Árvore de Natal da Lagoa, versão 2007



Hoje pela manhã eu estava passeando com minha filha, quando reparei que a árvore já havia sido trazida aqui para perto de minha casa, no canto do Corte de Cantagalo, na Lagoa. Eu estava com a câmera e resolvi gravar para dividir com vocês, não somente a vista da árvore, mas seu entorno. Um dia antes da inauguração oficial, a árvore de Natal como poucas vezes é vista: durante o dia, sem os efeitos de luz.

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O tamanho da cara de pau do laboratório Schering do Brasil

Em 1998, o contraceptivo Microvlar estava no mercado, supostamente oferecendo proteção para mulheres que não queriam engravidar. Só que várias delas engravidaram. Constatou-se, então, que os comprimidos eram feitos de farinha, no caso que ficou conhecido como as “pílulas de farinha”.

A desculpa do laboratório Schering do Brasil, que produzia o Microvilar, foi sensacional. Alegou que as pílulas foram produzidas assim, porque foram fabricadas apenas para testar uma nova máquina da linha de produção. Foram embaladas, seladas e postas à venda nos balcões das farmácias por engano...

No total foram 600 mil comprimidos-engano. Pelo menos esse é o número dado a conhecer. Se não houver novo engano.

O estado de São Paulo e o Procon ajuizaram ação contra o laboratório. Em sua defesa, o Schering do Brasil usou a desculpa do teste do equipamento e teve a cara de pau de dizer que os prejuízos causados (as mulheres que não queriam engravidar, mas engravidaram) constituíram sentimentos positivos, pois geraram "novas vidas". Esses advogados são criativos, não?

Felizmente os juízes não caíram nessa e o laboratório foi condenado a pagar R$ 1 milhão por danos morais. (leia mais aqui)

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O transformista e os deputados em São Paulo

Há mais de um mês a Assembléia Legislativa de São Paulo discute a performance de um transformista naquela Casa.
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Oh, Ana Júlia...

A governadora do Pará, a petista Ana Júlia Carepa, não está entendendo nada. O que ela deveria ter feito – demitido o delegado que disse que a jovem que foi servida em rodízio na cadeia tinha problemas mentais – ela não fez. Deixou que o delegado se demitisse, perdeu a oportunidade da iniciativa, não fez valer sua autoridade.

Agora a esse erro a governadora soma um outro. Mandou demolir a carceragem de Abaetetuba, onde tudo aconteceu. Está errada de novo, governadora. Não é pra demolir a que tem, mas para construir outra, onde as mulheres que cometam delitos possam ficar separadas dos homens.

Ana Júlia assumiu o governo este ano e não pode ser responsabilizada pela situação caótica em que se encontram as delegacias do Pará (não só as do Pará, que se diga). Mas é responsável pelo que faz, ou deixa de fazer, quando toma conhecimento dessa realidade. E aí faltou à governadora uma atitude firme, que mostrasse à polícia que ela não permite, não tolera e não vai admitir que o ocorrido com a jovem se repita.

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Na Bolívia, encontro marcado entre a fome e a vontade de comer

Do Portal Terra:

Os líderes da rica região boliviana de Santa Cruz convocaram nesta quarta-feira o resto do país a iniciar "uma greve de fome geral e indefinida" a partir de segunda-feira para protestar contra o presidente Evo Morales.

Felizes dos que podem se dar ao luxo de marcar dia e hora em que terão fome.

O Blog do Mello sugere ao presidente Evo Morales que mande ao encontro dos que convocam para a greve de fome todos os que querem acabar com ela.

Talvez com esse fantástico encontro entre a fome e a vontade de comer o mundo entenda o que está acontecendo na Bolívia.

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CNN mata Chávez e depois pergunta quem foi

Durante transmissão na noite de ontem na Venezuela, o canal americano CNN exibiu a tela da TV dividida, como mostra a imagem em anexo: do lado direito, o presidente da Colômbia, Álvaro Uribe. Do lado esquerdo, o presidente venezuelano Hugo Chávez, com uma estranha faixa sob sua imagem perguntando “¿Quién lo mató?” (Quem o matou?).

Chávez, que está vivinho da Silva, ficou uma fera com a emissora e a acusa de magnicídio (incentivo ao assassinato de pessoa eminente).

A emissora, segundo a BBC Brasil, diz que lamenta o episódio, mas que houve apenas um engano. A reportagem seria sobre a morte do astro de futebol americano Sean Taylor. Teria sido, apenas, uma infeliz coincidência, um erro do operador.

E você, meu caro leitor, o que acha?

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Cigarro ou Champix: Morte lenta ou morte rápida?

Segundo reportagem da BBC, 839 pessoas que trocaram o cigarro pelo Champix, do laboratório Pfizer, reclamaram de efeitos colaterais do remédio, que incluem pensamentos suicidas.

Têm toda razão. Afinal, por que trocar a morte certa (mas qual não é?), mas lenta, causada pelo hábito de fumar (eu fumava três maços por dia e parei num estalo há mais de dez anos) pela morte rápida a que pensamentos suicidas podem levar?

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Para quem ainda não entendeu que a imprensa trabalha contra o governo Lula

A notícia é que, pela primeira vez na história, o Brasil sobe de patamar e passa para o primeiro grupo, entre os países com maior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), graças, principalmente – como frisa a ONU – ao programa Bolsa Família.

Manchete de O Globo:

- Na ‘lanterna’ da elite mundial

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Corre risco o ‘Si’ na Venezuela

Ontem, a ex-mulher de Chávez deu declarações à imprensa, falando mal do ex-marido e ainda pior da reforma constitucional.

Nas ruas, e em pequenos spots de rádio e TV, a oposição lança boatos de que com a reforma acaba a propriedade privada e o governo vai ser dono de todos os lares e negócios na Venezuela. É mentira, mas isso apavora a classe média e os pequenos proprietários.

Tudo isso é muito parecido com a reta final da campanha de Collor contra Lula, em 1989.

No último debate, Collor disse que Lula se fazia de pobre, mas possuía um 3 em 1 de marajá. (Parêntesis: "Marajá" era como Collor chamava funcionários públicos com altos salários. 3 em 1 era um aparelho que reunia rádio – AM e FM – um gravador cassete e um toca-discos. Disco era uma coisa preta com um buraco no meio, que tocava música, como os CDs e MP3 players de hoje. Fecho parêntesis). Collor aproveitou-se também de uma declaração de Lula, para dizer que este tinha preconceito contra os nordestinos, quase como se estivesse dizendo: Vote num nordestino, mas não em Lula. (Parêntesis: Collor governara Alagoas, fingia-se nordestino, embora nascido no Rio. Fecho).

Não é que na Venezuela estão saindo com algo semelhante? Devido à alta popularidade de Chávez, a oposição lançou o slogan:”Chávez si, reforma No”.

No Brasil a farsa deu certo. Pode acontecer o mesmo na Venezuela.

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'Ahora sí', o o reggaeton do Si, no Referendo da Venezuela. Letra e música

Do Blog de Yosmary, o reggaeton do Si, no Referendo da Venezuela. Clique no botão abaixo e siga a letra.

Ahora sí, la vamos a reformar
Ahora sí, la vamos a mejorar
Ahora sí, así se amarguen y chillen
Ahora sí, ¡porque el pueblo es el que decide!

Así sigan intentando detener este proceso
Con mentiras, Con patrañas, Con todo su plan perverso
O Así monten su guarimba utilizando a sus medios
tienen que saber que aquí hay un pueblo, si señor!
que cree que un mundo nuevo es posible,
que cree que las cosas que antes siempre fueron invisibles
En la creación del hombre nuevo...
En la creación del hombre libre
Constructor de sus ideas y del entorno que rodea nuestra sociedad
Por eso pa' que el mundo vea que somos una marea VAMOS A VOTAR!

