-médico Marcelo Queiroga, que, pelo menos, ainda deve saber aplicar injeção. Talvez já tenha tomado até a terceira dose. Se seus próprios ministros se vacinaram pelas suas costas, por que Bolsonaro não se vacinaria pelas costas da nação?

Aliás, não sou eu, mas estão dizendo por aí que tem coisa em tudo que Bolsonaro faz pelas costas da nação.






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Toffoli não falou merda à toa. Vem aí nova onda golpista, o semipresidencialismo


Em Portugal, onde participa do 9º Fórum Jurídico de Lisboa, o ministro do STF Dias Toffoli pôs lenha na fogueira ao afirmar que o Brasil vive um semipresidencialismo com o STF atuando como partido moderador:
"Nós já temos um semipresidencialismo com um controle de poder moderador que hoje é exercido pelo Supremo Tribunal Federal. Basta verificar todo esse período da pandemia", disse Toffoli. [Fonte: Gazeta do Povo] 
Isso certamente vai excitar as hordas bolsonaristas que há muito acusam o STF de impedir Bolsonaro de governar como se ele soubesse ou quisesse fazer isso. Bolsonaro disse no início do governo que veio para destruir e não para construir.
 
Participando do mesmo Fórum, o golpista Temer aproveitou a deixa e retomou o tema e a defesa do semipresidencialismo:
Temer defendeu que o Brasil adote o semipresidencialismo, regime em que o presidente compartilha o poder com um primeiro-ministro, eleito pelo Congresso Nacional. O emedebista afirmou que parlamentares têm tempo hábil para aprovar o projeto até março do ano que vem. [Fonte]
Ou seja, que Terceira Via que nada! Nem Ciro, nem Dória, nem Moro, a Terceira Via deles é o golpe do semipresidencialismo (como já publiquei aqui) para tirar poderes de Lula, que ficaria mais ou menos como uma rainha da Inglaterra, enquanto um primeiro-ministro, eleito pelo Centrão provavelmente, comandaria o país.
 
É mais uma face do golpe. Já que não conseguem barrar a vitória de Lula, que cresce a cada nova sondagem, vão tentar lhe tirar o poder de governar.
 
Falta combinar com o povo., que por duas vezes já disse não ao parlamentarismo, que é o nome verdadeiro por trás de semipresidencialismo de araque do golpista Temer.





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Temer e 'elite', que golpearam Dilma e elegeram Bolsonaro, riem muito. De que riem? De mim, de você, do Brasil

Uns dias após ter um jatinho da FAB à disposição para apanhá-lo em São Paulo, levá-lo a Brasília para livrar a cara de Bolsonaro e depois voltar a São Paulo, Temer marcou um "convescote" com a nata da "elite" que golpeou Dilma e o colocou na presidência, para confraternizar e comemorar a volta do traíra ao cenário político.
 
Porque agora Temer já se alvoroça para ser a Terceira Via, um governante que chegou a ter 82% de ruim e péssimo como avaliação, ameaça voltar, como nos filmes de vampiro.
 
Temer está em campanha, com filme nas redes e plaquinhas nas mãos de populares na fracassada manifestação branquinha e cheirosa do MBL e Vem pra Rua do dia 12, a R$50 por cabeça.
 
O prato principal do jantar foi zombar de Jair Bolsonaro, a quem Temer socorreu na hora em que poderia vir a ser impichado ou ter algum dos filhos preso. 
 
O filho do empresário Paulo Marinho, que imitava Bolsonaro na campanha, a ponto de fazer promessas eleitorais por ele, brindou os presentes com imitações ridicularizando Bolsonaro.
 
Mas o destaque no vídeo é que todos riem fartamente, mesmo sabendo que estão sendo gravados e as imagens acabariam na internet.
 
Segundo o Poder 360, estavam presentes:
    Paulo Marinho, empresário, 1º suplente do senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ) e hoje em SP engajado na pré-campanha a Presidência de João Doria (PSDB-SP);
    Gilberto Kassab, presidente nacional do PSD;
    Johnny Saad, presidente do Grupo Bandeirantes;
    Roberto D’Ávila, o jornalista, apresentador e diretor da GloboNews;
    Antonio Carlos Pereira, o Tonico Pereira, ex-editorialista do jornal O Estado de S.Paulo, está à esquerda de Temer;
    Naji Nahas, empresário e investidor, está à direita de Temer;
    Raul Cutait, cirurgião do hospital Sírio-Libanês;
    José Yunes; advogado e amigo pessoal de Temer.
A cena me trouxe à memória uma outra, a da farra dos guardanapos, quando o ex-governador do Rio Sergio Cabral, atualmente preso e condenado por enquanto a 300 anos de cadeia, e vários membros de seu governo, dançaram com guardanapos na cabeça no principado de Mônaco, às gargalhadas.
 
