Pergunta há uma semana sem resposta: presidente Jair Bolsonaro, por que sua esposa, Michelle, recebeu 89 mil de Fabrício Queiroz?



No domingo, 24, Jair Bolsonaro demonstrou sua contrariedade com uma pergunta de um repórter de O Globo que queria saber por que Michelle Bolsonaro havia recebido depósitos em conta, que totalizaram R$ 89 mil, de Queiroz e sua mulher Márcia.
“A vontade é encher tua boca com uma porrada, tá?”, disse o valentão, cercado por seguranças e admiradores.
Pior para ele. A ameaça covarde explodiu no Twitter e a resposta foi milionária.
Assim que a notícia com e a ameaça circulou, um movimento ganhou o Twitter: repetir a pergunta feita pelo profissional do Globo: “presidente Jair Bolsonaro, por que sua esposa, Michelle, recebeu 89.000 de Fabrício Queiroz?” Jornalistas, artistas e até políticos aderiram ao movimento. Do deputado Major Olímpio, ex aliado do presidente, a parlamentares do Partido Novo, até atrizes globais como Bruna Marchezine e Paolla de Oliveira. O tema foi parar nos assuntos mais comentados da rede e ganhou a adesão até em forma de desenho. A cartunista Laerte desenhou a pergunta que o mandatário não quis responder. Segundo Fabio Malini, pesquisador das mídias sociais, a pergunta foi repetida no Twitter a cada 40 segundos. Ao final, foram mais de 1 milhão mensagens com a mesma pergunta. [El País]
Como sempre acontece por aqui, do golpe (que hoje completa quatro anos) para cá, há uma acomodação entre a mídia corporativa e o governo Bolsonaro, como nunca aconteceu nos governos do PT, por exemplo, onde até uma simples tapioca era assunto diário em todas as mídias.

Ninguém mais toca no assunto, assim como sumiram Wassef, as acusações de interferência de Bolsonaro na PF do Rio, o laranjal sobre o ministro de Turismo Marcelo Álvaro Antonio, o gabinete de ódio montado na antessala de Bolsonaro no Palácio etc.

Mas a pergunta que não quer calar continua valendo: presidente Jair Bolsonaro, por que sua esposa, Michelle, recebeu 89 mil de Fabrício Queiroz?



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MP-RJ deve denunciar Flávio Bolsonaro por peculato e lavagem de dinheiro esta semana


É corrupção. Peculato é crime que consiste na subtração ou desvio, por abuso de confiança, de dinheiro público ou de coisa móvel apreciável, para proveito próprio ou alheio, por funcionário público que os administra ou guarda; abuso de confiança pública.

Não é outra coisa a chamada rachadinha, praticada por Flávio Bolsonaro e gerenciada por Fabrício Queiroz, e que envolve as esposas dos dois e a do presidente Jair Bolsonaro.

O Ministério Público do Rio de Janeiro corre contra o tempo e as manobras da família presidencial, que empurram o processo daqui para lá com o objetivo de que Flávio não seja condenado e a sujeira não alcance o patriarca Jair.
A denúncia deve ser apresentada ao próprio Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Rio, onde as investigações passaram a tramitar depois que a corte reconheceu que o senador tem direito a foro privilegiado.
O fato de a denúncia já ser apresentada pelos procuradores do Rio não encerra a discussão. Uma outra reclamação do MP-RJ contra o foro de Flávio Bolsonaro segue correndo no STF, ainda sem data para ser apreciada. [Mônica Bergamo, Folha]



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'Ser adotado como aliado por Bolsonaro é como ser adotado como marido pela deputada Flordelis' - Celso Rocha de Barros


Coluna de Celso Rocha de Barros hoje na Folha:

O presidente derrubou um governador?