Ahora sí, la vamos a reformar
Ahora sí, la vamos a mejorar
Ahora sí, así se amarguen y chillen
Ahora sí, ¡porque el pueblo es el que decide!

Nosotros decimos que sí
De aquí, de Venezuela
porque mi país se respeta

Lo haremos por llenar las grietas de la Patria
y darle frutos a nuestra lucha revolucionaria
en contra de un sistema imperial que se pudre
dándole vida al socialismo por el que lucharon Bolívar y Sucre
Y muchos más ilustres
guerrilleros o luchadores sociales en el mundo entero
como el Che Guevara:
El hombre que nos dio el mensaje
pa' que esta generación se alzara

(Coro)

Ahora sí (tu sabes)
Nosotros decimos que Sí
De aquí, de Venezuela
porque mi país se respeta

Vamos a triunfar
vamos, vamos a ganar
todos vamos a votar por el Sí-Sí
Ya tu sabes que Sí-Sí
Todos pa lante diciendo que Sí, las manos arriba por el Sí-Sí
No se caigan a mentiras con políticas sin fines
porque Venezuela es libre
y dice Sí, Sí!!!


Autores: El Jekke y su Banda (Azael Izaguirre, David Main, Alejandro Pulido y Nick Mijares entre otros) interpretan un reggaeton en torno a la aprobación de la Reforma Constitucional: ¡Ahora Sí!.Una fusión muy caribeña recogiendo ritmos jamaiquinos como el reggae y el ska, fusionados con nuestro sabor latino (en este caso la salsa) sin dejar atrás nuestras raíces folklóricas afro venezolanas y la música llanera.

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Gangue cor-de-rosa dá surra em homens na Índia

Gulag Gang, foto BBC

Cansadas de maus-tratos, mulheres se uniram, formaram a Gulag Gang (Gangue cor-de-rosa) e resolveram partir para o braço. Elas são as vingadoras da cidade de Banda, no norte da Índia.

Segundo a BBC, o grupo existe há dois anos e surgiu em reação às surras e maus-tratos cometidos por homens, além de combater a corrupção na distribuição de comida para os pobres.

Armadas com varas e machados (!!!), elas não querem mudar o status quo, apenas serem tratadas com um pouco mais de dignidade.

O grupo também não se considera feminista. As mulheres dizem que já devolveram 11 meninas que foram expulsas de casa aos maridos porque "mulheres precisam de homens para viver junto". (leia reportagem completa da BBC Brasil aqui)

Mas se o homem não se comportar, a Gulag Gang veste seu sári cor-de-rosa e parte para o ataque.

A música-tema delas deveria ser aquela da Rita Lee:

Por isso, não provoque,
é cor-de-rosa choque!

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Uma solução Simão Bacamarte para o Pará

Segundo o G1:

O delegado-geral da Polícia Civil do Pará, Raimundo Benassuly, afirmou em depoimento à Comissão de Direitos Humanos no Senado nesta terça-feira (27) que a adolescente presa com 20 homens em uma cela no município de Abaetetuba (PA) “certamente tem alguma debilidade mental porque em nenhum momento informou ser menor de idade”.

Depois dessa, a governadora petista do Pará, Ana Júlia, só tem uma saída: usar a solução do personagem Simão Bacamarte, de O Alienista, de Machado de Assis. Tem que soltar todas as mulheres presas e trancafiar no xadrez todos os delegados. A começar por esse delegado-geral, que ainda acusa de debilidade mental uma menor que vem sendo violentada (nos sentidos amplo e restrito) há tempos no Pará.

Algema neles, governadora. E bote as meninas na escola.

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ONU promove concurso aberto a jovens cineastas para combater a fome

No Portal Terra:

A agência de ajuda alimentar da Organização das Nações Unidas pediu para jovens cineastas que ajudem a aumentar a conscientização sobre a fome mundial e mostrem a realidade da pobreza e sofrimento para a geração do "YouTube".

O Programa Mundial de Alimentos (PMA) lançou um concurso nesta quarta-feira para "vídeos de 30 ou 60 segundos que façam a comunidade online repercutir sobre a fome global", informou a agência.

"Para aqueles como nós que fazem dia sim, dia não o difícil trabalho de abastecimento de alimentos para pessoas famintas, é, às vezes, desanimador o fato de que poucas pessoas compreendem que a fome se espalha e mata uma criança a cada cinco segundos", disse a diretora de comunicações do PMA, Nancy Roman.

Os cinco melhores filmes serão colocados no endereço do PMA no Youtube, e o grande vencedor ganhará uma viagem a uma das operações de ajuda da agência. As inscrições vão até julho de 2008.

A agência postou seu próprio vídeo no website.

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É no Brasil todo: - ‘Presa tem que dar’

O que estou vendo de surpresas, de ohs e ahs com o caso da menina no Pará... Por que o espanto? É uma barbaridade? Sem dúvida. Mas essa barbaridade é defendida diariamente nos editoriais, nos pitblogs, na imprensa indecente, nas seções de Cartas dos Leitores dos principais jornais e revistas do país.

É claro que ninguém diz com todas as letras que quer ver presas menores de idade trancadas com marmanjões em cadeias imundas no interior do Pará. O que se diz é “Não me falem em direitos humanos de presos, isso é papo de intelectual. Bandido tem que pagar”.

Não dizem como, mas imaginam. Ou melhor, nem imaginam, porque nem querem pensar nisso. Afinal, cadeia no Brasil, ainda em sua maior parte, é feita apenas para os PPP, pretos, putas e pobres. Então, pra que pensar numa melhoria de condições de vida nas prisões e presídios, se nós não iremos pra lá?

Tenho uma má notícia para quem pensa assim. É bom começar a se preocupar. Cada vez mais jovens de classe média, e até de “alta classe”, estão sendo presos. Só aí os pais desses jovens começam a ter contato com a realidade que nunca quiseram ver.

As revistas são feitas por homens, não importa o sexo do preso. Você, leitor amigo, já imaginou sua filha sendo revistada pelo policial ou carcereiro?

Mas não é apenas isso, caro leitor. Seus problemas não acabaram. Já imaginou “sua patroa” ou sua mãe sendo revistada por um deles também? Pois imagine, porque se uma delas quiser visitar o pimpolho ou a pimpolha na delegacia ou no presídio terá que passar por essa mesma revista.

É como diz o delegado titular da Divisão de Capturas da Polícia Civil do Rio (Polinter), Herald Paquete (sic) Espínola Filho:

- A lei não diz que a revista tem que ser feita apenas por mulheres. Não vou perder meu tempo comentando isso.

Na mesma reportagem de O Globo em que há a declaração do delegado sem tempo, Vera Lúcia Tostes, que é coordenadora da Pastoral Carcerária do estado do Rio e presidente do Conselho da Comunidade relata outros casos de maus-tratos, como a falta de absorventes, o que leva presas a usar até miolo de pão. Para obterem material higiênico ou ter proteção, presas têm relações sexuais com funcionários e funcionárias ou com outras presas.

É comum que jovens detidos para cumprir medidas sócio-educativas (na maioria das vezes, apenas presos mesmo) implorem para que suas mães não os visitem para que não sejam submetidas à revista degradante (preciso descrever?). Se alguém defende um tratamento mais digno para esses jovens e suas mães, pronto, lá vêm as matérias editorializadas, as Cartas dos Leitores descendo o pau “nesse pessoal que defende os direitos humanos dos presos”.

Depois se espantam com notícias como as do Pará. E com a tranqüilidade com que delegados tratam do assunto. No Pará, disseram apenas que não havia cadeia separada...

Se querem continuar como os três macaquinhos, com as mãos, os olhos e os ouvidos fechados, que o façam. Mas nos poupem do espanto hipócrita.

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Polícia acha cocaína e armas na sede da Gaviões da Fiel

Que o time estava cheio de drogas a gente já sabia. Cada um pior do que o outro. Novidade mesmo só as armas com a torcida. Será que pensam em suicídio em massa?