A pergunta que me fiz na época refiz agora: De que riem?
 
A resposta é uma só e mesma: de você, de mim, de nós, do Brasil. 
 
Veja o vídeo.





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'Essa gente deve estar achando que 600 mil brasileiros nos cemitérios são um preço pequeno demais'

Hoje, até o ministro Gilmar Mendes, parece ter se curvado ao novo acordo "com Supremo, com tudo", para manter a situação como está para ver como é que fica.
 
Após a Carta à Nação de Bolsonaro, escarradamente ditada por Temer (como o próprio golpista vaidoso confirmou), o Brasil deve fazer a egípcia e acreditar no Bolsonaro redimido, o novo homem que teria se rendido ao jogo democrático e abandonado a carreira de golpista, de defensor da ditadura, da tortura e do assassinato de adversários.
 
A jornalista Cristina Serra escreve sobre esse acordo na Folha:
Temer e a proteção a Bolsonaro
 
O país parou com medo de um golpe no 7 de Setembro. Sob o comando do líder ensandecido da seita e com patrocínio do agronegócio, caminhões e tratores reluzentes substituiriam tanques. Caminhoneiros estariam no lugar de "um soldado e um cabo". Eis que no fim do feriado um cheiro de impeachment exalou de redutos até então considerados seguros e o alarme tocou.

Foi a deixa para Michel Temer voltar aos holofotes com seus trejeitos de ilusionista e artifícios de golpista. Como já escrevi aqui, o golpe foi em 2016, contra Dilma Rousseff. Desdobrou-se em 2018 e agora assistimos a uma nova reacomodação de tensões entre as mesmas forças que disputam o butim desde a ruptura travestida de legalidade cinco anos atrás.

Não é a primeira vez que Temer vem em socorro de Bolsonaro. O jornalista Octávio Guedes, do G1, bem lembrou episódio que desonra a Câmara dos Deputados. Em 1999, Bolsonaro pregou o fechamento do Congresso e o fuzilamento do então presidente, Fernando Henrique Cardoso. Deveria ter tido o mandato cassado. Mas pediu desculpas pelos "excessos" e ficou por isso mesmo. Quem era o presidente da Câmara na ocasião? Ele mesmo, o missivista das mesóclises.

A carta de agora garante proteção a Bolsonaro, que vai continuar latindo aqui e ali porque é o que sabe fazer. O importante a registrar de toda a confusão dos últimos dias é que a fervura baixou e as pequenas frestas abertas, para o que já era uma remota possibilidade de impeachment, foram vedadas. Os articuladores do golpe de 2016 mostram que ainda têm as rédeas do processo.

A Faria Lima respira aliviada. Lira e Pacheco tocam o jogo, em cumplicidade que aprofunda o abismo. O comando do Congresso tornou-se parte do problema, tanto quanto o chefe do Executivo. Essa gente deve estar achando que 600 mil brasileiros nos cemitérios são um preço pequeno demais. O custo que Bolsonaro impõe ao país é desmesurado, e teremos que lidar com ele por muitas gerações.





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Bolsonaro chama Temer a Brasília para aprender o que fazer para não ser preso e publica carta mentirosa à nação em seguida


Acuado, vendo o cerco se fechar à sua volta, e a ameaça de prisão rondando não apenas ele mesmo como a família, especialmente o filho Carlos, Bolsonaro chamou a Brasília o golpista mór, Michel Temer, para aprender como ele como se livrar da cadeia, mesmo com um caminhão de provas contra ele. 
 
Além de expert no tema, Temer tem outra coisa em seu favor para ser chamado por Bolsonaro: é o responsável pelo lançamento do ministro Alexandre de Moraes na vida pública. O mesmo Alexandre que Bolsonaro chamou de canalha e mandou que saísse do STF para não ser tirado por ele.
 