Se o governador do Rio de Janeiro tiver caído por influência do presidente da República, a deterioração institucional brasileira deu um salto grande.
A decisão de afastar Witzel monocraticamente foi ilegal. Quem quiser saber por que, consulte o texto do professor Rafael Mafei Rabelo Queiroz, da Faculdade de Direito da USP, no site da revista Piauí. É possível que a decisão do ministro Benedito Gonçalves, do STJ, não tenha sido uma tentativa de conseguir uma vaga no Supremo.
Mas é curioso que tanta gente no mundo da Justiça esteja tomando decisões claramente ilegais —a libertação de Queiroz, o dossiê contra os antifascistas, a perseguição a Hélio Schwartsman, o afastamento de Witzel —que coincidem perfeitamente com os interesses de Jair Bolsonaro, justamente o sujeito que vai decidir quem fica com a vaga no STF.
O afastamento de Witzel não é conveniente para Bolsonaro apenas porque o governador fluminense havia se tornado rival do presidente da República. No final deste ano, seja lá quem for o governador do Rio vai escolher o novo procurador-geral do Estado.
Como já noticiou a Folha, Bolsonaro quer influir nessa escolha para que o novo nome seja sensível aos interesses de seu esquema de corrupção familiar.
A escolha terá que ser feita dentro da lista tríplice, mas nada impede que os bolsonaristas inventem um candidato até lá e trabalhem por ele.
Se a decisão do STJ for um sintoma de aparelhamento da Justiça por Bolsonaro, pense bem no tamanho do que estamos discutindo.
Volte mentalmente até o dia da promulgação da Constituição de 1988 e tente explicar para Ulysses Guimarães que, 30 anos depois, o governador do Rio será afastado por decisão de um único ministro do STJ, com forte suspeita de que a coisa toda foi uma armação para resolver uns problemas do presidente da República com a polícia.
Depois disso, peça para o Doutor Diretas tentar adivinhar se, em 2020, o documento que ele acabou de aprovar ainda está vigente.
Longe de mim botar a mão no fogo pela honestidade de Wilson Witzel. Ele foi eleito com o apoio de Jair Bolsonaro. Ao contrário da família Flordelis, a família Bolsonaro nunca precisou do Google para achar “gente da barra pesada”. No mesmo dia do afastamento de Witzel, aliás, rodou o Pastor Everaldo, velho chapa de Bolsonaro que o batizou “simbolicamente” nas águas do rio Jordão.
Foi tudo encenação: Bolsonaro continuou católico. Everaldo também teria sido um dos responsáveis pela aproximação de Bolsonaro com o liberalismo econômico, e esse batismo tampouco parece ter sido lá muito para valer.
Mas para lidar com as acusações contra Witzel já existia o processo de impeachment, este sim, claramente previsto na Constituição e já em curso no Rio de Janeiro. Qual a necessidade de uma decisão que coloca as instituições sob suspeita?
É muito grave, mas, ao que parece, ninguém se importa. Pelo contrário, parte do mundo político vem tentando se reaproximar de Bolsonaro.
O exemplo de Witzel deveria servir-lhes de aviso: ser adotado como aliado por Bolsonaro é como ser adotado como marido pela deputada Flordelis.
Mesmo depois das repetidas tentativas de envenenamento, o establishment brasileiro parece disposto a ir com Bolsonaro para a casa de swing.



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A Folha do 'Jair Rousseff', da 'ditabranda', dos carros a serviço da ditadura, em coluna de Janio de Freitas


Janio de Freitas comenta a Folha na própria Folha. Ele a conhece bem, pois pertenceu a seu Conselho Editorial até o ano passado.

A Folha no Erramos; editorial 'Jair Rousseff' trouxe de volta o tratamento de 'ditabranda'