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Ex-marine escreve em livro: ‘Sou um assassino psicopata treinado para matar’

Jimmy Massey: Durante quase 12 anos ele foi um marine. Trabalhou no recrutamento de jovens para guerra no Iraque. E comandando seu pelotão no solo iraquiano.

Recentemente, esteve em Caracas, na Venezuela, para lançar seu livro Cowboys de Infierno. Na ocasião, deu uma entrevista à jornalista Rosa Miriam Elizalde. A seguir, trechos da entrevista, que pode ser lida na íntegra aqui (em espanhol).

Jimmy Massey por ele mesmo

Tenho 32 anos e sou um assassino psicopata treinado para matar. Não nasci com essa mentalidade. Foi o Corpo de Infantaria da Marinha dos EUA que me educou para ser um gângster das corporações americanas. O que sei fazer é vender aos jovens a idéia de alistar-se nos marines e matar. Sou incapaz de conservar um trabalho. Para mim os civis são desprezíveis, atrasados mentais, uns fracos, uma manada de ovelhas. Eu sou seu cão pastor. Sou um predador. No Exército me chamavam "Jimmy o Tubarão".

Marines

Os Estados Unidos só têm duas maneiras de usar os marines: para tarefas humanitárias e para assassinar. Nos 12 anos que eu passei no Corpo de Marines dos Estados Unidos jamais participei de missões humanitárias.

O que significa ser um recrutador militar nos EUA

Ser um mentiroso. A administração Bush tem incentivado a juventude americana a alistar-se no Exército e o que basicamente faz – e eu fiz também - é atraí-los com incentivos econômicos. [Se tiver estômago para imagens fortes, visite esta página, com mais informações e fotos – algumas bem chocantes – dos soldados americanos que acreditaram nas promessas de Bush]. Durante três anos recrutei 74 pessoas, que nunca me disseram que queriam entrar no Exército para defender o país nem alegaram nenhuma razão patriótica. Queriam receber dinheiro para ir a uma universidade ou obter um seguro de saúde. E eu lhes descrevia primeiro todas essas vantagens e só ao final lhes falava que iam servir à pátria. Jamais recrutei o filho de um rico.

Iraque: O ‘inimigo’ armado pelos EUA

Cheguei ao Iraque em março de 2003. Meu pelotão foi a vários lugares antes ocupados pelo Exército iraquiano. O que vimos foram milhares e milhares de caixas de munições que levavam a etiqueta norte-americana e estavam aí desde que os Estados Unidos ajudaram o governo de Saddan Hussein na guerra contra o Irã. Vi caixas com a bandeira norte-americana e até tanques dos EUA. Meus marines – eu era sargento de categoria E6, uma categoria superior ao sargento, e dirigia a 45 marines - me perguntavam por que havia munições de nosso país no Iraque. Não entendiam. Os relatórios da CIA afirmavam que Salmon Pac era um campo de terroristas e que íamos encontrar armas químicas e biológicas. Não encontramos nada. Nesse momento comecei a pensar que nossa missão realmente era o petróleo.

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¿Por qué no te callas, Gustavo Franco?

O jornal O Globo está fazendo uma série de reportagens sobre a Reforma Constitucional na Venezuela. O tema hoje é a nova redação para o artigo 318, que cuida do Banco Central.

Para comentá-lo, o jornal convidou dois economistas, ex-presidentes do BC brasileiro: Carlos Langoni e Gustavo Franco.

É como se perguntassem a duas zebras o que elas pensam do leão. O resultado não foi outro: pau no artigo.

Em certo trecho de seu depoimento, Gustavo Franco diz que “isso cai no ridículo. Não há nada parecido no mundo”.

Eu já acho que outras coisas parecem ridículas e que não existe no mundo nada parecido a elas. Por exemplo: Em que outro país, que tenha uma mídia decente (o que não é o caso do nosso), Franco estaria dando entrevista sobre o BC alheio? Num país desses, ele estaria virado para a parede, com um chapéu cônico sobre a cabeça, onde estaria escrito “BC donkey”.

Quando esteve à frente do BC no governo FHC, Franco quase quebrou o país, teimando no real supervalorizado, dando uma de Napoleão de hospício, bancando o valente com o exército (o dinheiro) dos outros (no caso, o nosso, do Brasil).

Mais adiante, Gustavo Franco afirma que o fato de o BC venezuelano ficar subordinado ao presidente pode provocar o enriquecimento ilícito de Chávez e de pessoas ligadas a ele.

Mas, o que ele tem a dizer sobre acusações feitas por Luis Nassif em seu livro Cabeças de Planilha? Nassif afirma categoricamente que André Lara Rezende, da mesma equipe de que Gustavo fazia parte – operava com o dólar nas duas pontas: dentro do governo, estabelecendo a política econômica, e no mercado, ganhando rios de dinheiro com o dólar.

Até hoje não há notícia de que ele tenha processado Nassif. Ou que alguém da equipe – Franco, por exemplo - o tenha defendido.

Quem fez o papel de bode na sala, como Franco quando esteve à frente do BC, segurando a desvalorização do real para garantir a reeleição de FHC, deveria ao menos tomar cuidado ao usar a palavra ridículo.

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O Globo ameaça: - Assina ou Miriam


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BBC confirma morte de sua repórter na Bolívia

A BBC de Londres confirmou agora pela manhã a morte de uma sua repórter em acidente de carro na Bolívia. Mais de 13 horas depois de a notícia ter sido publicada aqui no Blog do Mello.

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Na votação da Nova Constituição boliviana, a farsa se repete como farsa

Nas últimas eleições parlamentares na Venezuela, a oposição sem votos tentou uma jogada contra Chávez. Em vez de disputar, fugiu das urnas e simplesmente não indicou candidatos. Resultado: só se elegeram, obviamente, simpatizantes de Chávez e “neutros”.

A partir daí, a mesma oposição que não lançou candidatos passou a dizer que na Venezuela não existe democracia, porque Chávez controla o Poder Legislativo...

Como na América Latina não é a história que se repete como farsa, mas uma farsa que se repete em outra, a oposição sem votos na Bolívia está tentando o mesmo contra Evo Morales.

Como são minoria na Assembléia da Nova Constituição Boliviana, trataram, desde o início, de dificultar as coisas para Evo. A cada dia faziam uma nova exigência para votar a reforma. Evo cedia. Até que finalmente o presidente boliviano percebeu que o objetivo da oposição sem votos não era conseguir colocar suas reivindicações na Nova Constituição, mas simplesmente adiar sua votação para que o prazo final para que ela fosse votada, 14 de dezembro, fosse ultrapassado. Com isso, não haveria reforma alguma.

Evo Morales percebeu que o que tinha a fazer era acelerar a aprovação da Nova Constituição. A oposição sem votos foi às ruas, com manifestações violentas. Restou ao presidente, para garantir a votação, instalar a Assembléia num quartel.

Acuada, a oposição sem votos fez como sua co-irmã na Venezuela, simplesmente não mandou seus representantes para a votação. A Nova Constituição foi aprovada e agora eles dizem que ela não pode ser referendada.

Existe uma forma de conseguirem isso. A Nova Constituição irá a referendo popular. Por que não tentam recusá-la nas urnas?

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TV Venezuelana mostra entrevista com refém das FARC

A emissora de TV "Telesur" exibiu na noite deste domingo uma entrevista com o capitão da Polícia Guillermo Solórzano, em poder das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) desde junho.

A entrevista, incluída em uma reportagem intitulada "Vozes da Floresta", foi feita há um mês e meio, segundo um comunicado da "Telesur", que tem sede na Venezuela.(Portal Terra)

Na entrevista, o capitão fala na esperança da mediação de Chávez “para conseguir um consenso”.