A reunião entre os dois foi das 11h às 17h e ao final Bolsonaro publicou no Diário Oficial uma carta à nação, totalmente mentirosa, onde tenta passar o dito pelo não dito.
 
Segundo informações, ainda durante o encontro Bolsonaro falou mais de uma vez com o ministro Alexandre de Moraes por telefone.
 
Leia a carta de Bolsonaro na íntegra e veja se ela foi escrita por ele ou por Temer, que parece que vai assumir a presidência de forma oculta, porque o governo Bolsonaro acabou.






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Temer lidera novo golpe contra PT, com o auxílio de Gilmar Mendes: agora o semipresidencialismo para tirar poderes de Lula


A jornalista Maria Cristina Fernandes vai direto ao ponto. A terceira via sonhada pelo sistema, já que não há um líder à vista para duelar com Lula, é cortar o poder do presidente com uma emenda constitucional que imponha um semipresidencialismo ao país, como antes a direita fez em 1961, com o parlamentarismo para tirar poderes de João Goulart. 
 
Nesse semipresidencialismo, articulado pelo golpista Temer com o auxílio de Gilmar Mendes, "o presidente é eleito pelo voto direto, escolhe, a partir da maioria congressual, o primeiro-ministro, e, por indicação deste, os integrantes do governo. Ainda chefia as Forças Armadas, conduz a diplomacia, escolhe ministros de tribunais superiores e embaixadores, tem direito de veto e sanção e dissolve o gabinete em situação de crise".
 
Eis a coluna de Maria Cristina Fernandes, no Valor. 
A verdadeira terceira via

A ameaça de explosão da propinolândia do Ministério da Saúde e o purgatório do presidente Jair Bolsonaro com seu derretimento nas pesquisas de opinião alimentam a cajadada do semipresidencialismo.

Seus maiores defensores são o ex-presidente da República Michel Temer e o ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes, que chegaram a escrever uma proposta de emenda constitucional juntos. Uma congênere desta proposta, com mais poderes para o presidente do que a da dupla, já tramita no Senado com a assinatura de representantes de todos os partidos da Casa.

Duas mitigações do presidencialismo já foram derrubadas em consultas populares em 1963 e em 1993. Se vingar, desta vez, terá sido por obra e graça do vice-presidente Hamilton Mourão e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O primeiro por ser tão indesejável, pelo Congresso, quanto Bolsonaro o é no país e o segundo por aparecer, a cada pesquisa, mais bem posicionado para derrotar o presidente. Além de ponto de fuga para um Congresso que rejeita o impeachment, o semipresidencialismo resolveria o problema de uma terceira via sem voto.

Vigente em mais de 50 países, o modelo que inspira Temer e Gilmar aproxima-se daquele vigente em Portugal e na França, onde o presidente é eleito pelo voto direto, escolhe, a partir da maioria congressual, o primeiro-ministro, e, por indicação deste, os integrantes do governo. Ainda chefia as Forças Armadas, conduz a diplomacia, escolhe ministros de tribunais superiores e embaixadores, tem direito de veto e sanção e dissolve o gabinete em situação de crise. Temer rifou a figura do ministro-coordenador que, na proposta original, não precisaria ser originário do Congresso.

Com um governo claudicante e uma geração de generais educada na base dos tuítes ameaçadores contra aquele que lidera as pesquisas, o paralelo com o parlamentarismo imposto a João Goulart depois da renúncia de Jânio Quadros, é evidente. Sua implementação, a partir de 2026, com referendo, derrubaria a comparação e ainda responderia ao reclamo de um presidente que, apesar de encurralado, tem direito à reeleição conquistado pelo voto.

A precipitação da crise, porém, Temer o reconhece, abre uma oportunidade mais imediata para o semipresidencialismo. Gilmar Mendes já viu emenda constitucional gorar uma eternidade ou ser aprovada de um dia para o outro. Além de escândalos que se atropelam, o empurrão viria da governabilidade deteriorada por um modelo de emendas parlamentares que se esgotou.

A balbúrdia das emendas extra-orçamentárias chegou ao ponto de os dois partidos que requisitaram ações no Supremo para suspender a execução do chamado “orçamento secreto”, o PSB e o Cidadania, terem voltado atrás por pressão de seus pares no Congresso. Além de não ter sido aceita pela relatora, ministra Rosa Weber, a desistência levou à desfiliação do senador Alessandro Vieira (SE) do Cidadania. Há, no Congresso, quem aposte que a suspensão das emendas a serem executadas em 2021 teria um potencial mais destrutivo sobre a base do governo do que o circo da CPI.