O jornalismo das últimas décadas, entre nós, vem fechando olhos e ouvidos para o leitor, cada vez mais. Com a consequência automática de tiragens em permanente queda livre e apelo ilusório à soma das versões impressas e digital, para socorrer os slogans. Na própria soma, está uma prova do descaso, que lhe deu o preguiçoso nome de audiência, referente a nada mais do que audição, captação de sons.
Da parte dos leitores, os equívocos vêm, em grande parte, de insatisfações e indignações que se retroalimentam porque, aqui, o jornalismo não se ocupa da imprensa como notícia normal. Um caso exemplar se tornou, na Folha, tabu que assumo a responsabilidade de romper, como outros que este jornal no passado me permitiu desrespeitar.
Trata-se do empréstimo, não sei se apenas episódico, de veículos da Folha à repressão na ditadura. Desde a redemocratização, essa colaboração substantiva e indigna é uma tinta pegajosa e indelével lançada contra a Folha, com justos motivos. Como sentença moral restaurada a cada atitude reprovável por determinados segmentos leitores.
À Folha não falta soberba, mas não vem daí a falta de explicação satisfatória para o erro. A impessoalidade do jornal e o seu silêncio levaram o ônus aos dois controladores da empresa, Octavio Frias e Carlos Caldeira Filho.
O primeiro, incumbindo-se sobretudo da atividade editorial; o outro, voltado mais para setores administrativos. A Caldeira credita-se a criação e comando de um modelar serviço de transporte e entrega de jornais, incomparável na imprensa brasileira da época, pela modernidade e dimensão da frota. Da qual saíram os veículos para o serviço sórdido.
Nunca ouvi que alguma vez Caldeira tenha clareado o ocorrido. Frias, muito menos. Mais onerado do que o sócio, dada a maior notoriedade da condução editorial, em 1993 a morte de Caldeira tornou Frias o alvo único. Um equívoco, além de intocado, ampliado. Não tem por que permanecer.
Da ditadura ainda tão presente ao presente ameaçado de sua volta: o editorial “Jair Rousseff”, no sábado (22), trouxe de volta a muitos leitores o tratamento de “ditabranda” certa vez aplicado, também em editorial, aos anos de tortura e assassinato nos quartéis.
Deste erro afrontoso adveio outro equívoco traumatizante nas relações entre o jornal e imensa parte da então centenas de milhares de leitores. Difundiu-se que Otavio Frias Filho, já diretor de Redação, foi o autor do editorial. Ou, em versão mais arriscada, quem determinou o uso do termo.
O que houve não era novidade, um editorialista revestindo com a autoridade do jornal o que, pode-se presumir por outros motivos, era ou é um conceito seu. Do jornal que publicara, e continuou publicando, tantas revelações de crimes de militares e da ditadura em geral, é que tal conceito não era.
A exemplo de Octavio pai, Otavio Filho guardou silêncio a respeito do editorial. Não há dúvida de que a imputação incabível o feriu. E acirrou indisposições suas com algumas figuras públicas e com posições à esquerda. Equívoco contra equívoco. Injustiça contra injustiça.
Para o bem e para o mal, com segurança do ato ou não, é incomum jornalistas ultrapassarem as reais ou presumidas opiniões e posições desejadas para o jornal, a TV e o rádio pelas respectivas cúpulas. Mas há transgressões e transgressões.
Sou, por exemplo, uma prova (ainda) viva, entre muitas, de que censura é inconciliável com os cânones da Folha. Já foi observado por inúmeros leitores, no entanto, que determinados comentaristas não são chamados à Primeira Página, ou o são rarissimamente. Embora possam ter frequente presença entre os mais lidos, no jornal e na internet.
Entre estes autores, em comum, a crítica ao conservadorismo, ao neoliberalismo, às fraquezas morais e à política no Judiciário e no Ministério Público, matéria-prima dos admirados comentários de Conrado Hübner Mendes e Celso Rocha de Barros. A discriminação é censura. É, no caso, autoritarismo clandestino, porque imposto onde é repudiado por princípio. Perde o jornal.
A procedência do editorial “Jair Rousseff” pode ter sido, também, o abuso de função. Como pode ter sido um aprofundamento, no pior rumo, da queda de asa para a direita introduzida ainda por Otavio Frias Filho. Se a Folha não esclarecer, o tempo, e não muito, o fará. Seja como for, não é, não pode ser próprio de um jornal, e deste nem como hipótese, o presente de maquiar a miséria humana de Bolsonaro juntando-lhe o nome ao de uma vida de dignidade que ninguém pôde atingir —Dilma Rousseff.
Por isso, peço licença a Cristina Serra para subscrever o bravo e brilhante artigo em que situa Dilma, Bolsonaro e o editorial nos termos justos e merecidos. Estendo o pedido a Conrado Hübner Mendes e a Nelson Barbosa, que apontou as imprecisões do editorial para servir ao seu título. Assim como o editorial será, são artigos para a história. Aos quais se junta a excelente carta da própria Dilma Rousseff à Folha.
Mas não se pode ignorar —nem entender, creio— o que se passa para que seja o mesmo jornal no erro ignominioso daquele título e na ética impecável da publicação, em suas íntegras, dos artigos de reprovação enérgica e sem concessão.


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Domingo com Poesia: Utopia, de Wislawa Szymborska



A Prêmio Nobel de Literatura Wislawa Szymborska [imagem] vive sendo publicada aqui no Blog. Leia e veja o porquê.

Utopia



Ilha onde tudo se esclarece.

Aqui se pode pisar no sólido solo das provas.

Não há estradas senão as de chegada.

Os arbustos até vergam sob o peso das respostas.

Cresce aqui a árvore da Suposição Justa
de galhos desenredados desde antanho.

A árvore do Entendimento, fascinantemente simples
junto à fonte que se chama Ah, Então É Isso.

Quanto mais denso o bosque, mais larga a vista
do Vale da Evidência.

Se há alguma dúvida, o vento a dispersa.

O eco toma a palavra sem ser chamado
e de bom grado desvenda os segredos dos mundos.

Do lado direito uma caverna onde mora o sentido.

Do lado esquerdo o lago da Convicção Profunda.
A verdade surge do fundo e suave vem à tona.

Domina o vale a Inabalável Certeza.
Do seu cume se descortina a Essência das Coisas.

Apesar dos encantos a ilha é deserta
e as pegadas miúdas vistas ao longo das praias
se voltam sem exceção para o mar.

Como se daqui só se saísse
e sem voltar se submergisse nas profundezas.

Na vida imponderável.

Filhos da época



Somos filhos da época
e a época é política.

Todas as tuas, nossas, vossas coisas
diurnas e noturnas,
são coisas políticas.

Querendo ou não querendo,
teus genes têm um passado político,
tua pele, um matiz político,
teus olhos, um aspecto político.

O que você diz tem ressonância,
o que silencia tem um eco
de um jeito ou de outro político.

Até caminhando e cantando a canção
você dá passos políticos
sobre um solo político.

Versos apolíticos também são políticos,
e no alto a lua ilumina
com um brilho já pouco lunar.
Ser ou não ser, eis a questão.

Qual questão, me dirão.
Uma questão política.