Só que a esperança do capitão, e também dos demais reféns, já era. Uribe cortou a intermediação de Chávez, um dia após o presidente venezuelano ter-se comprometido com o presidente francês Nicolas Sarkozy a apresentar provas de que está viva a ex-senadora franco-colombiana Ingrid Betancourt, seqüestrada desde 2002.

Como afirmei aqui, a Colômbia, que está sob intervenção branca dos Estados Unidos, teme que Chávez consiga das FARC o que pretende e assim firme ainda mais sua liderança e desmoralize de vez o governo colombiano, que vive num impasse com as guerrilhas, sem solução à vista.

Com a decisão de Uribe, volta tudo à estaca zero. Os 45 reféns que estão nas mãos das FARC que se danem. Na queda de braço geopolítica, eles são como o gol no futebol para o Parreira – apenas um detalhe.

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Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra as Mulheres

Uma rosa para Sandra Gomide



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Jornalista da BBC de Londres morre na Bolívia

A notícia foi divulgada agora há pouco pela Agência Boliviana de Informação e ainda não está nem no site da BBC. [É o Blog do Mello na frente da BBC, sorry...]

A Lola Lola Almudevar morreu, após o veículo em que viajava envolver-se em um triplo acidente hoje pela manhã, em Ayo Ayo, no caminho entre La Paz e Oruro. Também estava com ela um correspondente da Reuters, Eduardo Garcia Gil, que está ferido.

Além dos dois jornalistas, morreram mais três pessoas no acidente, que, segundo informações, foi provocado por um caminhão de frutas. Lola Almudevar e Garcia Gil estavam indo cobrir os últimos acontecimentos na cidade de Sucre.

Certamente isso vai trazer novas complicações para o presidente Evo Morales, pois a oposição sem votos, que se absteve de votar a Nova Constituição e agora quer derrubá-la no tapetão, vai tentar colocar a morte da jornalista na conta de Evo.

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Putin manda Kasparov pro xadrez

O ex-campeão mundial de xadrez Garry Kasparov foi preso ontem na Rússia, ao participar de protestos contra o presidente Putin. Ele liderava uma manifestação, com aproximadamente três mil pessoas, numa marcha de protesto contra o governo e as próximas eleições parlamentares, daqui a uma semana.

Kasparov é líder do grupo Outra Rússia, que sequer conseguiu indicar candidatos às eleições, porque os nomes que apresentaram foram rejeitados pela comissão eleitoral.

Todas as sondagens de opinião indicam uma vitória folgada do grupo de Putin. E ai delas se não fosse assim...

Kasparov é considerado um dos maiores nomes do xadrez (o esporte) de todos os tempos. Além de brilhante jogador, sabia como poucos desestabilizar seus adversários – que o diga seu antecessor à época, Anatoly Karpov, que ficava louco com as manias de Kasparov.

Agora, recolhido ao xadrez, estuda o jogo político e imagina o movimento que poderá levá-lo ao xeque-mate em Putin.

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Mensalão tucano: Procurador-geral manda investigar secretário e líder de Aécio

Reportagem de Thiago Guimarães na Folha de S.Paulo hoje informa que procurador-geral Antonio Fernando de Souza solicitou que se aprofundem investigações sobre o secretário de Governo de Minas, Danilo de Castro, e o líder de Aécio na Câmara, Mauri Torres.

Ambos foram avalistas de um empréstimo de R$ 707 mil da agência SMP&B (aquela do mensalão), que tem entre seus sócios Marcos Valério, junto ao banco Rural (aquele do mensalão). Afirma o procurador:

"Coincidentemente, as empresas de Marcos Valério (SMP&B Comunicação e DNA Propaganda) venceram licitações para a publicidade do governo do Estado de Minas Gerais, justamente com Danilo de Castro como secretário de Estado responsável pelo certame."

Realmente, muita coincidência.

O procurador quer saber o destino do dinheiro, já que a SMP&B foi repassadora de valores para políticos nos dois chamados mensalões. Se o destino foi o bolso de algum político, a bomba explode no governo Aécio. Se foram os bolsos do secretário e do líder, “eles poderão ser denunciados por corrupção (receber vantagem indevida em razão do cargo)”.

Procurados pela reportagem do jornalão paulista, Danilo e Mauri procuraram minimizar o fato. O secretário de Aécio chegou a declarar que só deu o aval em atenção a Mauri Torres e porque lhe foi afirmado que o valor seria quitado em 120 dias.

Ô trem louco sô! Por nadica de nada o sujeito assina um espeto de R$ 707 mil, credo!

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César Maia, o Vaia, está irritado com novela da Globo

Segundo reportagem do jornal O Dia, o ex-prefeito do Rio, ainda no exercício do cargo, César Maia, o Vaia, está irritado com as críticas que a novela da Globo Duas Caras vem fazendo à cidade.

Como vive num mundo virtual, é bem capaz de César acreditar que, mudando a imagem do Rio na novela, a mudança acontecerá na vida real também.

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Conheça a Reforma Constitucional na Venezuela, passo a passo

Dois slideshows bem didáticos sobre a Reforma Constitucional que será votada no próximo dia 2 de dezembro na Venezuela. Entenda o que está acontecendo – e por acontecer - e julgue por você mesmo.

O trabalho é da blogueira venezuelana Yosmary de Rausseo.





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Na Copa da Maconha, jurado paga pra julgar

Amsterdã (Agência Reuters) - Milhares de aficionados da maconha invadiram a capital holandesa, Amsterdã, esta semana, para experimentar e selecionar os vencedores da 20ª competição anual Copa da Maconha.

“A concorrência este ano é boa”, disse “Herbal Santa”, fumante de maconha de longa data da Califórnia, que deu seu nome apenas como sendo “Jim”.

Com uma semana de duração, a Copa da Maconha acontece em várias “coffee shops” espalhadas pela cidade, mas os eventos principais são em um clube na periferia de Amsterdã, escondido atrás de um restaurante McDonald's e uma loja faça-você-mesmo.

A Copa da Maconha é a única em que os jurados não recebem para julgar. Ao contrário, eles pagam uma taxa de até 200 dólares para poder experimentar e julgar as diversas variedades em disputa.

Controversa, a maconha já esteve na boca dos ex-presidentes Bill Clinton (que disse que fumou, mas não tragou) e Fernando Henrique Cardoso (que disse que não gostou, mas também disse para que esquecêssemos tudo o que dissera antes...).

Por falar em esquecimento, é bom não esquecer (já que dizem que a maconha dá problemas de memória) que a maconha é tecnicamente ilegal, embora na Holanda ela tenha sido descriminada e é tolerada, sendo vendida em pequenas quantidades nas “coffee shops”.

É bom não esquecer também que fumar é prejudicial à saúde. Como eu mostro nessa outra postagem Maconha não faz mal, o que faz mal é fumá-la, onde você pode conhecer o Volcano, um vaporizador especial para a erva.

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José Dirceu e Roberto Jefferson na Folha

Em seu blog, o ex-ministro José Dirceu faz uma denúncia contra o comportamento discriminatório da Folha de S.Paulo. Dirceu mostra que, ao se referir ao ex-deputado Roberto Jefferson na matéria sobre a convenção tucana, o jornalão paulista trata-o como “presidente do PTB”, e não como um denunciado por formação de quadrilha etc., como faz usualmente quando se refere, por exemplo, a José Dirceu.

O ex-ministro acha justo o tratamento da Folha a Jefferson e reivindica que seja estendido a todos os demais arrolados no processo do chamado mensalão do PT. “Até porque todos têm a presunção da inocência”, argumenta.

Mas, ao comparar seu caso ao de Jefferson, o ex-ministro erra feio. Enquanto José Dirceu se diz inocente, o operístico ex-deputado é réu confesso. Diz que recebeu dinheiro, especifica até quanto – R$ 4 milhões – que ele enfiou em local incerto e não sabido.