A obrigatoriedade e os valores das emendas cresceram à medida que os presidentes, Temer inclusive, foram encurralados pelo Congresso. A ponto de os parlamentares hoje superarem, com os recursos à sua disposição, a capacidade de investimento do Executivo. Usufruem do bônus de governar sem ter que arcar com o ônus de se responsabilizar por atos e gastos.

Para não falar do impacto fiscal, não apenas das emendas, mas dos projetos que o Congresso remenda e aprova como quer. Derruba veto presidencial à desoneração da folha de salários das empresas sem a devida previsão orçamentária e privatiza a Eletrobras com aumento de despesa da União, exemplifica o deputado Rodrigo Maia (sem partido-RJ), outro convertido ao semipresidencialismo.

Desde que publicou um artigo sobre o tema, em 12 de junho, em “O Estado de S. Paulo”, Temer tem sido consultado por empresários sobre a viabilidade política do semipresidencialismo. Maia não descarta que a reunião dos 11 partidos de centro-direita contra o voto impresso, possa vir a ser um embrião da defesa da proposta. É nos dois polos que hoje lideram a política nacional, porém, que a fagulha custa a acender.

Bolsonaro entrega tudo o que resta no governo mas não acata uma mudança do gênero, diz uma liderança governista. Lula também custaria a aceitar uma mitigação dos poderes que o partido tem chances crescentes de conquistar em 2022. Defensores da proposta dizem que a mudança evitaria que o PT revisitasse o inferno vivido nas crises de seus mandatos, mas, no partido, a ideia é vista como se a devolução dos direitos políticos de Lula tivesse servido de bode na sala para a aprovação da mudança no sistema de governo.

Em 1993, Lula chegou a discutir com o PSDB apoio ao parlamentarismo, mas o PT o dobrou com a defesa do presidencialismo. Há, por isso, no partido, quem ache que o ex-presidente toparia o acordo em nome do apaziguamento. A hostilidade no mercado pode ser medida pela divulgação de notícia falsa dos filhos do presidente sobre a idoneidade das melhores pesquisas eleitorais da praça que atestam a franca vantagem petista. No círculo mais próximo de Lula, porém, a aposta é que, além de o ex-presidente não querer abrir mão de governar com plenos poderes, seus apoiadores se sentiriam traídos.

Flávio Dino, governador do Maranhão, recém-filiado ao PSB e aliado de Lula, votou pelo parlamentarismo em 1993 e aprova o modelo proposto por Temer e Gilmar mas não vê viabilidade política para sua aprovação. De engenhoso, diz, acabaria sendo visto como arranjo, arremedo, tampão.

De todas as dúvidas em torno da saída proposta a mais irrefutável é a percepção de que o semipresidencialismo acabaria por eternizar no poder uma maioria parlamentar que, desde o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, tem aprovado uma agenda contrária ao programa do pré-candidato a presidente que lidera as pesquisas. O ministro Gilmar Mendes tem argumentado que caberia ao presidente arregimentar puxadores de votos para os partidos aliados de maneira a fazer a maioria parlamentar. O problema é que as regras para a eleição dessas bancadas serão feitas num Congresso dominado pelo Centrão. O bloco, portanto, teria todas as condições para impor as regras por meio das quais se eternizaria no poder.






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Quando Michelle Bolsonaro vai ser chamada à Justiça para explicar os 27 depósitos de Queiroz e mulher na sua conta?


A notícia saiu sexta-feira em O Globo sobre depósitos de Queiroz na conta da mulher de Bolsonaro. Em seguida, a Folha publicou que também a mulher de Queiroz, Maria, havia feito depósitos na conta de Michelle. No total, 27 cheques na conta da hoje primeira-dama somando R$ 89 mil, em valores da época.
Segundo reportagem da revista Crusoé, a quebra de sigilo mostrou que Queiroz depositou 21 cheques na conta de Michelle entre 2011 e 2016, somando R$ 72 mil. O jornal Folha de S.Paulo e o portal G1, por sua vez, descobriram também que a abertura das informações bancárias de Marcia Aguiar revelou mais seis cheques depositados por ela para a primeira-dama entre janeiro e junho de 2011, no valor total de R$ 17 mil. [BBC]
No entanto, passou todo o final de semana e nem Michelle nem Bolsonaro deram uma palavra sobre o assunto, talvez com o pensamento mágico de que, ao não falar num problema ele desaparece.