Não precisa nem mesmo ser gente
para ter significado político.
Basta ser petróleo bruto,
ração concentrada ou matéria reciclável.
Ou mesa de conferência cuja forma
se discutia por meses a fio:
deve-se arbitrar sobre a vida e a morte
numa mesa redonda ou quadrada.

Enquanto isso matavam-se os homens,
morriam os animais,
ardiam as casas,
ficavam ermos os campos,
como em épocas passadas
e menos políticas.



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'Nazistas, assassinos, abusadores de crianças, corruptos, delinquentes e milicianos estão no poder, hoje, no Brasil'


Texto do escritor e roteirista Antonio Prata publicado na Folha:
A cantora, deputada e pastora evangélica Flordelis não podia se separar do filho adotivo com quem havia se casado —ex-marido de uma de suas filhas também adotadas— porque um divórcio escandalizaria a Deus: então, obviamente, decidiu matá-lo. Com a ajuda dos filhos, claro. Essa lógica tão cristalina quanto um bloco de granito é um resumo perfeito do bolsonarismo.
Nas eleições de 2018, Bolsonaro se apresentou como anti-establishment e antipolítico, embora tivesse passado as últimas três décadas bundando na Câmara dos Deputados. Durante os anos em que bundou em Brasília, Bolsonaro mantinha um apartamento funcional, pago por nós, embora contasse com um imóvel próprio. Quando questionado, disse que o apartamento funcional, pago por nós, era “pra comer gente”. E quem mama nas tetas do Estado, segundo ele e seu asseclas, é o coreógrafo, o ator de teatro, o aluno cotista, o pesquisador da Capes, do CNPq que contam, ou, em grande parte, contavam, com incentivos estatais.
Este velho político que usava o nosso dinheiro “pra comer gente”, que está no terceiro casamento, que elogia publicamente o músico espancador da namorada, coloca-se como “defensor da família”. É uma defesa da família bem parecida com a da deputada Flordelis. Um duplo twist carpado na lógica já torta do Maluf, “estupra, mas não mata”: é o “mata, mas não desquita”.
Os cruzados da família não vão atrás do tio pedófilo que violentava a criança dos seis aos dez anos, vão atrás é da menina no hospital para fazer um aborto legal depois de ser engravidada pelo estuprador. A criança teve que entrar no hospital dentro do porta-malas de um carro, enquanto os defensores da família gritavam “assassina!”. A neonazista Sara Winter (leiam o perfil na última Piauí) divulgou os dados da criança em suas redes, de forma a garantir que ela siga sendo para sempre abusada, agora não mais pelo tio, mas por todos os cidadãos e cidadãs “de bem”.
“Brasil acima de tudo, Deus acima de todos." Quando eu ouvi pela primeira vez o slogan inconstitucional com que Bolsonaro batizou nosso Estado laico, lamentei profundamente. Hoje em dia, diante da demolição moral, institucional, ambiental, enfim, da implosão civilizacional a que estamos assistindo, lamento profundamente é que não tenhamos no lugar deste herege um presidente “profundamente evangélico”.
Ao contrário do presidente, que não leu sequer a bula da cloroquina, li a Bíblia de cabo a rabo. Não encontrei nos Evangelhos um versículo sequer que justifique ter como braço direito da família um miliciano assassino suspeito de organizar rachadinhas no gabinete do filho e repassar dinheiro para a mulher do pai. Tampouco encontrei nos Evangelhos —o Velho Testamento é outra coisa, ali El Shadai bota pra quebrar— nada que embase o extermínio de 30 mil ímpios. Porrada na boca. Rato na vagina. (Uma tara do ídolo do Bolsonaro, Brilhante Ustra). Jesus fez-se conhecido principalmente por curar doentes. Não por dar as costas a leprosos dizendo que era “só uma micosezinha” e deixar morrer 120 mil em poucos meses.
Jesus sacrificou-se para salvar a humanidade. Bolsonaro sacrifica a humanidade para salvar o próprio rabo. Não é um bundão, é um serial killer. Quando a crise econômica bater feio, ele dirá como Pôncio Pilatos, algoz de Cristo: “Lavo minhas mãos”. As mãos de Pilatos estão sujas até hoje, 2020 anos depois.
Nazistas, assassinos, abusadores de crianças, corruptos, delinquentes e milicianos estão no poder, hoje, no Brasil, em nome da família, de Deus e da liberdade. Amém.



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Domingo com Música: Femke Smit, 'Papel Machê', de João Bosco e Capinam


Recebi esta indicação sensacional de meu amigo, o músico, maestro e compositor Wilson Nunes e divido essa cantora com vocês.