Ao reivindicar igual tratamento, José Dirceu dá um tiro no próprio pé.

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Azeredo, Aécio, Serra e as listas do Mourão e de Furnas

O governador de Minas, Aécio Neves, continua defendendo seu colega de partido, o ex-governador Eduardo Azeredo, das acusações feitas pelo procurador-geral Antonio Fernando de Souza:

“É um percalço da vida. Ele vai ter que enfrentar isso com serenidade, e acho que vai enfrentar com serenidade, adequadamente. Tenho plena confiança na honorabilidade do senador Eduardo Azeredo. Agora, numa nova etapa, ele sai da esfera política e entra na jurídica, e, se a denúncia for acatada, ele vai se defender com tranqüilidade.”

Na verdade, Aécio respira aliviado por não ter sido indiciado também, já que seu nome consta na lista do Mourão, como beneficiário de R$ 110 mil do esquema, que, segundo a denúncia do procurador-geral, desviou verbas públicas do estado de Minas Gerais para campanhas tucanas em 1998.

Quem deve estar se divertindo com isso é o governador de São Paulo, José Serra. Mas isso pode ser só por enquanto. A Polícia Federal está terminando as investigações sobre a lista de Furnas, relativa à campanha de 2002. Se for confirmada sua veracidade, Aécio e Serra vão dançar a noite dos desesperados. Aécio teria recebido R$ 5,5 milhões do esquema montado por Dimas Toledo. E Serra, à época candidato a presidente, R$ 7 milhões, R$ 3,5 mi por turno.

Sobre as listas de Mourão e de Furnas, leia mais aqui.

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Confederação de Trabalhadores da Imprensa pede que jornalistas trabalhem com ética

Documento da Confederação afirma que muitos jornalistas não estão trabalhando à altura da situação em que vive o país.

Em linhas gerais, nosso diagnóstico revelou que a imprensa escrita tem distorcido informações. Cremos que fazer um jornalismo melhor significa também olhar a notícia com ética. Se os jornalistas praticarem esse conjunto de passos não teremos mais uma cobertura política unilateral, que destaca apenas o lado negativo e não registra os avanços.

O documento é da Confederación de Trabajadores de la Prensa de Bolívia... Mas também serve para o Brasil.

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Sarah Carmen: Jovem britânica tem 200 orgasmos por dia

Foto de Sarah Carmen
A britânica Sarah Carmen, 24 anos, que sofre de uma síndrome rara, tem 200 orgasmos por dia, ou seja, um a cada sete minutos. Em entrevista ao jornal News of the World, ela contou que qualquer coisa a faz chegar ao clímax, como o barulho do trem, ou o som do secador de cabelo.
Durante a entrevista, de 40 minutos, Sarah afirmou ter tido oito orgasmos. Ela sofre da Síndrome de Excitação Sexual Persistente, que leva ao aumento do fluxo sanguíneo para os órgãos sexuais causando excitação por grandes períodos, mesmo sem que haja estímulo sexual.
"Quando começou, aos 19 anos, meu namorado estranhou a quantidade de orgasmo que eu atingia durante a transa", contou ela. "Muitas vezes queria ter o número necessário de orgasmos para acalmar-me. Às vezes, queria ter uma vida normal".
Sarah contou também que dispensa convites para ir a locais públicos com música alta e muita agitação. Ir à bares ou clubes barulhentos está fora de questão porque as vibrações a deixam doida. "Tenho que encontrar bares quietinhos. E eu tenho mais orgasmos quanto mais eu bebo, porque me relaxa, então eu tenho que beber muito pouco agora."
A situação mais hilária de orgasmo foi enquanto ela respondia a um questionário de pesquisa de mercado. "Eu tive orgasmos na frente da pesquisadora. Ela sabia o que estava acontecendo e me olhou estranho. Eu tentei explicar que ela não podia ajudar, mas eu estava gemendo tanto que tive que sair andando".
Sarah está fazendo tratamento e segundo os médicos não há uma explicação científica provada para o problema dela. O mais provável é a infecção da região pélvica que pode estar estimulando os nervos do clitóris.
A questão agora é saber se os médicos devem estudar a tal infecção da região pélvica para “curar” a britânica. Ou devem contaminar com a tal infecção todas as mulheres do mundo.

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Revolução mesmo quem quer fazer é o Dalai Lama

Desde que o mundo é mundo, ou desde que Buda é Buda, quando ele morre os monges caem na estrada, orientados por sonhos e sinais, à procura de sua reencarnação, que é sempre uma criança nascida mais ou menos na época do Buda morto.

Assim foi escolhido o atual Dalai Lama. Assim será escolhido seu sucessor, após sua morte. Ou seria. Pois o líder espiritual do Tibete está querendo cuidar da própria reencarnação, ainda vivo. Para evitar que a China (que invadiu e ocupa militarmente o Tibete) possa escolher seu reencarnado, o atual pensa em indicar, desde já, seu sucessor:

O líder espiritual afirmou que pensa a respeito da questão "há 20 anos" e que, além de analisar se deve escolher ele mesmo seu sucessor, pensa na possibilidade de que o futuro Dalai Lama seja eleito pelos monges budistas mais importantes.

A China já está protestando. Acusa o líder tibetano de violar a tradição:

"A reencarnação do Buda vivo é uma forma única de sucessão do budismo tibetano e segue rituais relativamente completos e convenções históricas", disse o porta-voz do Ministério do Exterior chinês, Liu Jianchao.

Não foi perguntado ao ministro chinês por que então seu país não aceita a liderança do atual Dalai Lama, já que ele foi escolhido seguindo os tais rituais relativamente completos e as convenções históricas que Liu Jianchao defende.

É que ninguém é bobo de perguntar isso, porque não existe liberdade de imprensa na China, mas o mercado lá é imenso...

Para saber mais, leia reportagem da BBC Brasil, e siga os links.

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Denúncia do Procurador-geral: Tucanos desviaram dinheiro do governo para campanha

Não adianta o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso achar que um rato é um gato apenas porque ele o chama assim. Um rato é um rato. E o que houve em 1998 em Minas, não foi apenas caixa dois para a campanha tucana, como declarou o ex-presidente. Foi – e é esse o eixo central da denúncia do procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza – desvio de dinheiro público para a campanha dos tucanos, especialmente do então candidato à reeleição Eduardo Azeredo, mas também para a campanha à reeleição do próprio FHC. E não sou eu quem diz isso, mas o próprio Azeredo, conforme já publiquei aqui anteriormente:

FOLHA - A Polícia Federal diz que houve caixa dois na sua campanha...
EDUARDO AZEREDO -
Tivemos problemas na prestação de contas da campanha, que não era minha só, mas de partidos coligados, que envolvia outros cargos, até mesmo de presidente da República.

FOLHA - O dinheiro da sua campanha financiou a de FHC em Minas?
AZEREDO -
Sim, parte dos custos foram bancados (sic) pela minha campanha. Fernando Henrique não foi a Minas na campanha por causa do Itamar Franco, que era meu adversário, mas tinha comitês bancados pela minha campanha.

A denúncia do procurador-geral não deixa margem a dúvidas. Azeredo não só recebeu dinheiro, como passou recibo. Veja:


Recibo do valerioduto tucano assinado por Azeredo

A Lista do Mourão e a Lista de Furnas

A denúncia do procurador também confirma a veracidade da lista do Mourão, por muitos confundida com outra, posterior, e também muito famosa e bem mais explosiva - a lista do Dimas, mais conhecida como a lista de Furnas.

Existem muitas semelhanças entre as listas, daí provavelmente a confusão entre elas. A mais notável é a presença de grandes nomes no PSDB como principais beneficiados. A outra grande semelhança é que ambas as listas falam de desvios de verbas que teriam ocorrido no governo de Fernando Henrique Cardoso. A de Mourão, em 1998, a de Furnas, em 2002.