Não é bem assim. O deputado Marcelo Freixo (PSOL-RJ) já fala em juntar assinaturas para uma CPI:
"Vamos desmascarar a farra da família Bolsonaro com dinheiro público" escreveu em seu perfil no Twitter.
Será por isso que Bolsonaro tratou de estreitar ainda mais seus laços com a banda de música do Centrão convidando Temer para representar o Brasil no Líbano, como publiquei aqui hoje?



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Bolsonaro envia Temer para representar Brasil no Líbano e abraça de vez toma lá, dá cá que jurou combater


O que Bolsonaro pensa hoje sobre Temer não é o que ele pensava até outro dia, quando declarou sobre a prisão do ex-presidente, em março de 2019:
“A Justiça nasceu para todos e cada um responde pelos seus atos. O que levou a essa situação, pelo que parece, são os acordos políticos dizendo-se em nome da governabilidade. A governabilidade, você não faz com esse tipo de acordo, no meu entender. Se faz indicando pessoas sérias e competentes para integrar o seu governo”. [Fonte: UOL]
No entanto, Bolsonaro acaba de nomear o mesmo Temer nosso representante junto ao Líbano para prestar ajuda humanitária àquele país atingido por uma grande explosão em sua capital. O mesmo Bolsonaro que já disse que Temer é ladrão, como mostra vídeo ao final da postagem.

O que mudou?

Mudou que Bolsonaro resolveu se cercar no Congresso, em nome da governabilidade (que criticava antes), para escapar dos mais de 50 pedidos de impeachment, que dormem esmagados sob as nádegas abundantes de Rodrigo Botafogo Maia.

Se Temer não tem mais o prestígio de antes, quando foi presidente do PMDB, hoje MDB, por vários anos, ainda mantém sua turma no Congresso e sabe o caminho das pedras tão bem quanto aquele antigo deputado, Eduardo Cunha, que mantinha segredos inconfessáveis da turma do Centrão sob seu controle.

Bolsonaro conta com o Centrão para escapar e usa verbas da Saúde para comprar o apoio de deputados e senadores, como denunciou aqui antigo aliado de primeira hora de Bolsonaro, o senador Major Olimpio.[leia sobre isto aqui: Ex-aliado, senador Major Olímpio mostra planilha como prova de que Bolsonaro usa verba da COVID em troca de apoio político ]

Assista ao trecho do vídeo em que Bolsonaro diz que "Temer já roubou muitas coisas".

Se é assim, por que manda um ladrão para nos representar no Líbano?




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Mourão com uma Maquiadora

Como Temer com Dilma, Mourão se apresenta ao Mercado como opção confiável


Seguindo o caminho do corrupto Temer, que se assanhou e acabou virando presidente ao trair Dilma e apoiar seu impeachment, Mourão enviou em sua conta do Twitter uma mensagem aparentemente em apoio a Bolsonaro, mas endereçada ao Mercado, dizendo que ele apoia as medidas de Guedes de desmanche dos direitos dos trabalhadores.

Na mensagem, Mourão apoia a MP 927, especialmente o artigo que deixava trabalhadores em casa por quatro meses sem salários, que foi retirada no mesmo dia por Bolsonaro, pois a reação foi violenta demais.
O governo do Presidente @jairbolsonaro age decididamente em defesa do Brasil, com a MP 927 de 22/03/2020, para garantir os empregos dos trabalhadores brasileiros. #coronavirusnobrasil



Não pode haver recado mais claro para o Mercado, última instância que ainda apoia Bolsonaro (além dos eleitores ignorantes e dos robôs pagos), que deve ser entendido por: Mourão é Bolsonaro sem as loucuras (e os filhos - o de Mourão parece ter ficado satisfeito com um upgrade de cargo no BB) e ainda por cima é general.

Bolsonaro não tem mais a mínima condição de continuar à frente do país e vai cair por impeachment ou renúncia, breve.

Uns apostam no impeachment. Este blog na renúncia a la Jânio. Nos dois casos, Mourão assume. E já está se preparando para isso.