Holandesa, mas com uma pronúncia quase sem sotaque algum do português, e uma voz de timbre maravilhoso. Confiram a apresentação que Wilson faz dela e em seguida a voz,

Esta é a Femke Smit, cantora holandesa, com quem toquei no Rio, no final do ano passado. É apaixonada por nossa música, e uma dedicada conhecedora dela. Sabe tudo, das coisas mais antigas, Ary Barroso, Jacó do Bandolim, Pixinguinha, etc, etc, ao Samba Canção, Bossa, MPB e o que está rolando atualmente. Sua pretensão profissional é ser cantora de música brasileira, principalmente Samba, na Europa. E não está sozinha. Nossa música tem muito prestígio por lá. Gravação recente, feita em Amsterdã.




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Juiz determina que GGN, de Luis Nassif, tire do ar matérias que denunciam possíveis jogadas do BTG Pactual, fundado por Guedes


É censura, quando teoricamente já não há mais censura no Brasil.

Por determinação judicial, o jornalista Luis Nassif teve que retirar de seu Portal GGN onze matérias que apontavam possíveis irregularidades em transações com o banco BTG Pactual, fundado pelo atual ministro da Economia, Paulo Guedes.

Uma das matérias tratava da estranha aquisição pelo BTG de uma carteira do Banco do Brasil  que valeria R$ 3 bilhões por apenas R$ 300 milhões, um décimo do valor estimado.

Curiosamente, pouco após a transação o presidente do BB pediu demissão, alegando não se adaptar às pressões e jogadas de Brasília.

Nassif escreveu hoje no GGN mostrando que essas transações são feitas não apenas pelo BTG Pactual, mas envolve outros grupos, através da aquisição de bancos de dados públicos.

Confira a matéria completa do Nassif no GGN clicando aqui, que deve ser prestigiado em protesto contra a censura.




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Sábado com Cinema: 'O Evangelho Segundo São Mateus', de Pier Paolo Pasolini. Grátis, na íntegra


Nestes tempos de hipocrisia, com falsos profetas, pastores mercenários, religiosos vigaristas, nada como um bando de religiosidade com profundo senso de humanidade, como no Evangelho de Pasolini.

Na íntegra e com legenda em português.




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Suplente de Flávio Bolsonaro e amigo de Queiroz recebia R$ 150 mil por mês do esquema de corrupção no Rio


A serem verdadeiras as acusações, o segundo suplente do senador Flávio Bolsonaro, Leonardo Rodrigues, indicado por Fabricio Queiroz, recebia mensalmente R$ 150 mil da quadrilha que se apossou do Rio de Janeiro.

O valor é duas vezes e meia o que é atribuído ao governador afastado Wilson Witzel, que receberia em torno de R$ 60 mil mensais, via escritório de advocacia de sua mulher.
O secretário de Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro, Leonardo Rodrigues, é investigado sob suspeita de receber uma mesada de R$ 150 mil de um dos supostos coordenadores do esquema de corrupção na gestão do governador afastado Wilson Witzel (PSC).
A informação sobre os pagamentos chegou aos investigadores por meio do ex-secretário de Saúde Edmar Santos, que se tornou delator. Um relatório produzido pelo Coaf, órgão de inteligência financeira, apontou indícios que, para investigadores, corroboram a versão do colaborador. [Folha]
É incrível como a família Bolsonaro é "azarada".

Tem corrupção, tem assassinato (como o de Marielle), há algum amigo, vizinho, funcionário, parente da família envolvido.

Sabemos que tudo é pura coincidência...

Ou não?




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Haddad: Bolsonaro não combate o racismo, mas o antirracismo


Artigo de Fernando Haddad na Folha hoje:

Antirracismo


Sabemos que, ainda hoje, há uma prática no Brasil de simplesmente negar o racismo. Todo aquele discurso eugênico de embranquecer o país, que prevaleceu até os anos 1930, deu lugar à ideia de democracia racial, supostamente evidenciada pela miscigenação.
Anos antes da Abolição, foi aprovada a Lei Saraiva (1881), que negava aos analfabetos o direito de votar. Na virada do século 19, os alfabetizados representavam 15% da população. Entre os negros, esse número, considerados censos latino-americanos com recorte racial (Cuba e Porto Rico), devia girar em torno de 2%.
Essa realidade só veio mudar com o fim da ditatura militar, cem anos depois, em 1985, quando a taxa de analfabetismo no Brasil ainda era de 22%. A de negros, de cerca de 36%. O povo passou a votar.
A luta pela universalização do direito à educação ganhou impulso. E logo os negros bateram à porta da universidade, que permanecia fechada. Vieram o Prouni (2004), o Reuni (2007), o Enem/SiSu (2009) e as cotas (2012), que a abriram.
Depois de muita pressão social, a questão do racismo foi assumida e, por meio de políticas afirmativas, iniciou-se um processo de reparação histórica.
Houve novos incidentes racistas nesta semana nos EUA. Depois de George Floyd, outro negro, Jacob Blake, foi vítima de violência policial. Os policiais americanos, acusados de racismo, defendem-se como podem. No primeiro caso, em que Floyd teve o pescoço pressionado contra o asfalto por nove minutos, alegam suicídio por overdose. No segundo, em que Blake foi alvejado sete vezes pelas costas, dizem que a vítima tentou pegar uma faca no carro.
As reveladoras cenas, que acontecem rotineiramente no Brasil, transformaram cidades americanas em praças de guerra. O movimento americano Vidas Negras Importam vem ganhando apoio no mundo, inclusive aqui.
O clã governamental, por meio do filho "diplomata", resolveu tomar partido. Eduardo Bolsonaro foi às redes sociais, no que foi seguido por "jornalistas chapa-branca", para se insurgir contra o movimento antirracista.
O caso do dossiê do Ministério da Justiça dá uma pista do que está em curso. O governo decidiu fichar e monitorar professores e policiais antifascistas. Se numa democracia plena eles seriam dignos de homenagem, aqui estes profissionais sofrem uma ação antiantifascista por parte do governo, refreada pelo STF.
Alinhado a isso, Bolsonaro inaugura um novo modo de lidar com o racismo. Ele não o nega, faz mais: condena o antirracismo. Onde isso vai dar?
A pregação antiantirracista pode acirrar os ânimos ou reacomodar um dos traços mais característicos da nossa infeliz formação nacional.