Mas quatro anos as separam. E muitos milhões a mais. Se na lista de Mourão, o atual governador de Minas, Aécio Neves, aparece como tendo recebido R$ 110 mil, na lista de Furnas o valor salta para R$ 5,5 milhões. José Serra, que não estava na primeira, aparece na de lista de Furnas com se beneficiado com o recebimento de R$ 7 milhões na campanha de 2002.

Quando surgiu a lista do Mourão, muitos contestaram sua veracidade. Agora, esta foi atestada pela PF. O documento é verdadeiro, embora possa ser mentiroso seu conteúdo – é o que diz o relatório da PF.

A lista de Furnas vai pelo mesmo caminho. Pelo menos um dos citados, o ex-deputado Roberto Jefferson, confirmou que recebeu o valor anotado na lista. As primeiras investigações da PF concluíram pela veracidade do documento. Vamos ver se isso será comprovado no relatório final.

As semelhanças e diferenças entre as duas listas você poderá constatar clicando nas imagens abaixo para ampliá-las. As duas primeiras formam a lista do Mourão, página 1 e página 2, respectivamente. As demais são as cinco páginas da lista de Furnas, apresentadas em ordem crescente.

Lista do Mourão


lista do Mourão. página 1lista do Mourão. página 2

Lista de Furnas







Se quiser ler a íntegra da denúncia do procurador-geral contra os tucanos, clique aqui.

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Na Arábia Saudita, jovem estuprada por sete é condenada a 200 chibatadas


O governo da Arábia Saudita apoiou uma decisão da Suprema Corte do país de condenar uma jovem mulher vítima de estupro a pena de 200 chicotadas e seis meses de prisão. Reportagem da BBC Brasil.

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Acusado de liderar ataque às Torres Gêmeas tinha bolsa da CIA

Mohamed Atta foi apresentado ao mundo pelo governo norte-americano como piloto de um dos aviões suicidas de 11 de setembro de 2001 e chefe do grupo terrorista muçulmano responsável pelo ataque às Torres Gêmeas e ao Pentágono.

Desde o início, conhecidos de Atta disseram que ele não era tão religioso assim: consumia bebida alcoólica (o que não é permitido a um muçulmano) e vivia com uma prostituta.

Agora, um livro vem desmontar de vez a farsa do governo Bush. Resultado de um trabalho de investigação de dois anos do jornalista Daniel Hopsicker, Welcome to Terrorland denuncia que Atta recebia uma bolsa de estudos da CIA e que a escola de aviação onde estudava nos EUA era de Wally Hilliard, um empresário muito próximo à Casa Branca. Tão próximo que tinha passe livre do DEA (organismo na luta contra as drogas nos EUA), que utilizava para transportar heroína (não as atrizes de cinema, a droga mesmo). (leia mais aqui, e siga os links)

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Uribe dispensa ajuda de Chávez

Com um simples comunicado, o presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, pôs fim à intermediação do presidente venezuelano Hugo Chávez com os guerrilheiros da Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC).

Segundo o comunicado, Chávez teria rompido um acordo em que se comprometia a não falar diretamente com o alto comando colombiano.

Mas é curioso que a dispensa da ajuda de Chávez, que iria até o final do ano, ocorra um dia após o presidente venezuelano ter afirmado na França ao presidente Sarkosy que a FARC ofereceria provas de que está viva a ex-candidata presidencial franco-colombiana Ingrid Betancourt, seqüestrada desde 2002.

Na verdade, a Colômbia, que está sob intervenção branca dos Estados Unidos, teme que Chávez consiga da FARC o que pretende e assim firme ainda mais sua liderança e desmoralize de vez o governo colombiano, que vive num impasse com as guerrilhas, sem solução à vista.

Com a decisão de Uribe, volta tudo à estaca zero. Os 45 reféns que estão nas mãos da FARC que se danem. Na queda de braço geopolítica, eles são como o gol no futebol para o Parreira – apenas um detalhe.

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Psicanalista argentino descreve o mal da ‘cara de cu’

O psicanalista e fundador da Escola Freudiana de Buenos Aires, Isidoro Vegh, descreve em artigo publicado no jornal argentino Página 12, aquele mal de quem não anda feliz com o mundo, e que não é nem melancolia, nem tédio, nem preguiça, mas exatamente aquilo que descrevemos como cara de cu (“la cara de culo”).

Clique aqui para ler La “acidia”: clínica de la cara de culo (em espanhol).

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900 caixas com provas do mensalão tucano em Minas dormem no porão da Câmara

Documentos inéditos apresentados nesta semana ao Supremo Tribunal Federal (STF) pelo procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, comprovariam a existência do esquema de financiamento ilegal da campanha à reeleição do hoje senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG) ao governo de Minas Gerais em 1998 - o chamado mensalão mineiro. A informação é do Jornal da Globo.

(...) Os documentos apresentados pelo procurador agora à Justiça são resultado de perícias sigilosas solicitadas pela CPI dos Correios há cerca de um ano e meio. Então relator da CPI, o deputado federal Osmar Serraglio (PMDB-PR), afirma que, no porão da Câmara, há mais de 900 caixas cheias de provas sobre o caso. Segundo ele, os documentos atestam a existência do esquema do mensalão [tucano] mineiro. (leia reportagem completa aqui).

Ano que vem o caso vai completar dez anos, e até agora nem denúncia o procurador-geral apresentou.

Ô trem mole, sô!...

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Na Venezuela, deputada mete a mão em jornalista que a caluniava


A defensora de Direitos da Infância e da Juventude da Venezuela, Anahí Arizmendi, já havia condenado a atitude do jornalista Gustavo Azócar, que em seu programa de televisão atacava diariamente a deputada Íris Varela, inclusive com acusações contra um filho da deputada, menor de idade, já morto.

Não satisfeito, Azócar lançou um livro com suas críticas à deputada, num momento de extrema tensão, que antecede o referendo de daqui a duas semanas. Íris Varela foi ao programa tomar satisfações e exigir direito de resposta.

O vídeo acima mostra o que aconteceu, segundo a GloboNews.

O vídeo abaixo mostra a versão da deputada.



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Não perca esta do Globo. É de matar de rir

É uma obra-prima do humor involuntário. Mas está aí ao lado, documentada, para que ninguém diga que estou inventando.

Na tentativa de, mais uma vez, colocar a pecha de antidemocrata em Chávez, o Globo enviou os repórteres Eliane Oliveira e Evandro Éboli para cobrir uma discussão na Câmara sobre se o Brasil deve ou não apoiar a entrada da Venezuela no Mercosul.

Os repórteres fizeram o trabalho e colheram dois depoimentos. Um, do deputado baiano ACM Neto, que num ato falho incrível declarou o seguinte:

- Eu não entregaria minha mãe aos cuidados de Hugo Chávez, ditador de quinta categoria.

O nobre deputado não explicou a quem entregaria a mãe. Se a um homem que não fosse ditador (no seu modo de ver) ou a um ditador de melhor categoria.

Os repórteres também conseguiram um depoimento do deputado Moreira Mendes, do PPS de Rondônia. Também contrário à entrada da Venezuela no Mercosul.

- Seria como colocar uma maçã podre dentro do cesto.

Entende-se com isso que o deputado acha que a Venezuela (por causa de Chávez) é uma maçã podre que poderia estragar o cesto (Mercosul).

Ocorre que, na hora em que foram produzir o texto final da reportagem, os repórteres aproximaram as duas declarações, como se lê na reprodução ao lado. Com isso, a mãe do neto de ACM virou uma maçã podre no cesto de Chávez...

- Eu não entregaria minha mãe aos cuidados de Hugo Chávez, ditador de quinta categoria.
O deputado Moreira Mendes (PPS-RO) reforçou:
- Seria como colocar uma maçã podre dentro do cesto.