A não ser que o TSE solte a bomba que tem guardada, da eleição fraudada por Bolsonaro, com dinheiro de empresários e disparos ilegais de fake news, quando aí a chapa seria cassada. Mas dificilmente isso irá acontecer. Porque o Judiciário também faz parte do acerto.

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Habituada a atacar Lula e Dilma quando presidentes sem resposta, Globo erra com Bolsonaro como errou com Temer

Irmãos Marinho com frase que diz que Kamel está prestigiado

Dois erros grosseiros do jornalismo da Globo contra presidentes desmascarados em menos de 24 horas


Diz o ditado que o hábito do cachimbo deixa a boca torta.

A Globo cansou de publicar vazamentos, desde o chamado mensalão, com ataques a Lula e sua família, e depois à presidenta Dilma, recebendo de volta "respostas republicanas".

Contava também com o apoio dos outros veículos da mídia corporativa, todos contrários aos governos petistas.

A coisa mudou com Temer e Bolsonaro.
Quando o Jornal Nacional publicou o áudio vazado de uma conversa de Temer com o empresário Joesley, da JBS, a aposta geral era sobre quanto tempo Temer duraria no poder.

Só que no outro dia a Folha fez o que a Globo não teve o cuidado de fazer: submeteu o áudio a uma peritagem, que mostrou inconsistências e brechas no arquivo.

Com o recente caso do porteiro e o crime do assassinato de Marielle e Anderson, quem fez o trabalho que a Globo não fez foi um dos filhos do presidente, Carlos Bolsonaro, o Carlucho.

Carlos foi ao arquivo do condomínio e pegou os áudios da portaria do dia do crime, mostrando que o porteiro se enganou e, portanto, a matéria da Globo estava totalmente equivocada, não parava de pé.

Dois vexames mastodônticos para a equipe de Kamel, que deve a essa altura estar "prestigiado" entre os Marinho.

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Dilma critica jogo sujo da Lava Jato para influenciar seu impeachment

Temer com manchete do El País sobre Vaza Jato

Vaza Jato mostra que Lava Jato ignorou delação contra Temer para não prejudicar impeachment de Dilma


Nova reportagem da Vaza Jato, desta vez uma parceria do Intercept com o El País, mostra que procuradores da Lava Jato preferiram ignorar a delação de um empresário que ligava o à época vice-presidente Michel Temer a corrupção às vésperas da votação do impeachment de Dilma. O objetivo era não atrapalhar o processo, que acabou tirando Dilma da presidência e colocando o delatado por corrupção em seu lugar.

A presidenta escreveu sobre o assunto em seu site.
As novas revelações da Vaza Jato que vieram a público nesta sexta-feira, 18 de outubro, por intermédio do El País Brasil, em parceria com The Intercept Brasil, confirmam o caráter político e  persecutório dos procuradores da força-tarefa da Lava Jato no suposto combate à corrupção. A alegada “falta de interesse público”, que levou os integrantes da República de Curitiba a descartarem por conveniência política a colaboração de um delator, reforça a trama e desmascara o conluio de procuradores para interferir no cenário político nacional, corroborando o Golpe de Estado que me tirou da Presidência da República há três anos.
Pior, ao se recusarem sequer a apurar o caso, procuradores permitiram à ascensão ao poder de Michel Temer e da banda podre do PMDB – mesmo sob forte suspeita e indícios de corrupção que os assombravam. Aqueles que deveriam defender a lei manietaram uma denúncia que, em 2018, acabaria sendo aceita pela Justiça Federal do Rio.
Para espanto geral, sabemos agora que os integrantes do MPF esconderam da opinião pública informações que dificultariam o meu impeachment e jogariam luz na conspiração política que se desenhava no Congresso com apoio de setores da mídia nacional e de parte de empresários brasileiros.
Três anos depois do Golpe de 2016, que feriu a democracia e desprezou o voto de 54,5 milhões de brasileiros que me elegeram presidente em 2014, a verdade – mesmo a conta-gotas – insiste em vir à tona, desvelando o jogo sujo e mostrando o papel de agentes públicos na corrosão institucional que assola desde então o país.
Por ocasião do meu afastamento, em 1º de setembro de 2016, eu disse que a história seria implacável com os que se julgavam vencedores.
Agora, a porta da verdade está finalmente sendo aberta e a verdade emerge mostrando a colaboração promíscua entre a Lava Jato e suspeitos que ela deveria investigar.


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