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Por que afastamento do cargo vale para Witzel e não para os Bolsonaro?


Um ministro do STJ decidiu sozinho, monocraticamente como se diz, pelo afastamento do governador eleito, frise-se, do Rio, Wilson Witzel.

Witzel até o momento é só acusado, não foi julgado nem declarado culpado ou teve seu impeachment aprovado pela Assembleia do Rio.

Como um juiz sozinho tem o poder de passar por cima disso tudo e afastá-lo é algo totalmente absurdo. 

Pelo que foi divulgado até o momento, a acusação contra Witzel se baseia numa série de pagamentos mensais ao escritório de advocacia de sua mulher.

Os valores pagos por quatro empresas somavam em torno de R$ 60 mil. Um rachuncho de R$ 15 mil para cada uma por mês, o que não me parece fora do padrão para escritórios de advocacia.

Mas, por que o que vale para Witzel não vale para os Bolsonaro?

Jair e Flávio estão enrolados até o pescoço com a corrupção gerenciada por Queiroz, chamada de rachadinha.

Como a mulher de Witzel, as de Jair e Flávio receberam dinheiro do esquema. A de Witzel tem ao menos a desculpa de que o dinheiro era por seus serviços de advocacia.

E as mulheres de Flávio e Jair?

Aliás, presidente Bolsonaro, por que sua mulher Michelle recebeu R$ 89 mil de Fabrício Queiroz?

Por que o afastamento não vale para os Bolsonaro como valeu para Witzel?



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Bancos sobem juros do cartão de crédito para 150 vezes o valor da Selic


Não é à toa que os bancos brasileiros estão entre os mais lucrativos do planeta. Aqui, eles sugam o sangue do brasileiro impunemente.

Nesta sexta, o Banco Central anunciou que o crédito rotativo do cartão de crédito subiu de 302,6% em junho para 312% ao ano em julho.

É bom lembrar que a Selic atualmente é de 2% ao ano. Não, você não leu errado. A Selic é de 2% mas eles cobram 312%, 150 vezes a mais por mês.

E cobram de quem? De quem já está ferrado. Porque o crédito rotativo do cartão de crédito é usado apenas por quem não tem condições de pagar o total do mês.

Como ou paga ou fica com o nome sujo, o banco vai na jugular do cliente.

"O que é o assalto a um banco comparado à fundação de um banco?", perguntou-se o dramaturgo e poeta Bertolt Brecht.

Pior é que ainda fazem engenharia fiscal para pagar menos impostos, como o Itaú, que deu calote bilionário na prefeitura de São Paulo, segundo CPI da Sonegação e Secretaria de Fazenda de lá.

Leia esta publicação aqui do Blog do Mello de 9 de dezembro do ano passado:

Sonegação do Itaú. Denúncia não é apenas da CPI. Secretaria de Fazenda de SP aponta sonegação de R$ 3,8 bilhões



Relatório da Secretaria Municipal de Fazenda de SP aponta sonegação bilionária do Itaú


Embora advogados do Itaú digam que está tudo bem, não há sonegação alguma, a realidade mostrada no relatório final da CPI da Sonegação Tributária e também destacada por outro entregue à CPI pela Secretaria Municipal de Fazenda é bem diferente.
A Secretaria da Fazenda do Município de São Paulo informou em documento endereçado à CPI da Sonegação Tributária, da Câmara municipal da capital paulista, que o Banco Itaucard e o Banco Itauleasing simularam estabelecimento em Poá – município da região Leste da Grande São Paulo – e, assim, sonegaram o Imposto Sobre Serviços (ISS).
O valor da autuação que os bancos devem aos cofres municipais é de R$ 3,798 bilhões, e representa o imposto devido entre janeiro de 2014 a dezembro de 2018, acrescido de multa. A operação fiscal com relação às duas instituições está em fase de conclusão. [Estadão]
O relatório da CPI mostra que o Itaú afirma ter realizado várias Assembleias em Poá, com diretores que confessaram à CPI nunca ter posto os pés naquele município.