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Slideshow: Conheça a proposta de Reforma Constitucional na Venezuela


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STJ confirma Pimenta Neves à solta nas ruas

No Consultor Jurídico, que também pertence ao Estadão, vem a notícia de que Pimenta Neves vai continuar em liberdade. Pimenta foi diretor do jornalão. O título da matéria é quase uma comemoração: “Prisão é exceção”. Só faltou o “Pimenta é sangue bão”.

O jornalista Antônio Marcos Pimenta Neves, condenado por matar sua ex-namorada, a também jornalista Sandra Gomide, vai continuar em liberdade. A decisão foi tomada na tarde desta terça-feira (20/11) pela 6ª Turma do Superior Tribunal de Justiça e confirma liminar concedida pela ministra Maria Thereza de Assis Moura.

A liminar que concedeu liberdade ao jornalista foi dada no dia 15 de dezembro do ano passado — dois dias depois de o Tribunal de Justiça de São Paulo ter expedido decreto de prisão contra Pimenta Neves e reduzido a pena de 19 anos e dois meses, para 18 anos de prisão, porque o réu confessou o crime. Contra esse decreto de prisão, a defesa do jornalista entrou com o pedido de Habeas Corpus no STJ, agora concedido no mérito.

No começo deste mês de novembro, o Ministério Público Federal ofereceu parecer ao caso, votando pela manutenção da liberdade de Pimenta Neves. No documento, o MPF afirma o que já é pacífico na jurisprudência do STJ e do Supremo Tribunal Federal: enquanto a condenação não é definitiva, não cabe a prisão do réu, exceto em casos excepcionais.

Repito-me:

Agora, Pimenta, que assassinou covardemente a jornalista Sandra Gomide, com tiros pelas costas, pode passear sua impunidade, enquanto couber recurso sobre sua sentença.

Pelo andar da carruagem, o caso só termina quando o processo caducar, ou quando o jornalista morrer - o que vier primeiro. Para Sandra, a história acabou há muito tempo: em agosto de 2000.

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Mais uma vez Folha escreve hoje o desmentido de amanhã

É a tal história: sempre erram o troco contra a gente. Nunca vem a mais. O mesmo acontece com a “grande imprensa”. Quando eles publicam uma reportagem errada (e como erram!!), o erro é sempre contra o governo, nunca a favor.

A última aconteceu com a Folha de S.Paulo, aquele jornal paulista que emprestava veículos para transportar pessoas torturadas, ou que iriam ser torturadas, pela ditadura militar.

Domingo A Folha publicou uma reportagem baseada num vazamento da Polícia Federal. Foi a manchete principal do jornalão no domingo: Cisco usou laranja para doar R$ 500 mil ao PT, afirma PF. Segundo a fonte anônima, a Caixa Econômica Federal teria mudado um item de um edital para favorecer a empresa Damovo (que trabalha com produtos Cisco) num leilão. A Damovo teria vencido a concorrência e, em agradecimento, a Cisco teria transferido R$ 500 mil ao PT, por intermédio de laranjas.

Hoje a Folha teve que se desmentir. Caixa e Damovo emitiram notas em que afirmam que a tal mudança foi num item em que a Damovo não venceu. Portanto, a matéria estava simplesmente, totalmente, irremediavelmente errada.

A PF também emitiu nota dizendo que o processo em questão corre protegido por segredo de justiça, por isso está à procura do policial que teria vazado a informação furada para a Folha.

Alguém sabe por onde anda o delegado Bruno?

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Joel Rufino dos Santos, Consciência Negra

Entrevista realizada por Clarissa Oliveira e publicada hoje pelo Estadão (aqui, para assinantes) com o escritor, historiador Joel Rufino dos Santos.

Se por um lado o Brasil avançou no tratamento da questão racial com a implementação de políticas públicas, por outro o País vive um recuo no debate intelectual que cerca o tema. A avaliação é do historiador e escritor Joel Rufino dos Santos. Autor de vários livros sobre racismo entre mais de 30 títulos publicados, ele diz ver crescer na classe intelectual a negação do racismo como forma de justificar uma posição contrária a políticas como a de cotas para negros nas universidades.

O Brasil avançou na questão racial nos últimos anos?
A questão racial está na pauta e não vai sair tão cedo. É positivo. Mas o outro lado da questão é o que não mudou, como a discriminação no mercado de trabalho. Os salários, em média, baixam 50% quando um negro vende a mão-de-obra. E o que piorou, a meu ver, é a incompreensão dos intelectuais. Como o assunto é um divisor de águas, vejo um recuo. Hoje, há quem negue a questão racial no Brasil.

Onde esse recuo aparece?
Vimos um grupo de professores universitários lançar um manifesto em que negam que houvesse racismo no Brasil.

O sr. é a favor das cotas?
Acho que o sistema é um avanço, embora aqui e ali tenha problemas. Ele vem dentro da assistência compensatória, da ação afirmativa que, a meu ver, são positivas. Mas, na hora de executar, saem alguns feridos, como aqueles gêmeos.

Como o sr. vê a tese de que se trata de uma discriminação?
Não concordo. Discriminação, racismo e preconceito - que são três coisas diferentes, mas a gente usa como uma só - existem sim no Brasil. Esse movimento não nasceu ontem, não tem um mês ou um ano. Se há cerca de 100 anos os negros lutam contra o racismo é porque há o racismo. Esta é a prova.

Como o sr. avalia a política do governo na titulação de terras de quilombos?
É a mesma situação. O reconhecimento de remanescentes é justo. Está na Constituição. Mas aqui e ali se cometem exageros. Em princípio, todo mundo seria a favor, mas vemos pessoas contrárias em função desses exageros.

A quem cabe coibir exageros?
Toda a sociedade deveria saber que há comunidades negras que estão aí há mais de 50 anos e não têm títulos de propriedade. Em segundo lugar, o Estado brasileiro precisa aperfeiçoar instrumentos para executar leis e os fundamentos das leis que estão na Constituição. É uma luta de todos e não é só na questão do negro.

O que ainda falta fazer?
A titulação dos remanescentes ainda está pendente. Caminhou, mas falta muito. E a questão da proteção do negro contra a violência racista. Eu citaria ainda um terceiro ponto: o estudo da África e do período escravista na formação da sociedade brasileira.

Quem é: Joel Rufino
É historiador, escritor e professor de Letras da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
É autor de mais de 30 livros, que variam da literatura infantil à questão racial. Entre eles, O que é Racismo e Gosto de África.

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Schelp (o da ‘matéria’ com Che na Veja) faltou à aula de Anderson na Abril

Pelo visto, o editor internacional de Veja, Diogo Schelp, que assinou aquela triste matéria de capa de Veja sobre Che, não assistiu à palestra do jornalista Jon Lee Anderson no Curso de Jornalismo da Abril, que edita Veja. Ou não teria feito o que fez com Che. Nem estaria agora querendo dar lição de ética e reportagem a Anderson.

Para quem está chegando agora, historio:

O Blog do Pedro Dória mostrou um email de Anderson endereçado a Schelp. Nele, Anderson critica e chama de mau jornalismo a reportagem de Veja. Schelp retrucou, disse que Anderson não teve ética ao divulgar correspondência pessoal entre os dois e disse que ele jamais seria publicado na Veja.

A Abril não fez por menos. Também soltou seus pitblogueiros em cima de Anderson, com o resultado de sempre: ofensas, calúnias, baixaria. Chegaram a tentar desqualificar o trabalho de um dos mais respeitados jornalistas do mundo.