Trecho de depoimento de Valeria Lopes Reisner, retirado do relatório final da CPI:
P –Onde fica a Itaucard?
R -A Itaucard? Fica em Poá.
P –Em Poá?
R -Eu entendo que sim.
P -A senhora sabe o endereço?
R –Não, eu não tenho essa informação.
P –Porque a senhora, inclusive, consta como responsável do CNPJ, do quadro de sócios e administradores, a senhora consta como sócia ou administradora desse banco. E a senhora não sabe o endereço, aonde fica?
R –Não, eu não tenho essa informação.
P -Ah, tá. A senhora sabe me dizer quantos funcionários tem o Itauleasing?
R -Não.
P -Também não? A senhora saberia me dizer quantos funcionários tem no Itaucard?
R –Não, não tenho essa informação também.
P –A senhora já foi lá em Poá?
R –Nunca.
P -Nunca foi?
R –Nem profissionalmente nem em outras situações, eu não conheço.
Depoimento de Gilberto Frussa, retirado do relatório final da CPI:
Bom,  meu  nome  é  Gilberto  Frussa,  eu  sou administrador  de várias  empresas  do  grupo  Itaú.  Minha  responsabilidade  básica  é por  questões  envolvendo  interface  com  reguladores.  Então,  minha  área  é  ponto focal  para  a  interface  com  o  Banco  Central,  CBM,  Susep,  e  também  parte  disso suitability,  que  é  enfim  adequação  dos produtos  que  o  banco  oferece  para  seus clientes para o perfil específico daquele cliente, e por fim, também sou responsável por política de relacionamento com clientes que é uma regra relativamente recente, que  surgiu  no  Banco  Central,  onde  o  banco  tem  que ter  padrões  específicos  de como interagir com seus clientes. Então,  tudo  visando  mais  qualidade,  transparência  do  banco  com  seus  clientes. Essas  três  atividades  demandam,  por  exigência  do  Banco  Central,  que  qualquer instituição  financeira,  assim  como  explicação  que  a  Vanessa  deu  no  início  da sessão, você tem de ter nas instituições financeiras do grupo pessoas responsáveis por determinadas atividades e eu sou o responsável por essas três atividades em, hoje, 20 instituições financeiras do grupo. Dentre elas, o Banco Itaucard. Mas, já adiantando, enfim, trabalho em São Paulo, moro em São Paulo, trabalho no Jabaquara.  Não  visitei  Poá,  assim  como  não  visitei,  acho  que  grande  parte  ou  a quase  totalidade  das  quatro  mil  agências  que  o  banco  tem.  O  Banco  é  muito grande,  têm  vários  polos  administrativos,  têm  polos,  têm  agências,  enfim,  vários prédios pelo Brasil todo. Então, só para dar um pouco do contexto de que faço essa atividade transversal, mas não sou o responsável pela operação de leasing que eu entendo ser o objeto da Comissão Parlamentar de Inquérito aqui.
P –Okay, então o senhor nunca esteve lá em Poá?
R -Nunca estive em Poá.



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Hipócrita, Dallagnol atacou prescrição de crimes dos outros, mas aceita para os seus


A melhor maneira de denunciar um hipócrita é mostrar como ele se comporta diante dos mesmos fatos, quando ele está ou não envolvido no caso.

Repare no vídeo abaixo, o que Dallagnol, o procurador de deus da Lava Jato, pensa sobre a prescrição de crimes, quando, por ter ultrapassado o tempo previsto em lei, um crime deixa de ser crime, embora seja.

Ele é totalmente contra. Diz que é "um atestado de boa conduta para o criminoso, como se o crime não tivesse acontecido".

Pois foi o que ocorreu no caso do julgamento de Dallagnol no Conselho Nacional do Ministério Público por sua conduta no famoso episódio do Power Point contra Lula, sem nenhuma prova, "mas com convicção", como ele mesmo afirmou na época.

O caso estava para ser julgado desde 2018, mas foi adiado por 42 vezes, e quando foi julgado agora foi arquivado, por prescrição.

Não se ouviu uma palavra de Dallagnol criticando a decisão do CNMP...

Assista ao vídeo:





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'Gripezinha' de Bolsonaro, COVID provoca cancelamento do desfile das Escolas de Samba do Rio em 2021


A famosa "gripezinha" de Bolsonaro, que ira matar no máximo umas 800 pessoas (o que já seria muito) e que atingiu ontem 24 milhões de infectados e 826 mil mortos no mundo, sendo 3,7 milhões de infectados e 117 mil mortos no Brasil, a COVID-19 já causa estragos no ano que vem: não teremos o desfile das Escolas de Samba do Rio em 2021, quebrando uma tradição de desfile anual que vem desde 1932.

Ainda não é oficial, mas a informação será divulgada no final de setembro, segundo a coluna do Ancelmo, em O Globo.
A falta de segurança sanitária impede a venda de ingressos — principal receita da festa —, sem falar que não haverá tempo hábil, até o carnaval, para comprar os materiais necessários à confecção de alegorias e fantasias.
Além da beleza da festa cancelada, restará o problema dos milhares de trabalhadores diretamente envolvidos na produção do espetáculo que ficarão sem trabalho e renda, o turismo etc.
Os queridos Quitéria sempre ela Chagas e Milton sempre ele Cunha estão 'a frente do movimento #Não é só Folia. Mais uma ação voltada para ajudar os trabalhadores dos barracões das escolas de samba, que, por causa da pandemia e da indefinição sobre o desfile de 2021, passam por sérias dificuldades financeiras.
Além do caráter humanitário, a ideia é mostrar que esses trabalhadores da cultura popular merecem o respeito (ouviu Crivella!) da sociedade. Afinal, não é só folia. [Ancelmo, O Globo]
A cidade e o Brasil perdem. Mas, o Crivella... Ele odeia Carnaval. Aliás, ano que vem, ele não vai ser mais prefeito, se votarmos certo.



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Bolsonaro pode acabar com Tarifa Social de Energia, que atende famílias pobres, idosos, portadores de deficiência e indígenas


Como já escrevi aqui ontem sobre o Farmácia Popular, que Bolsonaro deve extinguir, a Tarifa Social de Energia Elétrica vai pelo mesmo caminho. Bolsonaro deve acabar com o Programa para levar o dinheiro para o Renda Brasil, novo programa do governo que vai dar uma renda mensal a famílias pobres.

O problema é que o Renda Brasil está sendo criado em cima da destruição dos programas já existentes. É, como eu disse antes, tirar dinheiro do bolso do pobre com uma das mãos e colocar no outro bolso um valor menor com a outra.

Porque com o dinheiro que vier a receber com o novo programa de Bolsonaro, o idoso que tinha tarifa social de energia e que pegava seus remédios de graça na Farmácia Popular vai ter que pagar por eles.

Em vez de tirar dinheiro dos lucros bilionários dos bancos, dos lucros e bônus isentos dos milionários, que não pagam impostos na aquisição de jatos, helicópteros, lanchas, etc., Bolsonaro vai tirar do pobre para "dar" ao pobre.

Este é o público alvo da Tarifa Social de Energia Elétrica, que Bolsonaro quer cortar:

Quem tem direito?

Para ter direito ao benefício da Tarifa Social de Energia Elétrica (TSEE), deve ser satisfeito um dos seguintes requisitos:
  • Família inscrita no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal – Cadastro Único, com renda familiar mensal per capita menor ou igual a meio salário mínimo nacional; ou  
  • Idosos com 65 (sessenta e cinco) anos ou mais ou pessoas com deficiência, que recebam o Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social – BPC, nos termos dos arts. 20 e 21 da Lei nº 8.742, de 7 de dezembro de 1993; ou  
  • Família inscrita no Cadastro Único com renda mensal de até 3 (três) salários mínimos, que tenha portador de doença ou deficiência (física, motora, auditiva, visual, intelectual e múltipla) cujo tratamento, procedimento médico ou terapêutico requeira o uso continuado de aparelhos, equipamentos ou instrumentos que, para o seu funcionamento, demandem consumo de energia elétrica. [Fonte: Aneel]

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Não é de agora que Moro é mau juiz. STF anula sentença dele da década de 90 por 'quebra de imparcialidade'


Embora ainda seja o queridinho da mídia corporativa e principal candidato da Globo às eleições presidenciais de 2022, o "herói da Lava Jato" sempre foi parcial em suas decisões, como mostra recente decisão do STF que anulou uma sentença do juiz da década de 90, do famoso caso Banestado.
A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta terça-feira (25) anular uma sentença proferida pelo ex-juiz e ex-ministro da Justiça, Sergio Moro, no caso Banestado, esquema de corrupção ocorrido na década de 1990. 
A decisão ocorreu porque o colegiado entendeu que houve quebra de imparcialidade de Moro ao julgar um recurso do doleiro Paulo Roberto Krug. 
Segundo os ministros, o ex-juiz agiu de forma irregular ao colher depoimentos durante a verificação da delação premiada de Alberto Youssef, e ao juntar documentos aos autos depois das alegações finais da defesa. As informações foram publicadas pelo portal G1.
Anexar documentos após as alegações finais da defesa foi o que Moro fez também em relação ao ex-presidente Lula. Por isso, a defesa de Lula pediu a anulação do processo e ela deve ser atendida pelo STF como aconteceu com essa do caso Banestado.



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