Anderson enviou novo email, ironizando mais uma vez o editor de Veja e colocando no devido lugar a infame “reportagem” sobre Che:

Não cometa o erro de me acusar de defender Che porque critico você [Schelp]. Serei claro: a questão aqui não é Che, é a qualidade do seu jornalismo. Sua reportagem, no fim das contas, é simplesmente ruim e me choca vê-la nas páginas de uma revista louvável como Veja. Seus leitores merecem mais do que isso e, se aparecerei ou não novamente nas páginas da revista enquanto você estiver por aí, não me preocupa. O que preocupa é que, com tantos jornalistas brilhantes como há no Brasil, foi a você que Veja escolheu para ser ‘editor de internacional’. (leia a íntegra clicando aqui).

A aula de jornalismo de Anderson na Veja

Agora leiam aqui o que diz a página do Curso de Jornalismo de Veja sobre aquela palestra de John Lee Anderson (os grifos são meus).

Foi uma aula de jornalismo. Entrevistado no dia 13 de julho pelo editor-executivo da revista Veja, Carlos Graieb, o jornalista americano Jon Lee Anderson, colaborador da revista New Yorker, falou sobre sua brilhante trajetória profissional, desde quando era um jovem correspondente na América Central até o reconhecimento internacional. O encontro integrou o Ciclo de Palestras que comemora os 30 anos do Prêmio Abril de Jornalismo.

Fruto da geração que assistiu à capitulação dos norte-americanos no Vietnã, Anderson integra a turma dos coleguinhas céticos quando o assunto é a política internacional dos sucessivos governos de seu país. O jornalista definiu o conflito no Vietnã, na década de 70, como marco histórico na cobertura de conflitos. Pela televisão, a população assistiu às mortes dos soldados e pôde protestar.

Essa visão autônoma, muito próxima do ideal de jornalismo, fez de Anderson voz destoante na mídia. Três meses antes dos ataques norte-americanos em 2003, ele já estava no Iraque, pronto para cobrir o conflito com independência. Da mesma forma, foi ao Afeganistão, logo após os atentados ao World Trade Center, para provar para si mesmo que não era apenas um bando de terroristas que vivia lá. Ele queria ver tudo de perto.

Poucos são os profissionais que se atreveram a contar uma história como a de Anderson em A Queda de Bagdá (2004, Objetiva). Mesmo assim, ele não condenou os companheiros. Reconheceu a região do conflito iraquiano como a mais perigosa para trabalhar nos últimos 40 anos. Explicou que os jornalistas ocidentais são reféns de uma situação em que não conhecem o lugar, desconhecem o idioma e a única proteção deles são as tropas aliadas. O envolvimento emocional é inevitável. Não há cobertura, por maiores que sejam os esforços de isenção, que sobreviva a essas interferências.

Mas há governo que se beneficie com elas, sugeriu um irônico Anderson. Afinal, que mal uma cobertura emotiva e favorável às tropas faria, por exemplo, a George W. Bush?

A vontade de testemunhar os fatos, de estar onde a história está acontecendo, conduziu o norte-americano para o jornalismo. O interesse por conflitos viria como conseqüência da formação pessoal. O domínio da língua espanhola e a afinidade com a América Latina empurraram-no para a turbulenta área central do continente. Lá, trabalhou como correspondente da Time. Foi caminho sem volta.

Durante toda a palestra, Anderson defendeu o jornalismo que fala com a fonte e não dorme no ponto. Provou que era possível fazer uma boa cobertura no Iraque ou no Afeganistão em condições adversas. Provocou a platéia ao lembrá-los da liberdade com que pode escrever na The New Yorker. Não satisfeito, ainda defendeu a existência de mais publicações que não sejam necessariamente lucrativas, mas façam bom jornalismo. "Para que ganhar muito dinheiro?" bradou. Que inveja, Jon Lee, que inveja!

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Dever de casa: Ouvir Bolsonaro

Eu não resisto. Toda vez que nossa “grande imprensa” diz que não existe democracia na Venezuela, que Chávez é um ditador, que não podemos aceitar a Venezuela sob Chávez no Mercosul etc., eu não resisto e publico aqui um discurso feito pelo deputado Jair Bolsonaro, em que ele mostra como essa mesma mídia saudou efusivamente o golpe militar de 1964.

É só pra gente não esquecer com quem está lidando.




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FHC: ‘Esqueçam o que eu disse’... Depois paguem para lembrar

O Instituto Fernando Henrique Cardoso conseguiu a aprovação para captar quase R$ 6 milhões, via lei Rouanet. O ex-presidente que pediu para que esquecêssemos o que havia dito, agora quer que paguemos para recordar.

No site da Adital, a professora Maria Izabel Brunacci protesta, numa carta endereçada ao Ministro da Cultura, Gilberto Gil:

Prezado Sr. Ministro Gilberto Gil,

Escrevo-lhe para protestar contra a concessão de recurso da ordem de R$ 5.717.385,94 (cinco milhões, setecentos e dezessete mil, trezentos e oitenta e cinco reais e noventa e quatro centavos) ao Instituto Fernando Henrique Cardoso, por projeto de "Preservação, Catalogação, Digitalização e Acervo Presidente Fernando Henrique Cardoso", conforme informação colhida no sítio desse Ministério, referente ao PRONAC 045808.

É por todos conhecido o estardalhaço com que FHC criou o tal Instituto, com as vultosas contribuições da parcela mais reacionária do empresariado brasileiro. Os objetivos declarados do Instituto não são suficientes para sombrear os objetivos não declarados, quais sejam a promoção do liberalismo econômico no Brasil, a realização de "estudos" sob encomenda para uso dos defensores das doutrinas intervencionistas dos EUA e a autopromoção do fundador, a quem faltam a modéstia e o recolhimento que fazem a dignidade de um ex-presidente - principalmente quando este se sabe responsável pelo sucateamento do patrimônio do povo brasileiro.

Ademais, pergunto a Vossa Excelência: de que servirá aos brasileiros conhecerem o arquivo pessoal do ex-presidente, já que sabidamente nesse acervo não se encontrarão respostas para os escândalos financeiros que marcaram seus dois mandatos? Não será explicado o escândalo do PROER, nem o das privatizações das teles, nem o da compra de votos para garantir a reeleição...

Por isso, Sr. Ministro, registro meu protesto contra a destinação de recurso público para uma instituição privada, mormente em se tratando de um ex-presidente que tantos danos já causou ao Brasil e à grande parcela dos brasileiros que elegeu o Presidente Lula e dele espera austeridade no trato da coisa pública, não que alimente a frivolidade do Sr. Fernando Henrique Cardoso.

Respeitosamente,

- Maria Izabel Brunacci, Professora, cidadã brasileira, moradora de Brasília-DF

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Na Venezuela, ¿Se ‘si’, não, e se ‘no’, sim? ¿Como é que fica?

A “grande imprensa” bate o prato e lambe os beiços com resultados de duas pesquisas na Venezuela. Ambas apontam para uma vitória do “no” no referendo do próximo dia dois de dezembro, o que seria uma derrota de Hugo Chávez.

Mas essas pesquisas merecem três observações:

  1. Primeiro, isso não é novidade. Toda vez que tem eleição na Venezuela as pesquisas apontam derrota de Chávez. Nas urnas ele ganha.
  2. O primeiro instituto apontou uma vitória do “no” por 45 a 31. Foi feita por telefone. Logo, temos que descontar da pesquisa os que não têm telefone em casa. O outro instituto deu uma vitória por uma margem ainda maior para o “no”: 64 a 34. Não foi informado o universo da pesquisa. Deve ter sido feita entre os possuidores de um blackberry. Há ainda uma outra (esta não divulgada, mas constatada diariamente no Brasil) que aponta para uma vitória esmagadora do “no”: 100 a zero. Foram entrevistados apenas os responsáveis por nossa “grande imprensa”.
  3. Uma pergunta que não quer calar: Se o “no” vencer, será ilegítima a derrota de Chávez nas urnas da mesma forma que consideram ilegítima a possibilidade de sua vitória? Ou, de outra forma: - Só não vale a vitória de Chávez?

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O fingertone do rei Juan Carlos

O rei da Espanha saúda seus súditos


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